My Hero. My Light. escrita por Ankoku Mayoi


Capítulo 10
Antes tarde do que nunca, senhoritas.


Notas iniciais do capítulo

EU DEMOREI! MAS CHEGUEI! HUE
Bem, a vida tá muito boa... Cês não tem noção. Tirando as provas que aconteceram essa semana, é claro.
Esses dias foram muito FODAS! Eu e uma "galero" dahora no twitter, usando os rps... Hahaha. Talvez vocês conheçam, mas são eu, a Mari autora de The Iron Girl, a Bloody Mary autora de Hero & Heroine, a Nanda autora de Beast, a Blood (AQUELA CRIATURA TEM UM TWITTER AGORA AMÉM) autora da trilogia Shadows In The Light, e a Julia autora de Loki: Segredos Sombrios, a Vic que é autora de You Understood Everything One Hour e também tem a Thaina aquele troço que ainda não postou a fic dela auehuahea ENFIM, CARA, É MUITO LEGAL! Um rp é tipo um rpg de personagens, sabe? E ai quando a Thai me apresentou eu resolvi criar um da Jessika O'hara (da trilogia Shadows In The Light) e ai as garotas passaram a fazer rps de fanfics também uaheha EU FIZ ATÉ UM DA LUCILLE, GENTE! LUCILLE FIELDS! Pra quem não sabe ela é a minha personagem em 4th Of July, minha outra fic do Capitão que eu postei de aniversário pra ele.
Enfim, eu amo aquelas garotas cara ♥333
Imagina só se eu resolvo fazer um rp da Debby pra ela catar o Steve? UHAUEHAHEAHEA OZADIAS ESSA AGENTE GREY. Parei. HUEEEEE.
É um moooooonte de gente, muito foda, de verdade. UHUEHAE.
AH, E MAIS UMA COISA, INDICO UM RP DO STEVE PRA VOCÊS O @FIRSTAVENGER_ AUHEUAHEUAHEUAHE ELE É A+ O CARA!
Enfim, DEDICO ESSE CAPÍTULO A THAINA, MESMO SEM SABER SE ELA VAI LER OU NÃO. SÇJWJFLJQWLFJ
E TAMBÉM DEDICO PARA O LINDO DO CHRIS EVANS.



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Soldados vinham de todos os lados, todos uniformizados e perfeita ordem. Em filas, assim como era mandado por seus supervisores, em sincronia com suas tarefas. As duas mulheres, mesmo que indiretamente, observavam tudo ao seu redor; mesmo com seus pensamentos em outros lugares.

Déborah não conseguia esquecer-se da dúvida que estava martelando em sua cabeça: Steve estaria bem? Onde ele estava? O que o senador tinha falado com ele?

Essas eram as perguntas que já estavam deixando Grey corroendo-se internamente de curiosidade. Antes, ela podia espioná-lo... Ou melhor, observá-lo de longe e deduzir o que estava acontecendo. Mas agora eles estavam separados por quilômetros de distância; e, por isso, a Grey sentia-se bastante frustrada consigo mesma, e também com um pouco de raiva do Coronel Philiphs, por ele ter lhe chamado para esta missão.

Já Gisele, ainda andava calmamente ao lado da Grey, também perdida em pensamentos e lembranças antigas que sempre a levavam para o mesmo nome dito pela Erskine há minutos atrás: Howard Stark.

Ela ainda se lembrava claramente daquele bigode ridículo, que a maioria das mulheres consideravam completamente atraente; do sempre presente topete baixo e principalmente do sorriso que sempre estava pregado no rosto do homem, que, para ela, poderia ser considerado o ser mais arrogante que conhecia no mundo.

Déborah, ao ver uma barraca ao longe, sorriu de lado enquanto Gisele ficava mais apreensiva. Talvez não fosse o mesmo Howard que ela conheceu. Ela tentou se convencer mentalmente, mas, para seu desagrado, uma vozinha no fundo de sua cabeça se pronunciou:

E por acaso existe algum outro Howard Stark no planeta?

E foi tentando tirar esses pensamentos negativos de sua mente que ela e Debby ficaram de frente à barraca, encarando-a cautelosamente, como se, a qualquer minuto, a própria fosse criar vida.

— Vamos! — sussurrou Debby, fazendo um gesto com a mão, demonstrando a Gisele que ela podia se aproximar. Ao entrarem na barraca, a primeira coisa que viram foi uma cama totalmente desarrumada, com os lençóis brancos amassados e travesseiros espalhados pelo chão, e, mais adentro um homem de costas, completamente descabelado, vestindo somente uma fina regata branca e uma calção escuro, também de tecido fraco.

