As Aparências Enganam escrita por Kuchiki Manu


Capítulo 26
Capítulo 26 - Protetores.




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CAPITULO 26

- Acho que esse filme vai ser ótimo! - dizia Rukia entusiasmada se virando para fitar o homem ao seu lado – Não acha, Nii-sama?
- Hmm. - ele apenas murmurou permanecendo com os olhos fechados. Ter paciência em uma fila não era uma de suas virtudes, afinal ele era Kuchiki Byakuya, não deveria enfrentar filas.

Rukia deu um leve sorriso começando a dar breve olhadas ao seu redor, até que uma pergunta veio em sua mente:

- Onde está o Ichigo?

Byakuya deu de ombros cruzando os braços.

- Pipoca. - disse simplesmente uma palavra, mas a que fez entender perfeitamente.

Olhou em direção a lanchonete, e lá estava Ichigo, com a sua costumeira cara emburrada, que por incrível que parecesse, estava pior.

- Ah! - exclamou acenando para ele com um largo sorriso.

O ruivo ao ver que ela olhava em sua direção, retribuiu o gesto do mesmo jeito. O sorriso exclusivo de Rukia estava presente em seu rosto, mas ao desviar sua atenção da baixinha para o individuo ao lado dela, a feição de seu rosto logo voltou.

“Desgraçado! Era para ele está aqui, não eu! Kuchikis não enfrentam filas? Kurosakis também!” - se confrontava mentalmente lançado um olhar mortal para o motivo de sua irritação.

Procurou se manter focado no que estava fazendo. Só iria comprar uma pipoca. Não era para tanto, não é?

De repente viu que a fila do cinema começou a andar, ou seja, a sessão já iria começar. Pelo visto aquele Byakuya escolhera um lugar para que ele fique longe da Rukia. Isso não pode acontecer!

- Dá licença. - deu uma leve empurrada na pessoa que estava a sua frente, uma senhora idosa na verdade, que o olhou intrigada – Me vê duas pipocas, por favor. - pediu ao balconista.
- O senhor furou a fila. - falou o balconista calmamente – Por favor, volte para a mesma e espere a sua vez.
- Mas o meu filme já vai começar. - tentou se justificar. - Faça essa gentileza pra mim.
- Sinto muito. Direitos iguais para todos. Vou pedir mais uma vez: retorne para a sua- foi interrompido ao ver que Ichigo o puxou pela gola da camisa lhe lançando um olhar nada amigável.
- Escuta aqui! Eu estou tentando ser educado! Eu só quero comprar uma pipoca. - cerrou o punho enquanto uma aura maligna começou a correr pelo seu corpo – Será que você poderia atender o meu pedido? Por... favor.
- C-Claro! Claro! Quantas o s-senhor quer? Cinco?

Ichigo sorriu vitorioso.

- Duas está bom. - respondeu dando uma breve olhada para traz e ver que as pessoas da fila o olhavam assustado. Estavam mais distantes por acaso?
- Está aqui.
- Obrigado. - pegou as suas tão sonhadas pipocas, logo se dirigindo em passos largos para a sala onde iria correr o filme.

“Número 3, não é?” - concluiu ao chegar em frente a mesma, entrando logo em seguida.

Começou a procurar sua namorada, identificando a mesma acenando para ele. Deu um leve sorriso. Porém, esse sorriso desapareceu ao ver onde ela estava sentada.

Rukia estava na ponta da fila, sendo mais especifico no seu temor, só havia um lugar ao seu lado e este estava sendo ocupado por Byakuya, que permanecia com os olhos fechados. E o pior ainda, o único lugar próximo a ela era se sentar ao lado daquele Kuchiki de uma figa.

“Por acaso o Byakuya vai ficar entre mim e a Rukia!?” – se confrontou ao aproximar-se deles - “Nem morto!”

- Ichigo. Pensei que você iria demorar mais um pouco. Tinha tantas pessoas na fila. - comentou Rukia sorridente.
- Uma velhinha resolveu me deixar passar. - esclareceu olhando em direção a Byakuya. - Com licença.
- Não compreendo. - comentou o Kuchiki sem se mover.

Uma veia soltou da testa do ruivo.

- Você está no meu lugar. - disse entre os dentes.
- Há outros lugares pela sala.
- Mas eu quero sentar perto da Rukia!
- Como já deve ter percebido, este lugar está sendo ocupado por mim. - Byakuya abriu os olhos o fitando. - Não seja tolo. Procure outro lugar.
- Seu...!
- Calma, Ichigo. - Rukia interviu – Acho que esse problema pode ser facilmente resolvido. O Nii-sama pode trocar de lugar não é, Nii-sama?

