A Vida de Elizabeth Ashfield escrita por Anonymous


Capítulo 19
Capítulo 19: Decisões


Notas iniciais do capítulo

Prometo que estou tentando aumentar as palavras dos capítulos, mas o que posso fazer UHSUAHSUH



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A notícia de que Margareth havia assassinado Sharon fora alertada para todos do presídio, portanto, ninguém acreditou, pois Margareth conquistara a fama de mocinha da história e de enfermeira honesta, ou seja, para a maioria das pessoas Sharon morrera devido ao forte tiro que levara.

Margareth Wargrave caminhada distraidamente pelo grande pátio do presídio, chegando a escutar parte de uma conversa das detentas. Um grupo de quatro mulheres.

- Gente, como vocês acham que a Sharon morreu? – perguntava a mais jovem do grupo, amedrontada.

- Para mim, ela não morreu daquele tiro não, hein gente, tem alguma treta por aí! – respondia provavelmente a mais velha, enquanto fumava um cigarro.

As quatro se assustaram ao repararem na presença da loira e no olhar de ódio desta. Sem relutar, ambas se retiraram do pátio e adentraram suas celas. Margareth se tornara a grande chefona da prisão depois de um tempo, sendo respeitada e glorificada por todas.

...

Elizabeth e Hector, casados por três anos, mesmo assim mantinham as constantes discussões sobre o mesmo assunto, porém, a esposa não desistia de tentar convencer ao marido de criarem um filho juntos, e passou três anos em uma inútil tentativa.

- Hector, tomei uma decisão. – exclamou Elizabeth, de repente, se juntando à mesa ao lado do marido para juntos tomarem o café-da-manhã, a refeição mais importante do dia.

- Sobre o que está falando exatamente? Não me diga que é sobre aquele assunto novamente?! – dizia Hector com impaciência. Não suportava mais a esposa reclamando que queria desesperadamente ter um filho.

- Sim, é sobre aquilo novamente. E decidi que vou ter um filho sim, por inseminação artificial. Tá decidido...

- Só por cima do meu cadáver! Eu já disse, não vou aceitar criar o filho de outro, mesmo que... mesmo que esse outro nunca apareça. Eu não vou me sentir bem. Isso não vai dar certo.

- Não é uma coisa que você tem que concordar ou não, querido. – ironizava a esposa, decidida a fazer o que queria. – Isso foi algo que eu escolhi fazer. E ninguém – ouviu bem? – ninguém vai me impedir de ter o meu filho!

- Então você tem que fazer uma escolha... Ou ele, ou eu. – Hector levantou-se da mesa, aproximando-se do assento onde a esposa se encontrava, cruzando os braços.

- Preciso mesmo escolher? Então acho que você sabe qual vai ser minha decisão.

Os dois ficaram em silêncio por muitos minutos, encarando um ao outro. Elizabeth não mudara a expressão, demonstrando que realmente iria fazer o que queria.

- Vai ser assim mesmo? Acabou então? – dizia Hector seriamente, erguendo as sobrancelhas.

- Acabou.

Naquela tarde, Hector deixava a mansão para sempre. Em breve o correria o divórcio dos dois e Elizabeth recorreria ao sobrenome de antes, se tornando Addams novamente.

Sentindo-se sozinha, Elizabeth chamara Victoria e Teddy para passarem alguns dias na mansão, para fazerem companhia à aquela solitária divorciada.

- Eu nem sei como agradecer. A companhia de vocês é muito importante para mim nesse momento. – Elizabeth deixara uma lágrima escorrer de seus olhos, abraçando a irmã e o cunhado.

- Oh, minha irmã! Fica tranquila, nós vamos sempre estar aqui quando você precisar. – Victoria, ao se sentar sobre o sofá, deitou a cabeça da irmã sobre suas pernas, realizando um cafuné. – É uma pena... O casamento de vocês parecia tão sólido! Tão bonito...

- Apenas aparência. Bem que você disse que a gente não se amava... Se tivesse amor entre a gente, não teria acontecido nada disso. Ele iria aceitar meu filhinho do jeito que fosse preciso e juntos iriamos encarar as dificuldades...

- O que pretende fazer agora?

- Não vou me fechar para o amor, mas também não vou ficar em busca dele... Vou ter o meu filho sozinha e me dedicar somente a ele. Correto, não?

Teddy e Victoria se entreolharam, dando de ombros.

...

Após três anos de prisão, James, o cúmplice de Margareth no assassinato de Carlotta Sanches, fora destinado a cumprir o restante da penalidade em liberdade, de modo que não pudesse deixar Summerlight por muitos anos.

A primeira coisa que o homem fizera após sair da prisão, após se instalar em uma quitinete, fora visitar a amada Margareth na prisão feminina. Após a amada chegar ao local acompanhada de uma carcereira, que logo em seguida deixou os dois a sós, ambos correram um na direção do outro e se abraçaram.

- James, que bom ver você! – exclamou Margareth, acariciando o rosto do homem que a amava e era disposto a tudo para vê-la feliz. – Então finalmente está livre... Graças a Deus!

- É, e não me esqueci de você não. Nos próximos dezessete anos, estarei aqui à espera da sua liberdade... Você não pensava em dar o fora daqui?

