Lágrimas de Sol escrita por Anastacia B, Kah Correia


Capítulo 15
Capítulo 15 - Uma Verdadeira Chef


Notas iniciais do capítulo

Meninas bom dia;
Segue mais um post.
Gostaria de agradecer a todas as pessoas que comentam e recomendam a fic. Lembrem-se sempre, que são vocês que mantem minha criatividade!!! Por isso, se passou pela fic, deixe um recado :)
Outra coisa, quem tem facebook aqui levanta a mão o
Gentem eu criei junto com a Kah Belikov, uma comunidade de fanfics, tanto para leitores quanto escritores.
Novamente vou pedir para que voces participem!!!
Segue endereço:
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*Aguardo vcs lá embaixo e boa leitura!*



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O único som audível naquele momento, foi meu celular caindo no chão. Automaticamente alguém se aproximou para pega-lo, mas eu não me importei em ver quem realmente era. Minha atenção estava totalmente e irrevogavelmente, no homem de cabelos até os ombros e olhos castanhos, vestindo um pesado casaco de couro marrom. Ele estava acompanhado de uma moça de cabelos castanhos e curtos e ambos riam de alguma coisa que ela havia contado. Juntos, seguiram até o balcão de doces.

-Srta Rose? – Senti alguém tocando meu braço. Era João um dos padeiros da rotisserie. Sua expressão era assustada, enquanto ele olhava para minhas mãos. Só ai, pude notar que meus dedos estavam brancos pelo esforço em que os submetia, sob a superfície de madeira da mesa.

-Wow – Soltei-os rapidamente sentindo dor. –Posso ajudar com algo? – Perguntei tentando me recompor. Meus olhos oscilavam entre João e Dimitri, que ainda não tinha me visto. Sua atenção era na morena ao seu lado.

-Eu só queria saber se posso colocar a fornada de sonhos no balcão. – Ele perguntou um pouco acanhado. Rapidamente desviei os olhos de Dimitri e os guiei em direção ao balcão que ele citava. Haviam apenas dois sonhos.

-Sim claro – Gesticulei com a mão para que ele seguisse. Encolhi-me na cadeira no caixa, pensando no que necessariamente iria fazer. Dimitri estava a poucos metros de mim. Seus cabelos estavam molhados e ele agora, estava totalmente de costas. A notar as breves curvaturas na jaqueta jeans, eu poderia arriscar que ele ainda estava rindo. Ele então apontou um dedo para a direção de tortas de maça e eu engoli seco. Sem pedir permissão, minhas memórias voltaram a aquele dia em que tivemos a conversa sobre minhas aptidões na cozinha. O que eu iria fazer agora? Mesmo que eu quisesse me levantar e correr, minhas pernas definitivamente não me obedeceriam.

Comecei a passar minhas mãos suadas pela jeans, esperando ter algum incentivo de meu próprio corpo para tomar uma decisão. Dimitri então voltou a virar e quando isso aconteceu, seus olhos cruzaram com os meus. Seu sorriso morreu instantaneamente, fazendo com que a atenção de sua acompanhante viesse em minha direção. Ela disse algo a ele que não entendi e logo seguiu para uma mesa vaga, próximo da saída e distante do balcão onde eu estava. Provavelmente, estava nos dando um pouco de privacidade.

Dimitri apenas me observava de uma forma, que me fez questionar se ele estava tendo problemas para agir, assim como eu. E então, quando estava quase desistindo de uma aproximação, ele começou a caminhar em minha direção.

-Rosemarie – Ele disse em voz suave, me obrigando a ficar de pé na cadeira.

-Hey – Gesticulei com uma mão, mas logo me arrependi. A coloquei com pressa atrás do meu corpo, como forma de proteção inútil. Dimitri apenas me observa de uma forma que nunca me arriscaria citar. Era uma mistura de surpresa com saudade.

-Você trabalha aqui? – Ele então perguntou, como que cuidando para não falar algo errado. Escolhendo muito bem suas palavras.

-Eu na verdade comprei isso – Respondi depois de um momento. Minhas mãos brincando atrás do meu corpo.

-Vejo que recuperou sua herança – Dimitri se permitiu sorrir um pouco. Não consegui me conter de fazer o mesmo. Meu coração há essa hora, estava vibrando com tanta intensidade em meu peito, que eu estava duvidando seriamente que ele não estava o escutando.

