Lágrimas de Sol escrita por Anastacia B, Kah Correia


Capítulo 20
Capítulo 20 - O Visitante


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!
Tudo bem?
Não era dia de post hoje, mesmo por que já postei dois capítulos essa semana.
Mas como vocês comentaram bastante e estão sendo super parceiras, segue mais um post.
Aproveito a oportunidade, para convida-las para conhecer minha nova fic com parceria da Kah Belikov. Chama-se BRAVE HEART e é uma história bem diferente dos que eu já publiquei. Dimitri é mal! =D. Bom, aguardo vocês lá pelo menos para dizer um "oi" e claro, nos comentários da nossa querida LÁGRIMAS DE SOL.
Gente a fic tá acabando :( Tô até triste....
Contagem super regressiva. Estou prevendo dois capítulos e pronto.
Beijos e já falei demais. Até la embaixo.



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Esperamos por incansáveis horas na estreita sala, próxima da sala de cirurgia. Vicky estava agora adormecida em meu ombro, assim como Sônia parecia estar no ombro de Olena. Durante todo o tempo que estávamos ali, eu não pude de deixar de notar em como Olena se parecia com minha mãe. A forma como ela acariciava e dizia palavras bonitas a sua filha, era algo que eu do fundo da alma sentia falta. Durante todo esse tempo também, ela me lançava olhares otimistas, como se soubesse que no fundo, tudo iria se resolver. Com toda a certeza, Olena depositava uma confiança sub-humana na capacidade de seu filho homem. Dimitri. Aquela confiança que ela tinha, era algo contagiante, que transmitia força e luz, principalmente a mim.

Eu estava prestes a buscar um terceiro copo de café, quando a porta que levava ao centro cirúrgico foi aberta. De dentro dela Dimitri saiu. Levantei-me em um salto assim como Vicky, que parecia estar adormecida até aquele momento. Olena e Sônia levantaram também em seguida.

-O que aconteceu? Sofia está bem? – Foi à vez de Olena perguntar.

-Sofia está fora de perigo. – Dimitri então soltou um longo suspiro e sorriu para sua irmã que aos tropeços foi ao seu encontro, para abraça-lo sem se importar, que ele ainda estivesse usando seu uniforme. Quando seus olhos cruzaram os meus, não consegui disfarçar minha felicidade. Em tão pouco tempo que estava com eles, já me sentia incrivelmente conectada. Lágrimas agora caiam de meus olhos, sem que eu tivesse controle. Vicky então me abraçou e foi ai, que eu percebi que estava tremendo.

-Ela está bem – Vicky disse próximo de meu ouvido. – Dimitri a salvou.

-Sim salvou – Concordei, voltando a encarar seus olhos. Dimitri ainda estava abraçando Sônia e seus olhos, me observava agora, de uma forma cúmplice.

==X==

 Depois de quase duas horas, Dimitri saiu definitivamente do centro cirúrgico. Ele agora estava vestido sem o uniforme, mas seu cabelo castanho continuava amarrado. Ele se aproximou de nós para das às notícias.

-Sofia vai ficar bem Sônia – Ele pegou as mãos da irmã. –Está agora descansando no quarto. Pode ir vê-la se quiser.

Sem um incentivo extra, Sônia, sua mãe e irmã, basicamente dispararam para trás das portas, atrás de Sofia.

-Meu Deus que loucura – Comentei a Dimitri as observando. Ele então se aproximou de mim e sem que eu ao menos esperasse, me abraçou . Passei meus braços ao seu redor o puxando para mim, mesmo que nossa altura fosse relativamente significativa.

-Fico feliz que esteja aqui. – Ele beijou o topo da minha cabeça.

-Eu também. Foi bom conhece-las, mesmo que fosse sob uma circunstância dessas.

-Os dois ali estão dormindo. – Dimitri se separou de mim e com um olhar divertido, apontou seus dois sobrinhos, adormecidos em um extremo da sala. Olena tinha preferido assim, para que pelo menos eles, tivesse um bom cochilo.

-Ah sim – Me virei para vê-los também. –Eles estão dormindo já faz mais de um par de horas.

Dimitri me virou gentilmente para si e selou nossos lábios, em um terno e rápido beijo. Aquele pequeno gesto, fez com que todo meu corpo de arrepiasse e responde-se a ele.

