Percy Jackson Na Arena escrita por Vitória


Capítulo 51
Magia, eletricidade e tecnologia


Notas iniciais do capítulo

HEY!
Eu nem demorei tanto dessa vez né?? Na verdade ese cap já estava pronto antes de ontem, mas eu não consegui postar. Eu realmente não tenho mais nada pra falar então até as notas finais.
Espero que gostem do cap :D



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P.D.V Percy

— Esse lugar não tem fim! — exclamo enquanto me jogo no chão, cansado. Annabeth se vira para mim, irritada.

— É claro que tem um fim! Pare de drama e vamos logo.

— Eu estou com sede — reclamo. Annabeth revira os olhos.

— Às vezes eu me pergunto quando é que você vai crescer. O filho do deus das águas aqui é você. — suspiro dando-me por vencido e levanto voltando a caminhar. Annabeth sorri satisfeita.

Caminhamos o dia todo. No meio da tarde, encontramos um pequeno riacho onde reabastecemos as garrafas e comemos um pouco dos suprimentos. Quando anoitece, Annabeth prepara um acampamento improvisado enquanto eu e Lou Ellen observamos. Nós até nos oferecemos para ajudar, mas Annabeth nega veemente, dizendo que somente a atrapalharíamos. Eu me ofereço para ficar de vigia primeiro, e Lou Ellen dorme logo, certamente cansada da caminhada. Annabeth não dorme e fica sentada ao meu lado em silêncio, observando o céu até o hino acabar. Somente o garoto do 1 morreu. Segunda as minhas contas, somente cinco tributos foram mortos nos primeiros dois dias na arena, e isso quer dizer ainda restam 19.

— Eu estou com medo — Annabeth diz de repente.

Certo. Isso é novo. Não que Annabeth não sinta medo, eu sei que ela sente. Mas admitir isso? A situação tem que ser séria.

—Eu ainda não entendo por que... você-sabe-quem...

—Voldemort? —A interrompo. Ela me fulmina com o olhar.

—Não. Mas, por que todos? Todos eles? Não podia ser apenas... Nós? —Ela gesticula para Lou Ellen olhando diretamente nos meus olhos. Seu cinza está opaco, e pela primeira vez vejo a duvida nos olhos de Annabeth. Ela não sabe o que fazer, e isso me preocupa. Annabeth sempre sabe o que fazer.

—Não se preocupe, Annabeth. Deve haver um motivo, sempre há. Nós vamos conseguir sair dessa.

Ela dá um sorriso fraco, mas somos interrompidos por um som de galhos se partindo e alguém praguejando. Imediatamente, Annabeth e eu nos levantamos já com armas em punho. Nos aproximamos cautelosamente do som, até que vejo um corpo tentando se esconder atrás de um árvore.

— Cara, você devia ter escolhido uma arvore maior. — comento, mas não abaixo a arma. O garoto pragueja novamente e sai do seu “esconderijo” com uma faca.

— Merda, você está vivo — ele resmunga ao me ver.

— Como? — pergunto.

— Thalia disse que ia matar você assim que o visse.

— Ela chegou perto. Você é o garoto do 5?

— Há... Sim. — abaixo a espada e ele me olha espantado — você não vai me matar?

— Por que eu faria isso?

— Por que nós estamos nos Jogos Vorazes?

— Então você quer que eu mate você?

— Não! — ele se apressa a dizer e eu não consigo conter um sorriso. Ele também abaixa a faca. — Até porque você não conseguiria me matar.

— Ahan. Claro. — respondo ironicamente. — Como é seu nome mesmo? — pergunto já voltando para o acampamento improvisado.

— Louis.

— E o que estava fazendo aqui? — É Annabeth que pergunta. Nós nos sentamos a alguns metros de Lou Ellen, para não acordá-la.

— Eu... Estava procurando Thalia. Quando vi vocês, achei que ela pudesse estar por perto, mas parece que vocês se separaram.

 — É. Nos separamos. Mas por que você estava procurando Thalia?

— Eu realmente não sei. É como se alguma voz na minha cabeça me mandasse fazer isso, e minha mente só quer obedecê-la. — Troco olhares preocupados com Annabeth.

 Alguma coisa está errada. Agora não sabemos se essa voz vem da Capital ou se é alguém que está do nosso lado. Pode ser algum deus, mas porque ele faria direto com os mortais? Não, não pode ser isto. E se for os idealizadores, como conseguem entrar na cabeça de alguém? Como têm uma voz tão persuasiva e, principalmente, o que ganham com isso? Por que querem todos juntos?

— Você está com fome? — Annabeth pergunta ao garoto interrompendo meus pensamentos. Ele assente hesitante e Annabeth oferece tiras de carne seca e bolachas. Enquanto ele come, ela se senta ao meu lado.

— Você sabe o que pode ser isto? — pergunto. Ela demora alguns segundos para responder.

— Tenho algumas ideias e a maioria delas não é algo que eu queira que seja verdade.

