Deep in the Meadow escrita por Pennyweather


Capítulo 9
Surpresas


Notas iniciais do capítulo

Olá, tributos lindooos! Sentiram minha falta? É CLARO que sentiriam, estou a anos sem postar, kkkkk
Primeiramente, me desculpem pela droga de nome que dei ao capítulo. Estou sem criatividade para nomes de capítulos, acho que estou com algum tipo de bloqueio.
Segundo, desculpem pela demora ao postar, escola é uma coisa chata mesmo. Mas logo fico de férias e os capítulos serão postados com mais frequencia WEEEEE *--*
Vamos ao capítulo, aproveitem!



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POV. Gale

Madge joga água em meu rosto, como vingança por eu tê-la jogado na água. Não evito e solto uma gargalhada, o pânico que ela demonstrou ao perceber que seria atirada na água foi hilário.

Vou nadando até a borda do lago e então me sento na beirada. Madge faz o mesmo e se senta ao meu lado. Quando me viro para encará-la, não consigo evitar a reação que tenho: analiso-a de baixo para cima, desde suas longas pernas até o topo de sua cabeça, e meu olhar se demora em suas curvas perfeitas, que estão mais aparentes, pois sua está roupa colada no corpo por causa da água. Percebo que estou sendo inadequado, mas ela parece não perceber meu olhar.

Voltamos à pequena casa de cimento e nos sentamos novamente, sem saber o que fazer exatamente.

–Meu Deus, Gale! Agora que eu lembrei!- ela diz, pegando os morangos e o coelho de ontem, de modo que eu fique confuso.

–O que foi?- pergunto.

–A cerca já deve estar desativada! E precisamos ver a Katniss nos Jogos!

Agora que eu me lembro. Como pude esquecer? Deve ser porque quando estou com Madge eu me esqueço das coisas importantes e sou apenas... feliz. Sem preocupações.

Mas caramba, Katniss está na arena. Como pude esquecer? O que será que aconteceu durante o tempo em que ficamos presos? O pânico subitamente toma conta de meu corpo.

–Cacetada! Eu tinha esquecido! Corre Mad!- digo me levantando e puxando-a pela mão, e começamos a correr pela floresta.

Como imaginamos, a cerca havia finalmente sido desativada e então passamos pelo vão da cerca. Continuamos correndo, sem largar as mãos um do outro. Era incrível o fato de Madge conseguir me acompanhar na mesma velocidade que eu. Ela era bastante rápida para alguém tão frágil.

Chegamos à praça e encaramos o telão.


POV. Madge

Ficamos até a noite assistindo aos Jogos, e não saio do lado de Gale um segundo. Imagino a tortura que isso deve ser para ele, ter que assistir sua amiga fugindo da morte em uma arena cruel, controlada por Idealizadores que mantém como único objetivo matá-la. Se já está ruim para mim, imagine para ele. Gale mantém o olhar preso no telão, visivelmente tenso. O dia vai escurecendo rapidamente.

–Eu já volto. Tenho que arrumar nossas coisas- digo receosa, indo em direção a onde apoiamos os morangos e o coelho. Eu não fazia realmente questão de arrumar tudo aquilo, mas era um jeito de me distrair. Estava ficando com agonia de ver Katniss naquela arena.

Então, quando estou de costas para o telão, ajeitando as coisas, alguém tromba comigo, de modo que eu perco o equilíbrio e quase caio no chão. Levanto meu olhar e me deparo com uma garota extremamente bonita, de olhos azuis incríveis e cabelos negros.

–Mil desculpas! Não era minha intenção te machucar... - ela diz e então seu olhar pára sobre mim. Um brilho de reconhecimento aparece em seus olhos e então ela sorri- Ei, eu te conheço de algum lugar!- ela diz toda animada.

Eu, por outro lado, jamais havia visto aquela garota em minha vida. Mas esboço um sorriso mesmo assim.

–Já sei!-ela diz, sorrindo. Acho que nunca conheci uma garota tão empolgada em toda a minha vida- Você é a filha do prefeito Undersee! Madge, não é?

O que? Como assim? Não é como se eu fosse conhecida no distrito. Eu sou só a filha do prefeito, meu pai é que deveria chamar a atenção, e não eu.

Uma mecha de seus cabelos negros cai sobre seu rosto e ela a coloca atrás de sua orelha, impaciente com o cabelo que insiste em cair em frente a seus olhos.

–É, sou eu- digo.

Ela dá palminhas de empolgação.

–Ah, eu sabia! Sem querer me gabar e já me gabando, eu tenho uma memória notável, por assim dizer.

O modo empolgado como a garota fala faz com que eu imediatamente simpatize com ela. Lembro-me, então, de que ainda não sei o seu nome.

–Desculpe, qual é o seu nome?

–Nossa, que falta de educação a minha! Nem me apresentei. Meu nome é Julieta, Julieta Campbell.

Ah, o destino e suas ironias.


POV. Gale

Depois que já eram mais de meia noite, eu resolvo acompanhar Madge até sua casa e então paro para pensar em como os pais dela irão encarar o fato de que Madge passou a noite fora sem o consentimento deles.

Quando chegamos à porta de sua casa, Madge se vira para mim e com uma falsa cara de medo, diz:

–Me deseje sorte! Já estou imaginando a reação de meus pais. Acho que, passar a noite fora, mesmo não tendo sido proposital, é basicamente o mesmo que eu assinar meu próprio atestado de óbito-ela diz, rindo.

