Lágrimas de Sol escrita por Anastacia B, Kah Correia


Capítulo 12
Capítulo 12 - Surpresas


Notas iniciais do capítulo

Boa noite gente!
Tudo bom?
Segue mais um post e espero que gostem.
Cadê minhas recomendações? :(
Amanhã acredito que tenha mais. To pensando ainda se deixo a fic short ou se continuo na historia do longa rsrsrs
Então é isso... Beijinhos e boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/276799/chapter/12

Acordei no outro dia bem cedo e antes que Lissa levantasse, preparei o café e também, algumas panquecas e torradas. Eu sentia falta de uma cozinha grande com todos os utensílios possíveis e imaginários e embora a de Lissa não fosse tão grande quanto à da minha antiga casa, era bastante acolhedora e tinha tudo o que eu precisava naquele momento.

-Adivinhei – Lissa passou pela porta, ainda vestindo seu robe cor de rosa. Seu cabelo loiro platinado, agora estava preso em um coque improvisado. –Eu sabia que minha chef preferida, havia afinal de contas, feito panquecas.

-Me desculpe por mecher sem avisar – Ergui os ombros de maneira culpada, mas Lissa me parou com um gesto de mãos.

-Sabe que tem passe livre aqui em casa para fazer o que quiser. – Ela piscou para mim, enquanto pegava um pouco de café, da cafeteira ainda ligada.

-Obrigada! – Sorri de forma agradecida. Eu não fazia ideia do que seria de mim, se não conseguisse ter encontrado Lissa.

-E ai, o que decidiu sobre o bonitão da medicina? – Ela me perguntou, agora sentada de frente para mim, na pequena mesa de madeira da cozinha.

-É basicamente impossível, encontra-lo em uma cidade desse tamanho. – Desviei o olhar, para a minha torrada no prato.

-Lá me vem você pessimista – Lissa virou os olhos, me forçando a encara-la. – Ligue para aquele hospital de loucos e descubra onde ele está.

A ideia embora parecesse razoavelmente tentadora, eu não tinha aquele direito. Não agora pelo menos. Eu precisava me organizar e organizar minha vida, antes de tentar adicionar alguém a ela. O único problema, era que quanto mais eu demorasse em ir atrás de Dimitri,  menos chance eu tinha, de que talvez um dia, ficássemos juntos. Dimitri estava com o casamento marcado, era o que tudo indicava.

-Não sei Liz – Fui sincera. –Eu não sou como você e acho que minha época de algumas loucuras já passou – Lhe lancei um sorriso triste.

-Olha, eu até te entendo. Sei que está passando por um momento delicado com os seus tios, mas talvez esteja deixando uma oportunidade boa de ter alguém, passar assim, sem fazer absolutamente nada. – Ela então pegou sua xícara de café e a levou a pia.

-Liz eu acho que não é o momento agora – Me defendi da melhor forma que pude.

-Está okay. Não vou insistir – Ela então sorriu para mim, de uma forma reconfortante. – Adoraria ficar e conversar mais, mas infelizmente preciso ir para o escritório e visitar uma lista de clientes hoje – Lissa fez uma careta.

-Não se prenda por mim – Também me levantei. –Tenho mesmo algumas coisas a fazer e inclusive, acredito que vou precisar da sua ajuda depois.

-Do que precisa? – Lissa prontamente perguntou.

-Você está atrasada – Apontei para o relógio da cozinha, bem em cima da porta.

-Eu posso dizer que tive uma dor de barriga – Ela gesticulou com a mão, para que eu deixasse para lá minhas preocupações e então eu comecei.

Nossa conversa demorou até um pouco mais do que eu previa, mas Lissa se mostrou bastante paciente e atenta, a todas as informações que eu passava a ela. Como acabamos separadas durante um bom tempo, graças a viagem de intercâmbio que ela estava fazendo bem na época, tive que rebobinar ainda mais um pouco do meu passado. Contei a ela com detalhes, as medidas tomadas pelos meus tios, para que eu não tivesse acesso algum, tanto a herança de minha família, quanto meus amigos e minha antiga vida. Era como se no fundo, meus tios além de querer excluir minha vida, quisessem me excluir de vez da sociedade.

