Show De Vizinho escrita por Alana Mara Farias


Capítulo 13
Viver é inutil sem você..


Notas iniciais do capítulo

Chorando litrosssssss



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CAPÍTULO 12

Edward empurrou-me
contra a porta da minha casa, alisando todo o meu corpo, apertando minha
cintura, alisando meu rosto, pegando em meus cabelos, tocando em minha barriga,
segurando em meu pescoço...
Eu tentava memorizar cada toque, cada suspiro,
cada movimento que ele fazia, ao mesmo tempo em que eu lamentava, chorando, por
aquela perda. O beijei pela ultima vez e o empurrei para fora da minha casa
vendo seu rosto retorcido em dor e confusão. Desabei no chão da sala ouvindo os
gritos de Edward do lado de fora, socando a porta e implorando para que eu a
abrisse. Mas, eu não podia, não iria conseguir despedir-me dele de verdade.
Aquilo me mataria, seria demais. Deitei-me no chão, dominada pela dor que se
apossava lentamente de todo o meu corpo, fazendo com que meus músculos travassem
e meu coração doesse a cada batida.

- Eu disse que voltaria meu amor.


Suas mãos seguraram meu rosto e seus lábios passearam por minhas
bochechas.

- Edward...

Como era bom sentir seu toque novamente.
Fechei meus olhos e respirei profundamente, sentindo todo o perfume que vinha
dele. Abri meus olhos novamente e tudo o que vi foi a escuridão. Era mais um
sonho. Passei a mão pelo cabelo, sentindo a umidade em meus olhos e também a
ardência que se acumulou à medida que as lágrimas desciam por meu rosto.

havia se passado 3 meses e todas as noites eu sonhava com Edward, com seus
braços ao meu redor, com sua voz sussurrando em meu ouvido. Entretanto, quando
eu abria meus olhos, tudo desaparecia nas sombras, deixando-me mais uma vez
sozinha.

- Aonde vai, filha?

Charlie perguntou quando apareci ao
pé da escada, com as minhas botas de caminhada. Seu tom demonstrava a mesma
preocupação que ele tentava esconder quando eu ia para algum lugar, parecendo
que Charlie esperava que eu fizesse algo contra eu mesma. O que não era verdade,
pois eu era covarde o suficiente para fazer algo contra minha saúde e
esperançosa o bastante para acreditar no que Edward me prometera; que ele
voltaria.

- Vou dar uma volta na praia. – respondi quando me aproximei
dele para beijar-lhe o rosto e pegar minha capa de chuva.
- Tenha cuidado
Bells.
- Eu terei Charlie.

Saí porta afora e parei no meio da rua
onde eu podia sentir os pingos de chuva caindo por meu rosto. Era um alívio
poder sentir aquele vento gelado bater contra minha pele e as gotas d’água
desaparecer assim que tocavam meu rosto. De alguma forma, eu conseguia sentir
Edward ali, como se ele estivesse bem ao meu lado.

- BELLA! – meu pai
gritou da janela – O que faz parada no meio da rua?

Mais à frente, uma
caminhonete se aproximava cada vez mais de mim e eu não conseguia me mover. Era
como se eu quisesse enfrentá-la, como se eu pudesse de alguma forma passar por
ela sem nenhum arranhão.

- BELLA!

Braços me envolveram e me
apertaram bem forte enquanto eu começava a chorar, desesperada, desiludida,
machucada.
Charlie ajudou-me a entrar novamente em casa, sentando-se ao meu
lado no sofá com um de seus braços ao meu redor, tentando me confortar e acho
que tentando convencer a si mesmo de que eu estava bem, pelo menos por fora.


- Desculpe. – falei entre soluços, enterrando ainda mais meu rosto em
seu peito – Desculpe pai. Eu juro que não pretendia fazer nada. É só que... na
hora... eu...
- Shhh. Tudo bem, Bella. Está tudo bem. – Charlie beijou-me a
testa e afagou meu braço, ficando em silêncio enquanto ouvíamos o meu choro
baixinho e torturante.

Em meio às lagrimas, acabei pegando no sono por
conta das noites mal dormidas desde a despedida de Edward. E dessa vez eu não
sonhei. Na verdade, era como se eu não tivesse dormido, pois rapidamente acordei
esfregando os olhos quando notei a falta e luz na sala. Havia escurecido e horas
se passaram desde que adormeci, embora pareça que acabara de pegar no sono.


