As Cobras Não São Más escrita por JessyFerr


Capítulo 79
Capítulo 79 Enfim o Tempo


Notas iniciais do capítulo

Gente voltei com o último capítulo. Peço mil desculpas pela demora, a faculdade tomou meu tempo e depois o computador foi para manutenção.
Bom, queria agradecer a cada leitor por ter me acompanhado até aqui, mesmo com uma fic tão longa.
Teve um leitor que fez um comentário que sinceramente me deixou feliz, ele disse que essa fic não parecia eu que estava escrevendo porque era um pouco diferente das minhas outras, fiquei satisfeita por ele ter notado, pois, mudei o meu jeito de escrever pra fazer essa fic, pois, o seu contexto pertence a linda escritora ZeroRoll (Ana), que me pediu para reescrever a sua fic, ela me ajudou muito da realização dessa nova história, e estou muito contente por ela ter gostado.
Amores, também queria dizer que vou me aposentar, não tenho mais tanto tempo pra escrever e odeio deixa-los esperando. É certo que tenho outras histórias em mente e até já comecei a escrever uma, mas, não quero dar certeza de uma postagem. Enfim, caso um dia eu volte a postar se vocês quiserem eu posso avisa-los por MP, ou vocês podem me colocar em favoritos, assim quando eu postar vocês irão saber.
Mais uma vez obrigada por estarem comigo desde os "Herdeiros". AMO VOCÊS! ♥♥♥
JessyFerr



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A vontade é impotente perante o que está para trás dela. Não poder destruir o tempo, nem a avidez transbordante do tempo, é a angústia mais solitária da vontade.

Friedrich Nietzsche

– Capítulo Setenta e Nove –

Enfim o Tempo

O tempo pode significar algo maravilhoso e espantoso quando permitimos que ele faça seu papel, sem que nós interfiramos. Somente esperando pelo tempo certo, percebemos que as coisas tomam o seu lugar de uma forma inquestionável.

Foi com o tempo, que Josh, conhecera Melanie em Hogwarts, também com o tempo se tornaram melhores amigos. Com esse mesmo tempo, ele se apaixonara por ela, mas, também com o tempo veio o amor dela por outro. Querer passar por cima do tempo e tentar tirar Melanie do coração estava fora de cogitação, pois, com esse mesmo tempo, veio o sentimento de Melanie por Josh. E após passar um tempo do primeiro beijo, veio o tempo do noivado e enfim, o momento esperado.

Há tempo para tudo. Para sorrisos, para lágrimas, para alegrias, para tristezas, para prosperidades e para perdas. Mas para Josh e Melanie, naquele momento, era tempo de felicidade e felicidade.

O jardim da mansão Malfoy, estava enfeitado com as mais belas flores que a primavera poderia proporcionar. Os convidados aguardavam ansiosos o momento que a noiva entraria, e Josh, ao final do tapete vermelho, ansiava por ver Melanie caminhar em sua direção, para que finalmente a tomasse por sua esposa.

Ao lado de Josh, estavam, Anthony, Scott (o primo de Josh), Erick, Allan, Matthew e Dr. Cooper, eles usavam smokings, pretos com detalhes em verde e prata, ocupavam o lugar dos padrinhos. Do outro lado estavam, Roxanne, Lucille, Mey, Sarah, Lana e Rose, vestidas com vestidos curtos e prateados, ocupavam o lugar das damas de honra.

Era certo que o coração de Josh quase saiu pela boca quando vira Melanie entrar acompanhada de Draco. Seus olhares não desviavam um do outro em momento algum, e Josh nunca acreditou que Melanie poderia ficar mais bonita do que já era.

Melanie usava um vestido longo de seda branca e sem volume, seus cabelos lisos e longos foram substituídos por grandes cachos que caiam pela sua cintura, e não usava vél. E seu buquê era de simples e delicado copo-de-leite.

Josh sorriu quando Melanie o alcançou no final do altar e os dois se viraram para o Juiz que os esperava. Era certo o que todos esperavam, que o, sim, logo viesse. E ele veio, seguido da troca das alianças e promessas de amor eterno.

Dez anos se passaram após o casamento e volto a falar do tempo, o tempo que permite que tudo se arranje, que permite que os segredos mais íntimos venham e tenham a escolha de se manifestar ou não.

A garota com seus vinte anos de idade, de cabelos loiros e compridos de olhos muito verdes, sorria satisfeita ao receber seu terceiro prêmio de arte no Centro Cultural de Londres. Entre as pessoas que a aplaudia, também estava um rapaz alto e forte, de cabelos lisos e ruivos e olhos acinzentados, parecia ter uns vinte e quatro ou vinte e cinco anos.

– Parabéns Lú – ele disse quando a garota se aproximou dele.

– Obrigada Andy. – disse Lúcia se precipitando para abraça-lo – Que bom que você veio, ninguém da minha família pôde vir.