Gisele, ao dar o primeiro passo e encarar a figura de cabelos escuros paralisou ao mesmo tempo em que suas orbes castanhas se arregalavam. Oh, céus. Poderia ter se passado alguns anos, mas ela o reconheceria em qualquer lugar. Depois de tantas perseguições e cantadas fajutas... Era simplesmente impossível esquecer.

Déborah, totalmente alheia à ação de Blood, caminhou em passos lentos em direção ao Stark, que parecia desenhar e elaborar mais uma grande arma para a coleção de suas indústrias.

— Olá, Howard. — ela disse, ao chegar perto o suficiente do ouvido de Howard, fazendo-o dar um pequeno salto sentado na cadeira pelo susto. E, quase que imediatamente, virando-se para descobrir quem tinha lhe pregado aquela surpresa. Milhares de hipóteses dançavam pela cabeça do Stark, mas nenhuma cogitava a ideia de que ele, ao virar-se, iria ver o que viu.

Ao fixar seu olhar na figura morena que estava há poucos metros de si, Stark arregalou os olhos, ao mesmo tempo em que sua mente se enxia de lembranças, involuntariamente.

E, quando seus olhares se encontraram, ao se reverem depois de tantos anos, foi impossível não se lembrarem do dia em que se conheceram; foi impossível impedir que a lembrança passasse na frente de seus olhos enquanto se encaravam firmemente, como da primeira vez.

~oOo~

O dia acabara de amanhecer sobre às colinas, e mesmo o sol ainda estando levemente escondido, podia-se sentir o seu calor batendo-lhe sobre a pele; aquecendo-a. A universidade de engenharia mecânica já estava com os seus gigantescos portões abertos, a espera dos novos alunos – ou como gostavam de chamar: calouros – e também dos veteranos, que sempre chegavam – em sua maioria – atrasados.

Malas e malas eram passadas por cima do asfalto pedregoso, e o número só ia aumentado à medida que mais alunos iam saindo de seus carros de luxo, já vestidos com a farda que era pedida pela universidade. Nos veteranos, era possível observar um lenço branco dentro do bolso da blusa, sendo levemente mostrado de um jeito sofisticado. Já no caso dos calouros, o bolso estava vazio, com o objetivo de cada um deles serem reconhecidos com mais facilidade.

Entretanto, havia uma única pessoa que não estava seguindo esse padrão. Uma mulher que não estava revestida com a farda oficial da universidade. A primeira mulher a pisar ali.

Naquela época, era o machismo que comandava tudo, e, naquele momento, ser a primeira mulher a pisar na universidade de Keeps poderia ser considerado uma grande e bela vitória; pelo menos, era isso o que Gisele sentia.

Seus passos eram firmes e decididos, sua cabeça erguida em sinal de que não se rebaixaria a ninguém que tentasse humilhá-la, por tentar mostrar que uma mulher não era obrigada a ficar sentada em uma cadeira e cuidando da casa e dos filhos, enquanto esperava seu marido voltar do trabalho. Ela queria demostrar que não eram só os homens que poderiam chegar a tanto. E ali estava ela, soberana. Não ligando para os vários olhares indignados e curiosos que eram mandados para sua pessoa. Seu objetivo ali era mostrar que ela podia sim, ter seu espaço nesse universo que se mostrava injusto, e comandado pelo machismo. E ela lutaria pelo que acreditava, custe o que custar.

Quem é aquela garota?

O quê ela faz aqui?

Que ótimo, rapazes! Teremos uma donzela em nossas terras, será que ela sabe fazer um suéter de tricô para mim?

Esses e vários outros cochichos chegavam ao ouvido da Blood, que se esforçava ao máximo para não dirigir-se a cada um, e tomar uma atitude indelicada, como mandá-los se ferrarem.

Ao ficar próxima à uma gigantesca porta escura, com detalhes que pareciam ter sido feitos a mão, um alivio percorreu seus músculos ao pensar que, agora, estaria livre por alguns minutos daqueles olharem inquisitórios que estavam lhe sendo mandados.

Doce engano.

Quando ela estava prestes a dar o primeiro passo em direção aos quatro degraus que a levariam direto para uma nova fase de sua vida, alguém se pôs à sua frente; fazendo-a ir de quadris ao chão, juntamente de suas malas, que ela mesma estava carregando em mãos enquanto agradecia mentalmente por ainda não ter subido nenhum degrau da pequena escada.

Dando-se conta de que seu caminho tinha sido parado por outra pessoa, Gisele levanta a cabeça com o seu melhor olhar fuzilador, mas surpreende-se ao encontrar uma mão estendida em frente ao seu rosto; e, curiosa, ela dirige o seu olhar para o tal que aparentava ter lhe oferecido ajuda.

— Senhorita...? — saudou o rapaz, olhando encantado para a moça sentada no chão, que finalmente despertou do momento anterior. Não conseguindo impedir a coloração vermelha de tomar conta das maçãs de seu rosto, ela desvia o seu olhar do rapaz de olhos castanhos voltando a fitar a mão do mesmo, que ainda estava estendida em sua direção.

