Clato - 74 Edição Dos Jogos Vorazes escrita por Clove Fuhrman


Capítulo 8
Treinamento


Notas iniciais do capítulo

Tive alguns imprevistos e não pude postar ontem... Eu gostei desse capítulo, espero que vocês gostem também, e deixem comentários o/



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Já termine quando Charlote vem à porta, a acompanho até a sala de jantar, os estilistas estão lá, olho para a mesa e vejo uma grande variedade de saladas e carnes. Me sirvo de um delicioso carneiro e uma salada colorida.

-- Eles foram ótimos não foram Chariza? – Pergunta Beatriz para quebrar o gelo, deduzo que Chariza seja o nome da estilista de Cato, ela é normal digamos assim, nada extravagante, apesar de abusar em detalhes prateados.

-- O doze roubou a cena – largo.

-- Ah querida – começa Beatriz – tenho certeza que vocês chamaram a atenção o suficiente.

-- Acho que não – retruco.

-- Amanha vamos começar os treinamentos – fala Brutos para mudar de assunto – Vocês vão ser aliados na arena, então vão treinar juntos, intimidem os outros tributos.

-- Pode deixar – fala Cato.

Terminei de comer e fui para o quarto, por algum motivo nós não podemos comer sobremesa. Coloco um pijama azul claro, escovo os dentes e vou dormir, apesar de estar cada vez mais perto dos jogos tenho uma noite tranquila, sem sonhos, apenas descanso da minha mente. Ouço um barulho e levanto, não deve ser nada, mas não consigo voltar a dormir, então me visto com uma roupa que já estava separada ao lado da minha cama, ela é um conjunto preto com detalhes vermelhos e prateados, deve ser para o treinamento. Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo. Vou até a sala de jantar, onde o café esta sendo servido por umas pessoas vestidas com roupas vermelhas e pretas. Charlote, os mentores e Cato já estão lá.

-- Achávamos que você estivesse dormindo Clove – fala Charlote.

-- Porque não me acordaram antes? – pergunto.

-- Ah ainda é cedo – ela começa – e bem, ainda temos uma hora e meia para levar vocês ao treinamento, se sirva, vou arrumar o cabelo.

Brutos e Enobária se retiram, então eu pego um prato e vou até a mesa, tantas coisas deliciosas, pãezinhos torrados com queijo, geleias de todos os tipos, sucos dos mais variados, frutas diversas. Pego suco de amora, pãezinhos torrados com queijo e uma fatia de mamão, começo a comer.

-- Tudo bem? – Cato pergunta, percebo que ele está com a mesma roupa que eu.

-- Tudo, estou bem confiante – digo terminando o suco – e você?

-- Ah, tudo também. – ele fala.

-- Não parece – digo terminando de comer.

-- Sinto sua falta – ele diz meio triste – você anda tão distante, não é a mesma coisa como no distrito.

-- Não tem como ser, aqui são os jogos, temos que ser mais fortes e confiantes se quisermos ter uma chance – eu ia continuar mas ele me interrompe.

-- Sabe que só um pode vencer certo? – ele fala em um tom mais triste.

-- e vai ser você – digo saindo, sem esperar a resposta.

Vou até a sala e sento no sofá, vejo essas pessoas uniformizadas limparem o que eu sujei, se me lembro bem, eles são Avox, eles fizeram algo de errado contra a capital e então suas línguas foram cortadas como punição e agora eles são quase escravos. Quando Cato começa a vir na minha direção, Charlote chega:

-- Vamos, vamos! Falta meia hora para as dez não queremos fazer feio! – diz ela com rigidez, o jeito que ela fala me faz rir.

Seguimos ela até o centro de treinamento, o que fomos no dia anterior, assim que saímos do elevador colaram o número de nosso distrito atrás da roupa, alguns minutos depois que chegamos, os tributos que faltavam começaram a aparecer, mas nada dos tributos do distrito 12, eles demoram uns 20 minutos para aparecer, atrasados já no primeiro dia! Quando eles chegam a treinadora principal começa a falar:

-- Eu sou Atala – ela começa, e depois explica as regras: -- nada de lutar entre si, vocês teram tempo de sobra para isso na arena. – Ela começa a apontar para as várias estações de treinamento e continua –Meu conselho é que vocês não ignorem as técnicas de sobrevivência. Vinte e três de vocês morrerão. Um sairá vitorioso. Quem será essa pessoa vai depender da sua capacidade de se antecipar dos problemas. Todos querem pegar uma espada, mas muitos de vocês morrerão de causas naturais. Dez por cento morrerão de infecção. Vinte por cento de desidratação. Houve um ano em que a arena foi uma planície congelada. Há cinco anos foi um deserto escaldante. Estar exposto a isso pode mata-lo com a mesma facilidade de uma faca. – ela assopra seu apito.

