Rose Weasley.

─ NÃO PODE SER! ─ exclamei.

─ Não entra em panico Rosie, é só uma hipotese. ─ falou Domi tentando me acalmar. ─ Claro que todas as evidencias apontam para isso, por que faz umas quatro semanas que você estava em seu periodo fertil, e esse é o tempo exato que se leva para perceber uma possivel gra...

─ DOMINIQUE, VOCÊ NÃO ESTÁ AJUDANDO! ─ exclamei alto, andando pra lá e pra cá.

Ela me parou e colocou as duas mãos sobre meus ombros.

─ Calma! ─ ela disse e eu suspirei. ─ Temos que ter certeza, antes de entrar em panico.

─ Vamos pra farmacia. ─ falei já caminhando até a porta.

─ Achei que você iria querer ir no médico, fazer exame de sangue e essas coisas... ─ disse ela me acompanhando.

─ Essas coisas demoram, eu preciso saber agora! ─ falei dedicida.

─ Rose, e se você estiver grávida... ─ começou Domi, escolhendo as palavras. ─ Ahn... Você vai contar ao Mason?

Mason... Esse nome ecoou em minha mente.

Claro, meu filho só poderia ser dele, afinal, nós ficamos bastante tempo juntos e... Bom, não é possivel que apenas uma noite, uma única noite com Scorpius.... Não. Essa criança é do Mason.

Mas calma, eu nem sei se tem criança ainda, então por enquanto não vou pensar nisso.

─ Não sei... ─ falei baixo.

─ Mas esse bebê pode ser do Scorpius, não pode? ─ ela sussurrou.

─ Que bebê Dominique? Nós nem sabemos se há bebê ainda! ─ exclamei.

Não sei dizer o por que, mas ela ter insuado que talvez Scorpius fosse o pai, me trouxe uma realidade de que isso era realmente possivel, e isso me irritou de alguma maneira.

─ Tudo bem... ─ falou ela entrando na farmacia.

Nós compramos quinze testes, um de cada marca, e saimos da farmacia.

Exagero, eu sei, mas Dominique insistiu.

Quando chegamos em casa, o clima não poderia estar mais tenso.

Entrei no banheiro e fiz exatamente o que a embalagem do teste pedia, e assim que sai de lá fui bombardeada.

─ E então?? ─ perguntou Domi.

─ Tem que esperar quinze minutos. ─ exclamei cansada.

Sentamos no sofá e esperamos. Domi ligou a tevê e ficava passando de canal, fazendo sons difusos ecoarem pela sala silenciosa. Aquilo me irritou.

─ PARA! ─ gritei. ─ por favor.. ─ sussurrei enterrando os rosto nas mãos.

─ Tudo bem.. ─ disse ela desligando a tevê e erguendo as mãos em sinal de rendição.

Depois de mais algum tempo, Domi disse.

─ Deu! Vamos ver.

Entrei no banheiro e peguei o frasco que continha meu xixi (argh) e dentro dele, a fita azul que marcaria um risquinho ─para negativo─ e dois risquinhos ─para positivo─.

Fechei os olhos e retirei a fita de dentro do frasco, com Domi ao meu lado.

Não precisei abrir os olhos para saber o resultado, os gritos de Domi já diziam claramente que sim, eu carregava uma criança dentro de mim.

Mas de qualquer forma, abri os olhos só para me certificar, e lá estavam eles, os dois risquinhos afirmando que eu estava grávida.

─ Vou fazer o outro ─ falei entrando no banheiro.

─ Por que Rose? Já deu positivo, você vai ter um bebê. ─ exclamou ela, feliz.

─ Eu não comprei quinze testes atoa Dominique, eu vou fazer todos. ─ gritei.

─ Tudo bem, tudo bem... ─ falou ela se afastando.

Bom, a questão é que algumas horas depois, haviam quinze fitas, algumas azuis, rosas, amarelas, verdes, todas em cima de um balcão, apesar da diferença das cores, todas elas afirmavam a mesma coisa, eu teria sim um bebê.