— Blood. — disse Gisele apressadamente, aceitando a ajuda que lhe era oferecida em seguida, para evitar de encarar o rosto do homem desconhecido, agachando-se levemente para pegar às malas que ainda estavam jogadas no chão pedregoso; sendo impedida pelo rapaz, que rapidamente pega às trouxas da moça e as entregou, galante. — E o senhor é...? — indagou curiosa, arqueando levemente sua sobrancelha esquerda na direção do desconhecido. Não era comum ela conversar amigavelmente com um ser humano do sexo masculino. O único que escapava de suas sempre presentes discussões sobre machismo era seu pai.

— A madame não o conhece? — Gisele olhou para o lado e finalmente notou com pesar, que, pelo que parecia, o jovem rapaz que acabara de conhecer estava com companhia, o qual estava encarando-a acusadoramente. Blood olha para os lados, desconcertada, antes de dizer:

— E deveria conhecer? — perguntou fixando novamente seu olhar nos castanhos do rapaz de topete, e repara que, ali, não havia mais um sorriso gentil, igual ao que tinha visto a pouco; mas sim, um galanteador e sarcástico, que por si só parecia produzir palavras repletas de arrogância.

— Sou Howard Stark, senhorita. — ele novamente lhe estendeu sua mão forte, mas, dessa vez, claramente com o objetivo de cumprimentá-la. — Muito prazer em conhecê-la. — completou em um sorriso repleto de malicia, e seus amigos – que eram, no mínimo, uns cinco, todos fardados igual ao Stark – riem com gosto, diante do segundo sentido da frase.

Já Gisele, franziu o cenho, irritada com a ação do Stark. E ela que estava começando a achar que ele não era tão insuportável...

Suspirou com pesar, notando que a primeira ação que ele tinha tido de ajudá-la a levantar-se não passava de uma brincadeira e atitude de falso cavalheirismo, para o divertimento dele e de seus amigos.

— Pois saiba Sr. Stark... — ela fingiu sorrir doce, passando rapidamente a mão por sua saia, para ajeitá-la — Que o desprazer é todo meu. — completou, fechando a expressão de seu rosto e lançando um olhar frio na direção de Howard e de seus amigos. Ele rapidamente desfez o sorriso arrogante, dando lugar a uma expressão meio abismada.

Mas, rapidamente, a mesma sumiu de sua face, ao ouvir seus amigos rirem de sua cara. E ele, sentindo-se com o seu orgulho Stark ferido, colocou outro sorriso, mais arrogante que o de anterior – se possível – no rosto, juntando suas sobrancelhas.

— Espere senhorita! — ele pediu ao ver Gisele tentar passar à sua frente. A mesma parou, bufando longamente antes de se virar, com uma falsa expressão de simpatia. E Howard, antes de continuar, lançou um olhar rápido para seus amigos, como se avisasse que iria aprontar algo. — Se esqueceu de me devolver minha camisa ontem à noite... — e logo depois gargalhou, sendo acompanhado plenamente por seus companheiros, que também assobiaram alto, atraindo a atenção dos que passavam ali por perto.

Blood semicerrou os olhos na direção do “Stark e companhia”, antes de sorrir sarcástica e dizer:

— E o senhor esqueceu do vestido que estava usando no varal. Pena, nem vai poder emprestar para os coleguinhas... — debochou, e, ao mesmo tempo, observou satisfeita o grupo de rapazes pararem de rir no mesmo instante. — Mais que mocinho responsável, Stark. — zombou, olhando diretamente para Howard, que tinha o maxilar trancado.

Não se brinca com a honra de um homem. Isso os deixa irados e raivosos, como cães selvagens.

E Gisele tinha plena consciência disso.

— Tenham um bom dia. Com sua licença. — ela se despede fazendo uma reverencia exagerada, ironizando ao final da frase, com um grande sorriso no rosto por ter deixado, mais uma vez, um grupo de homens machistas sem palavras.

E um deles, em especial, com o orgulho ferido.

~oOo~

Foram despertados de suas lembranças por Déborah, que começou a estralar os dedos na frente de seus rostos, impaciente e totalmente alheia ao que se passava entre eles.

— Sr. Stark... Posso saber o motivo do senhor não estar em um sono profundo, nesse momento? — indagou Debby, voltando-se totalmente para Howard, com o cenho franzido e com as sobrancelhas juntas, em sinal inquisitório.

— Não que isto seja da sua conta Srta. Grey, mas eu estava criando uma nova arma altamente desenvolvida que poderá nos ajudar nestas épocas difíceis. — respondeu Howard, voltando sua atenção logo depois para a moça que estava mais afastada — Srta. Gisele, que prazer em revê-la. — comentou ele, levantando-se da cadeira e indo em direção à Blood com um sorriso torno preso em seus lábios.