O treino começou, não sei bem aonde ir, posso ir para as facas como sempre, ou tentar algo novo que não me envergonhe na frente dos outros carreiristas e tributos. Dou uma rápida passada na sessão de frutas comestíveis e faço uma nota na minha mente: “Não comer amoras, não comer amoras, não sei diferenciar a amora comum da amora-cadeado que mata em segundos”. Tenho que passar isso para o diário depois. Depois vou na sessão que Cato está, não são as espadas, mas são armas com a mesma aparência mortífera, lanças e machados.

-- Onde você estava? – ele pergunta assim que me vê.

-- Ah, na sessão de frutos comestíveis – falo sem emoção – foi rapidinho, não quero ter uma morte idiota por comer amoras.

-- Somos carreiristas! Vamos ficar com toda a comida de cornucópia! – ele exclama.

-- Eu sei, mas prefiro ter certeza que vou estar segura caso ela acabe – falo.

-- Tudo bem então – ele fala – temos que ir falar com os tributos do 1 para formarmos alianças.

-- Ah não – deixo escapar – a loira.

-- Como? – ele pergunta em um tom de surpresa.

-- Ah, não fui com a cara dela – falo tentando concertar.

-- Ah Clove – ele fala rindo – está com ciúmes.

Fico vermelha drasticamente – Não estou não – digo controlando a voz.

-- Desculpe Clove – ele começa – mas eles são os únicos bons carreiristas que temos para nos aliar esse ano, os do 4 são muito fracos. – ele tem uma pausa e continua: -- e sim, você está com ciúme.

--Não estou não!! – falo -- E se eu estiver o que tem?

-- Nada, mas você está sim – ele fala.

Vou lhe dar um soco quando os idealizadores começam a me olhar, depois dessa rápida conversa vou até as facas me exibir um pouco. Os idealizadores estão em uma espécie de palco elevado na parede vestindo túnicas lilases e nos observando. Dou uma olhada nos tributos do 12, eles estão em estações um pouco idiotas, como nós, etc. Devem estar escondendo seus talentos, ou não tem nenhum mesmo. Quando o treino já está acabando, Cato me chama, e os tributos do 1 vêm ao nosso encontro.

-- Vamos ser aliados certo? – diz a loira arrumando o cabelo.

-- Vamos – Cato fala – eu sou o Cato.

-- Eu sou a Glimmer – a Loira azeda fala, que diabos de nome é esse, bem coisa do distrito 1.

-- Eu sou a Clove – falo sem emoção.

-- E eu me chamo Marvel – fala o tributo masculino do 1.

-- Somos uma equipe agora – Cato começa – até a final. Depois é cada um por si, vamos ser a base, se precisarmos de alguém colocaremos em uma semi aliança, e o matamos depois que deixar de ser útil.

Todos concordamos, mas eu ainda vou dar um jeito de acidentalmente matar Glimmer, se ela demorar muito para morrer, inútil, não precisamos dela. Ou precisamos e eu não quero ver isso, ainda estamos juntos quando o garoto do 12 cai, ficamos encarando ele, ai ele levanta e lança uma boa de metal, hum, surpreendeu. Ele até que é forte. Marvel sai e vai treinar com as lanças, eu estou indo até as facas quando consigo ouvir Glimmer conversando Cato, serro os dentes. Devo estar vermelha agora, começo a descontar toda minha raiva nos alvos. Quando o tempo de treinamento de hoje acaba vou para o elevador, ele já esta começando a se fechar quando Cato entra.

-- Achei que você não fosse me esperar – ele fala rindo.

-- E não ia, você deu sorte – falei.

-- O que houve? – ele pergunta.

-- Vai ver a Glimmer, vai. – falo.

-- Ah é claro que eu não vou. – ele fala.