-Sim. – Me senti estúpida. Eu queria tanto falar. Eu precisava. Mas nada estava adiantando. Quando meus olhos seguiram para a mesa onde estava sua acompanhante, Dimitri tomou o partido.

-É minha irmã Vicky – Ele respondeu sem necessidade. Provavelmente ele queria que eu soubesse daquilo. Não. Provavelmente era a única coisa que ele tinha para falar.

-Ah sim – Não consegui evitar minhas bochechas se tornarem rubro. Eu estava sendo óbvia demais. –Você está na cidade?  - Arrisquei uma alternativa para meu desconforto.

-Estou me mudando para cá – Foi à vez de Dimitri levar suas mãos aos bolsos de sua jeans.

-Ah claro. – Automaticamente memórias de sua noiva e seu casamento, passaram voando pela minha mente. Ele provavelmente estaria casado à uma hora dessas e era questão de tempo, para que sua esposa linda de olhos claros, entrasse por aquela porta.

-E você está... – Dimitri começou, mas foi interrompido.

-Srta. Rose? – Um homem com um boné e camiseta vermelha, parou de frente a mim no balcão. Ele carregava um enorme buquê de rosas vermelhas. Instantaneamente corei, observando um cartão em tom mostarda logo acima do buquê.

-Sim sou eu – Peguei o buque sem jeito em mãos, enquanto os olhos de Dimitri observavam.

-O Sr. Andrew Ivashkov o enviou. – O atendente parecia feliz consigo mesmo, por ter decorado ao menos o nome do remente do cartão. Engoli em seco, conforme observava Dimitri erguer uma sobrancelha curiosa para o buque. Pensei em dizer algo a ele mas provavelmente só seria pior. O que afinal de contas Dimitri teria haver com isso? Ele provavelmente já deveria ter enviado centenas para sua esposa.

-Obrigada – Rapidamente assinei a prancheta do entregador e o dispensei.

-Ah eu vou colocar isso na água – Voltei minha atenção para Dimitri, me que ainda me analisava com cautela.

-Sem problemas. Vou acompanhar minha irmã, antes que o café esfrie. – Ele forçou um sorriso, pude perceber. A questão era, que eu realmente não o estava entendendo. Era impossível saber o que passava pela cabeça daquele homem.

Entrei na cozinha e peguei o primeiro vaso que encontrei, para colocar as rosas. Assim que as depositei com cuidado, voltei para o caixa com minha cabeça ainda fervente. Meus olhos novamente cruzaram com os de Dimitri, mas desta vez, sua irmã também virou para me encarar. Minhas bochechas novamente me traíram, quando ela sinalizou em minha direção, me pedindo para que eu me aproximasse. Dimitri pareceu estar tão surpreso quanto eu com aquele gesto. Seus olhos ficaram um pouco mais abertos e suas bochechas rosadas, embora ele conseguisse disfarçar muito melhor do que eu.

Sem saber direito o que fazer, assinalei em direção a um dos empregados para me cobrir no caixa e segui em direção a eles. Havia um lugar disponível na mesa, mas preferi ficar de pé.

-Sente-se por favor – Dimitri sugeriu. Ele agora parecia ter se recomposto. Bem, eu realmente o invejava por aquilo.

-Obrigada – Sentei, mudando meu foco para sua irmã. – Posso ajuda-la com alguma coisa? – Soei mais profissional do que realmente eu pretendia.

-Eu realmente gostei da sua torta de maça e do chocolate quente – Ela disse alegremente. A olhando assim de perto, eu pude ver seus traços delicados. Ela sem dúvida alguma, lembrava Dimitri.

-Ah obrigada - Agradeci o elogio.

-Você mesma que prepara tudo aqui? – Vicky gesticulou ao redor.

-Sim sou eu mesma – Juntei minhas mãos em meu colo, tentando não transparecer meu nervoso.

-Dimitri também adorou – Os olhos de Vicky passaram maliciosamente pelo seu irmão. Eu notei que talvez algo estivesse passando despercebido por mim, mas resolvi ignorar.

-Rose é uma chef Vicky. Sabe cozinhar – Ele respondeu simplesmente, como se fosse à coisa mais óbvia do mundo e ele se sentisse entediado.

-Ah uma verdadeira chef! – Ela vibrou. – Exatamente o que estávamos procurando. 


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Notas finais do capítulo

Coitada da Rose! Não sabe onde enfiar a cara!
O que acharam?
*Sinto falta de uma recomendaçãozinha :( Quem se habilita???*