- Bells? – Charlie apareceu, tentando enxergar algo – Está acordada?

- Sim. – sentei-me e esperei meu pai atravessar a sala e ligar a luz.
-
Espero que esteja com fome. Pedi umas pizzas com coca-cola. – ele riu
encorajando-me e eu não pude deixar de no mínimo, fazer uma careta, que deveria
ser um sorriso.

Liguei a TV e coloquei no canal de esportes que passava
um jogo de Rugby entre a Nova Zelândia e Austrália. Homens enormes e fortes
enfrentavam uns aos outros empurrando muralhas humanas, tentando alcançar o
outro lado do campo. Assistindo àquele jogo, percebi que na minha vida, Edward
estava do outro lado do campo, longe, distante, porém não inalcançável. Sim, eu
teria de suportar a dor e a angústia de não ter notícias, de não poder vê-lo,
entretanto, tinha que salientar que um dia estaríamos juntos novamente. Que ele
voltaria como prometeu. E eu iria esperar. De alguma forma eu estaria inteira
assim que ele passasse por minha porta. E tudo não passaria de um infeliz
pesadelo.

- Tome. Cortei os pedaços. – Charlie me ofereceu uma das
fatias enquanto colocava seus pés em cima da mesinha de centro e apoiava a caixa
de pizza na barriga.
- Obrigada.

Ficamos ali assistindo ao jogo pelo
resto da noite e fiquei feliz por Charlie não tocar no assunto. Nesse tempo me
senti um pouco melhor com a presença de meu pai, estava feliz por tê-lo ali.


- Bells... – vi que ele lutava contra as palavras.
- Oi.
- Não
queria entrar neste assunto, mas só que... que... – ele fechou os olhos e
respirou profundamente, continuando – Só quero que saiba que eu estou aqui. Que
nunca vou lhe deixar e que vou te apoiar e estar disponível sempre que precisar.
Eu te amo minha filha. E vê-la nesse estado me machuca tanto quanto está ferida
agora.

Ele pegou em minhas mãos e eu me controlei para não sair correndo
e chorando feito uma louca. Olhei para ele, segurando as lágrimas enquanto ele
me encarava, deixando claro que ele também estava sendo afetado com meu
sofrimento.

- Obrigada pai. Eu também te amo e desculpe por fazê-lo
passar por tudo isso junto comigo.
- Esse é o meu dever, Bells. Porém, pai
nenhum gosta de ver a filha desse jeito. E ele vai voltar. Tenho certeza de
Edward vai voltar.

Caí em seus braços e o abracei mais forte que pude
agradecendo por ter alguém como Charlie nesse momento.


- Que tal a
gente sair hoje? Tem uma bandinha dos amigos do Lewis que vai tocar hoje à noite
no Night Bar.

Alice falava dessa programação a semana toda e eu já
estava de saco cheio. Afundei minha cabeça na mochila que estava em cima da mesa
do refeitório e tentei vagar com minha mente para outro lugar, para um lugar sem
barulhos e fofocas.

- Bella? Bella está me ouvindo? – ela sacudiu meu
braço.
- O que foi Alice?
- Quer ir conosco? – ela perguntou um pouco
acanhada depois da forma que a tratei.
- Hummm, obrigada, mas não. Tenho que
estudar para as provas.

Alice sabia da verdade. Ela sabia que eu não
iria a lugar nenhum enquanto eu não ficasse “boa”, como ela dizia. Ela sorriu
minimamente e eu fiquei sem graça por tratá-la tão mal, quando na verdade ela só
queria me ajudar.

- Desculpe. Não quis ser grossa com você no almoço. –
falei quando estávamos indo para o estacionamento.
- Não se preocupe amiga.
Está tudo bem. – ela me abraçou.
- Obrigada.
- Precisa de ajuda com as
matérias das provas?
- Um pouco. – sorri dando de ombros.
- Quer que
Ângela e eu lhe ajudemos?
- Não quero atrapalhar vocês com meu raciocínio
lento...
- Bella, por favor, não fuja da gente dando desculpas esfarrapadas.
Não queremos tirar notícias de você. Só quero lhe ajudar com as provas. Posso
passar na sua casa depois do almoço?
- Tudo bem.
- Ok. Prepare seus
livros.


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