— Revê-la? — surgiu Debby incrédula, escancarando a boca levemente ao observar Howard se aproximar de Blood e beijar-lhe calmamente na mão.

— Pena que não posso dizer o mesmo, Stark. — respondeu Gisele seca, retirando rapidamente sua própria mão de perto de Howard, que sorriu de lado ao observar sua reação...

Ela continua a mesma... Concluiu ele, sorrindo internamente.

— Vocês dois já se conhecem? — perguntou Debby, adquirindo uma postura séria.

— Infelizmente, Agente Grey. — quem respondeu foi Gisele, com rapidez e lançando um rápido olhar para Stark, que ainda estava parado à sua frente, sorrindo-lhe galanteador.

Ela permitiu-se observá-lo por alguns segundos; e pôde concluir que, durante esses sete anos em que não cruzou mais seu caminho, ele não mudou quase nada. O corte de cabelo continuava o mesmo, juntamente com aquele bigode que, na opinião pessoal de Blood, era ridículo; e principalmente a pose de arrogante e de falta de modéstia, que ainda habitava o rosto de Howard. No fundo de si mesma, ela admitia que sentia falta da primeira expressão que tinha sido vista por ela no rosto do homem. Enfim, a mudança que ela notou, basicamente, foi somente uma: ele não tinha mais cara de um moço, rapaz. Suas expressões faciais estavam mais maduras, e isso o tornou, aos olhos de Blood, um homem, deveras, atraente...

Balançando minimamente a cabeça para afastar tais pensamentos, Gisele voltou seu olhar para Grey, que media em pousar seu olhar sob ela e Stark.

Déborah pigarreou, para chamar a atenção para si, antes de falar:

— Então, bem, se já se conhecem, não preciso apresentar-lhes os nomes, não é mesmo? — como não obteve resposta, continuou — Stark, a Srta. Gisele Blood, Agente Inglesa, ela passará um tempo conosco... E quero contar com sua humilde cooperação. — ela falou cínica, fazendo Gisele esconder um sorriso de satisfação ao observar a cara meio confusa de Howard. — Sabe o que isso significa não é? Sem. Piadinhas. — completou pausadamente, adquirindo, de repente, uma expressão completamente séria. O Stark sabia muito bem que a Grey odiava as piadas que ele soltava; que, para o seu próprio divertimento, sempre eram repletas de ideias machistas. Déborah mesmo as odiando, ainda conseguia suportar... Mas Howard sabia que, se ele fizesse isso com outra mulher, e isso chegasse aos ouvidos da Grey... Ele ficaria um bom tempo sem se “divertir”.

Até aquele momento de sua vida, Howard sabia que Debby fora a única mulher que conseguira obter seu devido respeito, e ele, mesmo não admitindo nem morto ou sob tortura, a admirava. Ele a admirava por ter conseguido seguir seus objetivos e ideais, não ligando para a opinião alheia.

Assim como Gisele Blood, a mulher de seus pensamentos. A única mulher a que não caiu em seus encantos, tirando a Agente Grey. Fora ela que conseguira mudar sua opinião machista há anos; mas ele nunca admitiria isso em voz alta.

— Oh, claro, claro. — respondeu à Debby segundos depois, avoado, com os seus pensamentos relativamente longes dali, e Grey, observando isso, franziu o cenho. Não era comum para ela ver Howard assim... Ele estava... Estranho.

— Ahn... Com sua licença Howard, mas temos que continuar nosso “passeio”. — começou Debby, alastrando um sorriso sem graça no rosto ao notar o clima tenso que se instalara na barraca, antes que os olhares dos outros dois ali presentes se encontrassem, novamente. — Siga-me, Srta. Blood. — ordenou Debby, tomando um tom levemente autoritário em sua voz, saindo da barraca calmamente e esperando a outra fazer o mesmo.

— Espero encontrá-la mais vezes, Gisele. — começou Howard, fitando Blood que semicerra os olhos em retorno. — Creio que não será tão difícil já que estamos trabalhando na mesma divisão... — ele sorriu torto.

— Não me chame de Gisele, Stark. — rangeu entredentes, antes de virar-se de costas para o homem e adicionar: — E pode esperar, pois eu farei o possível para ficar longe de sua desagradável companhia. — terminou, saindo de dentro da barraca.

— O que houve ali dentro? — perguntou Debby minutos depois, tentando, e conseguindo, não mostrar sua curiosidade, entrelaçando suas mãos em suas costas, enquanto às duas caminhavam calmamente pela REC.