– Mas eu não prometi pra você que sempre viria as suas exposições? – Andrew perguntou arqueando uma sobrancelha.

– Só vem porque é o meu melhor amigo. – disse ela fazendo bico – Sei que para algumas pessoas, exposições de quadros é um saco.

– Sinceramente eu não acho. – disse Andrew dando de ombros – As coisas que você pinta, são incríveis.

– Você é um fofo Andy. – disse Lúcia, e Andrew corou de leve.

– Então. Onde você quer jantar hoje? – ele perguntou empolgado.

– Tem um novo restaurante de comida italiana, que eu adoraria ir. – disse ela.

– Você não se cansa de comer massa? – Andrew perguntou e Lúcia bateu de leve em seu braço.

– Então escolhe você.

– Comida italiana pra mim está ótimo. – disse Andrew e Lúcia sorriu, ele sempre cedia a sua vontade. – Eu queria mesmo conversar com você... te contar uma coisa sobre mim.

Lúcia o olhou confusa, mas, assentiu. Os dois saíram do Centro Cultural, e entraram em um carro preto que estava estacionado próximo.

– Você parece nervoso. – Lúcia comentou a Andrew que dirigia o carro. – É tão sério o que tem pra me falar?

– Você nem imagina o quanto. – Andrew respondeu virando uma esquina e estacionando em frente a um restaurante.

Eles desceram do carro e Andrew entregou as chaves a um manobrista. Ao entrar no restaurante eles foram guiados para uma mesa.

– Andy você sabe o quanto sou curiosa. – disse Lúcia lendo o cardápio – Me conta logo.

– Não é tão fácil quanto você imagina. – disse Andrew respirando fundo.

Lúcia o olhou indignada enquanto escolhiam o prato que comeriam. Andrew estava em um dilema, pois, há muito tempo ele tentava contar a verdade a Lúcia sobre suas origens, ele não achava certo terem uma amizade há tantos anos, e continuar escondendo esse segredo dela.

Por várias vezes ele tentou contar, mas, sempre desistia no meio do caminho, com medo da reação da garota.

– Andy. – ela disse depois de bebericar um pouco de vinho – O que você tem a me dizer pode mudar alguma coisa do nosso relacionamento?

– Talvez sim. – disse ele sério – Mas em que sentido de “relacionamento” você pergunta?

– Você sabe Andrew. – ela disse um pouco irritada – Você sabe o que eu sinto por você, nunca fiz questão de esconder.

– Eu não acho justo, termos algo a mais... sendo que... não fui verdadeiro com você. – disse Andrew cuidadoso.

– Então me conta logo Andy. – disse Lúcia ansiosa – Você faz parte de alguma máfia ou coisa parecida?

– Máfia? – Andrew não conseguiu evitar sorrir com a ingenuidade da garota.

– Claro. – disse Lúcia como se fosse óbvio – Você usa roupas caras, esse carro não é qualquer um que possui e você nunca me contou no que trabalha, ou onde mora, ou seja, você faz parte da máfia italiana.

Andrew gargalhou e Lúcia o olhou com raiva.

– Qual a graça? – ela perguntou seca.

– Você nunca se perguntou que talvez eu fizesse parte de uma família rica? – ele perguntou sarcástico.

– Seria muito óbvio não? – ela disse emburrada – Ta ok! – ela disse rendida quando Andrew a olhou ironicamente – Eu percebi que você é de família rica só pelo casamento da Mel com o Josh. Seus parentes são bem esnobes. Sem ofensa.

– Então por que cismou que eu sou da máfia?

– Seria tão excitante se fosse. – disse Lúcia sonhadora – Nossas diferenças nos separariam, mas no final lutaríamos para ficarmos juntos...

– Você tem que parar de ler esses romances. – disse Andrew tomando um gole de vinho enquanto Lúcia o censurava com o olhar.

– Então por que você não me fala logo, qual o seu segredo? – ela perguntou entediada.

Andrew suspirou. Seria agora que finalmente contaria a verdade sobre ele e o resto de sua família? Será que Lúcia aceitaria essa verdade ou surtaria? Mas independente de qualquer coisa, se desse errado, Andrew tiraria a sua memória.

– Andy. – disse Lúcia de repente – Você sabe que pode me contar qualquer coisa.

– Será?

– Por que não tenta? – ela disse, seus olhos brilhando de curiosidade.

– Ok. – ele disse apertando a varinha que estava dentro do casaco – Você se lembra de quando era pequena e... fez um comentário bobo, sobre ter visto a foto da minha irmã se mexer?

– Olha só Andrew Malfoy. – disse Lúcia irritada – Eu tenho certeza que não foi minha imaginação, eu realmente...

– Eu acredito em você. – disse Andrew rapidamente e Lúcia o olhou pasma.

– Não entendo. – disse Lúcia confusa – Por que você tocou nesse assunto?

