Pov Jason

Ainda era domingo de tarde e, como sempre, Leo me puxou para mais um de seus planos nem tão infalíveis. Acho que esse menino tem sérios problemas e é muito hiperativo!

Então, continunando... Leo podia ser bom em construir coisa, aparelhos, ferramentas, por ai, mas definitivamente não era bom em executar seus planos sem fazer bobagem e/ou se destrair com coisas inúteis.

E lá estamos nós dois, correndo como loucos por nossas vidas. O cachorro da sra. Dodds, a velha da casa de baixo (que Leo queria se invadir e instalar um de seus aparelhos), estava correndo atrás de nós, rosnando e mostrando as presas.

Minha casa ficava a três casas da casa da velha, estavamos aproximando do portão, amém, mas o cão dos infernos também estava aproximando de nós.

Calculei a chance de sobrevivermos, o muro? Não, era muito alto e tinha cerca elétrica. O único jeito seria pelo portão mesmo, que eu sempre tinha que trancar quando saísse, eu rezei para que eu ter esquecido de ter feito isso hoje, as vezes eu esquecia.

Corremos muito e eu me joguei no portão puxando a porta que tinha nele ao mesmo tempo. Quase chorei de felicidade quando percebi que tinha mesmo esquecido de trancar. Chutei o Leo pra dentro, literalmente e bati o portão atrás de mim bem quando senti um baque de colisão as minhas costas e um ganido, o cachorro latiu enquanto eu e Leo seguravamos o portão com o corpo só pra garantir, quando pareceu que ele foi embora deslizamos pelo portão até cairmos sentados no chão.

– Sobrevivemos! – Leo comemorou levantando o punho.

– Correção: QUASE MORREMOS RETARDADO! – começei a bater nele.

– Ei! Para! Eu senti que dessa vez ia dar certo – Leo tentava se defender.

– Mas não deu! Você devia saber que ela tinha aquele cachorro.

– Você viu a raça dele? É desconhecida, nunca vi um monstro daquele, eu não te disse que ela é do mal, minha teoria dela ser uma criatura demoníaca que veio de um buraco negro e caiu aqui em São Francisco ta cada vez mais provando ser verdade.

– Leo você é esquisito – eu falava isso pra ele toda hora.

Então nos encaramos e logo depois explodimos em gargalhada.

– Eu não acredito que ainda vou com você nessa suas maluquices – eu disse.

– Nem eu acredito como você pode ser tão idiota para ir comigo nessas maluquices.

Dei um tapa na nuca dele e continuei a rir.

– Afe, eu tenho que ir agora, vai ter aquela espécie de luau mais tarde que Percy nos chamou e a Piper ainda vai chegar, eu vou levar ela até lá. Vou me arrumar – Leo se levantou.

– Aquela tal de Piper que mora em Hollywood?

– Aquela tal de Piper que moraaava em Hollywood.

– Hãm, acho que vou me aprontar também.

– Até

– Falô

Leo certificou-se que o cachorro não tava mais lá e foi embora, então fui fazer o que eu tinha falado.

*****

Já tava no finalzinho da tarde, prestes a escurecer, então sai de casa e fui andando até a praia, não era tão longe, nossa rua ficava bem perto do litoral, a melhor parte de São Francisco.

Cheguei e já tinha metade do pessoal lá, havia uma fogueira no centro de um troncos de árvore que formavam um círculo em torno dela. Na verdade Connor e Travis, os irmãos Stoll tentavam acender ela e pareciam estar com batante dificuldade, se Leo estivesse aqui já teria acendido, ele também era bom com esse tipo de coisa. Por mais que fosse final de agosto, aqui nessa praia fazia frio a noite, essa praia era especial para nós, todos gostávamos dela, pricipalmente Percy, portando sua ideia de fogueira foi boa.

Os únicos que faltavam era Leo e Piper, que estaria chegando e vinha com Leo e Frank e Hazel que agora eram namorados. O resto do pessoal estavam sentados nos troncos.