Byakuya dirigiu o seu olhar a ela. Meu contrariado, acabou aceitando o desejo da irmã.

Então, Rukia ficou sentada entre os dois homens de sua vida.

Em instantes, o filme começou. A sala ficou tomada pela escuridão, com apenas a luz da tela iluminando.

Ichigo percebeu o quanto Rukia estava ligada no filme. Isso o satisfez. Percebia o quanto ela estava feliz.

Ousou erguer os braços com a intenção de passar os mesmos pelos ombros da morena os aproximando. Porém, alguém foi mais rápido que ele.

- Mas que merda é essa!? - se exaltou, recebendo o famoso “Shh!” das pessoas do cinema.
- O que foi, Ichigo? - perguntou Rukia, mostrando-se um pouco irritada. O que deu nele?
- Byakuya! O que você está fazendo!? - indagou ao Kuchiki que não retirou os braços dos ombros de Rukia.
- Protegendo-a. - respondeu simplesmente.
- De quem!? De mim por acaso!?
- Vejo que você é inteligente, Kurosaki Ichigo.
- Seu idiota! - Ichigo se reergueu, esquecendo-se de onde estava – Se afaste dela!
- Por que eu deveria!? - Byakuya parecia ter se esquecido também ao fazer o mesmo gesto do ruivo.
- Por que eu estou mandando! Você não pode querer proteger a Rukia de mim! Eu sou o namorado dela!
- Mesmo assim ainda é um perigo!
- Filha da-
- Eu não vou me sujeitar a isso. - interrompeu Rukia irritadamente, recebendo um olhar indagativo dos dois.
- Hã?

~o~o~o~

- Hime, tire essa idéia de sua cabeça! - falava Rangiku ao telefone - Isso é loucura!... Eu sei, mas... Tudo bem. Te vejo amanhã então.

A peituda desligou o telefone Se jogando no sofá, colocou o pulso sobre a testa soltando um suspiro.

O que deveria fazer? Deveria ajuda-la? Mesmo não aceitando, deveria?

- Essa sua amiga é estranha. - comentou Toushiro sentado ao chão, sem desviar o olhar do livro que estava lendo.
- Não fale assim, primo. - Rangiku tentou defende-la em poucas palavras.
- Essa é a verdade. - ele insistiu em seu conceito – Ontem mesmo eu atendi o telefonema dela, e ela começou a gritar comigo pensando que era você. Imbecil.

Matsumoto riu.

- Eu conheço a Hime desde que comecei minha carreira como modelo. Na verdade, começamos a trabalhar na mesma época e desde esse tempo somos amigas.
- Hum. - apenas murmurou diante da explicação dela. Tinha coisas mais importantes a fazer.
- Mudando de assunto... - ela se acomodou em uma posição melhor no sofá para fita-lo – O que você está fazendo?
- Estudando.
- Agora!? - ergueu um pouco o rosto para tentar ver o que ele estava lendo.
- Que horas você queria que eu estudasse, Matsumoto? - afastou o livro irritado – Não posso atrasar os estudos da faculdade.
- Estudar não dá futuro. - comentou ela recebendo um olhar reprovador – Brincadeirinha! - riu.

Hitsugaya apenas se limitou a voltara a atenção para o livro que lia. Essa Matsumoto...

- Vai ter um desfile daqui a três dias. - começou ela novamente – Você vai comigo, não é? Algumas das estilistas da “Kfashion” iram participar também.
- Não sei se poderei ir.
- Ah, não! Você vai, primo! - Rangiku se sentou no sofá – Você não terá a coragem de deixar uma mulher grávida ir sozinha, não é mesmo!?

Ele a olhou do canto dos olhos, soltando logo em seguida um suspiro embargado.

- Tá. Eu vou. - disse entre os dentes.
- Viva! - ela sorriu vitoriosa erguendo os braços – Você vai adorar! Teremos que ir ao shopping para fazer compras. Para mim, para você e para a minha princesa.
- O quê? Princesa?
- Minha filhinha, oras! - sorriu levando as mãos ao ventre.
- Você ainda não sabe o sexo do bebê, Matsumoto.
- Mas eu tenho a minha intuição materna. - fez bico virando o rosto.
- Sei... Nunca pensei que você ia ter isso, mas... - resolveu deixar o complemento da frase no ar.

Silêncio. Pelo menos por poucos instantes. Silêncio é algo que não acontece no ambiente quando tem a presença de Rangiku Matsumoto.

- Eu vou lhe apresentar uma garota no desfile. Ela é toda certinha, do jeito que você gosta. - deu uma piscada para ele, que virou o rosto emburrado.
- Nem pense nisso!

