A Lenda Continua escrita por Amanda Machado


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura



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Outubro de 2013


Já se passaram nove meses desde a morte de Raito Yagami, após a sua morte todos que sabiam sobre Raito puderam concluir que ele realmente era Kira eu suponho, já que as mortes de criminosos pararam imediatamente.

Amane Misa, sua namorada fiel e completamente apaixonada por ele desde os tempos de escola, foi presa com a acusação de ser o segundo Kira, mesmo alegando não saber de nada, mas como desde o principio o próprio e falecido L e eu suspeitávamos dela, era impossível surgir mais dúvidas.

Teru Mikame não teve salvação, morreu sendo “fiel” ao seu deus, mas mesmo que continuasse vivo seria preso por ser - mesmo que por um breve momento - o Kira. Teru realmente era um louco, e tinha uma ideia errada sobre justiça.

O oficial Touta Matsuda se casou com Sayu Yagami, a irmã de Raito e abandonou de vez o mundo policial para se torna juiz.

Shuichi Aizawa se tornou um agente especial do Japão, que hoje é considerado um dos melhores de todo o mundo.

Não se houvera mais notícias sobre Kanzo Mogi, dizem que ele se casou e agora vive feliz com sua mulher no norte dos Estados Unidos.

A SPK não existe mais, afinal, do que adiantaria uma agencia centrada a pegar um criminoso que não está vivo?


Bem como Raito previu, ele seria o deus do novo mundo. Foi criada uma “religião” que obviamente tem Kira como deus. Onde quase todo o mundo deixou de seguir Jeová para seguir Kira. Nesse novo mundo, Kira é tudo, Kira é a justiça.

Com a morte de Kira as mortes de criminosos também pararam e com isso a taxa de crimes só voltou a aumentar, o que só esta levando suspeitas em todo mundo, odeio admitir, mas... Kira fez um grande bem a esse mundo durante os últimos anos de sua vida.

“Raito... Como você foi capaz de ir tão longe?”

Perguntei-me enquanto analisava os antigos bonecos que usei na investigação de Kira.

– N, temos um problema! – Kaworu Yamada, um senhor entre seus 40 e 50 anos de idade com aparência física de um homem de 30 em boa forma, entrou rapidamente na sala onde eu refletia sentado enquanto olhava para os antigos bonecos que usei na investigação de Kira.

– O que foi Senhor Yamada? – Perguntei a ele deixando os bonecos de lado.

– O presidente quer falar com você – Disse ele ofegante.

Refleti por um momento. Só por um único motivo o presidente iria querer falar comigo.

– Diga a ele que em algumas horas estarei em sua sala na casa branca – disse rapidamente.

– Eu direi senhor Near – Yamada se retirou e eu voltei a olhar os bonecos.

“Oh... Raito, muito provavelmente um dos melhores alunos que o Japão já teve... O que será que aconteceria se todos os seguidores de Kira soubessem que seu precioso deus não existe mais? Com certeza seria um desastre para a humanidade.”

Algumas horas depois

– Senhor George Sairas, – Disse ao entrar lentamente na sala – O que o senhor quer falar comigo?

– Você sabe o que eu quero falar, não teria outro motivo pelo qual te chamaria aqui – Ele não perdeu a compostura, continuou sério e calmo como sempre.

– Death Note – pronunciei cada silaba lentamente e o mais baixo possível como se essas palavras fossem um pecado capital. E muito provavelmente deveriam ser.

– Exatamente, quero garantir a segurança total dele. Nesse momento ele é a pior arma mortal que já esteve presente na terra, pode ser pior que qualquer arma, qualquer bomba, qualquer serial killer que possa existir e é por esses motivos que eu prezo pela segurança dele. Em mão erradas, o que acorreu no passado pode voltar átona. Você tem consciência disso... N?

– Sim senhor Presidente, eu tenho consciência. –Respondi calmamente.

– Um país não pode ficar em posse dessa grande arma, seria uma terrível escolha, todos os países do mundo se voltariam contra o que possuísse o Death Note - o presidente se virou para trás e começou a admirar a vista da janela que ali atrás estava seu olhar carregado com o peso de seu cargo.

– Senhor Presidente, se me permite dizer, acho que o mais adequado seria destruir o cader...

– JAMAIS PERMETIREI TAL ULTRAJE! – Me interrompeu com uma batida violenta na mesa e um grito ensurdecedor o qual não era esperado, confesso que me assustei, mas nunca demonstraria tais emoções ao presidente, L nunca faria isso.

– Mas por que não? Pense comigo, se essa grande arma fosse destruída, o que de mal poderia acontecer? – perguntei como se não soubesse a resposta.