Percy afinava o violão e Annabeth estava ao seu lado, ao lado dela estava Thalia que dava petelecos em Luke que ria, ela tava com uma cara de nervosa, mas sua máscara caiu e ela começou a rir também continuando a o petelecar. Sentei ao lado dele e descobri que Luke falava algo sobre medo de altura, sorri e logo depois eu também tava levando peteleco.

Rachel, uma garota ruiva e animada, nossa amiga de escola, sentava-se do outro lado da fogueira, perto de Percy. Hazel e Frank chegaram e se sentaram ao lado dela. Thalia se levantou e foi ajudar um garoto que vinha com um monte de pacotes nos braços, quando se aproximaram rechoci Nico, primo de Percy, e o mais importante: os marshmallows. Ele e Thalia descarregaram os pacotes na areia aos nossos pés e se sentaram, Nico se apertou entre Thalia e Annabeth, o que achei curioso porque tinha bastante espaço ao meu lado.

Então Leo chegou e ela também, devia ser a Piper, apoiava um cotovelo no ombro de Leo e parecia terminar de contar algo engraçado porque os dois riam muito, ela tinha um sorriso lindo, na verdade ela eralinda. Quando eles se aproximaram da nossa roda Leo passou um braço nos ombros da garota e a apresentou:

– Galera, essa é Piper Mc...

– Eu sou Piper, só Piper – Piper interrompeu Leo sorrindo timidamente, mas percebi que ela deu uma pequena cutuvelada nele.

Annabeth se levantou e a abraçou, elas trocaram algumas palavras alegres e deram aquele pulinho que as meninas dão, todos falaram um oi pra ela que sentou ao lado de Leo, que tinha sentado ao meu lado.

Travis e Connor finalmente conseguiram acender a fogueira e sentaram ao lado de Piper, juntando os Stoll e Leo é impossível ficar 10 segundos sem rir, Piper que estava entre eles estava muito feliz e ria o tempo todo, ia aos poucos se soltando, ela parecia ser mesmo bem legal. Todos estavam se divertindo, Annabeth passou distribuindo os gravetos pro marshmallow e as conversas baixaram um pouquinho o tom enquanto torravamos essas gostosuras.

– Leo – murmurei pra ele enquanto Piper ria das cantadas que Connor falava pra ela.

– Hum? – ele respondeu concentrado nos seus marshmallows na fogueira.

– Você... você nunca mencionou que tinha uma namorada e... ãm... o jeito que ela é.

– Piper não é minha namorada cara. Nunca falei muito dela porque nossos assuntos nunca a envolveu... por que? – Leo disse mordendo um marshmallow me olhando de sobrancelhas levantadas.

– Nada não – falei depressa, não sei porque, mas um sorriso se formou em meus lábios.

Depois disso eu conversei mais com a nova garota, todos rindo e se divertindo, mas quando a perguntei do poquê de ela ter voltado ela ficou um pouco mais séria, assusto delicado, ela me falou que sua relação com seu pai não tava muito boa, o emprego dele fazia ela se sentir um pouco triste e com raiva ás vezes, e sua mãe era modelo, mas mesmo assim tinha mais tempo para ela e parecia se importar mais.

– Agora eu sei da onde você puxou essa aparência – murmurei baixinho, pensando alto, mas nem deu pra Piper escutar.

– O que você falou? – Piper perguntou se inclinando para ouvir melhor.

– Nada não – disse engasgando.

Piper falou algo a mais sobre seu pai também incompreensível e olhou para o céu pensando. Olhei para ela e me perdi em seus olhos, ficavam alternando entre azul, castanho e verde... olhos de caledoscópio, sorri pensando nessa descrição, já que não conseguia decifrar que cor eram, absolutamente incríveis e misteriosos, então de repente esses lindos olhos se voltaram em minha direção, corei quando percebi que a estava a encarando todo esse tempo, mas sua atenção foi desviada por Leo que pulava em cima dela com um bigode feito por dois marshmallows derretidos gritando que ele era o monstros dos doces fofinhos e fazendo ela rir de novo. Agradeci Leo por isso.