~o~o~o~

- A culpa é sua, Kurosaki Ichigo. - murmurou Byakuya com os braços cruzados.
- Minha? Foi você que começou. - retrucou Ichigo do mesmo jeito que o Kuchiki.

Neste momento, contrariando o desejo de ambos, se sentaram um ao lado do outro. Rukia, que queria assistir ao filme, resolveu mudar-se de lugar, escolhendo a fila a frente, onde estava na sua tão sonhada paz, assim como toda pessoa normal que vai ao cinema.

Ichigo e Byakuya tentaram argumentar, mas ignorando tais argumentos, Rukia fez o que queria.

Pelo menos não foi tão ruim assim. Ao ficar a frente deles, poderiam vigia-la em um bom ângulo, o que não aconteceria caso ela ficasse na fila de traz. Isso era o melhor, por um lado... Por outro, não suportavam está naquela situação.

- Quer pipoca? - ofereceu Ichigo.

Byakuya o fuzilou com o olhar.

- O que é? Só estou oferecendo. - puxou o pacote novamente – Mal-agradecido.

Os minutos seguintes seguiram em perfeita normalidade. Rukia assistindo ao filme, os seus protetores a vigiando... Tudo como planejado. Apesar da “pequena discussão”, não havia nada que pudesse atrapalhar aquele encontro entre... Espera um minuto!

De repente, Rukia que antes estava sozinha, acabou recebendo a companhia de um desconhecido.

Byakuya e Ichigo se entreolharam.

- Você o conhece? - indagou Byakuya.
- Nunca vi na minha vida esse idiota.

Continuaram se fitando por poucos segundos, até que acenaram a cabeça positivamente, inclinando-se um pouco para frente para terem uma idéia melhor sobre a conversa.

O ato funcionou! Agora conseguiam escutar.

- E então, aceita? - perguntou o individuo que tinha cabelos loiros.
- Já disse que estou acompanhada. - Rukia disse se desviar sua atenção da cena no telão.
- Mas eu estava lhe vendo sozinha aqui e resolvi fazer companhia. - ele começou a se aproximar.
- Não se aproxime. - disse seriamente, o que fez o rapaz exitar por um momento.

Mas resolveu tirar essa idéia da cabeça. O que aquela mulher de pequeno porte poderia fazer?

- Não seja difícil. - continuou a aproximação – Sabia que... - Rukia depositou uma pancada em seu rosto com o ante braço - Ai! Ai!

Rukia deu um leve sorriso, até que viu o seu braço ser puxado pelo rapaz machucado.

- Escuta aqui sua...!
- Ei rapá! - aquela voz exaltada chamou a atenção do loiro desconhecido – Se afaste dela!
- E quem você pensa que é para... - parou de falar ao ver os dois homens atrás de si com um rosto nada caloroso.

Um parecia mais assustador do que o outro. O de cabelos laranjas já estava estalando os dedos, o que já lhe causava receio, porém, o de cabelos pretos o fazia tremer só pelo olhar. Sinceramente, não sabia qual era pior.

- Ichigo. Nii-sama. - começou Rukia – Por favor, não vão fazer...
- Você os conhece? - o estranho perguntou
- Claro. Eles são a minha companhia. Agora, por favor, você poderia soltar o meu braço. - aquilo não foi um pedido, foi uma ordem.

Em pânico, o rapaz soltou o braço da baixinha, voltando a atenção para os dois homens que a um bom tempo estavam de pé, recebendo o “Shh!” do público no cinema.

- Olha cara, foi mal. Eu pensei que ela estava...
- O que faremos com ele, Kurosaki Ichigo? - indagou Byakuya com sua voz gélida, mas do que o de costume, para ser exato.
- Acho que você pode ler minha mente, Byakuya. - sorriu assustadoramente.

“Essa não.” - pensou Rukia levando a mão até a testa.

~o~o~o~

- Eu sabia que isso ia acontecer! - exclamou Rukia com os braços cruzados e a expressão irritada - Ser expulsa do cinema! Nunca pensei que isso poderia acontecer comigo.

Byakuya, que estava dirigindo, resolveu manter sua atenção na rua, apenas escutando o que Rukia dizia. Era o melhor, afinal, ela estava irritada.

- Pelo menos o senhor soltou aquele pobre coitado. E o Ichigo!? Os guardas tiveram que segurar ele! Aquele morango azedo!

Byakuya soltou um suspiro.

- Não poderíamos ignorar a situação, Rukia.
- Mas Nii-sama, vocês exagerarão um pouco, sabia? O rapaz teve que pedir socorro. - olhou para fora da janela - As pessoas do cinema devem querem nossas cabeças por termos atrapalhado o filme. É a última vez que eu dou a idéia de nós irmos neste tipo de lugar. - finalizou abrindo a porta do carro logo em seguida.
- Apoio sua decisão. - murmurou Byakuya fazendo o mesmo.

