Bella estava com um tubo no nariz para ajudar na respiração, no braço direito recebia soro. Ela estava mais pálida que o normal. "Está tão frágil, parece que irá se quebrar a qualquer momento." pensou com o coração apertado, queria tanto pega-lá no colo e ninar até toda essa estória passar, "como se isso fosse fácil." Constatou isso com tristeza. Como Bella estava com os olhos fechados ele resolveu chama-la e não saiu mais do que um sussurro.

- Bella? -a mesma abriu os olhos assim que escutou a voz doce e calma de Edward.

- Oi !... -sua voz saiu em um sussurro mais baixo que a do Edward, estava com a garganta seca.. Edward se aproximou da cama com cautela, e a olhou nos olhos.

- Bella, por que não me disse? -ela sabia, do que ele estava falando, sobre a leucemia. Por isso tentou sorrir um sorriso sarcástico, que não deu certo.

- Você nem ao menos me deixou falar Edward, porque acha que vim atras de você? - ela tossiu um pouco, por estar fazendo esforço em falar.- Se dependesse de mim eu nunca mais voltaria...-ele iria interromper.- deixe-me falar. Iria fazer como você me pediu, sumir da sua vida, para nunca mais voltar. Não pretendia voltar, você me abandonou grávida. Mas quando descobri a doença, ha um mês, eu lutei comigo mesma sobre oque deveria fazer, se deixava meus filhos irem para um orfanato ou procurar o pai deles.. Bem.. a segunda opção foi a escolhida. -Tossiu outra vez, e Edward lhe deu um pouco de água.

Ainda tentando assimilar tudo oque ouviu. Edward estava ainda mais confuso."Como eu pedi para ela sumir da minha vida? Como? Se minha vida é ela e agora os NOSSOS meninos." sorriu de canto ao se lembrar deles.

- Bella do que diabos você esta falando? Eu nuca mandei você sumir da minha vida. -agora quem estava confusa era Bella que o olhava com um olhar incrédulo.. - Foi você, quem foi embora, dizendo que iria se casar com outro. Oque aconteceu seu maridinho abandonou você quando descobriu que esta doente?-ele disse ríspido, se arrependendo em seguida, por ter falado dessa forma.

- Que casamento, Edward? Hein? Me diga, já que, pelo que estou vendo você esta sabendo mais da minha vida, do que eu mesma, uma vez que EU não sou casada e nem nunca me casei.- Não quero sua piedade, só porque estou doente.- Bella jogou tudo pra cima dele com a voz cheia de raiva.

- Como não, foi você mesma que me abandonou, me deixando somente uma carta, sem nem se dar ao trabalho de, se despedir do idiota, que só serviu para te ensinar.. disse ele amargo, ao se lembrar da maldita carta. Bella confusa por saber que ele também recebeu uma carta pediu..

- Edward pega a minha bolsa, por favor?.pediu tentando se sentar na cama, Edward a ajudou a se acomodar antes de ir buscar a bolsa.. Assim que pegou o papel tão conhecido pela mesma, entregou a Edward, que olhava para ela sem entender nada.

- Pegue, e leia.- disse calma. - Depois tire suas próprias conclusões. -Depois de um tempo lendo e relendo aquela carta, Edward ainda não estava acreditando no conteúdo da mesma. "Que merda é essa? Eu tenho certeza que não escrevi isso." pensou e verbalizou logo em seguida.

- Que Merda é essa? Bella eu juro pra você que, não escrevi isso. Eu nunca abandonaria você e muito menos abandonaria grávida de um filho meu. Você é minha vida Bella-disse ainda olhando para a carta nas mãos, com a voz falha.

- Edward é a sua letra, se não, é uma muito, mais muito parecida... -Edward cortou Bella com um grito estrangulado, assustando a mesma.

- Por deus. Bella, eu também recebi uma carta, com o conteúdo tão cruel quanto essa. Mas quem fez isso, quem entregou a sua para você? ele perguntou- Porque assim que cheguei da faculdade, encontrei a minha, que supostamente, foi você que escreveu em cima da mesa, no dia 10 de agosto- continuou.

- A minha foi entregue no mesmo dia. E quem entregou foi Esme.. -Bella ofegou ao se dar conta. Edward a olhou de lado.

- Merda, Bella, como ela pode fazer isso? Minha própria mãe, armou para me separar da mulher que amo. ele disse para si mesmo, mas Bella ouviu, e com isso soltou um soluço, quando Edward olhou viu que ela chorava. Correu para junto da mesma e a abraçou, "como senti falta desse abraço, do seu cheiro tão característico, tão Bella."

- Armaram pra gente amor. -ele disse fazendo o coração de Bella disparar ainda mais, ao ouvi-lo chama-la de amor.

