Beautiful Soul escrita por Maitê Guimarães


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Capítulo não tem emoção, mas nos próximos eu prometo que vai ter.. Tá ruim a barra pra Fatinha e a Lia vai ser uma grande BFF pra ela. Desculpem se tá pequeno, vou dar um jeito de escrever escrever e escrever até deixar uns bem grandinhos prontos, ok? =[ Boa leitura



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Lia chegou na escola e logo foi abordada por Fatinha que estava com uma expressão bem curiosa no rosto, com certeza ela iria perguntar sobre Dinho, o que no caso era a última coisa que Lia queria saber nessa manhã.

— Bom dia! - Saudou a periguete.

—Bom dia, Fatinha. - Lia disse de má vontade, Fatinha sorriu.

— E aí... Eu atrapalhei alguma coisa ontem né, acho que devo desculpas! Mas se você qu...

— Fatinha, cala a boca! Você não interrompeu nada, sem noção. - Lia cortou, irritada. Dinho chegou na escola junto de Orelha, Dinho logo procurou Lia com o olhar e encontrou perto da lanchonete, com Fatinha, ele tentou ir lá mas Orelha impediu.

— Desde quando você corre atrás de uma garota? - O nerd perguntou, o amigo bufou.

— Desde quando é garota pela qual eu tô apaixonado. (?) 

— Não zoa, "Ó Pegador". - Ele brincou, o sinal bateu e todos foram para a aula imediatamente, assim que Lia entrou avistou Fera e sentou numa cadeira a frente dele.— Oi!! - Ela cumprimentou animada.

—Lilita! Deixaram você falar comigo? - Ele indagou curioso, Lia riu.

— Não, mas ninguém pode me proibir de falar com meu colega. - Ela explicou.

— Pensei que eu era seu amigo... -Fera afirmou confuso, Lia riu e logo Cézar adentrou a sala.

— Bom dia, alunos. - O professor falou, os alunos responderam um "Bom dia"animado, principalmente Fatinha. A aula já tinha começado a alguns minutos e Dinho resolveu arrancar um pedacinho de folha de seu caderno, ele escreveu um bilhete e jogou na mesa de Lia. A roqueira foi pega de surpresa e levou um pequeno susto mas pegou o papelzinho e abriu para lê-lo.

"Oi.. Tô correndo o risco de levar um fora, mas, aceita ir na praia comigo hoje?"

 Ela leu e olhou para Dinho que estava com um sorriso bobo no rosto, a menina pegou outro papel e escreveu. Ju percebeu e cutucou Gil, que não gostou nada da reaproximação dos dois.

— Cézar, bilhetinhos na hora da aula podem ser considerados caso de diretoria? - Gil perguntou, fazendo Lia e Dinho ficarem surpresos com tal atitude.

— Claro! Uma das coisas mais inadimissíveis nas minhas aulas são esses tipos de bilhetinhos. - Ele explicou, Lia fuzilou Gil com o olhar assim como Dinho, a menina teve de amassar e guardar o bilhetinho. Assim que bateu para o intervalo depois de algumas aulas Dinho foi ao encontro de Lia.

— Oi...

— Oi. - Ela sorriu sem jeito, ele ficava encantado sempre que via aquele sorriso.

— Então, já que o fofoqueiro do Gil não deu chances pra você responder meu bilhete poderia aceitar ou me dar um fora agora? 

— Er... então... - Ela enrolou um pouco, mas logo Fatinha chegou junto de Fera, Orelha e Pilha. 

— E aí, casal! - Orelha disse, provocando. Robson viu Lia e Fera no mesmo grupo e logo veio pra perto com o barulho ensurdecedor do seu apito.

— Seu pai deixou bem claro que não te quer perto do senhor Frederico! Os dois arrumaram muita confusão! - Ele disse, Lia revirou os olhos.

— Você quer que eu me isole dos meus amigos? - Ela perguntou visivelmente brava.