Seguiram em direção a porta da mansão. Rukia na frente, em passos firmes, e Byakuya atrás em sua postura impecável.
Os irmãos Kuchiki logo foram recebidos pelo mordomo que abriu a porta.

- Bem vindos de volta, Kuchiki Byakuya-sama e Rukia-sama. - falou o mesmo.
- Obrigada. - Rukia agradeceu, mesmo ainda estando irritada.

Byakuya apenas adentrou a sala sem dizer uma palavra, vendo Rukia se jogar
no sofá cobrindo o rosto.

- A propósito, Kuchiki-sama. - ele fitou o mordomo – O senhor e Rukia-sama tem uma visita.
- Visita? - repetiu Rukia indagativa se sentando no móvel.
- Realmente eu nunca havia pensado em ver os meus netos indo ao cinema. Especialmente você, Byakuya.

Aquela voz séria chamou a atenção dos dois, que se entreolharam confusos, logo voltando a atenção para o dono da mesma.

- Vovô Ginrei... - sussurrou Rukia espantada.
- Eu não disse que viria visita-los? - Ginrei deu um leve sorriso – Só que não especifiquei quando.

Rukia e Byakuya ficaram sem ação.

- Será que não sou bem vindo? - resolveu perguntar diante o silêncio deles.

A resposta que recebeu foi Rukia correndo até ele e lhe dando um forte abraço.

- Que bom que está aqui, vovô Ginrei. - dizia ela erguendo o rosto para olha-lo – Senti saudades.

- Eu também. Aquela casa já estava muito solitária para mim. - olhou além dos ombros da baixinha para poder fitar o neto – Só não exijo um abraço de você, Byakuya, porque o conheço muito bem.

- Que bom que sabes disso. - comentou Byakuya.

 

Rukia sorriu.

- Tenho tantas novidades para lhe falar vovô... Inclusive uma que aconteceu a poucas horas. - deu uma indireta para Byakuya, que deu de ombros.
- Ótimo. Irei adorar ouvi-las agora na hora do nosso chá de fim de tarde. - ele começou a andar em direção ao jardim, sendo seguido por Rukia – Você não vem, Byakuya?

A resposta de Byakuya foi segui-los sem dizer uma palavra. Afinal, no chá da família Kuchiki, deveriam estar presente todos os Kuchiki.

~o~o~o~

- Então você coloca a geléia, depois o ovo e o amendoim...
- Isso está nojento, Matsumoto. - resmungou Hitsugaya – Tá que eu posso fazer a sua comida, mas não exagere, se não você vai ter que cozinhar por si só.
- A culpa não é minha, primo. - disse naquela sua costumeira voz manhosa – São os meus desejos de mulher grávida.
- Terei pena dessa criança.
- Não fale assim! - ela apoiou os cotovelos na mesa arqueando uma sobrancelha – Assim eu posso entrar em depressão pós-parto.

Ele revirou os olhos.

- Matsumoto, não tente me chantagear com isso. A depressão pós-parto só acontecesse após o parto. E você ainda nem chegou nos sete meses.
- Ih, é verdade! Ops! - ela sorriu divertidamente, logo identificando o som da campainha – Deixa que eu atendo!
- Claro. Eu estou ocupado aqui. - resmungou antes de ela sair – O que foi que eu fiz para me sujeitar a isso... - olhou de canto a comida que preparava.

Rangiku felizmente foi andando até a porta, dando pequenos saltos como os de uma criança travessa. Não demorou muito ao chegar em seu destino, já que seu apartamento não era tão grande.

Ao abrir a porta, se espantou ao ver uma conhecida silhueta.

- Hime!? O que aconteceu? Você não viria só amanhã?

Orihime sorriu.

- Eu consegui, Rangiku-san. - ergueu o papel que estava em suas mãos para a amiga ter uma visão melhor – Eu consegui!


 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Uma palavra para resumir este capitulo: relacionamento. - Eu procurei foca-lo nas relações e convivencia de nossos queridos personagens, como:

— Ichigo se relacioando com o cunhado! ;)
— Byakuya e Rukia conversando e se relacionando como irmãos. :)
— Hitsugaya e sua querida prima, Rangiku Matsumoto. ;P
— A chegada de Ginrei e a familia Kuchiki.

Espero que tenham gostado, já que procurei mostrar o quão divertidos eles são quando estão juntos e o que os nossos "protetores" se sujeitam pelas suas preciosas protegidas. ;)

Obrigado pelos reviews! Fico muito feliz! *-*

Não esqueçam de deixar um agora! XD