Percy Jackson Na Arena escrita por Vitória


Capítulo 25
Perto da morte


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOi meus amores. Primeiro eu queria pedir desculpas pela demora, eu não consegui fazer o cap domingo ne ontem, e quando eu entrei ontem a noite rapidinho, e eu vi as DUAS recomendações que eu ganhei eu fiquei tipo: CRAZZY!!!!!!!! EU AMEI AS DUAS LINDAS RECOMENDAÇÕES E QUERO AGRADECER AOS LEITORES Dallas742 e Jpstrikex. EU FIQUEI S.U.H.M.P (SUPER ULTRA HIPER MEGA POWER)FELIZ!!!

E como desculpa pela demora, eu fiz esse cap um pouco maior.

(e tem bastante sangue nesse cap Lalau di Angelo kkkkk)



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P.O.V Percy
–Como está sua perna? Consegue correr?

–Está melhor, mas não sei se conseguirei correr muito. –Eu peguei minha espada.

–Então vamos lutar.

Eu ainda estava abalado com a visão de Annabeth, mas não deixaria Atena me intimidar e parar de proteger Katniss. Os sons ficavam mais nítidos e eu espero para um ataque a qualquer momento. Eu esperava por outros tributos, mas o que realmente apareceu foi um lobo. Sim um lobo, só para completar a nossa serie de azar. Eu falava que era azar, mas sabia que isto não existia para semideuses, e descobri que para tributos também não. Aquele lobo foi posto lá propositalmente, e eu quase me arrependi do que disse ontem. Quase. O gosto de imaginar a raiva do presidente e dos idealizadores compensava desafio.

Ele rosnava, se preparando para atacar. Coloquei-me na frente de Katniss, em forma de proteção. A ouvir bufar atrás de mim, mas ignorei, e continuei com meus olhos fixos no lobo. Nós nos fitávamos, esperando que o outro iniciasse a luta. Seus olhos estavam famintos, com sede de sangue, nos meus podia se ver uma mistura de ódio e desafio.

Nos encarávamos, prontos para atacar a qualquer movimento do adversário. Até que minha hiperatividade venceu, foi um movimento impulsivo, mas aquela espera estava me irritando, eu odeio esperar, e odeio mais ainda quem me faz esperar. Eu lancei minha espada à frente, no mesmo momento em que o lobo recuava e se preparava para pular em meu pescoço com a mandíbula a aberta. Ele não me deu tempo, pulou em mim, mas desviei graças aos meus reflexos semideusáticos. Por sorte, Katniss também rolou para o lado, e já preparava uma flecha. Ela olhou em meus olhos, e entendi o seu plano. Me virei novamente ao lobo, pronto para realizar a minha parte. Corri um pouco na direção contrária, para que ele me seguisse. Funcionou, e me virei novamente na hora certa já levantando a espada, e cortando sua barriga, mas mesmo com o ferimento que escorria sangue, ele continuou. Não sentia dor, só ansiava por lutar, provavelmente estava trancafiado até esse momento, única hora que pôde estar livre para fazer o que quer.

Ele avançou tão rápido que só me deu tempo de agachar. Evitei perder a cabeça, mas ganhei um corte nas costas, onde escorria sangue, e a dor aumentava a cada segundo. Quando em levantei novamente, pude sentir o corte se abrir, e a dor se intensificar. Mas precisava colocar o lobo na mira de Katniss, sem ter o perigo de ela acabar me acertado. O sangue escorria pelas minhas costas, mas continuei, ignorando a dor. Corri novamente, de volta ao lugar em que o lobo aparecera. Ele me segue a toda velocidade, espero parado até o ultimo momento e pulo para o lado, me esquivando do golpe que poderia arrancar minha cabeça. Ele pula no vazio, mas recebe uma flecha na testa, antes de aterrissar no chão, definitivamente morto.

Eu estou suado, meu machucado arde de dor, e mal consigo sentar. Katniss vem para o meu lado e percebo que vai passar o creme nas minhas costas. Eu desvio do seu toque:

–Você tem que guardar para você, eu estou bem.

–Pare de ser idiota Percy, você não está nada bem, se você pudesse ver o que eu estou vendo... –Bufei, mas voltei ao meu lugar, a deixando passar o creme delicadamente em minhas costas, mas também pude perceber que ela tremia levemente.

–Você está bem?

–Sim. –Ela disse e se afastou.

–Se você diz... Deixe-me ver sua perna. –Ela senta do meu lado e apoia sua perna no meu colo. Seu ferimento está rosa, e a pela já o está recobrindo. –Está melhor. Você acha que já pode andar? Não é bom ficar num lugar só por muito tempo, principalmente agora que há mais cinco tributos. –Bem nessa hora um canhão soa. –Quatro. –me corrijo. –Quem será que morreu?

–Não importa.

–Talvez para ele tenha importado.