– Você acredita em magia? – Andrew perguntou com a boca seca.

Lúcia o encarou com a boca entreaberta sem entender o por que da pergunta, mas, respondeu com sinceridade.

– Claro. – ela disse normalmente – Não existem ciganos? Eles podem ler o futuro na palma da mão, no chá ou numa bola de...

– Lúcia eu sou um bruxo. – Andrew disse tão rapidamente que achou que Lúcia não havia ouvido.

– Você é um... cigano?

– Você me ouviu direito? – disse Andrew apertando mais a varinha em seu bolso – Eu sou um bruxo, minha família é bruxa... o seu primo Josh é um bruxo, por isso vocês nunca souberam onde ele estudava e...

– Espera! – disse Lúcia alarmada. – Como assim?

Andrew respirou fundo, pensando em tirar a memoria de Lúcia e esquecer tudo isso pra sempre. A garota estava a sua frente com a boca entreaberta e provavelmente pensando que ele era louco. Antes que Andrew pudesse pensar outra vez na possibilidade de apagar sua memória, Lúcia se manifestou.

– Eu espero que você não esteja brincando comigo. – ela disse séria.

– Lúcia, eu não sei o que está se passando na sua cabeça. – disse Andrew cansado – Mas, eu não brincaria com uma coisa assim.

– Ok. – disse Lúcia engolindo em seco – Vamos por partes. Quer dizer que existe um mundo que faz parte de outro universo... tipo universo paralelo?

– Não. – disse Andrew fechando e abrindo os olhos lentamente – Quero dizer que no mundo normal existem coisas que trouxas não conseguem ver porque está bloqueado por magia.

– Trouxas?

– Quem não é bruxo.

Lúcia suspirou e encarou o rapaz a sua frente. Andrew por sua vez estava preparado para um surto psicótico a qualquer momento.

– Olha... eu confio em você e... achei que seria hora de você saber...

– Hora de eu saber! – ela quase gritou – Você acha que agora é a hora de eu saber?!

– Lúcia, fala baixo – disse Andrew olhando para os lado – Eles não podem saber...

– Não podem? – ela disse se levantando e Andrew viu no quanto ela estava irritada – Qual o seu problema Andrew Malfoy?

– Surpresa! – ele disse visivelmente em pânico – Era uma piada, esquece tudo isso e vamos jantar.

– Seu ridículo! – ela disse batendo a bolsa nele – Como você se atreveu a esconder isso de mim, por tanto tempo?

– Isso dói. – Andrew reclamou tentando desviar as bolsadas que Lúcia lhe dava – Para com isso!

– Para com isso? – ela disse batendo mais uma vez – Pensei que eu fosse sua melhor amiga. Onde você estava com a cabeça?

– Desculpe... algum problema? – disse um dos garçons se aproximando.

– Problema? – disse Lúcia se virando abruptamente para o garçom – Claro que há problema. Por que então eu bateria nele?

– Desculpe, ela está um pouco nervosa. – disse Andrew rapidamente – Esqueci o aniversário dela.

– Pode ter certeza que se fosse por causa do meu aniversário, eu te bateria mais forte. – disse ela seguindo decidida em direção a saída e resmungando – Josh me paga!

Andrew sorriu e jogou algumas libras na mesa e saiu atrás de Lúcia. Se ela ficaria mais irritada se ele esquecesse o seu aniversário, isso significa que ela o perdoaria, então era só correr atrás do prejuízo.

***

– Kate Cooper! Desce aqui imediatamente!

A garota de seus sete anos, possuía os cabelos lisos, castanhos claros e olhos azuis. Ela deu um pulo de leve quando ouviu o grito de sua mãe na parte inferior da casa. Kate se apressou em correr escada abaixo e encontrou sua mãe no meio da sala segurando uma caixinha decorada nas mãos.

– Você fez de novo não é? – perguntou uma Rose irritada. Rose agora usava seus cabelos mais ondulados e um pouco abaixo dos ombros.

– O que mamãe? – Kate perguntou hesitante, tentando sorrir docemente.

– Não adianta fazer essa carinha, foi eu quem a inventou. – disse Rose – Quantas vezes eu preciso dizer pra não comer os chocolates antes das refeições? – ela disse mostrando a caixa decorada que estava vazia. – Ainda mais quando esses chocolates eram o presente de alguém.

– Sabe o que é? – ela disse gesticulando rapidamente com as mãos – Stephen e eu estávamos brincando então... ficamos incrivelmente famintos...

– Então o Stephen também está no meio? E outra vez pra variar. – disse Rose suspirando – Vou falar hoje mesmo com e Mel e com o Josh. Por Merlin! Vocês dois têm que se controlar.

– Ah mamãe, por favor, me desculpa. – disse Kate aborrecida – Eu me esqueci completamente que era para o aniversário da chata da Lílian... desculpa.

