CAPITULO 5 – FORMATURA

P. O. V. Nessie

Hoje é o dia da minha formatura... Tia Alice passou o dia arranjando penteados para fazer no meu cabelo.

Meus pais me largaram no ginásio, toda minha família estava ali. Ficamos organizados em ordem alfabética, por isso, Conner ficou longe de mim...

Quando chamaram meu nome para receber o diploma, fui até o professor Johnson, ele me entregou o diploma, virei para a fotógrafa e depois olhei para onde minha família estava, Jake estava lá.

Assim que acabou a entrega dos diplomas e tudo mais. Sai em direção ao local que minha família estava.

– Parabéns bebê! – papai disse me abraçando.

– Parabéns. – mamãe disse me dando um beijo na bochecha.

– Onde os outros estão? – perguntei olhando ao redor.

– Lá na rua. Vamos está muito cheio aqui. – papai disse.

Nós saímos em direção ao estacionamento... Minha família estava ali, me esperando. Todos me abraçaram, e deram os parabéns...

– Então, como eu ia dizendo... – Jacob disse alto. Corri ate ele e o abracei.

– Obrigada por vir. – sussurrei.

– Você pediu... – ele disse me apertando mais em seu abraço. – Agora vamos, estou com fome.

– Amor! – Conner gritou. Virei para trás, para vê-lo. Ele estava parado atrás de mim.

– Oi. – falei.

– Ia embora sem se despedir de mim? – ele riu me puxando pela cintura para me beijar.

– Não. – sorri.

– Vamos na casa da Chelsea? Vai ter uma festa. – ele disse.

– Ah! Conner, nós vamos fazer um jantar em casa e depois levamos ela na festa. – vovó disse.

– Tudo bem senhora Cullen. Tchau meu amor. – ele disse me beijando novamente.

– Conner! – Jack gritou, nos separamos para olhá-lo.

– OI Jack. – falei me agachando na frente dele.

– Oi Nessie, é para você. – ele disse me entregando uma rosa.

– É muito bonita. Obrigada Jack. – sorri. – Eu gostaria de conversar mais com você, mas minha família está me esperando para irmos jantar....

– Tudo bem, já estamos indo também. – ele sorriu. – Se você for na festa, pode dormir na minha casa?

– Não sei. Vou pedir aos meus pais, ok? – sorri lhe dando um beijo na bochecha.

– Okay. Tchau. – ele sorriu.

– Tchau amor. – Conner sorriu me beijando.

– Tchau. – sorri.

Fomos para a casa da vovó, ela havia feito lasanha para o jantar. Depois de jantarmos Jake e eu sentamos no pátio para conversar. Ele parecia um pouco receoso, mas de repente estava pensando em alguma coisa que irritasse meu pai...

– Alguma coisa que queira me contar Jake? – perguntei.

– Não.

– Hmm. Parece receoso em me dizer algo. – falei tocando a ruguinha que se formou em sua testa.

– Não sei se vai adiantar alguma coisa eu te dizer o que estou pensando... – ele disse dando um longo suspiro. – Você pode se magoar comigo.

– Mas acho que você pode tentar me falar algo. – falei me virando para olhá-lo.

– Nessie, você sabe que eu amo você, e que serei melhor que Conner. Já lhe falei isso, mas acho eu não adianta, não é?! – ele disse pegando minhas mãos e entrelaçando nossos dedos.

– Não sei Jacob, mas, olha é confuso, você no entende. – falei atordoada.

– O que é confuso Nessie? Se ama ele... Já sei, você não ama ele, está brincando comigo, não é?! Me testando, isso é um jogo? Um reality show, espera onde estão as câmeras? – ele disse me olhando nos olhos, com um pouco de humos no final, embora eu soubesse que ele estava falando a verdade.

– Não estou brincando com você Jacob, mas você não tem ideia de como está sedo difícil falar o que sinto, distinguir o sentimentos. – murmurei baixando os olhos.

– Tudo bem, não vou insistir nisso, mas sei que você me ama, e você também sabe disso. – ele disse deitando na grama.

– Você tem tanta certeza assim?

– Tenho. Nem que eu tenha que esperar mil anos para você se tocar, mas tenho certeza. – ele disse sorrindo.

–Eu queria ter tantas certezas também, posso lhe perguntar uma coisa? – falei afagando o cabelo dele.

– Claro que pode, anjinho.

– Há quanto tempo me ama. – falei ficando com as bochechas coradas.

– Há quanto tempo me conhece? – ele disse.

– Desde que nasci?! - engasguei.

– Por aí. Não espere, sim, desde o dia em que te vi. – ele disse colocando um pouco de humor.

– Tipo a primeira vista?

– Sim. Até mais forte que isso. – Está me dizendo que foi um amor platônico a primeira vista? – sussurrei respirando fundo.

– Não exatamente platônico, mas sim...