─ Você me deixa ser a madrinha dela? Por favor? ─ pediu Domi, suplicante.

─ Dela? ─ perguntei confusa.

─ Vai ser uma menina, eu sinto. ─ ela disse, e eu arqueei uma sobrancelha. ─ Imagina só, uma garotinha ruiva, com saia e sapitilha indo para a aula de balé? ─ disse ela, sonhadora, caindo no sofá.

Não pude deixar de dar um sorriso com a visão.

─ Talvez essses testes estejam errados... De qualquer forma vou ao medico amanhã e fazer um exame que poderá me dar cem por cento de certeza de que eu estou mesmo gravida, depois a gente pensa no sexo do bebê. ─ falei indo para cozinha.

─ Estraga prazeres... ─ murmurou ela. ─ E o que você quer ai? ─ perguntou enquanto eu fuçava nos armarios.

─ To com vontade comer açai. ─ falei.

─ Você não vai achar açai ai Rose, e você não odiava açai? ─ perguntou ela, confusa.

─ Agora eu quero. Vem, vamos comprar. ─ disse arrastando-a pela mão.

Eu precisava da fruta, se não eu morreria.

─ Rose, são onze e meia da noite. ─ falou Domi.

─ Não to nem ai, tem que ter açai em algum lugar. ─ falei já fora de casa.

─ Tudo bem, mamãe. ─ falou Domi, reprimindo um sorriso.

No final das contas nós não achamos açai, e eu tive que me contentar comendo uma maçã.

xx-xx

O outro dia amanheceu nublado, eu estava com um pouco de medo, pois hoje eu faria o exame nos hospital, e bom, ai sim eu teria certeza da minha suposta gravidez.

Eu sei que lá no fundinho eu sinto que carrego um bebê em meu ventre, mas eu simplesmente preciso ter certeza.

Me arrumei rapidamente e fui para o hospital em que eu mesma fazia plantão.

Assim que cheguei fui recebida calorosamente pelo Sr. Lewis, um pediatra-obstetra antigo e experiente do lugar, muito atencioso e simpatico, que era com quem eu ficava conversando em plantões parados.

─ Olá Rose, decidiu voltar ao trabalho? ─ perguntou ele, brincalhão.

─ Na verdade não Lewis, hoje eu serei paciente. ─ falei sorrindo.

─ Paciente? ─ ele perguntou confuso.

─ Sua paciente, para ser mais especifica. ─ falei.

Ele fez uma cara de confuso, e me guiou até sua sala.

─ O que houve Rose? ─ perguntou.

─ É que.. Bom... Acho que estou grávida. ─ falei.

Ele ficou surpreso.

─ Bom.. Se é assim, vamos tirar um pouquinho de sangue.

Me sentei em uma cadeira, enquanto ele retirava amostras de meu sangue.

─ Bom, se você quiser esperar, vai demorar só algumas horas para sair o resultado. ─ ele falou.

─ Vou esperar sim. ─ falei.

Sai de sua sala e fui para a lanchonete do hospital, não me agradava voltar para casa e ter que aguentar Dominique, afirmando que esse bebê poderia ser de Scorpius.

Eu sabia que isso era possivel, mas preferi não pensar nisso no momento.

Inconsientemente passei a mão pela barriga, e sorri em seguida.

Eu estava gravida, e agora eu tinha certeza disso, antes mesmo do resultado do meu exame sair.

Depois do que eu pensei ter sido horas, o Sr. Lewis apareceu, com um envelope nas mãos.

─ Vamos Rose? ─ perguntou ele, com um enorme sorriso no rosto.

─ Vamos. ─ falei me levantando.

Chegamos a sala e ele pediu para que eu me sentasse.

─ Quer abrir? ─ perguntou ele, me oferecendo o envelope.

─ Abra o Senhor para mim. ─ pedi.

Ele abriu, correu os olhos pelo papel, sorriu e disse:

─ Parabéns mamãe.