- Até pensei, mas sabe, se eu vivesse como foragida, minha vingança jamais daria certo. E agora que você está livre novamente, poderia me ajudar nisso.

- Você ainda não mudou de ideia em relação a isso, querida? Pensei que essa prisão tinha feito você mudar esses pensamentos...

- Pelo contrário! Estou aqui justamente pelo fato de ter assassinado, e aceito meu castigo, mas se ao menos a assassinada fosse ela! James, não vacila comigo...

- Tá, tá legal! Eu já sabia que você ia ficar me pressionando então procurei saber mais sobre a vida dessa Elizabeth. Ela está para ter um filho, por inseminação artificial.

- Simples, nós vamos esperar esse bebezinho nascer e você vai arrumar um jeito de dar fim nessa criança. – afirmou secamente, encarando o homem que a fitava assustado.

- Você não está me dizendo que eu vou...

- NÃO! Isso não se faz... Eu não faria maldade nenhuma a uma criança, pois já tive dois filhos e amo a eles mais do que ninguém nesse mundo. Sobre nosso plano, é simples: você só vai dar essa criança para outra família criar.

...

Caroline aos poucos descobria cada vez mais do passado que envolvia Margareth e Mafalda, pois não desejava sair perguntando às pessoas do casarão, sem haver absolutamente nenhuma intimidade, portanto, descobria sozinha cada vez mais, através de fotos, diários e conversas.

- Então foi isso que aconteceu... Agora eu compreendo porque ela se tornou aquilo.

---Flashback---

Arthur Hoffman havia guiado Margareth Wargrave até o quarto em que a jovem se instalaria. Era um cômodo simples, com paredes pintadas de rosa e móveis de coloração branca, compostos de uma cama, uma cômoda, uma cabeceira e um ar condicionado.

- Muito obrigada, senhor Arthur... Homens bons como o senhor estão difíceis de encontrar por aí.

Arthur riu e se retirou do quarto, deixando no cômodo uma assustada e surpresa jovem...

- Ainda não acredito que consegui um lar! Sinto que essa vida não vai ser tão ruim quanto eu pensava assim que pisei nesse lugar... – pensava, se dirigindo à cama, pulando sobre o extremamente confortável colchão, cobrindo-se com o edredom, cochilando rapidamente. Jamais tivera um sono tão delicioso como aquele.

...

Na noite seguinte, chegara o momento da mais nova garçonete chegar ao bar que se encontrava no primeiro andar da grande casa. Evitando olhar para os cantos, onde várias meretrizes seduziam inúmeros homens, se dirigiu ao balcão, onde se encontrava uma mulher de meia idade. Tinha cabelos pretos com pontas tingidas de roxo e utilizava uma blusa preta estampada com uma caveira, acompanhada de uma pequena saia jeans e uma bota da mesma cor da blusa.

- Boa noite, senhora... – dizia, erguendo a mão para um cumprimento. A mulher a apertou.

- Boa noite! Meu nome é Jennifer. Você deve ser a nova garçonete, não é mesmo?

- Sim... Meu nome é Margareth, prazer em conhecê-la... – e se distraiu, fitando as prostitutas do local. – É assim todos os dias?

- Você ainda não viu nada, minha garota. Elas ganham muita grana fazendo isso, mas não tenho coragem para fazer o serviço que fazem...

- Elas... ganham muito dinheiro?

- Claro que sim! Algumas até saem vencendo, pois conquistam o corações de bondosos, generosos e milionários homens, saindo dessa vida, se tornando pessoas de respeito que o pessoal jamais imaginaria que foram assim.

- Eu achava que elas... que elas recebiam pouco, e por isso continuavam nesse trabalho.

- Que nada! Algumas adoram o que fazem, pois conseguem muito dinheiro vendendo seus corpos.

As duas permaneceram em silêncio por muitos minutos, quando um cliente chegara ao balcão e Jennifer fora servi-lo.

- Muito dinheiro... Isso pode me ajudar a conseguir a guarda da Megan, tirar ela da posse daqueles dois, quando eu tiver maior de idade e puder cuidar dela, tiver uma situação financeira melhor! Não tenho muita opção a não ser recorrer a isso mesmo...

---Fim do Flashback---

...

Meses depois, após o divórcio, Elizabeth e Hector estavam para se despedir no aeroporto, pois Hector partiria para sempre de Summerlight, desejando trabalhar e viver em outro local, se distanciando de todas aquelas pessoas.

- Boa sorte na sua jornada, Hector! Nosso casamento foi bom enquanto durou... Jamais esquecerei aquela maravilhosa lua-de-mel em Paris. – garantia Elizabeth, abraçando aquele que fora seu primeiro marido.

- Não foi nada... A verdade é que não nascemos um para o outro e ainda encontraremos o verdadeiro amor das nossas vidas... Boa sorte para você também, com seu filho e com toda a vida que você terá pela frente. – despedia-se Hector, partindo, adentrando o grande avião que seguira viagem.


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Notas finais do capítulo

Espero sinceramente que vocês estão gostando...
E algo a reclamar da minha rapidez para postar os capítulos?!



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