Recomeço.

Ela olhava aquele céu novamente, um sorriso triste nos lábios dela. Ela deixou as lagrimas caírem, ele havia sumido novamente, não, não, ela sorri fraco, morto essa era a palavra correta, ela não sabia, mas qual a diferença? Aquilo doía em seu coração, estava quebrada, não havia o que temer? Ambos haviam errado... Mas lagrimas caiam, enquanto tudo o que ela queria era está ao seu lado...

Lá, rá, rá, rá...

O cheiro da sua pele

Persiste em mim agora

Você provavelmente

Está no seu voo

Voltando pra sua cidade natal.

Eu preciso de algum abrigo

Para minha própria proteção, baby.

Estar comigo mesma,

Claridade, paz, serenidade.

Ela olhava o lugar com um franzido nos lábios, aquele lugar, sem ele era sem vida... Suspiro longamente, pegando uma mochila, saindo daquele lugar, parecia tão irreal, mas por quê? Parecia errado... Ela havia sido idiota, orgulhosa demais, isso era um fato em sua vida, mas o que fazer? Ela andou até o carro, onde a morena a esperava... Seus pensamentos perdidos. Ela não ousou abrir a boca, estava perdida em seus pensamentos, enquanto o carro ganhava velocidade, ela a fitava com curiosidade enquanto o motorista ia ao destino de ambas.

Espero que você saiba

Espero que você saiba

Que isso não tem nada a ver com você!

Isso é pessoal, eu mesma e eu.

Nós sempre temos algo a ajeitar

E eu sentirei sua falta

Como uma criança

Sente de seu cobertor.

Mas eu tenho

Que seguir em frente

Com minha vida

Chegou a hora de ser

Uma garota grande

E garotas grandes não choram

Não choram...!

Não choram...!

Não choram...!

Ela via a paisagem passar, não havia aquilo, ela estava perdida em sua mente, sua cabeça, enquanto sentia aquela dor. Elena franziu o cenho, não havia o que pensar naquele momento. O silencio dominava o carro, azulada estava em seus pensamentos, enquanto divagava mais uma vez...

O caminho que estou trilhando,

Eu devo seguir sozinha

Devo engatinhar

Até eu ser adulta

Adulta

Contos de fada nem sempre

Têm finais felizes, têm?

E eu vejo

A escuridão a frente se eu ficar

O lugar era largo, estava num castelo escuro, sombrio demais, ambas caladas.

—Que lugar e esse? – indagar ela olhando a morena.

—Castelo MacCteney... – diz num sorriso largo. – Vamos ficar aqui, até voltamos para a Ordem Negra... Não é, Natasha?

Natasha franziu o cenho, olhando a morena que suspirou.

—Erick iria querer que seguissem em frente... – diz num sorriso infantil mas triste.

Natasha deixou as lagrimas rolarem por seu rosto, não havia o que dizer naquele momento.

—Não acho isso... – sua voz soou culposa.

—Você nunca o amou de verdade... – riu-se a morena fixamente nela. – Vamos, tenho que te mostrar esse lugar...

Natasha bufou, ela sabia que sim, mas aquilo doía, ele era alguém especial.

Espero que você saiba

Espero que você saiba

Que isso não tem nada a ver com você!

Isso é pessoal, eu mesma e eu

Nós sempre temos algo

A ajeitar

E eu sentirei sua falta

Como uma criança sente de seu cobertor

Mas eu tenho

Que seguir em frente com minha vida

Chegou a hora de ser uma garota grande

E garotas grandes não choram.

O lugar em si era extravagante, a morena ia frente, acedendo as tochas antigas, era uma casa extremamente grande ou melhor uma mansão, ela andou por ali, observando as varias pinturas antigas.

—BUU! – ela apareceu de repente a sua frente.

—Desgraçada, Elizabeth, que me matar! – gritou Natasha vermelha.

Era um riso infantil, enquanto ela pulou para o lado dela.

—Ora, só e uma brincadeira... – diz com sorrisinho, enquanto ela guiava pelo corredor.

Como colegas

No pátio da escola

Nós brincaremos de "UNO Cards"

Eu vou ser sua melhor amiga

E você vai ser meu namorado

Sim, você pode segurar minha mão

Se você quiser

Porque eu quero segurar a sua também

Nós seremos parceiros e amantes

E compartilharemos nossos mundos secretos

Mas é hora de eu

Ir para casa

Está ficando tarde

Escuro lá fora

Eu preciso estar

Comigo mesma no centro

Clareza, paz, serenidade.

Natasha bufou enquanto andavam, olhando a mansão da morena.

—Seu pai não está? – franzi o cenho.

—Ele está na Itália ou algo assim... – diz olhando, um sorriso largo no rosto infantil.

Ela sorri falsamente, mas o rosto desmoronou, olhando aquilo com irrealidade.

Espero que você saiba

Espero que você saiba

Que isso

Não tem nada a ver com você

Isso é pessoal, eu mesma e eu

Nós sempre

Temos algo

A ajeitar

E eu sentirei sua falta

Ela olhou em choque, enquanto havia algumas fotos ali, olhando todas, ele e ela juntos, sorrindo, lagrimas desceram por seu rosto pálido.

—Elizabeth... – fungou, olhando-a.

—Eu achei que fosse querer de volta isso... – diz ela num tom cumplice. – Ele ia querer o mesmo...

Ela olhou o garoto que amara, mas que agora estava morto. Os olhos fitavam os dela, com alegria, ambos ali, juntos, como nunca antes.

Como uma criança sente de seu cobertor

Mas eu tenho

Que seguir em frente

Com minha vida

Chegou a hora de ser

Uma garota grande

E garotas grandes não choram

Não choram...!

Não choram...!

Não choram...!

—Natasha, ficará tudo bem? – indagar ela, olhando os olhos rosa.

Natasha deixou os joelhos cederem, olhando-a. Ela limpou as lagrimas riu levemente, mas ainda triste.

—Ele não ia querer que eu chorasse... – fungou novamente.

Um sorriso surgiu nos lábios dela.

—Claro que não... – diz com animação, Natasha fixa nos olhos castanhos.

La, ra, ra

Ra, ra, ra...

Agora ela sabia...

Que ele nunca saírem de seu coração, mas algo aguarda ela...

Um novo começo. Era tudo o que ela desejava...