Gisele soltou um suspiro antes de respondê-la, meio hesitante:

— O conheço há anos, desde que cursava a faculdade de engenharia quando passei alguns anos na América, onde nós dois éramos alunos. — começou, desviando seu olhar para o rosto de sua Déborah. — Na primeira vez em que nos vimos, ele teve uma atitude tão... Ridícula e machista. — Blood faz uma careta ao lembrar-se de novo da cena. E Debby balançou a cabeça positivamente, como se soubesse exatamente do que Gisele falava, e, de fato, realmente sabia. — Mas depois de um tempo, o Stark começou a querer se aproximar de mim, de uma certa forma... — ela contou seriamente, enquanto Debby revirava os olhos, claramente conhecendo aquela ação como uma atitude típica de um Stark — Enfim, eu nunca dava respostas para suas investidas... Bem, na verdade eu até dava... — afirmou, olhando para a Grey com um meio sorriso preso nos lábios. — Um belo fora em sua cara. — contou, fazendo Debby sorrir.

[...]

— Para onde estamos indo, Agente Grey? — indagou Blood observando atentamente o local, em passos rápidos e ligeiros, seguindo a Grey.

— Me chame de Déborah, por favor. — pediu a mulher gentilmente, mesmo sem encará-la. — Odeio essa burocracia do governo. Para pôr respeito? — ela tentou imitar uma voz grossa, como a do Phillips, falhando miseravelmente — Respeito se põe na marra, entende? Posso ter a identidade de “Agente”, mas o respeito tem que ser conquistado por você mesma. — terminou, apontando para o peito da Blood, que sorrindo, entendendo o que ela queria dizer.

— Então... Se é assim, me chame apenas de Gisele. — disse Blood, ainda sorrindo minimamente, lembrando a tentativa falha da Grey de imitar o coronel. — Mas... Pergunto de novo: Para onde estamos indo agora? — questionou novamente, fitando discretamente alguns soldados.

— Alguns soldados da central da cento e sete estão aqui. Eles partiram em missão em pouco tempo. Vamos vê-los. — respondeu Déborah com simplesmente, avistando logo em seguida o lugar que procurava. — E eles estão logo ali naquela barraca, cheia de soldados suados e grandalhões. — debochou sorrindo de lado, vendo Gisele fazer o mesmo.

As duas mulheres andaram calmamente até a barraca, e, ao chegarem lá, deparam-se com dois soldados brigando entre socos e chutes, e vários outros ao seu redor, colocando suas economias em apostas.

— Mas que droga é essa? — sussurrou Gisele para si mesma, olhando pasma para a cena. — Estamos em uma selva, Déborah? Ou erramos o caminho? — ela virou-se levemente para o lado, perguntando em tom indignado para a Grey, que olhava para a briga que se desenvolvia à sua frente como se a visse todos os dias. E, de fato, via.

— Não, Agente Blood. Acho que você ainda não é tão acostumada com esse ambiente, não é? — começou Debby, sorrindo de lado. — Apenas vou te dizer: Soldados não se parecem com animais: eles são animais... Bem, com algumas exceções. — remendou, ao lembrar-se de Steve; e, no momento em que pensa nele, uma imagem de seu rosto passa por sua mente; e ela teve que se segurar para não sorrir com as lembranças mais recentes (e próximas) que tinha dele. — Pouquíssimas exceções. — reforçou ao ver Hodge rugir como um leão ao conseguir deixar seu adversário no chão — Alguns são mais inteligentes. — ela apontou discretamente para os que estavam fazendo apostas entre si — Já outros... — não foi preciso apontar dessa vez: o olhar das duas caiu sobre o Hodge, que ainda lutava bravamente contra o outro soldado.

— Então... Se todos são animais, quem é o ser humano? — como resposta, Gisele percebeu o cenho agora franzido da Grey — Quem comanda? — perguntou de um jeito mais fácil, sorrindo para a mentora, que finalmente entendeu a pergunta.

— Quem comanda é quem sabe dominar esses dois lados, mas que, ao mesmo tempo, faz parte de ambos. — explicou — Ou seja, o sargento. — conclui, passando o seu olhar pela barraca à procura do tal falado. — A propósito, onde ele está? — indagou para si mesma, observando logo depois a Blood dar de ombros, antes de começar a ajudá-la a procurá-lo. — Ei, onde está o sargento? — perguntou para um soldado que estava próximo a ela e a Gisele, sendo plenamente ignorada pelo mesmo. E a situação se repetiu, até que, em uma fúria contida, Déborah gritou autoritária:

— CALEM A BOCA, SOLDADOS! — gritou a Grey finalmente, atraindo a atenção de todos os soldados ali. — Onde está o sargento nessa droga?

— Bem aqui.

— Calma Bucky, espere um momento que eu já falo com você; estou procurando o sargento daqui, não ouviu? — e ela se virou de costas para ele, mas logo depois arregalou os olhos, virando-se rapidamente para olhá-lo, com os olhos arregalados de surpresa — BUCKY? Digo Sr. Barnes, o que faz aqui? — ela, por mais que fosse uma das supervisoras dessa área, ainda não tinha sido avisada que um conhecido seu fora nomeado sargento, para a surpresa de todos ali presentes.