— Poderia ser mais específica? — Ela me encara com aquelas profundos olhos cinzas e neles vejo preocupação. Percebo que a resposta para minha pergunta é não, mas dessa vez não fico irritado. Sei que ela deve ter um motivo.

— Você precisa descasar. — É tudo o que digo. Ela suspira ao desviar os olhos. Annabeth encosta seu lábios nos meus e se prepara para dormir.

— Me acorde quando estiver cansado. — não respondo e me viro para Louis que já terminou de comer e nos observa em silêncio. Nos encaramos por alguns minutos, até que, quando Annabeth já está dormindo, ele quebra o silêncio.

— Ela sabe o que está acontecendo, não é?

— É bem possível que sim. Mas nem adianta pressionar, ela só vai falar quando quiser. Agora vai dormir, eu fico de vigia.

— E quem em garante que você não vai me matar enquanto eu durmo? — Meus olhos se encontram com os dele. Apesar dessa insinuação, não posso ficar irritado. É o que um tributo normal faria nos Jogos Vorazes. Afinal, eu não devo nada a ele. Mas eu não quero isso, não conseguiria fazer isto. Ele parece entender e dá um sorriso fraco, e logo já está dormindo profundamente.

A noite é silenciosa e calma, o que me deixa inquieto. Por que alguma coisa ainda não aconteceu? Por que ainda não nos forçaram a lutar, ou aqueles monstros ainda não apareceram? Sei que as pessoas da Capital gostam de ver sangue e os idealizadores nunca deixariam ficarmos tão tranquilos por tanto tempo. Alguma coisa está errada. Só não sei se é bom ou ruim.

Fico acordado a noite toda. Apesar do pedido de Annabeth, não ousei acordá-la e, embora eu estivesse muito cansado por causa da caminhada, sei que não conseguiria dormir. Ela é a primeira a acordar quando alguns raios de sol aparecem por entre os galhos das árvores. Nós preparamos um café da manhã rápido em silêncio e então acordamos os outros dois. Comemos em silêncio também, só com alguns olhares curiosos de Lou Ellen para mim e Annabeth.

— Esse é Louis, do Distrito 5. — É tudo o que digo quando ela pula ao ver o garoto sentado com a gente.

Quando já terminamos de comer, Annabeth é a primeira a falar.

— Nós estamos pertos. Sei disso porque nada aconteceu ainda. Eles querem ver o que faremos quando chegarmos ao limite, por isso ainda não nos impediram. Deve haver algo ou alguém nos esperando lá, mas precisamos ir.

Tudo o que fazemos é assentir e levantar acampamento. Annabeth vai na dianteira, seguida por Lou Ellen e Louis e eu fico na retaguarda. A caminhada é silenciosa e cansativa e, quando o sol já está bem alto no céu, indicando o meio-dia, Louis grita de repente.

— Para! Annabeth, para aí! — Annabeth obedece assustada.

— O que aconteceu? O que foi?  — Pergunta. Louis dá um sorriso fraco.

— Parece que finalmente encontramos “o limite” — Me junto a eles.

— Como? E como você sabe disso? — Ele aponta para frente, mas eu não vejo nada.

— Ali. Estão vendo? Um campo de força. —Observo com mais atenção e finalmente consigo ver algo tremulando no ar. — É isso que nos mantém aqui dentro. Caso alguém tente escapar, é incinerado assim que toca a barreira. Ela tem tanta eletricidade que ninguém conseguiria durar dez segundos.

— E como você sabe disso? — Lou Ellen pergunta. Ele dá de ombros.

— Distrito 5. Eletricidade. — Annabeth assente e me encara com um sorriso. O sorriso dela é tão lindo que demoro alguns segundos para entender o motivo dele. Mas quando entendo, tudo faz sentido.

— Thalia. Precisamos de Thalia. — Annabeth abre ainda mais o sorriso como se estivesse satisfeita com a minha resposta, mas então adquire um semblante preocupado.

— Mas como vamos encontrá-la agora? Não podemos voltar para a Cornucópia, vai levar tempo de mais, além de que nem temos certeza de que ela vá aparecer. Ela tem a mesma mania que você de não seguir planos.

— Ei! — Protesto, mas não posso deixar de concordar.

— Certo, já entendi o porque de precisarmos de Thalia mas...

— E sou o único aqui que não sabe por que precisamos de Thalia? — Louis interrompe Lou Ellen.

— Sim — dizemos todos juntos. Ele suspira irritado, mas não exige explicações. Pelo menos o garoto não é idiota.

— Ei, Lou Ellen. Você não pode arrumar um jeito de Fazer Thalia e os outros virem para cá? Sei lá, usar os poderes da sua mãe? — Annabeth me olha repreendedora, mas eu dou de ombros. — O que? Esse é um caso desesperador! — Ela concorda hesitante e olha esperançosa para Lou, que está pensativa.

— Talvez... — começa — mas não posso garantir nada. Magia não se dá muito bem com eletricidade.

— Calma aí. Magia? — Louis perguntou descrente. Annabeth lançou-lhe um olhar significativo e ele se cala. Assim que Lou Ellen começa a recitar palavras completamente desconhecidas, alguém diz saindo da floresta.