— Se você quiser pode ir pra direção com o diretor Mathias.

— Se você quiser pode parar de encher. - Ela retrucou, Robson apitou novamente.

— Lia, vai acabar se ferrando assim. - Fatinha sussurou para a roqueira, Lia suspirou e cedeu, saindo de perto dos amigos e indo pra lanchonete, Gil notou e resolveu sentar ao lado da amiga.

— Oi! - Ele cumprimentou, Lia ficou meio desconfiada e lembrou o que o grafiteiro havia armado, mesmo sem provas ela tinha em mente que era ele sim.

— Gil, porque você armou pra mim e pro Dinho? 

— Ahn? Eu? - Ele se fez de inocente, Lia suspirou.

— É, você. - Ela afirmou e ficou olhando fixamente nos olhos do garoto, que suspirou pesadamente e quando ia começar a falar foi puxado por Ju, que nem se quer deu explicações.

— Tá maluca, Ju? - Ele perguntou, eles estavam longe de Lia já que Ju tinha afastado-o de tal.

— Gil! Você não pode contar o que a gente fez pra Lia, né?! - Ela disse autoritária.

— O que a gente fez foi errado! - Respondeu, meio arrependido. A it-girl revirou os olhos e começou a falar com Gil, Lia tinha ficado sozinha novamente, quando Dinho chegou e sentou ao seu lado.

— Falou com o grafiteiro? - Ele perguntou, a menina soltou o suco que estava tomando em cima do balcão. 

— A Ju tá embarreirando. - Lia disse de um jeito engraçado fazendo Dinho rir baixinho, ela sorriu.

— Lia...

— Hum? - Lia olhou curiosa pra ele.

— Ahn... Não precisa responder nem ficar constrangida mas eu preciso dizer uma coisa. 

— Fala. - Ela olhou assustada, ele sorriu. Dinho se aproximou um pouco da menina que recuou, ele suspirou.

— Eu... eu...t... - Ele ia completar a frase mas o sinal bateu, a roqueira pediu para que ele continuasse mas Mocotó chegou ficou mandando os dois irem logo para a aula.Já era fim de todos os horários de aula, os alunos já estavam saindo e indo embora. Fatinha e Lia andavam juntas rumo ao portão quando viram Bruno chegar.

— Uau, qual é o motivo da visita de um príncipe ao Quadrante? - Fatinha provocou, Bruno revirou os olhos.

— Você não cansa de ser insuportável? - Bruno indagou e foi em direção a irmã que estava com Rita - a razão da visita repentina dele.

— Oi... - Ele saudou, Ju ficou meio surpresa.

— Hey, maninho.. O que veio fazer aqui? - Ju perguntou, curiosa. Rita ficou totalmente sem jeito com os olhares que Bruno lançava à ela.

— Vim buscar minha irmã na escola. Algum problema? 

— Nenhum! - Ju riu.

 — Bom gente, eu já tenho que ir.. Tchau.. - Rita se despediu, mas antes que ela pudesse dar um passo Bruno segurou seu braço, levemente. Fatinha que observava tudo ao lado de Lia sentiu o sangue burbulhar. Logo Orelha, Dinho, Fera e Pilha chegaram ao lado das meninas. 

— O que ele viu nela? - Fatinha perguntou.

— Inteligência? - Lia disse, todos riram, menos a periguete.

— Ah, sério? Que engraçadinha você, Lia! - Ela respondeu irônica.

— Sou muito mais você, Fatinha. - Orelha disse.

— Eu também. - Fera falou.

— Sem dúvidas!!! - Pilha disse, todo animado. Dinho foi o único que ficou em silêncio. 

— E você Dinho? - Orelha provocou, Dinho ficou olhando e Lia notou o clima pesado, a roqueira cortou o momento.

— É, eu vou embora, vou voltar pra prisão... tchau gente. - Ela disse e saiu praticamente correndo, o pedido de Dinho de ir a praia havia sido esquecido em meio à tantas lembranças que estavam rodeando a mente dos dois.