— Sargento James Barnes, Srta. Grey. — corrigiu James sério, antes de continuar: — Da cento e sete. — ele adicionou, mandando um olhar curioso na direção da mulher de olhos verdes; ele a conhecia de algum lugar...

— Agente Grey. — corrigiu Gisele de repente, levantando levemente o braço para se mostrar presente e também para tentar tirar o clima tenso que se instalara no lugar. Segundos depois, um silêncio se acomodou na barraca, e Debby, percebendo isso, pigarreou, chamando a atenção de todos para si.

— Ahn... Apresento a vocês a sua mais nova... Digamos... Parceira em atividades; a Agente Blood. — vendo que os homens ali encaravam Gisele descaradamente, como se a devorassem com os olhos – até mesmo Bucky –, Debby recomeçou a falar, um pouco mais dura, trazendo de volta para si as atenções, outra vez. — Quero respeito nessa macacada, soldados. — ordenou secamente, passando o seu olhar por cada um ali presente, demoradamente — Enfim. — seu tom fica mais leve — ela acompanhará vocês ao meu lado; nós duas iremos escolher as missões que vocês participarão e enfrentarão, portanto, nada de piadinhas machistas ou os mandamos para o inferno. — ela ameaçou, mesmo não sendo cem por cento verdade, fazendo com que um sorriso satisfeito ocupasse o rosto de Gisele, que apoiava completamente a opinião de Grey — Literalmente. — completou, dando às costas para os soldados e fixando seu olhar em Barnes. Vários ali sabiam – e conheciam – os métodos da Agente Grey, e não queriam nem um pouco provocar da ira de Debby; então, voltaram encolhidos para os seus lugares, com o rabo entre as pernas.

Lançando um olhar significativo na direção de Gisele, ela se aproximou do Sargento, sendo acompanhada por Blood, que a seguiu até Barnes.

— Quando começaremos a trabalhar? — indagou Gisele, adquirindo uma postura formal, pousando seu olhar em Debby e Bucky, respectivamente.

— Creio que amanhã mesmo, Gisele. — respondeu Debby, sentindo-se incomodada com o olhar profundo que James mandava para sua pessoa. — Para o senhor está bom, Sargento Barnes? — ela desviou seu olhar para ele, com o objetivo de fazê-lo parar de encarar-lhe.

— Eu lhe conheço de algum lugar... — comentou Bucky em um murmuro, ainda sem desviar seu olhar de Grey, que começava a ficar constrangida. Não era a intenção de Barnes fazer-se ouvido ao falar essa frase, mas, ao notar que tinha compartilhado sem querer seus próprios pensamentos, ele tentou se corrigir — Oh, claro, bem, amanhã está ótimo. — e colocou um sorriso rosto, ao mesmo tempo em que ajeitava seu chapéu.

~oOo~

Os meses se passaram rapidamente, sempre com missões bem sucedidas, ou, pelo menos, a maioria delas. E, com isso, o fim de 1942 também: repleto de novas conquistas e também, infelizmente, de novas perdas. Mas, como sempre havia uma luz no fim do túnel e o governo queria mostrar para os habitantes de seu país que tudo estava completamente em ordem, ele tinha criado uma nova arma de publicidade: O Capitão América.

A nova esperança da América, segundo seus “fãs”. Todos o conheciam: viam os seus filmes, compravam os seus gibis, assistiam as suas apresentações... Pareciam conhecer tudo sobre sua vida. Porém, eram poucos os que sabiam o seu verdadeiro nome, ou até mesmo a sua idade.

Oh sim, todos conheciam o Capitão América. Entretanto, quem conhecia Steve Rogers?

Quem conhecia o pequeno rapaz do Brooklyn?

~oOo~

Era inicio de Outubro, e o frio e as chuvas predominavam pela Europa. Densas nuvens dançavam pelo céu nublado, que já era marcado pelo crepúsculo, que poderia ser observado depois das colinas.

Há algumas horas atrás, os soldados da cento e sete tinham sido avisados que partiriam em mais uma missão; contudo, dessa vez, não havia certeza de que poderiam voltar.

Então, o Coronel Phillips, em sua primeira atitude de aparente bondade, “liberou” todos os soldados para terem uma noite de sem compromissos, antes de partirem.

As horas se passaram com rapidez, e quando todos foram se dar conta, já se passava das oito da noite.

Déborah, assim como Gisele, haviam também sido liberadas; entretanto, estava difícil convencer a Grey de que se divertir um pouco era uma ótima opção para a noite.