Assim que a conversa terminou, Lissa foi para seu trabalho, me deixando com alguns telefones para eu ligar, caso precisasse de alguma coisa. Ela também havia me deixado algum dinheiro, caso precisasse comprar algo. A ideia de depender de alguém me deprimia, mas infelizmente, era o melhor que eu podia fazer por agora. Passei grande parte do dia em casa, revisando entre dormir e preparar algumas coisas na cozinha. A falta que eu tinha de minha antiga vida, já era quase que insuportável.

Eram quase cinco da tarde, quando resolvi dar uma volta. Peguei minha bolsa e sai sem rumo, pelas ruas de New York. As cores ainda eram as mesmas das quais eu me lembrava. Os sons e até o brilho do sorriso das pessoas, ainda era o mesmo. Passei por uma famosa loja de alfajores e comprei um caixa, para levar e comer mais tarde. Também aproveitei a deixa, para visitar uma famosa pastelaria da cidade e cumprimentar as pessoas conhecidas.

-Rosemarie? – Dona Young, a senhora de sessenta e poucos anos japonesa, mal acreditou quando me viu parada, em frente ao balcão de atendimento. Eu há conhecia desde menina e sempre lhe comprava pastéis.

-Olá Sra. Young – Lhe sorri, me lembrando da época em que comprava pasteis ali com meu pai.

-Menina! – Foi só o que ela disse, antes de desviar do balcão e me abraçar. Quase tão forte quanto Lissa, ela me abraçou levando parte do meu ar, mas não me importei. Eu precisava daquilo. Acima de tudo, eu precisava me sentir em casa.

Assim que ela se distanciou, tocou meu cabelo surpresa.

-Continua linda, mesmo que tenha ido para aquele lugar horrível. – Em seus olhos, eu pude notar um acumulo de lágrimas. Não consegui evitar me emocionar também.

-Estou bem agora. Sai daquele lugar – Segurei suas mãos na minha. Deus, como ela me lembrava de minha infância. De meu pai.

-Não sei preocupe, pois aqueles que te fazem mal agora vão pagar – Sua expressão era severa, mesmo com a avançada idade.

-Eu sei que sim -  Sorri para ela, para transmitir a felicidade que estava agora, já que há havia encontrado.

-Mas chega de coisas ruins – Sra. Young passou rapidamente suas mãos gorduchas pelos olhos e sorriu. – Vamos comer uns pastéis por conta da casa. Você está muito magrinha. – Eu sorri com seu comentário, a seguindo para uma das mesas próximas do balcão.

Já se passava das oito horas da noite, quando consegui chegar em casa. Lissa estava sentada no sofá com Christian ao seu lado. Quando ela me viu, levantou as pressas.

-Onde se enfiou? Estava preocupada

-Me desculpe eu perdi o horário. Estava com a Sra. Young – Sorri

-A dona da pastelaria? – Lissa parecia um pouco surpresa.

-Ela mesma – Lhe ofereci uma pequena sacola com alguns pasteis, que havia trazido para ela e Christian. – A Sra. Young enviou para você

-Ah obrigada – Lissa sorriu enquanto tirava o conteúdo da sacola – Que saudade de comer pasteis.

-Não tem ido à pastelaria? – Perguntei confusa. Dentre todas as pessoas que conhecia, Lissa adorava tanto pasteis quanto eu desde pequena.

-Ela me trazia recordações demais – Lissa lamentou me observando. Eu não precisa perguntar mais, para saber que ela estava se referindo a mim. Notando meu desconforto, Lissa voltou a falar. –Falando nisso, tenho boas notícias – Ela disse de boca cheia.

-Que boas notícias? – Perguntei acenando para Christian, que se aproximou de nós, para roubar um pastel de Lissa.

-Tire as mãos dai. Vou comer tudo – Ela deu um tapa na mão de Christian e ele recuou se fingindo ofendido. Eu apenas ri.

-Me fale então as boas notícias – Instiguei, livrando meus pés das pesadas botas de couro, enquanto a observava comer. Dessa vez, ela havia dado um a Christian.

-Consegui achar um parênteses no meio daquilo tudo que me informou, sobre seus tios. – Ela respondeu orgulhosa.

-E isso quer dizer? – Me senti curiosa demais.

-Quer dizer que muito provavelmente, conseguirei recuperar o que é seu de direito. – Ela concluiu radiante.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Parece que as coisas estão melhorando.
O que acharam a Sra. Young? E das atitudes de Lissa?
GENTE POR FAVOR NÃO SEJAM LEITORAS FANTASMAS. PASSOU PELA FIC, DEIXE UM OI.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lágrimas de Sol" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.