Clato - 74 Edição Dos Jogos Vorazes escrita por Clove Fuhrman


Capítulo 10
Sessões Individuais e Entrevistas


Notas iniciais do capítulo

Mesma coisa que eu falei no capítulo anterior... Quase não tem mais reviews, pararam de ler a fic? Como só uma pessoa falou da imagem (dizendo que gostou) resolvi colocar nesse aqui também o/ Esse é o último capítulo antes deles entrarem na arena...



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Brutos nos leva até um corredor onde tem um banco, lá sentamos por ordem de distrito, primeiro os do 1, depois agente, os do 3, do 4... Até os do 12.

–- Tenho que falar com o Gloss, e eu não poderia ficar aqui mesmo, boa sorte – Brutos fala enquanto sai. Gloss é um vitorioso e um dos mentores do distrito 1, se não me engano o nome da mentora é Cashmere, eles são irmãos.

Assim que Brutos sai eles começam a chamar pelos nomes. Em pouco tempo ouço:

–- CLOVE RIVERS.

E a porta de metal se abre, é a minha vez de brilhar na frente dos idealizadores. “concentre-se Clove, vai dar tudo certo” sussurro. Entro e os idealizadores que estão vestindo túnicas lilases começam a me observar. Pego algumas facas e lanço com velocidade todas no centro dos alvos, nenhum deslize, faço tudo com perfeição. Com agilidade estraçalho alguns bonecos de treino. Então decido fazer algo mais ousado, lanço facas e estraçalho bonecos enquanto corro, quase ao mesmo tempo. Consigo notar o interesse deles no que faço. Não sei mais o que fazer para impressionar, estou ficando sem opções. Lanço uma faca no mesmo alvo, mas dessa vez em movimento, consigo acertar bem na outra faca que tinha lançado anteriormente! Nem eu acredito no que vejo! Resolvo lançar algumas lanças para eles verem que sei fazer outras coisas também. Isso parece ser o suficiente, eles me dispensam e eu saio. Acho que fui bem, agora é só subir e esperar os outros tributos se apresentarem para recebermos as notas, estou ansiosa. Entro no elevador e vou até nosso andar, Charlote está bem na porta e abre um enorme sorriso assim que me vê:

–- Como foi Clove??

–- Acho que fui bem, eles pareciam impressionados – falo, tentando dar um pouco de emoção a minha voz.

–- Muito bem – Brutos sussurra – agora é só esperar o Cato.

E essa espera parece horas, apesar de serem poucos minutos, queria passar um tempo com ele, sinto falta disso. Quando ele chega, falo até antes que Charlote:

–- E então?? – começo eufórica – como foi??

–- Ah, acho que – Cato tem uma pausa – fui excelente.

–- Ainda bem – Começa Enobária – amanha é a entrevista, temos que conversar, mas vamos fazer isso depois das notas, agora vocês vão ter uma pausa, deixem os adultos conversarem – Enobária fala enquanto ela, Brutos e Charlote se dirigem para a sala.

–- Sinto falta das nossas conversas – Cato fala olhando para o teto.

–- Eu também – admito.

–- Tudo bem? – ele pergunta.

–- Tudo, mas sinto falta dos meus pais, da Silvia, até da Emma. – digo com sinceridade.

–- Sente falta dos nossos passeios? – ele pergunta rindo.

–- Nem tanto – começo a rir.

Ele me abraça e me dá um longo beijo. – disso eu sentia falta – falo me afastando.

–- Eu te amo – ele fala.

–- Até quando? – pergunto.

–- Como assim? – ele parecesse confuso.

–- Sabe, até quando vai continuar achando isso? Na arena só um volta. – falo em voz triste.

–- Não fala assim Clove – ele também parece triste – você vai voltar para casa.

–- Não quero voltar se for para ser sem você. – digo sem emoção.

–- Ai é mais complicado – ele fala.