– Esse caderno se tornou uma arma! Uma arma que agora faz parte de nossa historia, a historia desse deus insignificante que a maior parte dos humanos adotou! E seu poder... Seu poder não pode ser destruído! A ideia de que tal poder fosse jogado fora como um copo plástico vazio de fast-food é simplesmente inimaginável, insuportável!

O presidente continuou a falar o quanto seria estúpida a destruição deste caderno maldito durante mais alguns minutos até que suas palavras se esgotaram, mas durante esse custo período de tempo prestei atenção em cada uma de suas palavras como se elas mesmas estivessem ganhando forma física.

– Senhor, você esta ciente de que estão quase descobrindo sobre a morte de Kira, e a probabilidade de que descubram sobre o caderno ao mesmo tempo é quase estrondosa. – disse sem pensar muito, estou inventando qualquer coisa para que ele aprove uma possível destruição do caderno. É obvio que nunca descobririam sobre o caderno, a não ser que alguém que saiba de sua existência conte a todos, mas para que acreditassem nisso só demonstrando o real poder do caderno, o que seria impossível já que o Death Note está bem guardando dentro do banco central de Tóquio, sobre constante revisão de agentes bem treinados que não sabem o que estão protegendo.

– Como você mesmo disse, teriam que descobrir sobre a morte do Kira, e isso não é possível! Caro Near, admita que o caderno não devera ser destruído, pois já percebi que estava tentado me convencer disso.

Por mais que eu tente, acho que nunca convenceria alguém de que o caderno deve ser destruído, até mesmo a mim. Ainda mais o Presidente no qual subestimei a tamanha inteligência.

– Bom caro rapaz, não é para discutirmos o destino que o caderno deve tomar que eu te chamei aqui, porque o tal já esta decidido. Você Near, será o guardião do caderno!

Neste momento minha mente parou, por que confiaria justa a mim a guarda do caderno, a arma mais preciosa do planeta? Poderiam muito facilmente deixa-lo como esta agora.

– Por que justo eu? – perguntei enquanto mexia em uma pequena mecha de meu cabelo.

– Porque você é um dos únicos que sabe da existência desse caderno e também creio eu que é a pessoa mais capacitada para tal coisa, foi você que descobriu o verdadeiro paradeiro de Kira.

Vários segundos se passaram até que voltei a falar.

– Você sabe que não fui eu quem descobriu a verdadeira identidade de Kira, só prossegui com a as suspeitas de L.

O Presidente se calou, e voltou a olhar pela janela.

– Mas isso não importa! Já está decidido! As maiores potências do mundo se uniram e discutiram com quem deveria permanecer o caderno, e escolheram você.

Vários minutos se passaram até que finalmente rompi o silencio.

– Quando consigo pegar o caderno?

O presidente se virou com um enorme sorriso no rosto que logo desapareceu.

– Só existe mais um detalhe - o presidente respirou fundo e disse – não se torne o Kira.

Essas palavras me pegaram de surpresa.

Como eu poderia me tornar tal coisa? O Kira?”.

Minha mente começou a trabalhar a mil por hora, “Kira, Kira, Kira... Eu me tornar o Kira? Como? Com tal poder em minha mão nada me impediria, mas se as mortes voltassem todos suspeitariam de mim...”.

– Near! – ele interrompeu meus pensamentos bruscamente, percebi que agora estava ofegante.

– Sim?

– Kanzo Mogi estará ao seu lado quando receber o caderno e enquanto estiver em posse do mesmo estará em constante vigia de Mogi para garantir.

“Kanzo Mogi. Fazia muito tempo que não ouvia o seu nome.”

– Tome – Ele me estendeu um papel cuidadosamente colocado dentro de um envelope branco com uma marca d’água da bandeira dos Estados Unidos.

– O que é isso? – Perguntei estendendo o envelope no ar enquanto o analisava cuidadosamente.

– Neste envelope estão às informações de onde se encontra o caderno e de quando devera pegá-lo. Agora vá, e guarde esse papel com muito cuidado para que ninguém mais saiba da localização desse caderno.

– Mas ele não esta no banco central do Tókio?

– Agora não mais, Mogi o retirou de lá e agora o está vigiando com a própria vida.

Fiquei parado ainda analisando o envelope.

– Vá, não tenho mais nada a te dizer.

Virei-me e fui em direção à porta até que...

– Boa sorte rapaz, você ira precisar.

O presidente realmente estava preocupado.


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Notas finais do capítulo

Comentem e digam o que pode ser melhorado.
Até o próximo capitulo.



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