Clato - 74 Edição Dos Jogos Vorazes escrita por Clove Fuhrman


Capítulo 12
Carreiristas


Notas iniciais do capítulo

A Foto desse capítulo ficou totalmente sem criatividade,... Mas espero que gostem desse capítulo, eu achei divertido de ser escrito, então foi bem rápido...



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-- Quem fica de guarda? – falo tentando conter um bocejo – eu posso ficar.

-- Fica então – Glimmer fala indo para perto de Cato.

-- Não acho que vai aguentar por muito tempo – Cato fala empurrando ela.

-- Olha – a garota do 4 fala – eu posso ficar, numa boa.

-- Me acorda no meio da noite que eu fico com o segundo turno – Cato fala.

-- Tudo bem então. – ela fala com indiferença. – viram o garoto do meu distrito?

-- Morreu no banho de sangue – digo tentando parecer normal.

-- Ah coitado – ela fala – mas era tão inútil coitado.

-- Concordo – Acabo soltando.

-- Vamos ficar aqui conversando ou procurar um lugar para passar a noite?? – Marvel pergunta com irritação. Ainda não tinha visto ele irritado.

-- Acalme-se – Glimmer fala com arrogância – sei que o Cato sabe o que está fazendo.

-- Ah é sério que vamos brigar no primeiro dia? – tenho uma pausa – vou esfriar a cabeça – digo entrando na floresta.

-- Não – Cato fala, vou ir contra mas ele me interrompe antes mesmo de começar a falar – vamos achar um lugar para ficar.

Ninguém discute e então continuamos andando. Entramos mais fundo na floresta, e então finalmente achamos um lugar que nos agrade. Depois que arrumamos as coisas que pegamos, deixamos boa parte na cornucópia, e deixamos o Marvel de guarda, vamos todos ao lago para encher as garrafas de água e purifica-las. Voltamos quando já estava escurecendo, e antes de dormir fico esperando para ver quais foram os tributos mortos, não demora muito para que o hino da capital toque e apareça o rosto e o distrito dos tributos mortos: garota do 3, garoto do 4, garoto do 5, os dois do 6, os dois do 7, garoto do 8, os dois do 9, e a garota do 10. Depois tocou o hino novamente, arrumo meu saco de dormir, entro nele e durmo. A noite foi meio turbulenta, repleto de sonhos estranhos e sem sentido. Acordo cedo, e com fome, pego minha mochila guardo o saco de dormir dentro dela novamente e pego um pacote com carne seca, como três tirinhas e resolvo dar uma olhada no novo locar, já devo estar a uns dez metros de onde eu dormi quando sinto uma mão no meu braço:

-- Onde está indo Clove? – Cato pergunta.

-- Vou dar uma olhada por ai – falo.

-- Não sei se é uma boa ideia – ele retruca.

-- Não me importo – digo me afastando. Essa coisa de superproteção me irrita.

-- Se precisar de alguma coisa é só gritar – ele fala.

-- Não vou precisar – digo enquanto me afasto ainda mais.

Na verdade o que eu mais queria poder fazer agora era tomar um belo banho. Mas o motivo real no qual eu me afastei era o meu novo diário, o que vou usar aqui na arena fiquei feliz que os idealizadores me deixaram trazer ele, queria escrever nele em algum lugar que ninguém que estivesse na arena ou fora dela pudesse ver. Acho uma pequena moita com algumas frutinhas, não sei o que elas são, então decido não colhe-las, mas isso não me impede de fingir que estava examinando enquanto enfio o diário para dentro da moita e escrevo com certa dificuldade. Quando termino volto rapidamente para o “acampamento” não quero que os outros notem minha falta ou tenham a bela ideia de me procurar, se bem que acho que a Glimmer faria tudo para impedir isso. Assim que chego noto que Glimmer está tendo um pequeno surto por não conseguir arrumar seu cabelo, apesar dele estar quase igual como estava assim que entramos na arena, decido ignora-la.

-- Quando vamos caçar os outros tributos? – A garota do 4 fala com animação. Ela parece realmente empolgada em estar aqui.

-- Hum, no anoitecer talvez – Cato responde.

-- Quero achar a garota do 12 – falo com raiva.

-- Ah infelizmente concordo com você – Glimmer fala quase rosnando.

-- Agente vai achar – Cato fala.

Noto que Marvel não se mete muito nas nossas escolhas, o que é de certo modo bom, pois acho que não teremos problemas com ele, a garota do 4 parecer bem determinada, mas consigo a matar sem ela nem ver o que a atingiu, a loira então... Mais fácil que uma mosca. Me divirto com esse pensamento, apesar de um pouco sádico. Não gosto de não ter nada para fazer, fico jogando facas em uma árvore até me sentir entediada, então resolvo ir conversar com a garota do 4:

-- Oi

-- Oi Clove – ela responde.

-- Tudo bem? – pergunto.

-- Digamos que sim, e você? – ela responde se levantando.

-- Ansiosa para matar alguns tributos – repondo e saio.

O resto do dia passa rápido, eles discutiram um pouco sobre estratégias e eu ignorei boa parte do tempo, então finalmente vem o por do sol. Estou atirando algumas facas em um galho quando ouço uma voz saindo de dentro da floresta.