Nós dois rimos, isso nem foi engraçado, acho que rimos pela pressão, ou pela saudade de conseguir sorrir com sinceridade.

–- E quanto a sua pergunta – ele começa – até eu parar de respirar.

–- Confio em você – falo isso assim que noto que essa é a resposta do “até quando”.

Ficamos ali conversando até Enobária nos chamar para ir jantar, não estou com fome, mas resolvo comer hoje tem peixe que é uma coisa não comum em nosso distrito, então resolvo experimentar alguns. Logo depois fomos ver as notas, confesso que estou ansiosa para ver no que resultou meu desempenho. Vamos para sala, a TV já está ligada quando chegamos, a expressão de Charlote está séria, nunca a vi assim antes. Então, começo a ouvir a voz de Ceasar Flickerman:

–- Os tributos são avaliados em notas de um a doze, depois de três dias de uma avaliação cuidadosa, e a avaliação de hoje, os idealizadores decidiram suas notas.

Ceasar apresente os jogos a cerca de 40 anos cada ano com a cor do cabelo diferente e esse ano, o cabelo dele está azul escuro. Ele começa a falar as notas pelo distrito um obviamente. Ignoro as notas deles, mas como sempre foi alta, até a Glimmer foi bem. Então Ceasar fala:

–- Cato, distrito dois, 10. – e ele continua – Clove, distrito dois, 10!

–- Oh, oh, parabéns!! – Charlote berra.

E então ouvimos o resto das notas, todos com média 5, o interessante foi a garotinha do 11 que tirou um 7, nem imagino o que ela teve capacidade de fazer. E então ele anuncia os do 12, o garoto conseguiu um 8, caio no riso, patético. E então Ceasar anuncia:

–- E nosso último tributo: Katniss Everdeen, obteve a nota – ele fala olhando novamente o papel, como se estivesse conferindo – onze!

–- O QUE?? – começo a berrar – COMO ASSIM? O QUE AQUELA SONSA TEM DE MELHOR DO QUE EU?

–- Oh pela Panem que desgraça é essa – Charlote murmura.

–- Parece que aquele mento bêbado serve para alguma coisa – Brutos fala controlando a voz.

–- COMO?? COMO ELA FEZ ISSO? – ainda estou berrando.

–- Isso só pode estar ERRADO – Cato fala.

–- acalme-se, Clove – Falou Enobária – Ou melhor, os dois mantenham a calma!

–- Ela vai – sussurro – ela vai ganhar.

–- Não – Cato falou – você vai.

Como ela ganhou um 11? Estou perplexa, agora já estou mais calma, mas meu ódio pela garota só cresceu. Depois fui para o sofá.

–- Está tudo bem – Cato começa.

–- Ah – digo meio zonza – tudo bem.

–- Vai dormir. – ele responde.

Penso em discutir, ou falar que ele não manda em mim, mas estou tão cansada que apenas concordo com a cabeça. Tomo uma rápida ducha, coloco um pijama macio e vou para a cama. Sonhos, pesadelos, foi o que não faltou para mim essa noite. Todos eles tinham uma coisa em comum, a katniss me matava ou era responsável pela minha morte. Noite ruim e turbulenta. Mas apesar de ter tido sonhos horríveis, à noite me descansou por completo. Acordo cedo, vou escrever no meu diário, mas o que eu escrevi hoje foi algo mais profundo parecia de despedida. Estava me despedindo de mim mesma, eu não podia mais ser eu, se assim posso dizer, se eu morrer vou deixar de existir, se Cato morrer eu não vou conseguir existir, então basicamente vou estar morta dos dois jeitos. Escrevi sobre tudo que eu gostava, e depois fiquei lembrando de todos os momentos que me fizeram feliz. Depois começo a ler o diário, a partir do dia que conheci Cato, até hoje, “Clove Rivers, a garota das facas”. Essa frase realmente me marcou. Poderia ficar aqui o dia todo, se Enobária não tivesse vindo me chamar.