– Eu vou fingir que você não fez de propósito, só porque não gosta dela. – disse Rose dessa vez olhando para a filha não com censura, mas, quase com pena. – Olha querida. Eu já desgostei de pessoas, sem motivo algum, e isso me fez sofrer muito. Não quero que passe pelo mesmo.

Kate apenas assentiu, e Rose sorriu e voltou pra cozinha.

– Como não desgostar da garotinha perfeita? – disse Kate girando os olhos – Lílian Bolton, a netinha de Harry Potter, amada por todos.

***

– Acho que a festa da Lily será perfeita. – disse Sarah animada para Allan. Sarah deixara os cabelos crescerem e os usava em uma trança embutida – Estou feliz que ficará em casa esse dia.

– Você acha mesmo que eu perderia o aniversário da minha princesinha? – disse Allan dando um sorriso a Sarah. Eles estavam sentados no sofá da sala, fazendo algumas anotações em um pergaminho – Nenhum show da banda Rude me impediria.

– Bom. As suas fãs terão de entender – disse Sarah sorridente, quando duas garotinhas entraram correndo na sala.

– Mamãe, papai! – disse Lílian, a garotinha de cabelos loiros com pequenas ondulações e olhos castanhos – Juliet teve uma ideia incrível!

– E que ideia você teve? – Allan perguntou e Juliet sorriu. Juliet era filha de Erick e Mey. Seus cabelos eram longos, escuros e cacheados e seus olhos eram azuis, e já parecia ter seus nove anos.

– Eu pensei que já que todos da banda Rude estarão na festa da Lily. – disse ela animada – Vocês podiam tocar um pouquinho pra gente.

– É uma ótima ideia. – disse Sarah.

– Mas tinha mesmo que ser ideia da minha sobrinha favorita. – disse Allan sorridente.

– Sou sua única sobrinha, tio. – disse Juliet fazendo bico e Lílian caiu na gargalhada. – Serão os oito anos mais inesquecíveis da Lily.

– Pode ser papai? – Lílian perguntou esperançosa.

– Ok. – disse Allan – Eu vou falar com o resto da banda.

– A Juliet se adiantou e já falou com o tio Erick e com a tia Mey. – disse Lílian não conseguindo evitar a empolgação – Só falta o tio Matt.

– Mas como vocês são apressadinhas. – disse Sarah balançando a cabeça – Bom. Mas como a festa será na escola de música, tenho que falar com a Mel.

***

Melanie caminhava pela sala de estar da escola de música, enquanto isso ela tocava carinhosamente em cada objeto. Ela lutara tanto para conseguir chegar até ali, e era uma grande satisfação, mesmo depois de muito tempo, ver que tudo dera certo.

Ela parara em frente a um espelho e se observou por alguns instantes. Como mudara nesses dez anos. Seus cabelos longos, agora estavam curtos acima dos ombros, ainda possuía sua franja, mas, aquele rosto de boneca, agora estava maduro. Talvez a mudança não tivesse ocorrido dentro dos dez anos que havia passado casada com Josh, mas, talvez a mudança ocorrera a partir da morte de Blake. E sorriu ao se lembrar da detenção que cumpriu com o garoto.

“- Você não pode limpar o troféu assim – disse Melanie naturalmente olhando para Blake que limpava de qualquer jeito.

– Assim como? – disse Blake entediado.

– Esse foi o troféu que Sonserina ganhou quando eu entrei no time. – disse Melanie dando ênfase no “eu” – Deve tomar cuidado.

– E aquele ali foi de você ter se pós-graduado em limpeza? – perguntou Blake sarcástico apontando para um pequeno troféu que Melanie já havia limpado.

– Não aquele ali foi o que você ganhou no concurso de “Senhor Simpatia”. – disse Melanie cruzando os braços.”

As lembranças de Blake já não doíam mais, só a fazia se sentir bem ao se lembrar dos momentos que passaram juntos. Principalmente quando ela se sentia sozinha nos seus dias de insônia em Hogwarts.

“- Ah, desculpe. – pediu Blake – Não pensei que ainda houvesse alguém acordado.

Tudo bem. – disse Melanie se aproximando hesitante e se sentando em uma poltrona de frente a ele – Eu estava com insônia.

– Sabe, insônia é o primeiro estágio para insanidade. – disse Blake se fazendo de sério.

– Você é tão engraçado. – disse Melanie sarcástica.

– Se eu não conseguir sucesso na música, serei humorista. – disse Blake.”

O que Blake mais queria era se formar em música, e era triste saber que ele havia ganhado a bolsa de estudos, mas, nunca pôde usa-la. Melanie entrara em uma das salas e visualizou um violão. Imediatamente se lembrou a primeira vez que Blake cantou pra ela.