–Não importa para nós. –Ela diz se fazendo de forte e já levantando, sem ao menos me esperar. Pude perceber que está abalada, e até imagino o motivo. Esse tiro podia se para algum de nós. Mesmo que sobrevivamos, só um irá poder sair da arena. Eu sei, eu sei, eu havia falado que daria um jeito, mas agora que estava tão perto, eu não fazia ideia, e o que mais doía não era eu morrer. Era o sofrimento de Annabeth ao descobrir que eu morri, ou Katniss morrer. Espantei esses pensamentos, teria de me preocupar com isso outra hora, agora teria de seguir e frente. E foi o que fiz. Peguei minhas coisas e corri para alcançar Katniss, que mesmo com a perna machucada, se deslocava com rapidez.

–Como você sobreviveu?

–Ãh... Você atirou uma flecha no lobo? –O que deu nela?

–Não agora Percy. Quando as teleguiadas caíram em nós.

–Teleguiadas? –Ela revirou os olhos.

–Aqueles insetos do tamanho de abelhas que a picada dói demais.

–A... Eu voltei para o lago depois que elas saírem, eu fiquei lá desmaiado, até que acordei anteontem. A água ajudou a curar os ferimentos. E você?

–Rue colocou umas plantas curativas nas picadas, e parece que a garota do Distrito 3 também conhecia a planta, por isso os carreiristas sobreviveram, menos Glimmer, ela morreu na hora.

–Preferia que eles tivessem morrido... –comentei.

–Eu também. –Katniss suspirou.

Caminhamos por um tempo em silêncio, eu somente seguia Katniss, não sabia para onde ela me levava, e uma coisa que nunca aconteceu antes na arena me surpreendeu: começou a chover. Nós corremos até achar uma pequena caverna, onde caberia nós dois. Eu estava exausto por causa da luta, e da caminhada, então simplesmente adormeci, sem sonhos, e sem esperar o hino.

Acordei, a chuva já havia passado, e o sol já raiava no horizonte, mas não via Katniss em lugar algum, tentei me levantar, mas o corte em minhas costas ardia muito. Passei as mãos pelas costas e senti o sangue molhando meus dedos. O creme não fizera efeito nenhum, parece que só piorara. Mesmo com a dor, forcei-me a levantar. Minha cabeça latejava, e eu me sentia completamente vulnerável. Tomei um pouco de água do cantil, e comi a ultima bolacha do pacote. Sai da caverna para procurar Katniss, mas assim que saio, sinto um toque de metal frio nas minhas costas:

–Finalmente a Bela Adormecida acordou, pensei que teria de chamar Annabeth para dar o beijo do amor verdadeiro. –Cato debocha.

–Nunca mais pronuncie esse nome. –Falei trincando os dentes.

–Parece que ficou irritadinho, e olha! O Destruidor de Calx está machucado! –Clove ri.

–O que vocês querem? –ignorei Clove.

–Acho que já está claro. Matar você. –Cato afunda mais a espada.

–E porque ainda não matou?

–Eu quero me divertir. –Ele afunda a espada ainda mais

–E onde estão os outros?

–Não precisamos mais deles. –Clove diz.

–Eu acho que não é isso. Eu acho que eles morreram. –Eu comecei, precisava de tempo, os fazer ficarem falando, até ter uma oportunidade.

–E alguém perguntou o que você acha?

–Não, mas eu vou falar mesmo assim. Eu acho que eles estavam em apuros, e vocês, como são covardes, deixaram eles morrerem e fugiram, ou simplesmente mataram a sangue-frio. É covardia do mesmo jeito.

–O que nós fizemos não é da sua conta. E você é bem mais covarde! Não nos matou quando teve chances, e foram duas! Não espere que eu vá ser tão bonzinho quanto você. –Cato fala. Isso não é nenhuma surpresa para mim, ele é desprezível.

–O que fiz não foi covardia, foi pena. Pena pelo que vocês são obrigados a fazer. A Capital controla sua mente para matar, e é o que você faz. Você não é nada, é somente um peão da Capital, que pode ser eliminado a qualquer momento. –Cato hesita, e afrouxa um pouco o aperto da espada, me dando uma chance. Eu me abaixo, e dou uma rasteira. Ele cai no chão surpreso com o ataque repentino e deixa a espada cair. Eu a pego, e me viro bem a tempo de desviar uma faca de Clove, que foi atirada para acertar precisamente meu coração. Ela já prepara outra faca, mas eu aponto minha espada para Cato. Vamos ver se o amor é correspondido.

–Um movimento e eu mato ele. –Clove hesita por um tempo, mas logo se recupera e lança mais uma faca. Eu faço um corte em Cato, um pouco antes de me esquivar. Ele grita de dor e Clove corre para seu lado. Vejo que o corte é mais profundo do que eu queria que fosse, e o sangue escorre como uma cachoeira. Quando pulei para desviar da faca de Clove, cai no mato, batendo as costas, que agora doem intensamente.