–- Anda Clove, vamos explicar a vocês o que vamos fazer hoje.

–- Tudo bem – digo – já estou pronta mesmo.

Estou com uma roupa simples, a blusa laranja escuro e a calça preta. – Como que vai ser hoje? – pergunto assim que chagamos na sala de jantar, estou com fome. Como não me respondem, vou até a mesa que uma Avox acabou de preparar, pego alguns pães de queijo e suco de uva. Todos comemos, e quando terminamos Brutos faz um sinal para irmos para a sala.

–- Vamos dividir essas ultimas horas – Brutos fala com rispidez – 4 horas vocês são nossos, 4 são da Charlote e o resto do tempo antes da entrevista vocês vão ficar com os estilistas.

–- Muito bom, muito bom!! – Charlote fala enquanto arruma sua peruca verde médio.

E o tempo passou rápido, eu estava meio desconcentrada no treino, mas acho que fiz um belo trabalho. Com a Charlote também não foi muito legal, apenas experimentar diferentes tipos de saltos, etc. ela também me fez treinar o meu sorriso para ele ficar menos irônico, mas acho que sem muito sucesso e falou para eu olhar para as pessoas como se eu não estivesse com vontade de mata-las e tentar parecer simpática. Depois disso tudo, tomei banho e fiquei escrevendo no diário até a minha estilista chegar.

–- Oi Clove – Beatriz fala.

–- Oi – respondo.

–- Ah, porque está triste querida? – ela fala sentando ao meu lado.

–- Nada de mais. – respondo.

–- Me deixa ver o seu diário? – ela pergunta.

–- Não, -- falo – ah, é bem que...

Ela pega ele da minha mãe e lê tudo que eu escrevi hoje.

–- Ah não – ela solta – você não vai deixar o Cato vencer.

–- Como? – pergunto.

–- Você diz que não consegue imaginar sua vida sem ele – ela começa – lembre-se querida todos morrem.

–- Mas – paro um pouco.

–- Querida, já pesou que – Beatriz fala com calma. – Já que você não consegue brilhar sozinha, e para continuar brilhando você vai ter que morrer, abrace o escuro.

–- Abraçar o escuro? – notei o que ela estava insinuando, eu teria que matar Cato.

–- Se você não consegue a luz, abrace o escuro – ela dá um leve sorriso – você fica ainda melhor de azul escuro do que de dourado.

–- Sabe – eu estava inacreditavelmente sorrindo, um sorriso maligno – acho que...

–- Ah se tenho, você nasceu para vencer isso aqui, querida – ela fala com um sorriso – não deixe uma luzinha te derrubar, como eu queria poder mudar seu vestido da entrevista agora.

Minha cabeça está girando, mas percebi o que ela quis dizer com isso, e infelizmente pareceu uma boa ideia. O vestido que ela desenhou é muito bonito, é laranja rosado cheio de babados e ela prendeu boa parte do cabelo no alto da cabeça, fez a maquiagem e me levou para a fila junto dos outros tributos. Estou impaciente. Começam pela Glimmer, depois Marvel e ai é a minha vez, um pouco de sarcasmo misturado com ternura deixam minha entrevista interessante, quando termino saio do palco e volto para o nosso andar. Ainda estou pensando no que Beatriz disse, eu não sei se seria capaz. Estou sentada no sofá quando Cato aparece.

–- Ouvi sua estilista falar algo...

–- ela falou que eu não posso te deixar ganhar – digo cortando sua fala, e vou para o quarto. Algumas lágrimas escorrem involuntariamente.


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Notas finais do capítulo

A imagem ficou bem simples mas espero que vocês tenham gostado... Agradeço a todos que estão acompanhando a fic, e aviso que devo postar o próximo capítulo no sábado ou sexta (não prometo pois às vezes acontecem imprevistos...) Mas vou tentar o/