“- I might not be the right one (Eu posso não ser a pessoa certa)ele começou a murmurar com uma doce melodia. Ela se virou para fitá-lo, mas ele continuava a olhar para o teto, como se milhões de estrelas os cercassem – It might not be the right time (Pode nãoser o momento certo)ele sabia que não era mesmo. – But there's something about us I've got to do Some kind of secret I will share with you(Mas há algo sobre nós que eu tenho que contar, é tipo um segredo que eu vou compartilhar com você)Finalmente os olhos dele encontraram os dela. Os próximos versos eram apenas resumos de como a mente dele estava embaralhada. Ela ansiava por mais um pouco da voz grave e confortante, já imaginando que tipo de coisas ele poderia dizer agora– I need you more than anything in my life (Preciso de você mais do que qualquer coisa na minha vida) – esse verso quase engasgou – I want you more than anything in my life (Eu quero você mais do que qualquer coisa na minha vida)– esse soou como um desabafo de anos – I'll miss you more than anyone in my life (Vou sentir sua falta mais do que ninguém na minha vida) – esse como um pesar – I love you more than anyone in my life (Eu te amo maisdo que qualquer umna minha vida) – esse como uma surpresa, não só pra ela, mas pra ele também.”

Antes de Blake, Melanie nunca havia se apaixonado de verdade, deve ser por esse motivo que as mudanças em sua vida foram tão visíveis. Blake foi uma parte na vida de Melanie que ela nunca esqueceria e nem desejava esquecer, pois ele estava presente em cada pedaço do que conquistara.

O Instituto de Música Blake Zegers, foi o que mais desejava conquistar, e hoje Melanie poderia se considerar com sucesso. Era certo que seu marido Josh tinha muita parte nisso tudo, Josh dera a Melanie ânimo para correr atrás e a ajudou em cada detalhe, um dos detalhes mais perceptivos fora a mansão Black que Josh dera a Melanie para fazer a escola.

Josh... Josh sempre a ajudara em tudo que precisava e não media esforços para vê-la feliz. Melanie sorriu ao se lembrar do quanto fora boba de nunca ter percebido que Josh, seu melhor amigo, sempre a amara. Mas foi um tremendo choque, quando finalmente as coisas começaram a andar para Josh, e o garoto parecia até conformado na época, Melanie descobrira que começara a amá-lo.

– Mamãe! – Melanie ouviu a voz de seu filho, Stephen atrás dela.

Stephen, tinha seus oito anos de idade, seus cabelos eram negros e seus olhos acinzentados, e agora ele tinha um grande sorriso nos lábios que pareciam ansiosos por algo.

– Aconteceu alguma coisa? – Melanie perguntou apreensiva quando se virou.

– Não, mas, vai acontecer... isso é... se a senhora autorizar. – ele disse empolgado.

– Autorizar o quê?

– As crianças tiveram a ideia de chamar a Banda Rude pra tocar no aniversário da Lílian. – disse Josh entrando na sala, segurando uma pasta.

Melanie olhou para seu marido e sorriu. Josh agora usava óculos quadrados, que na opinião de Melanie o deixava com mais ar de intelectual do que antes. Embora não tenha chegado nem aos trinta e cinco anos ainda, Josh ganhara alguns fios brancos no decorrer dos anos, eram quase imperceptíveis, mas, Melanie sabia que eles estavam lá. Seu corpo definido do quadribol já não existia, mas aquele, era o Josh que Melanie amava.

– Banda Rude? – Melanie disse confusa – Está mais que autorizado. Mas, todos estarão?

– Sim! – Stephen quase gritou de animação – A Juliet já falou com os seus pais e a Lily também... Ah! E eu acabei de receber essa carta do Aaron, dizendo que o tio Matt também aceitou.

– Vocês planejaram tudo, não é mesmo? – disse Melanie sorridente – perfeito então. Vamos preparar tudo pra banda se sentir confortável.

– Legal! Agora só falta uma coisa. – ele disse alegre – Preciso comprar o presente perfeito pra Lílian.

– E por falar em presente. – disse Josh trocando um olhar cúmplice com Melanie. – A Rose falou com sua mãe e eu.

– Falou é? – disse Stephen fazendo uma cara de inocente.

– Querido, esse rostinho de pura inocência não vai funcionar. – disse Melanie cruzando os braços – Seu tio Andrew o inventou.

– Ok, eu admito. – disse ele se dando por convencido – Kate e eu comemos todos os bombons da caixa, antes do almoço, e eu sei que isso vai prejudicar a nossa alimentação e blá, blá, blá...

– Aqueles eram os bombons favoritos da Lílian. – disse Josh paciente – Na verdade era o presente dela.

– Presente? – disse Stephen confuso – A Kate não me disse isso. Me desculpem, eu não sabia.

– Você e Kate têm aprontado bastante ultimamente. – disse Melanie suspirando – Eu sei que vocês querem se divertir, mas, é a terceira vez só esse mês. Rose disse que vai parar de comprar doces. Converse com a Kate, ela tem feito coisas...