- Você acha, que, ela teria coragem de fazer mesmo isso, Edward? a voz de Bella saiu temerosa. -Mais porque conosco? Não consigo entender. -Edward a calou com um beijo cheio de saudade, mas com cuidado. O coração de Bella estava disparado e de Edward não estava diferente. Eles estavam completos novamente. Se beijaram até ambos clamarem por ar. O beijo foi terminando com selinhos. E Edward voltou a falar, quando estava mais calmo.

- Vou falar com ela, preciso entender o do porque armar tudo isso, ficamos longe por mais de 5 anos, fiquei longe dos nossos filhos. -Edward estava angustiado, estava quase arrancando os cabelos de tanto que puxava, tentando se acalmar, como sua mãe pode ser tão cruel?

- Você tem certeza disso?- perguntou Bella incerta..- Acho melhor esperarmos um pouco, temos que ter alguma prova de que foi, realmente, Esme quem escreveu as cartas.

- Bella, ela ...minha própria mãe, eu preciso saber o motivo, deve haver algum, certo? -ele a questionou- Ela não pode ser tão cruel assim.

- Certo se é assim que você quer, faça oque achar melhor. -disse ela, já sentindo os olhos pesarem. Efeito dos remédios. Edward selou seus lábios com um selinho e deu um beijo em sua testa, Bella já estava adormecida. E assim, depois de ter certeza que Bella estava bem. Saiu do quarto.

Enquanto caminhava rumo a saída do Hospital, Edward viu seu velho amigo. Não se viam a uns 5 anos. Com um sorriso empolgado por rever o amigo, se aproximou.

- Edward, cara quanto tempo, como andam as coisas?- disse o amigo, depois de trocarem um abraço de "macho".

- Eu estou bem.- respondeu lembrando-se da sua mais nova descoberta., era pai, e de três garotos lindos.- E você como está? Anda sumido cara, vê se aparece mais vezes.- continuou Edward.

- Me formei, cara.-respondeu Emmett Masen, com a sorriso na voz.- Agora sou Arqueólogo, me formei em Londres.- disse com empolgação ao falar da profissão.

- Que ótimo Emmett, fico feliz por você.- Edward disse com sinceridade. E Emmett continuou.

- Valeu cara! E você e Bella, como estão? -perguntou com curiosidade. Sempre fora muito curioso. Edward lhe deu um sorriso triste e disse.

- Bella está doente, mas vai ficar tudo bem.- respondeu sem se aprofundar no assunto, ainda não havia digerido essa doença.- Emmett, foi ótimo te reencontrar amigo, mas preciso ir. -falou se despedindo.

- Claro, fica com meu cartão, me liga, quando quiser marcar para sair e beber todas.- Emmett gargalhou, chamando a atenção de alguns que estavam ao redor.- Estou a trabalho em um sítio arqueológico, um pouco afastado de New York.- comentou empolgado.- Me liga, vou indo também, vou procurar por Rosalie. Vamos marcar de jantar um dia desses, você leva Bella e eu minha noiva.- Edward revirou os olhos para a empolgação do amigo e riu, concordou com um aceno de cabeça e tornou a abraçar o amigo em despedida. Edward continuou seu caminho para fora do hospital. E se encaminhou em direção a casa de seus pais. Precisava falar com Esme, e tirar essa estória da carta a limpo. Ainda no estacionamento ligou para sua secretária, e lhe ordenou que, levasse as crianças para seu apartamento e que a mesma contratasse uma babá de confiança, que ele iria tirar o resto do dia de folga e que ela poderia fazer o mesmo, depois que remarcar toda sua agenda de hoje.

Assim que chegou, Edward foi direto para onde ouvia as vozes, ou seja, ela estava na sala. Ele tentou, realmente tentou não explodir mais foi inevitável.

- Como você pode Esme? -Ele gritou se fazendo presente assustando sua mãe que, falava algo sobre o almoço com uma das empregadas.- Ainda estou esperando uma resposta, vamos me diga, alguma vez você realmente me amou? Porque "MÃE que é MÃE," não faz oque você fez...- ele estava transtornado.até que foi interrompido por Esme, que não estava entendendo a atitude do filho.

- Edward, meu filho, oque está acontecendo? Por que está falando assim com sua mãe?-ele a cortou, as mãos estavam em punho e o dentes cerrados, estava tentando se controlar, para não fazer nenhuma besteira.

- Mãe?! Que mãe? Ou melhor que tipo de mãe como você, faz oque faz, sem nem ao menos se sentir culpada? -ele continuou

- Filho, acalme-se, vamos sente aqui comigo e...- Edward continuou-

-Não. Me. Chame. De. Filho.- apontou o dedo para ela.- Você. Não. É. Minha. Mãe.- disse com a voz embargada e os olhos cheios de lagrimas, mas sua atitude era dura e fria. "Como ela pode fazer isso?" -essa ainda era a sua pergunta.