-Vou te levar pra casa – Ele comentou voltando a beijar meus cabelos. – Logo aquelas três serão expulsas pelas enfermeiras.

Mesmo contra a vontade eu acabei rindo.

-Vai deixa-las sozinhas? – Perguntei a Dimitri. Ele agora já havia entrelaçados nossos dedos e me puxava para longe. Com um rápido sinal a uma enfermeira de plantão do balcão, pediu para que ficasse de olhos nas duas crianças.

-Elas não vão demorar lá. Acredite em mim. – Apertei gentilmente seus dedos nos meus, me permitindo ser levada para casa. Um breve olhar para as janelas à frente, me fez perceber que já havia amanhecido.

Quando Dimitri me deixou em casa, eram quase nove horas da manhã. Ele havia me prometido uma visita mais tarde, após passar no hospital para verificar Sofia. Por agora, iria somente tomar um banho e trocar de roupa, para logo voltar e verificar sua sobrinha e suas irmãs e mãe.

Diferente do que eu imaginava, assim que cheguei a minha casa, tomei banho e substitui minhas roupas usadas no hospital, pelo meu pijama confortável, adormeci facilmente com Max ao meu lado na cama.

==X==

Acordei mais tarde, com o barulho do meu telefone. Eu tinha certeza de que quem quer que fosse, havia ligado pelo menos umas duas vezes, antes que a ligação fosse derrubada pela caixa postal.

-Sim? – Atendi sonolenta.

-Rose? Onde você esteve o dia todo? – Lissa do outro lado da linha, estava bastante nervosa.

-Eu... – Comecei a dizer, mas ela me interrompeu.

-Eu estou te ligando desde ontem! Você não responde minhas mensagens e seu celular, parece ter sido descartado. – Ela bufou, me fazendo virar os olhos.

-Eu estava ocupada.  – Disse simplesmente.

-Espero que isso, não tenha nada haver com o médico. – Lissa ainda continuava nervosa, mas a incerteza sobre minha relação ou quase com Dimitri, há deixava um pouco aliviada. Quem poderia entender alguma coisa?

-Eu estava com ele ontem – Continuei com minhas respostas vagas, enquanto tocava minhas têmporas, criando coragem para levantar. Com um olhar mais atento a janela, eu pude perceber que já havia escurecido. Provavelmente Dimitri apareceria logo para me ver. Ao menos eu esperava isso.

-E? – Sua curiosidade era quase palpável do outro lado da linha. –Ele ainda está ai?

-Não. Estou dormindo com Max. – Lancei um olhar para o lado e vi que Max assim como eu, havia sido acordado pelo som do telefone.

-Preciso de mais informações que essa. – Eu quase pude ver Lissa do outro lado da linha, virando os olhos. Com um longo suspiro me sentei na cama. A conversa seria bem longa. Contei a ela sobre meu jantar, nosso primeiro beijo e inclusive nossa prévia de uma noite de amor. Com um pesado recordar, também contei a ela sobre minha experiência logo em seguida no hospital, com a família de Dimitri. Lissa parecia tão triste quanto eu com aquela situação e em um dado momento, quase acreditei fielmente que ela, poderia estar chorando do outro lado da linha.

Depois que desliguei o telefone, segui para um banho rápido. Lavei meus cabelos, mas sem paciência para seca-los, fiz uma longa trança ainda com eles molhados e em seguida, voltei a vestir minha camiseta de dormir. Eu estava terminando de passar o café, quando alguém bateu na porta. Um sorriso involuntário se formou em meus lábios, quando com muita alegria, pensei em quem poderia ser.

Quando abri a porta, meu sorriso morreu. Ao invés de Dimitri, era Andrew na porta.

-Hey – Como fiquei muda, Andrew tomou a iniciativa. Seu amplo sorriso aumentou mais, quando seus olhos pousaram em minhas pernas nuas.

-Hey.  – Respondi forçando um sorriso e com uma mão, pedi que ele entrasse. Quando Andrew passou pela porta, rapidamente selou nossos lábios. A urgência de repeli-lo, quase me fez ir para trás.

-Eu não esperava você – Comentei indo em direção à cafeteira, me desfazendo de seu abraço. Andrew me seguiu de perto e parecia não ter notado a princípio, minha frieza aparente.