Devo admitir que fiquei aliviada, mas não vou falar isso, apenas o fico ignorando até chegarmos no nosso andar, o que acontece em menos de um minuto. Entro rapidamente e vou para o quarto, tomo um longo banho e coloquei uma roupa limpa, Enobária vem e me chama para ir com ela a sala, lá já estão Cato e Brutos:

-- Bem, é o seguinte – Enobária começa – façam perguntas!! Perguntem tudo o que quiserem, mesmo que o Brutos já tenha respondido, quero ajudar o máximo que puder nos jogos, um de vocês será o vitorioso.

-- Bem agora que o desfile já aconteceu não vai ser tão útil – falo.

-- Com quem devemos fazer aliança? – Pergunta Cato, apesar que eu acho que ele já sabe a resposta.

-- Com os tributos do 1, a garota do 4, e acho interessante a garota do 12 – responde Brutos.

-- NÃO – eu e Cato falamos ao mesmo tempo.

-- Os do doze não – completo.

-- Concordo com vocês – Enobária comenta.

-- Tudo bem, com os do 1 já fizemos aliança – Cato fala para Brutos.

-- Enobária – começo – assim que chegamos Brutos nos contou o que era melhor agente fazer, quero que você faça o mesmo, mesmo que você fale a mesma coisa, quero ouvir nas suas palavras.

-- Então – ela começa, sinto que ela não tem firmeza – Já vi vocês nos treinos algumas vezes, na sessão individual deem o seu melhor nas armas que se derem melhor para eles colocarem elas na arena, não é possível prever como vai ser a arena até vermos como vai ser a roupa, mas só vamos ver ela no dia de entrar na arena, então não posso dar muitas dicas sobre isso. Como eu ia falando, nos treinos vocês tinham muita confiança, tenham ela, façam os outros tributos temerem vocês, cada um a sua maneira. Clove, você não é muito forte, então o Cato vai ter que tentar compensar isso, Clove faça o que você é boa em fazer e nunca, nunca mesmo deixe-se chegar ao ponto de ter que fazer luta corpo a corpo, sem ofensas mas você não teria chance. Acho que vocês serão uma bela dupla. – ela para.

-- Pode continuar – digo, alguns instantes depois.

-- Então, o Brutos comentou que falou para vocês não bancarem o casal apaixonado na arena, concordo totalmente com ele, pelo público e pela segurança de vocês – ela continua – Se vocês estiverem apaixonados não vão conseguir se matar caso seja necessário, com isso quero dizer que é uma boa vocês se enturmarem, Cato, já pensou em virar amigo da tributo do 1? – ela da uma risadinha – e Clove, você está se sentindo bem? Está um pouco vermelha. Bem vamos continuar já que já falamos das alianças, façam um belo banho de sangue e... – ela tem uma pausa – feliz jogos vorazes.

-- E que a sorte esteja sempre a seu favor – zomba Cato.

-- Só?? – indago, estava realmente gostando da conversa.

-- Amanha continuamos – ela boceja – estou com sono. Vamos jantar.

Concordo com a cabeça e vamos encontrar com a Charlote na sala de jantar, a aparência da comida é maravilhosa, nem espero eles e começo a me servir, peru com uva passa e mel, e uma salada não identificada. Nossa, pareço uma esfomeada do 12. Isso meu deixa irritada, mas estou com fome. Eles me oferecem vinho, nunca tomei, mas me lembro do que aconteceu na primeira vez que ingeri bebida... Mesmo assim não resisto e tomo apenas um gole, Charlote fica nos dando os parabéns pelo treino e falando coisa que não dou à mínima e decido ignorar. Quando termino, vou para o quarto, escrevo no diário, vou no banheiro, depois vou dormir. Tenho pesadelos, A garota do 12 está com uma faca no meu pescoço, eu estou gritando mas ninguém vem me ajudar, ela fica ali falando de como Panem vai ser mais feliz sem mim, como minha família vai aplaudir a vitória dela, e por fim ela me mata.


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Notas finais do capítulo

Eu tenho postado quase um capítulo por dia, mas agora não vai mais poder ser assim, vão começar as provas e então eu não vou ter muito tempo para escrevê-los, mas vou postar o próximo assim que puder, obrigada por lerem. :D