– A Kate é a minha melhor amiga. – disse Stephen – Eu sei que ela não se dá muito bem com a Lily, mas, tenho certeza que se ela soubesse que era um presente, ela não comeria... Kate não fez de propósito.

– Ok. – disse Josh suspirando – Essa será apenas uma advertência, se fizer de novo, castigo. – Stephen acenou com a cabeça e Josh continuou – Vamos sair pra comprar o presente da Lily.

– Podemos levar o Aaron? Ele também queria comprar o dele. – disse Stephen voltando à empolgação de antes.

***

O salão do Instituto de Música Blake Zegers, estava todo decorado com balões e enfeites coloridos. Melanie e Sarah davam uma última olhada em tudo, e ficaram satisfeitas por tudo estar em seu devido lugar.

– E o Allan? – Melanie perguntou a Sarah enquanto esta endireitava um dos enfeites da parede.

– Está ensaiando com o resto da banda. – disse Sarah animada – Já devem estar vindo. Lily está tão animada.

– E por falar nela, será que já está pronta? – Melanie perguntou.

– Deixei Juliet com ela. – disse Sarah – E se bem as conheço, nem começaram a se arrumar e estão jogando água, uma na outra.

As duas riram, enquanto Stephen se aproximava delas com um garoto ruivo de olhos azuis, parecia ter seus nove anos. Aaron era filho de Lana a Matthew.

– Olha só mamãe. – disse Stephen girando em torno de si mesmo – A senhora tem um filho lindo não é?

– E modesto também. – disse Melanie – Querido, você pode ir ver se Lily e Juliet estão prontas?

– Sim, Sra. Black. – disse Stephen batendo continência, e junto com Aaron, subiram correndo para o andar de cima do instituto.

– A Kate não chegou ainda? – Aaron perguntou enquanto subiam as escadas.

– Não. – disse Stephen – E eu tenho que falar muito sério com ela. Dá pra acreditar que a gente comeu o presente da Lily?

– Conhecendo bem a Kate, acho que ela fez de propósito. – disse Aaron com um sorrisinho.

– Eu não acho. – disse Stephen dando de ombros – Mas mesmo assim...

Eles se aproximaram de uma das portas e Stephen bateu.

Quem é? – eles ouviram a voz de Juliet perguntar.

– O Aaron e eu. – Stephen respondeu impaciente.

E quem é “eu”?

– Você é a Juliet...

– Será que dá pra abrir? – disse Aaron irritado.

Depois de um momento Juliet apareceu através da porta com cara de poucos amigos. Ela usava um vestido azul que combinava com seus olhos.

– Você é muito sem graça Aaron. – disse ela abrindo mais a porta pra eles passarem. – Lily já está pronta.

– O que vocês acham? – Lílian perguntou se levantando da cadeira, ela usava uma trança embutida de lado e um vestido lilás.

– Estão parecendo parte da decoração da festa. – disse Aaron e Stephen abafou um risinho.

– Garotos. – disseram as duas girando os olhos.

– O que vocês vieram fazer aqui? – Lílian perguntou cruzando os braços.

– Minha mãe queria saber se você já estava pronta. – disse Stephen – E desculpa você está... bonitinha.

– Bonitinha? – Lílian disse indignada e Stephen deu de ombros.

– Finalmente encontrei vocês dois. – disse Kate entrando abruptamente no local, ela usava um vestido rosa claro – Ah... vocês duas também estão aqui.

– Claro. – disse Juliet na frente de Lílian – Se você não se lembra, é aniversário da Lily.

– Que seja. – disse Kate indiferente – É melhor descer lindinha, os convidados já estão chegando e é deselegante chegar atrasada na sua própria festa.

Lílian puxou Juliet pela mão antes que esta dissesse mais alguma coisa e as duas os deixaram sozinhos.

– Vocês dois me abandonaram o dia inteiro. – reclamou Kate.

– A gente achou que você ia ter essas coisas de menina pra fazer antes da festa. – disse Stephen, e Aaron concordou.

– Engraçadinhos. – disse Kate emburrada. – O que você achou do meu vestido Steph?

– Muito rosa. – disse fazendo uma careta – Mas ta legalzinho. Nesse caso prefiro aquele roxo claro da Lily.

– Lilás. – corrigiu Kate girando os olhos. – Parece que você gosta mais dela do que de mim.

– Claro que não. – disse Stephen – Você é a minha melhor amiga, e sempre vai ser assim – ele enfatizou – Vamos descer, e depois temos que conversar sobre uns bombons.

Ele foi andando na frente enquanto Kate e Aaron iam mais atrás.

– Ta dando chilique por quê. – Aaron perguntou confuso – Nós sempre seremos os três mosqueteiros.

– Você não entende.