— Isso não vai ser necessário. — É Thalia, e logo atrás, os 3 garotos e Katie. Fiquei aliviado por ela estar com eles. — Eu gostaria muito de ver isso, mas não temos muito tempo. Precisamos achar os outros rápido. Oi Louis. — Ela diz tudo de uma vez já andando e seguindo o percurso da barreira. Demoro alguns segundos para processar a informação, e Annabeth é mais rápida que eu.

— Ei! Espera aí! Como assim? Como você nos encontrou? Por que não temos muito tempo? — Thalia virou-se com um olhar irritado.

— Ás vezes me esqueço do quanto você gosta de fazer perguntas. Agora não dá. Só me sigam, por favor. — O ”por favor” não deixou dúvidas: alguma coisa estava errada. Troco um olhar com Annabeth e dou de ombros, quando começo a seguir atrás de Connor.

— Onde estão os outros? — pergunto. Thalia responde sem se virar.

— Se estiverem onde penso que estão, não demorará muito para que os encontremos.

Dito e feito. Trinta minutos de caminhada e encontramos Clarisse, Chris, Nico e Sunny. Todos parecem bem, mas Thalia não deixa espaço para conversas. Todos a seguimos em silêncio, e até Clarisse não faz objeção. Andamos seguindo a barreira, e estou preocupado com Katniss. Thalia se preocupou em reunir os semideuses, sabe-se-lá como, mas e Katniss? E porque essa reunião agora? Ela não poderia esperar até o dia do encontro na Cornucópia? Tenho certeza de que Thalia viu nossas expressões confusas, mas mesmo assim não deu nenhuma explicação até parar. Ela para um pouco antes de um precipício, e a única coisa que nos impede de cair, é a barreira. O que não é muita coisa, considerando que ela poderia nos matar. Thalia vira-se apressada para nós.

— Chegamos na hora. Olhe, não temos muito tempo. Eles conseguiram tirar as câmeras desse espaço em um raio de 4 metros, mas logo a Capital já vai repô-las. Como não temos muito tempo, vou ter de resumir e não estou nem aí se não entenderem — Típico. Ela respira fundo e começa a falar tão rápido que eu quase não consigo acompanhá-la. — Jake conseguiu entrar em contato com uns caras lá, e eles estão planejando nos tirar daqui. Quando a Kate sumiu, foram eles que a pegaram para explicar tudo isso.

— Por que Kate? — interrompo e Thalia me olha feio.

— Porque sim. — responde como se estivesse tudo explicado. Apenas suspiro e a deixo continuar. — Eles estão conseguindo entrar no sistema da Capital, e modificando algumas coisas. Um paraquedas veio para mim ontem á noite, o que eu achei estranho porque meus mentores não estão muito preocupados comigo, tenho certeza. Mas era algo de Jake, meio que um chip que eu coloquei no ouvido e assim posso comunicar-me com ele. Posso ouvi-lo falando, mas não é necessário que eu fale para ele me ouvir. Tecnologia da Capital somado as habilidades de um filho de Hefesto pode ser muito útil. Então, acredito que ele também enviou um para você, Clarisse, como disse que faria. — A Filha de Ares assente — Ele também iria enviar um para Annabeth, mas como o único objetivo disso era nos unir e você estavam indo exatamente para onde precisávamos, não foi necessário. — Apesar dessa explicação lógica, percebi que Annabeth não ficou muito feliz com aquilo. Ela não gosta de estar por fora dos planos. — Então ele mandou nós nos unirmos aqui, exatamente nessa hora e eu explicar tudo para os que não sabiam. Eles vão vir nos buscar amanhã. O plano de Jake era levar somente nós, os semideuses, mas seus aliados querem levar todos e eu até concordo, não é justo deixarmos eles nas mãos da Capital.

— Obrigado. — Louis murmura ao meu lado, mas se Thalia ouve, não deixa transparecer.

— Então, agora, precisamos achar eles. — Ela para de repente como se estivesse ouvindo alguma coisa. Seu semblante preocupado se desfaz em um sorriso — Jake acabou de dizer que ele consegue fazer todos chegarem aqui, já que nesse exato momento eles estão na sede de controle dos idealizadores, por isso ainda não foram colocadas as câmeras. As pessoas da Capital estão vendo o garoto do Distrito 2 caçar esquilos. Jake diz que todos estarão aqui até a meia-noite de hoje, e vamos sair amanhã de manhã.

Ficamos em silêncio absorvendo as palavras. Annabeth foi a primeira a falar.

— Ótimo, mas primeiro: Quem são esses “aliados” de quem você falou? E como os outros vão chegar aqui? E como vamos sair? — Thalia sorri diante das perguntas e prepara-se para responder quando para subitamente.

— As câmeras foram ligadas.


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Notas finais do capítulo

E então?? Acho que no prox ou no outro eles já vão estar fora da arena e vai ter mais explicações sobre isso e respostas para as perguntas da Annabeth. Porx cap ou é da Katniss e o Finnick vai aparecer, ou é do Jake. Ainda não decidi.



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