(...)

Era de madrugada e uma chuva forte começava a dar sinais de chegada, o céu cinzento e opaco da noite sem brilho algum a não ser os chamuscados da lua que mal podia ser vista estava mostrando uma bela tempestada por vir. Lia estava num sono profundo quando o telefone soou, de primeira a roqueira não atendeu pelo barulho de seus fones, mas depois de algumas chamadas ela abriu os olhos com certa dificuldade e fitou o visor. 

"Fatinha".

Lia bufou, o que Fatinha queria uma hora dessas? Ela demorou um pouco pra atender o aparelho e quando atendeu notou a voz chorosa de Fatinha.

— Lia... Você pode vir aqui no hostel? - Pediu a loira, Lia estranhou.- Por favor.

— Fatinha, o que aconteceu?! São 02:12 da manhã, sabia? - Lia perguntou preocupada.

— Por favor, é urgente. - Fatinha implorou, Lia aceitou meio contrariada. A roqueira vestiu a primeira roupa que encontrou e saiu escondida, logo depois de ter arrumado a cama para não desconfiarem de sua fuga, assim que ela colocou o pé na rua os pingos da chuva começaram a cair forte, ela apressou os passos e conseguiu chegar no hostel sem se molhar muito, agora a chuva era forte e as pancadas, brutas. Ela chegou no hostel e viu Fatinha no balcão, com os olhos meio inchados de...chorar?

— O que aconteceu? - Lia perguntou curiosa e preocupada.

— Lia... Meu pai... - Ela tentou completar a frase mas começou a chorar novamente, ela estava realmente mal. Lia era rodeada pelos trovões cada vez mais assustadores ou pelo soluço do choro de Fatinha.

— Hey, calma.. Toma uma água. - Lia pegou um copinho de água e entregou a amiga, que pegou e tomou meio trêmula-, Me explica direitinho.

— Minha mãe ligou pro meu celular... no começo eu achei que era pra dar um sermão ou pra perguntar se eu tava bem.... mas ela falou que meu pai tá no hospital, na UTI. - Ela explicou, entre lágrimas. Lia ficou chocada, sabia o quão difícil era pra Fatinha essa situação, afinal, se algo acontecesse com o pai dela o arrependimento ia ser um fiel companheiro.

— Mas.. o que aconteceu?

— Ele teve um infarto.. Lia... Eu não sei o que eu faço.. Eu sei que eu posso ser a pior filha do mundo pra ele e ele não é o melhor pai, mas... - Ela não conseguiu terminar a frase e voltou a chorar, Lia ficou comovida e abraçou a amiga, que não negou o abraço. 

— Você tá trabalhando? - Lia perguntou, depois de alguns minutos curtos abraçada com Fatinha.

— Eu pedi pra cobrir o plantão do meu gerente.. pra me distrair, mas sei lá, foi pior... - Disse a loira, Lia suspirou.

— Vai ir visitar ele? - Lia indagou, Fatinha se afastou um pouco e ficou fitando a porta onde podia-se ver as gotas fortes rebatendo contra o vidro.

 — Eu não sei. - Ela disse depois de algum tempo pensativa, Lia nunca tinha visto Fatinha assim, tão... sensível. A roqueira sempre soube que ela era um humano como outro qualquer, mas a periguete conseguia esconder os sentimentos tão bem, na verdade sua única fraqueza era a família, então?

— Eu vou ficar aqui, tá? - Lia disse, Fatinha apenas assentiu meio em dúvida ainda com as lágrimas insistentes caminhando por sua face.


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Notas finais do capítulo

Momento... AWN da Lia, sendo uma hiper bff pra Fatinha, aprendeu com o Fera kkk
Qualquer erro pode ser perdoado, né?? *-* Até a próxima que eu prometo que vai ser em breve. ♥