— Anda, Debby! Apresse-se, não temos a noite toda! — reclamou Gisele, de braços cruzados e batendo o pé no chão ritmicamente, olhando para a Grey, que estava estirada na cama, impaciente.

— Eu não quero ir, Agente Blood. Quantas vezes será necessário eu repetir? — respondeu Debby irritada.

Gisele revirou os olhos pela atitude da mais nova, para logo depois uma ideia iluminar sua cabeça, fazendo um sorriso desafiador alastrar-se por sua face.

— Se a senhorita não levantar dessa cama agora e ir se arrumar devidamente, terei que tomar uma atitude drástica e desnecessária. — ameaçou, usando o seu tom sério e autoritário que era deveras intimidador.

— Desnecessária? — indagou Déborah confusa, olhando para Blood.

— É, eu mesma não quero realizá-la, mas se for o preciso para te fazer levantar desta maldita cama... — Gisele virou-se para a porta da barraca, antes de gritar em plenos pulmões para a barraca ao lado — HOWARD! — a boca de Grey escancarou-se ao ouvir o grito da mais velha. E, na velocidade da luz, ela correu na direção de Blood; colocando suas duas mãos na boca da mesma, para impedir que outro grito futuro pudesse sair de sua boca.

— O que está fazendo? — pergunta em tom agudo, sabendo que, se o Stark aparecesse por ali, ela não teria outra saída.

— Te ajudando a superar os problemas, Debby. — respondeu Gisele, depois de conseguir tirar as mãos da morena de seu rosto. — Não vai adiantar nada passar o resto do dia enfurnada em uma cama lendo gibis do Capitão América. — completou, recebendo logo depois um olhar surpreso e indignado da amiga.

— Eu não leio revistinhas do Capitão América, Gisele! — defendeu-se Debby, colocando as mãos na cintura.

— Ah, então diga isso para a parte debaixo de seu colchão. — acusou Blood, apontando para a cama perfeitamente arrumada, para logo em seguida ir na direção da mesma e levantar o colchão de baixo porte, deixando à vista de qualquer um os vários gibis que Debby possuía.

— Calada! — ordenou Debby, ao ver a sobrancelha esquerda de Gisele erguendo-se, como se a desafiasse a questioná-la, mais uma vez.

— Com licença senhoritas... Mas, por um acaso, fui chamado por aqui? — surgiu Howard, deixando somente sua cabeça ser vista por trás dos tecidos grossos das barracas.

— Infelizmente, sim. — respondeu Gisele, seca. E Stark, notando sua presença ali, adentrou no recinto.

— Oh, claro que não, Howard! Por acaso tá ouvindo coisas? Façamos o seguinte: vá para o bar e divirta-se, tenho certeza de que a Agente Carter ficará muito satisfeita em ter sua companhia esta noite. — intervém Déborah, falando nervosamente, deixando claro que estava mentindo.

O olhar de Howard e Blood voltaram-se para ela rapidamente, mas segundos depois, eles voltaram a se fitar, ignorando a Grey.

— Quero levá-la para o bar, mas essa aí não larga a teimosia. — explicou Gisele, fuzilando a amiga com os olhos. E, por isso, não pôde ver um sorriso de escárnio crescer no rosto de Stark.

[...]

— Oh, céus. O que estou fazendo aqui? — sussurrou Déborah para si mesma, parada em frente a porta do bar, ao lado de Gisele e Howard. Dali, já podiam ser vistas as luzes que vinham de dentro do lugar; e até já podia-se ouvir a música que era tocada lá dentro. Respirando fundo, a Grey entrou no local, mordendo o lábio inferior com uma força suportável, mas, mesmo assim, dolorosa.

Os vários soldados que estavam presentes param completamente o que faziam para observar as duas mulheres entrarem. Nenhuma maquiagem cobria o rosto de nenhuma delas. Os vestidos elegantes, que iam até abaixo do joelho, caiam perfeitamente sobre os corpos das moças, para alegria dos homens que as observavam, meticulosamente.

O Stark, que vinha logo atrás ao ver a reação dos soldados, com um estranho incômodo no peito, puxou Gisele pela mão, tirando-lhe da vista dos rapazes, que, contrariados, aceitaram a ida da de vestido verde.

— O que pensa que está fazendo, Stark? — perguntou Gisele, puxando seu braço sem delicadeza alguma de perto de Howard.

— O que parece que estou fazendo, Agente Blood? Te tirando da vista daqueles trastes. — respondeu-a, irritado. — Ou acha que eu queria me aproveitar de sua maravilhosa companhia? — acrescentou, mas após notar o que tinha falado, um sorriso torto cresce em seu rosto, alongando seu bigode. — Até que não seria uma má ideia... O que acha, Gisele? Aproveitarmos esse tempo... — sugeriu o Stark, com a voz repleta de malícia, lançando um olhar de segundas intenções para ela.