Clove baixou a guarda e Cato está ferido. Eu podia mata-los agora, mas não tenho força nem para me levantar, ao invés disto, eu permaneço em silêncio, tentando não ser notado e fico observando a cena. Clove arranca um pedaço de sua blusa, e o pressiona sobre o corte, estancando o sangramento. Assim que percebe que ele pode durar um pouco mais, sua cabeça se vira a minha direção, e seus olhos ardem de fúria. Suas íris castanhas, agora parecem quase pretas. Ela prepara uma faca, e anda lentamente até mim. Eu estou fraco, cansado, vulnerável. Só espero que Katniss esteja bem, ela tem que ganhar, eu sobrevivendo ou não. Meus pensamentos se voltam para Annabeth, e minha preocupação aumenta. Se eu morrer mesmo, como ela vai reagir? Ela tem de ser forte, mas sei o quanto é difícil, não consigo nem imaginar se algum dia Annabeth morresse.

Clove continua caminhando em minha direção com calma, como se não se importasse se eu morresse agora ou daqui a dez minutos, eu vou morrer, e não há como evitar. Clove prepara a faca no alto da cabeça, pronta para atirar, e diz:

–Adeus, Perceu Jackson. –Mas bem quando ela vai lançar a faca, algo pula em cima dela, e as duas figuras caem no chão.

Eu me levanto e pego a espada novamente, e descubro que a coisa que pulou em Clove é Katniss. A faca de Clove foi jogada para o lado, e ela e Katniss rolam pelo chão em uma briga corpo a corpo. Parece que Katniss domina a situação, até que Clove inverte as posições, tira outra faca do cinto e a pressiona contra o pescoço de Katniss:

–Veio defender o irmãozinho? Ele vai morrer, por que você é uma inútil, você vai deixá-lo morrer igual deixou a garotinha, como era o nome dela? Rue, do Distrito 11. Que lindo! Os Distritos pobres se unindo e achando que tem alguma chance de vencer os jogos. Mas parece que não está dando certo não é? Seu maninho está sangrando de dor, totalmente fraco, você está com uma faca no pescoço, e a garota? Morta! Nós a matamos, igual vamos matar vocês.

Ela levanta a faca, pronta para perfurar o peito de Katniss. Eu tendo andar para frente, mas minhas costas não permitem, e eu caio gemendo de dor. Isso não pode acontecer. Depois de tudo o que passamos, iremos morrer fácil assim? Eu não posso impedir, e nunca me senti tão inútil na vida. Quando a faca está a centímetros do coração de Katniss, alguém puxa Clove com força para o lado, e a pressiona contra uma árvore. O garoto é grande, negro e parece cheio de força.

–Você matou Rue? –Ele grita com sua voz grossa. Clove está em estado de pânico.

–Não, eu na...

–Não minta! Eu ouvi você falando o nome dela!

–Não fui eu! Pare! Pare! –Ela começa a gritar, mas o garoto não escuta. Ele pressiona a cabeça de Clove entre suas mãos enormes, e com apenas um movimento desloca seu pescoço, como se estivesse abrindo um garrafa. Clove cai no chão, morta, e seu canhão soa, confirmando o obvio. O garoto, que lembro ser do Distrito 12, Tresh, se vira para Katniss, que observa tudo paralisada. Ela se rasteja par trás quando o garoto se aproxima. Ele salvou Katniss, mas agora vai mata-la, penso. Mas não é isso que faz, para meu alívio.

–Ouça 12, eu só fiz isso por Rue, não por você, e não espere que eu faça de novo. –Ele diz e sai correndo para a floresta. Katniss se levanta, ainda atordoada de estar tão perto da morte duas vezes em menos de 5min. Ela vem para o meu lado e me vira de costas.

–Meu deus! Isto está muito ruim, você não vai conseguir fazer nada, vamos para a caverna. –Ela me levanta e apoia o meu braço em seu ombro. Enquanto andamos, percebo a ausência de Cato.

–Onde está Cato? –Pergunto.

–Não sei, eu nem vi ele, assim que cheguei, Clove já estava quase atirando a faca em você, eu só pulei nela, nem vi nada ao meu redor. Mas ele não morreu, seu canhão não soou.

Ela me deita no chão da caverna, de costas. Abre um cantil e joga água no corte. Isso alivia a dor, mas ainda posso sentir o sangue. Ela corta um pedaço de sua camisa e usa para estancar o sangue. Aos poucos, ele vai parando de jorrar, mas a dor é inevitável.

–Fique aqui, eu vou buscar mais água.

–Tome cuidado.

–Não sou eu que preciso tomar cuidado, eu saio por meia hora e você já arruma encrenca. –Ela diz já se levantando.

–Não foi minha culpa, eles estavam na porta esperando eu sair! –Eu protesto, mas ela já saiu.

Fico parado pensando. Eu quase perdi Katniss, quase perdi minha vida hoje, e ainda está no meio da tarde! Quando eu vi a faca no pescoço de Katniss, eu me desesperei, a ideia de perdê-la era tão ruim quanto de perder Annabeth. Annabeth, o que será que ela faz nesse momento? Espero que esteja sendo forte, não suportaria ver Annabeth acabada novamente. Eu estou cansado e exausto, e então, lentamente vou fechando os olhos, e adormeço.



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Notas finais do capítulo

FALEM DO QUE ACHARAM OK? Criticas, sugestões, opnioes, recomendações, é tudo bem vindo ok??????

ACCIO LEITORES FANTASMAS!!!