Dou uma risada também, imaginando o tipo de mentira que Madge irá contar a seus pais.

–Vai ficar tudo bem, eles não vão te matar- digo sorrindo- Boa noite Mad. E que a sorte esteja sempre a seu favor, então- dou uma risada.

Ela ri também e fala:

–Boa noite Gale- ela diz sorrindo e fechando a porta atrás de si.

Quando estou me virando para ir embora, ouço o barulho da porta se abrindo novamente e sinto uma pequena mão segurar meu pulso, de modo que eu me vire e me depare com os olhos incrivelmente verdes de Madge. E então, ela fala um pouco tímida:

–Me esqueci de uma coisa.

Ela segura meu rosto delicadamente e, finalmente, me dá um beijo rápido e volta para dentro da casa.

Ao ouvir a porta se fechar novamente, sorrio e ergo meus olhos para o céu estrelado, como uma última lembrança dessa noite.


POV. Madge

Meus pais haviam ficado completamente apavorados, e deram um grito de alívio quando me viram entrando na casa. Me abraçaram e depois deram-me o maior sermão, como já era de se esperar, e me mandaram dormir. Não me deixaram de castigo, porque eu disse que havia passado a noite na casa de uma amiga e não tinha conseguido avisá-los. Minha mãe me lançou olhares desconfiados, mas me fiz de desentendida. Deixei os morangos na cozinha e fui dormir.

O dia seguinte havia se passado rapidamente. Eu me encontrei de novo com Gale, que estava com sua irmãzinha Posy, provavelmente porque sua mãe estava trabalhando e não poderia cuidar da filha pequena. Passamos a tarde lá, assistindo à Katniss e Peeta.

Encontrei a Julieta de novo e conversamos enquanto assistíamos aos Jogos. Surpreendi-me ao perceber que Julieta poderia ser uma grande amiga. Ela se referia a tudo de um modo divertido, me arrancando risadas. Era, provavelmente, a pessoa mais simpática que já conheci.

Já era noite quando Julieta, eu e Gale fomos embora da praça. Dessa vez, Gale não me acompanhou porque Posy estava com sono. Depois que Gale entrou na casa com a irmã no colo, Julieta se vira para mim e diz, com um olhar malicioso:

–Esse seu namorado é bem gato.

Sinto minhas bochechas corarem.

–Ele não é meu namorado- digo tímida.

–É claro que não-ela fala, com um sorriso maroto estampado em sua face.

Passamos o resto do caminho conversando e chegamos à casa de Julieta. E então sobro só eu.

Penso em pegar um atalho para minha casa, então entro em um beco estreito e escuro. Era assustador, mas eu teria que pegar o atalho se quisesse chegar cedo em casa, e eu não me atreveria a chegar em casa muito tarde depois de ontem.

Então, eu começo a escutar gritos. Não são gritos de pavor, são gritos de raiva.

Vou me aproximando de um poste de luz fraca e vejo dois vultos em frente a uma casa: um, é uma figura alta e de corpo feminino. O outro vulto parece de um garoto alto. Me escondo em um lugar mais escuro e observo a cena atentamente.

–DESGRAÇADO! NÃO ACREDITO QUE PASSEI NOVE MESES TE CARREGANDO NA MINHA BARRIGA PRA NASCER ALGUÉM COMO VOCÊ!-a mulher grita e me sinto apavorada. E se me vissem aqui, espiando?

–Mãe, calma!- o garoto diz e reconheço a voz de algum lugar.

–VOCÊ NUNCA FAZ O QUE EU PEÇO!-a mulher grita mais alto. Sua voz dá uns falsetes, de modo que eu ache que ela está bêbada, completamente bêbada.

A mulher segura na mão uma garrafa de vidro e está se preparando para atirar no garoto quando ele grita:

–MÃE! NÃO FAÇA ISSO!

–DESGRAÇADO!- a mulher grita e atira a garrafa no vulto masculino, e entra na casa, batendo a porta com força.

O vulto se aproxima da luz fraca do poste de luz e observo seu rosto. Está sangrando e seus cabelos loiros estão manchados de sangue. Seu rosto, mesmo assim, exibe belas feições.

E esse rosto só pode pertencer a uma pessoa. Incrédula, saio de meu esconderijo e pergunto assustada e preocupada:

–Blake?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim, eu gostei =3
Estou muito feliz com vcs, leitoras lindas! Sempre deixando review e vi que mais pessoas começaram a ler e até favoritaram. Fiquei muito feliz, viu?? Mas bem q os leitores fantasmas também poderiam deixar review neh? Eu fico tão feliz com uma simples review, não custa nada colocar um gostei ou coisa parecida como review, neh?
Bom, como eu ando muito feliz com essa fic e com as minhas leitoras lindas (estou colocando no feminino pq, se eu tenho algum leitor garoto, ele ainda n se manifestou), eu tenho uma surpresa para vcs, mas só vou contar mais pra frente.
Quero deixar algumas sugestões de leitura aqui, que são fics que vale a pena ler, de verdade!
-Novo Começo, escrita pela minha amiga/parceira de fics Annabeth Everdeen;
-Segundo Massacre Quartenário, escrita pela lindona remembergirlonfire;
-Recalling the Love, das gatoooonas Gina Weasley Potter, Larissa Chase Jackson e Julia Melo.
Beijos leitoras! Deixem review e não se esqueçam de ler as fics que eu mencionei, porque valem a pena mesmo!