-Eu te liguei algumas vezes durante o dia, mas como você não me respondeu, achei que poderia estar ocupada com sua amiga. – Ele então sentou em uma das cadeiras, apenas me observando.

-Ela saiu para ver umas coisas.  – As palavras disparavam de dentro de minha boca, sem saber ao certo como ou por que. Eu precisava contar a ele a verdade. Eu devia isso a Andrew, mas ainda não achava ser o momento oportuno. Não agora, com Dimitri provavelmente chegando.

-Já que está sozinha, podemos pedir uma pizza ou irmos a o cinema. O que você acha? – Andrew então se levantou, me fazendo dar alguns passos para trás, o observando perto demais. Seus dedos tocaram o meu rosto e em baixo dos meus olhos, ele pausou pensativo. –Está com os olhos inchados. Andou chorando? -

-Na verdade sim. – Respondi automaticamente sem saber ao certo, como seguir com aquilo.

-O que aconteceu? – Seus dedos deslizaram para meus lábios.

-Lembranças ruins. – Respondi vagamente, torcendo para que ele não perguntasse mais. Como estava sendo difícil.

-Está certo então. – Andrew se aproximou então ainda mais do meu rosto e dessa vez, minhas mãos foram para o seu peito, o distanciando.

-Não Andrew. – Desviei meu olhar e percebi que ele havia ficado rígido. Suas mãos em meu rosto se tornaram estáticas.

-O que aconteceu? – Me forçando a encara-lo, me voltei para ele e suas mãos caíram do lado de seu corpo. Seu rosto estava pálido.

-Andrew eu... – Comecei a contar a ele que não poderíamos mais ficar juntos, quando ouvi a campainha tocar. Meu sangue automaticamente gelou e isso deve ter transparecido em minhas feições, pois o rosto de Andrew se tornou rubro. Faíscas de traição de raiva, denunciavam seu atual estado de humor.

Fiz menção de ir atender a porta, mas Andrew forçadamente me deixou para trás, indo ele mesmo verificar quem era. Tentei passar a sua frente, mas ele foi mais rápido e abriu a porta. Uma figura alta, de cabelos castanhos soltos na altura dos ombros e usando um lindo suéter verde musgo e calças escuras jeans, estava parada em minha porta, com suas mãos distraidamente em seus bolsos.

Pânico crescente se fez dentro de mim, quando observei a expressão de Andrew, mudar de confusa para raivosa. Já Dimitri que parecia confuso primeiramente, agora estava vestindo uma máscara de indiferença. Automaticamente e temendo o pior, me coloquei entre os dois, não me importando se estava usando somente uma camiseta de dormir.

-Rose você está bem? – Dimitri perguntou preocupado.

-É claro que ela está bem. – Andrew respondeu por mim, me fazendo cerrar um pouco meus olhos em sua direção. –Quem é você? – Não precisei de um incentivo a mais, para perceber que ele estava falando com Dimitri.

-Sou o médico dela – Dimitri continuou em sua indiferença e eu notei ali, que Andrew havia suavizado sua expressão. Provavelmente notara que ele possivelmente estava enganado. Agradeci mentalmente a Dimitri, pela iniciativa.

-Me desculpe Doutor. – Ele coçou sua cabeça se sentindo constrangido. –Achei que era outra pessoa.

-Está tudo bem. – Dimitri agora mudou seus olhos para mim. –Acho que posso voltar em outro momento Okay?

Eu estava prestes a gritar com ele para que não me deixasse ali sozinha, mas Andrew tomou a iniciativa.

-Eu estou de saída. Presumo que Rose havia o chamado e não vou atrapalhar a consulta. –Andrew então passou por nós dois e eu vi em seus olhos, a tristeza por eu ter desviado de seu beijo. Claramente ele não estava tão preocupado com Dimitri, sabendo que ele era meu médico e que possivelmente o havia chamado para uma consulta. –Te ligo depois. –E com um breve aceno, Andrew partiu pelo elevador. Fechei meus olhos. Minha respiração estava acelerada e por pouco, eu havia evitado uma cena daquelas. Senti os braços quentes de Dimitri envolta de mim, me puxando para ele em um apertado abraço.


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Notas finais do capítulo

Essa do Dimitri salvou a Rose heim!
Acho que ela não vai poder se esconder por muito tempo =X
O que acharam?

Lov you!
Kisses