– Acha que ele vai trocar sua amizade pela da Lily? – Aaron perguntou zombeteiro – No máximo ele e ela vão apenas se casar quando eles estiverem bem velhos e decrépitos, com uns vinte e três anos. Relaxa a amizade ainda é sua.

Kate girou os olhos enquanto desciam as escadas para o salão de festas. Lílian já estava lá, cumprimentando os convidados e recebendo os presentes.

– Finalmente. – disse Lana, mãe de Aaron – Vocês demoraram um bocado pra descer.

– Tínhamos coisas pra resolver mãe. – disse Aaron fazendo uma careta.

– Desde quando crianças têm coisas pra resolver? – disse ela levantando uma sobrancelha. – Bom, isso não importa. Vão procurar a Lily, quero tirar fotos.

– Fotos não tia Lana, por favor. – pediu Kate.

– Você está linda Kate. – disse Lana não dando importância a pequena – As fotos ficarão incríveis.

– Tira a foto ao meu lado, se a beleza é um problema pra você. – disse Stephen zombeteiro enquanto Kate batia em seu ombro. – Prima Lúcia! – exclamou ele quando viu Andrew acompanhado de Lúcia entrar no salão. – Que bom que veio – ele disse nervoso olhando as bandejas de petiscos flutuarem pelo salão.

– Steph seu pirralho ingrato! – disse Lúcia se aproximando – Onde está o seu pai?

– O que houve? – perguntou o garoto confuso.

– Como você ousa não me contar que é um bruxo? – ela perguntou cruzando os braços.

Stephen abriu a boca em um perfeito “O”, enquanto Andrew fazia uma careta. Lana saiu disfarçadamente e disse algo a Josh e Melanie que estavam mais adiante, eles se aproximaram quando perceberam que Lúcia estava no salão.

– Lúcia. – disse Melanie sorridente e preocupada – Que bom que...

– Não diz, “que bom que veio”, porque eu não fui convidada, e agora sei o por quê. – disse Lúcia cruzando os braços – Muito obrigada por esconder isso da sua prima favorita Josh.

– Você é minha única prima. – disse Josh tentando apaziguar a situação enquanto Stephen, Kate e Aaron saiam escondidos – Desculpe Lúcia é que... você era muito nova...

– Eu tenho vinte anos.

– Achamos que seria melhor que Andy te contasse já que se tornaram... tão amigos. – disse Melanie trocando um olhar cúmplice com o irmão.

– Olha só. – disse Lúcia séria – Eu não vou discutir aqui e estragar a festa... de quem é a festa?

– Da Lílian. – disse Andrew aborrecido.

– Da filha da sua ex-namorada. – disse Lúcia apontando para Josh – Vamos Andrew, me apresente aos convidados, e espero que me apresente como sua namorada – ela disse puxando Andrew pela mão, enquanto Andrew abria um grande sorriso para Josh e Melanie.

– Ela vai superar. – disse Josh satisfeito e Melanie sorriu.

– Espero. – disse Melanie animada – Sabe o que eu estava pensando?

– Em mim.

– Não. – disse Melanie batendo de leve em seu braço – Já que eu acabei de formar uma turma em piano, e no momento estou livre, poderíamos fazer igual aos meus pais e viajarmos, só nós dois. O que acha?

– Uma segunda lua-de-mel? – disse Josh sugestivo e Melanie afirmou – Acho que já posso deixar Philip encarregado do setor. Mas e Steph?

– Podemos deixar com a Sarah. – disse Melanie.

– Boa ideia. – disse Josh – Steph não é muito amigo da Lily e seria uma boa ideia eles passarem algum tempo juntos.

– Já se deixássemos com Rose, sua casa iria a baixo. – Ela disse sorrindo – Kate e Stephen juntos é um perigo... Ah! Tiago! Finalmente você chegou, sua irmã estava te procurando.

– Acabamos nos distraindo com o quadribol. – disse Tiago, ele possuía os cabelos lisos e negros, seus olhos eram castanhos e ele sempre carregava um sorriso de pura marotagem. Tiago já estava em seu quarto ano em Hogwarts.

– Como vai Henri? – perguntou Josh ao garoto ao lado de Tiago. Henri tinha a pele bronzeada pelo verão francês, seus cabelos eram castanhos dourados, e seus olhos normalmente mudavam de castanhos para um tom mais azulado. Ele era filho de Blásio e Liesel e estava em seu segundo ano em Beauxbatons. – E seus pais?

– Estou bem obrrigado Sr. Black. – respondeu Henri – Meus pais non puderram virr, ainda eston de luto pelo meu avô que faleceu.

– É verdade. – disse Melanie suspirando – Sentimos muito, nós sabíamos o quando Liesel amava o seu pai.

– O Sr. Zabine disse que já que eles não têm mais o que os segurem na França, eles vão voltar para Londres – disse Tiago animado – E Henri vai se transferir para Hogwarts.