— Vá para o inferno! — rugiu Gisele, dando um pelo tapa na cara de Howard, que passa a mão pelo local, sem desfazer o sorriso torto do rosto. Ele ainda conseguia se lembrar da primeira vez que a mão da moça fora para o seu rosto, dando-lhe um tapa forte, deixando a marca de sua mão por um bom tempo. Assim como podia se lembrar de vários outros, que tinha ganhado ao longo dos anos que passaram cursando a mesma faculdade. Ele sempre jogava indiretas, insinuações e investidas para Blood, que nunca eram correspondidas — E não. Se. Aproxime. De. Mim. — Gisele terminou, pausadamente, lançando um último olhar em direção ao Stark antes de sumir entre as paredes do bar, deixando-o aos suspiros.

Ele adorava desafios.

[...]

— O que a moça faz aqui sozinha? Está desacompanhada? — surgiu Bucky, sentando-se ao lado de Grey em um banco de madeira, de frente ao balcão. — Se perguntar isso não for muito intrometimento de minha parte, é claro. — acrescentou, ao ver o olhar de Debby ao fitá-lo.

Entretanto, o motivo daquela reação da mulher não fora pela fala de Barnes, mas, sim, pela sua presença repentina por ali. Ele a lembrava muito um certo loiro de olhos azuis cristalinos, que há anos vivia em seus devaneios mais profundos. Talvez fosse por serem tão próximos e grandes amigos, ou talvez porque ambos tinham o mesmo sonho... Servir ao seu país...

— Oh, não é intrometimento nenhum, só estou surpresa por ter vindo aqui. — admitiu olhando para as próprias mãos que estavam repousadas sobre o balcão.

— Não esperava me encontrar por aqui? — indagou James rindo charmosamente, pedindo ao barman uma bebida, dirigindo seu olhar logo depois para Debby.

— Ah, o senhor entendeu errado... Digo, não esperava que o senhor sentasse-se ao meu lado. — explicou, fitando o rosto de Barnes rapidamente e encontrando um olhar profundo em sua direção. — E estou aqui porque fui arrastada! — comentou, arrancando uma risada gostosa do sargento. — E sim, estou desacompanhada. — completou inocentemente, voltando a olhar para as próximas mãos, que, agora, estavam colocadas sobre seu colo, por cima do vestido azul marinho.

— Se é assim... Gostaria de dançar, Déborah? — convidou Bucky, virando-se totalmente na direção da mulher sobre o banco, ao ouvir uma musica lenta começar a ser tocada no fundo. Ao ouvir a fala de Barnes, Debby virou-se para encará-lo, antes de respondê-lo:

— Não sei dançar, Sargento Barnes. — respondeu Debby, colocando uma mecha atrás da orelha. Ela realmente não sabia dançar; na realidade, ela nunca tinha dançado na vida.

— Eu te ensino. — ele insistiu, levando o copo de bebida à boca, enquanto encarava-a. Déborah pensou por um momento. Ela não teria nada a perder, Bucky era um homem bom, ela sabia disso. Então, apenas sorriu discretamente de lado, enquanto observava ele levantar-se de banco e lhe oferecendo sua mão em seguida, também sorrindo enquanto retribuía ao olhar.

— Se eu pisar no seu pé, saiba que a culpa foi sua porque foi você que me convidou. — ela comentou fazendo-o rir brevemente, entrelaçando seus dedos.





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Notas finais do capítulo

Sobre o capítulo, sei lá, não tenho muito o que dizer... Vocês puderam ver um pouco mais da Gisele e do Howard. O flashback. Bem, a Gi já foi aos Estados Unidos, e lá conheceu o Howard enquanto estudava auhheahea
Debby e Bucky: EU SHIPPO. uheuaea SEM ZOA: eu já disse isso no twitter, o shipper principal é stebby mas a autora shippa jamebby PODE ISSO?! uaheauhe
Eu ia escrever essa cena deles dançando mas ia ser um desastre narrando porque: EU NÃO SEI DANÇAR! AUHEUEA
Enfim, acho que é isso. Desculpem a demora da att, mas eu tô desanima pra escrever e até mesmo pra comentar nas fics que acompanho, bleh :(
Enfim, reviews, sugestões, ideias, recomendações, criticas construtivas e essas coisas são super bem vindas, me animam pra escrever demais *O*
Créditos do gif da Debby e do Bucky pra Blood, foi ela que fez *o* Obrigada, Pâm!
E MUUUUUUUUUUITO OBRIGADA PRA TODAS VOCÊS QUE ESTÃO COMENTANDO, EU SÓ MANTENHO A FIC AINDA POR CULPA DE VOCÊS *O*
Até a próxima!
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PS: CAPÍTULO GRANDE, ME AMEM, QUERO SER MIMADA. Parei! auheau