-- Aliados?

Quando vejo que é o garoto do 12, não consigo me conter – eu mato! – falo quase jogando uma faca em sua direção, Cato me empurra e me impede de mata-lo.

-- Não precisamos de você – Cato responde.

-- Eu posso ajudar vocês a acharem a Katniss – ele rebate.

-- Como podemos confiar em você? – Marvel pergunta.

-- Estou sem armas – ele responde mostrando as mãos. – e se eu estivesse tentando ajudar não iria vir contra cinco carreiristas, certo?

-- Tudo bem – Cato fala.

Quero protestar, mas minha vontade de encontrar a garota em chamas é ainda maior. Eles começam a conversar e eu decido ignorar, não preciso saber de nada daquilo, alguns minutos depois Glimmer se junta a eles, mais um motivo para eu continuar onde estou. Já estava anoitecendo quando resolvi conversar com a garota do 4, ela era legal até, mas só falei com ela porque estava entediada novamente. Vou até o seu lado e ela finalmente fala:

-- Clove, aquilo é fogo? – ela fala apontando para uma fumaça.

-- É sim – falo.

Vou na direção dos outros e explico a situação, Glimmer fala que quer matar o tributo que tenha feito aquilo, acho que Marvel foi o único que continuou prestando atenção no que ela falava, andamos até a fogueira e perto dela tinha uma garota se esquentando.

-- Não, não me matem – falou trêmula a garota do 8.

Abro um sorriso irônico e Cato lhe dá uma facada, depois destruímos a fogueira e saímos de perto, ficamos fazendo alguns comentários dela até que a garota do 4 exclama:

-- Acho que ela não morreu!

-- Ela morreu sim, eu a matei – Cato rebate.

-- Então cadê o canhão? – ela fala.

-- Deixa que eu vou lá – Peeta fala – não vamos querer caçar ela de novo né...

-- É vai lá – nem sei porque falei isso.

Cato me fuzila com os olhos. O conquistador voltou alguns minutos depois, parecia satisfeito: -- Agora ela está morta – e então ouvimos o canhão.

-- Belo trabalho – Marvel falou, notei a fúria nos olhos de Cato.

-- Só vou achar isso quando a queridinha em chamas estiver agonizando – falei.

Glimmer ri, e começa a puxar assunto com Cato, não sei por que mas fiquei com ciúmes, não acho isso certo, já que apenas um de nós vai sair da arena, nunca teremos um futuro juntos. Comemos, e resolvemos que não daria para achar mais ninguém hoje, e amanha pela manha sairemos atrás de Katniss. Eu estava sem sono e me ofereci para ficar de guarda primeiro, Marvel falou que era para eu acordar ele no meio da noite, confio nele e não vou conseguir passar uma noite em claro. Peguei as minhas facas e me encostei em um tronco, fiquei brincando com elas.

-- Oi Clove. – Cato fala e me abraça.

-- Ah, Panem inteira está assistindo – falei, mas não me movi.

-- Ah dane-se, em alguns dias um de nós vai estar morto mesmo – ele fala me soltando – e aposto que estão mostrando a queridinha deles.

-- Verdade – falei rindo – ah, acho que vou acordar o Marvel e ir dormir.

-- Está com sono? – ele pergunta com uma cara triste.

-- Um pouco – minto.

-- O que vamos fazer agora? – ele perguntou de surpresa.

-- Vamos dormir – falei.

-- Tudo bem então – ele ri. – Mas...

-- Olha, daqui a alguns dias você vai estar em casa com toda a honra que poderia imaginar. – falo tentando melhorar a situação. Mas acho que só estrago ela ainda mais.

-- Não quero voltar para casa se você não vai poder ir comigo – ele fala.

-- Acho que nós dois voltarmos não é uma opção – falei.

-- Então você vai voltar – ele fala indo me beijar, mas Marvel aparece no exato instante.

-- Já é minha vez não? – ele olha para agente – Opa...

-- Tudo bem – falo saindo – boa noite Cato.

-- Boa noite Clove.

Queria poder escrever no meu diário tudo que estou sentindo, mal consigo dormir, passo boa parte da noite em um choro silencioso até que finalmente consiga fechar os olhos. Noite sem sonhos. Inacreditavelmente quem me acorda é Glimmer:

-- Ah, Clove...

-- O que? – pergunto com uma voz irritada.

-- Eu preciso tomar banho – ela fala arrogante– Vamos para perto do rio? A garota do 4 parece fraca.

-- Tudo bem – falo, sim, eu também preciso de um banho – mas ela vai com agente.

Andamos até um lago um pouco mais afastado, fico escrevendo no diário enquanto Glimmer está ali, ela termina e pergunta se eu quero que ela espere, eu falo que não e ela vai embora, a garota do 4 também toma banho e vai embora. Agora que estou sozinha aproveito para me limpar também, meu cabelo está cheio de nós, queria conseguir lava-lo direito aqui. Quando termino volto para onde os outros estão.

-- Onde estava? – Marvel pergunta.

-- Tomando banho – digo com indiferença.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo irei postar na terça... Vai ser como um "especial", pois o que acontece nele não fala no livro ou filme, mas acho que ficou bem legal apesar de não ser muito extenso... Espero que tenham gostado e deixem reviews...