– Isso será ótimo. – disse Josh. – Espero que você se adapte.

Merci – disse Henri – Com licença, vamos cumprimentarr Lily.

Tiago e Henri se aproximaram de Lílian que estava acompanhada de Juliet, Rose e mais duas garotinhas que falavam muito animadas com Rose.

– Então as vejo segunda-feira. – disse Rose para as garotinhas – Vamos ensaiar muito para a apresentação no Ministério.

– Estaremos aqui bem cedo Profª Cooper. – disseram elas e se afastaram para outro grupo.

– Olá Tiago, Henri – disse Rose fazendo uma mesura e se afastando.

– Oi tio. – disse Lílian se jogando em Tiago quando o viu – Pensei que não viria. E o vovô e a vovó, não voltaram ainda?

– Eles sentem muito por não conseguirem chegar a tempo. – disse Tiago chateado – Os problemas na Austrália duraram mais que o esperado.

– Não faz mal. – disse Lílian sorridente – Oi Henri.

– Olá mon petit. – disse ele com um sorriso que por algum motivo fez Juliet corar.

– Já não sou tão pequena. – disse Lílian pomposa – Tenho oito anos.

– Então me desculpe mademoiselle. – disse Henri beijando uma das mãos de Lílian.

– Você vai ficar quanto tempo Henri? – Juliet perguntou ansiosa.

– Vou me mudarr parra Londres – ele respondeu – No começo das aulas já estarrei em Hogwarts.

– Que máximo! – ela disse mais empolgada do que queria demonstrar – No próximo ano eu entro em Hogwarts.

– Eu também entro em Hogwarts no próximo ano. – disse Aaron se aproximando com Kate e Stephen – Por que tanta animação?

– Henri vai se transferir para Hogwarts. – disse Lílian sorridente.

– Legal. – disse Stephen mirando Lílian com curiosidade – Posso falar com você?

– Claro – disse Lílian se afastando do grupo com Stephen. Eles pararam perto da mesa de bebidas e Lílian aguardou que Stephen começasse.

– Bom. – ele disse tirando um embrulho do bolso – Eu não queria dar na frente de todo mundo.

– Ah! Obrigada – ela disse pegando o embrulho.

– Eu não sei se você vai gostar porque não temos muita amizade, então eu não sei os seus gostos, mas...

– Stephen é perfeito! – Lílian exclamou enquanto observava uma pulseira de prata com um único pingente, de um garoto e uma garota de mãos dadas. – Com isso você quer dizer que seremos mais amigos?

– Não foi exatamente essa intenção... – disse Stephen pensando em como Kate ficaria irritada se soubesse disso. – Estou brincando – ele acrescentou quando viu a cara de desânimo de Lílian. – Devíamos realmente sermos mais amigos.

Lílian sorriu satisfeita e quase pulou em Stephen para abraça-lo, ela só o soltou quando ouviu o pigarro de alguém com cara de poucos amigos.

– Kate. – disse Stephen quando reparou na garota – Eu estava entregando o presente da Lily.

– Percebi. – disse Kate seca – A tia Lana está nos chamando, ela realmente quer tirar aquela foto.

– Vamos então. – disse Lílian correndo na frente.

– Olha, o fato de você não gostar muito dela...

– Não impede o fato de você a querer como amiga. – disse Kate girando os olhos.

– Você sempre vai ser minha melhor amiga. – disse Stephen firme o suficiente para convencê-la – Nada vai mudar, eu prometo.

– Ok, vamos tirar logo essa foto e curtir o aniversário da chatinha. – disse Kate pegando na mão de Stephen e o arrastando para uma multidão de crianças que se reuniram perto do bolo.

– Perfeito crianças. – disse Lana animada com uma câmera na mão – A foto vai ficar linda. Só quero pedir uma coisinha... Aaron, meu amor, você pode trocar de lugar com o Stephen?

– Ah mãe pra quê? – disse Aaron entediado trocando de lugar com Stephen, que ficou agora ao lado de Lílian, enquanto Aaron ficou ao lado de Kate que parecia emburrada.

– Ficou lindo! – disse Lana. Lílian e Stephen trocaram olhares e sorriram.

Talvez a partir daquele momento tenha começado uma longa amizade como também uma dolorosa rivalidade. Não mais por talvez serem de casas diferentes, como acontecia antes da queda de Voldemort, mas, dessa vez por suas personalidades diversas. Durante todo esse tempo foi comprovado que nem todos os Leões são corajosos, tirando como exemplo Rose, e que também uma das Águias deixava a inteligência de lado para seguir o coração, como Matthew. Nem todos os Texugos são justos, e às vezes uma pequena mentira será usada para benefício de outro como Lana já fizera. O mais importante é não avaliar pelo que se vê em seu exterior como faziam com Blake, mas, conhecer o seu interior, e concluir que As Cobras Não São Más.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews???



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