Fitei-o por um tempo, como assim ele me amava desde que nasci?! Ele sempre foi meu amigo, não podia passar disso... ele era o meu Jake, mas meu amigo Jake...

– Isso é impossível, não tinha como você se apaixonar por uma criança. – sussurrei.

– Nessie, eu não quero falar sobre me apaixonar com você ainda criança. Entenda, eu também não consegui entender. – ele sussurrou fitando o vazio.

– Se agora você entende, me explique. – pedi.

– Eu não entendo... prometo que vou refletir para contar para contar para você... lembra-se de quando era bem pequena e sua mãe tentou me matar, mas acabou quebrando o ombro de Seth?- falou.

– Sim, um pouco.

– Foi por isso. – ele disse.

– Mas naquela época eu era muito...pequena, Jacob, não entendo você. – murmurei.

– O que exatamente não está entendendo? – ele disse sentando novamente, ele ergueu meu rosto para que eu olhasse em seus olhos, uma corrente elétrica passou por meu corpo.

– O fato de você conseguir se apaixonar por um bebê. – murmurei.

– Hmm. Quill e Claire! Ele se apaixonou por ela...

– Jacob, Claire tem oito anos. isso também é estranho. – falei.

– Tudo bem, eu vou te contar...

– Nessie! Vamos, você tem que se arrumar, tem que ir a festa! Conner já e mandou trocentas mensagens. – Alice gritou.

– Acho que você pode me contar essa historia mais tarde. – sorri.

– Talvez... – ele murmurou com os dentes trincados.

– Nessie! Venha logo! – Alice gritou novamente.

– Desculpe, tenho que ir. – falei caminhando em direção a ele, que já estava de pé pronto para ir embora.

– Isso vá se divertir, com o idiota de seu namorado, te vejo amanha. – ele disse segurando meus ombros, eu abracei-o. Ele correu para a floresta e se metamorfoseou.

– Pera aí Jake! – gritei.

– Nessie deixe o lobo atacado, depois você conversa com ele. – Alice disse me puxando pelo braço.

Enquanto Alice me arrumava Conner me ligou, falei a ele que eu já estava saindo de casa. Meu pai me levou ate a festa, ele deixou que eu fosse dormir na casa de Conner. Entrei na festa e em seguida achei Conner com os amigos. Aparentemente todos bêbados.

– Conner?! – falei cutucando ele.

– Ah.Oi amor. – ele disse me beijando. – Vamos sair daqui ele disse me puxando para a pista de dança.

– Você bebeu?

– Não. – ele sorriu. – Eu te amo.

– Também te amo. – respondi.

Pensei em minha conversa com Jake, que fora interrompida pela festa e por Conner. Como alguém se apaixona por outra quando ela é bebê? Mamãe e papai sabiam e nunca me disseram nada, e Sam e Emily, como deixava Quill ficar perto de Claire?! Será que isso era algo restrito aos Quileute?

– Vou pegar uma bebida para você. – Conner disse beijando meu pescoço.

Demorou uma meia hora ate que eu decidi ir atrás de Conner. Achei os amigos dele, perguntei se sabiam onde ele estava, disseram que no andar de cima em algum dos quartos. Fui tentando de um em um até que encontrei um com a porta destrancada, abri a porta torcendo para que Conner não estivesse ali. Conner estava ai deitado com uma garota, soltei um gritinho.

– Conner... – murmurei, ele se virou para a porta e me viu, sai correndo em direção a escada apinhada de gente.

– Nessie! Pera aí! – ouvi ele gritar. Ele saiu correndo atrás de mim. Corri para a rua procurando meu celular na bolsa. Conner me alcançou me puxando para a parede.

– Me solta Conner! – pedi.

– Nessie, amorzinho, eu estava esperando você e aquela garota louca entrou no quarto. – ele disse.

– Claro Conner, e aí você pensou que eu era ela?! – ironizei.

– Ah! Pare! Você sabe que eu te amo. – ele disse tentando me beijar. Olhei para os lados, estávamos em um canto escuro. Me virei rapidamente e prensei-o na parede, ele sorriu e encarei-o.

– Não toque mais em mim. – rosnei. Ele me olhou serio e depois começou a rir.

– Você bebeu?! – ele riu.

– Saía de perto de mim Conner! – pedi quando as mãos dele envolveram minha cintura.

Empurrei-o fazendo com que ele caísse no chão, corri para a parte mais escura do jardim onde ele não poderia me enxergar. Peguei meu celular e liguei para o primeiro numero que apareceu na lista de discados.

Ligação: on

– Alô. Nessie? – atendeu com a voz sonolenta.

– Jake?!

– Sim. O que foi? São duas e meia, espero que você tenha um bom motivo para me acordar...

– Jake, por favor, me ajude! Me...

– Onde você está? O que está acontecendo? – ele disse alto.

– Eu estou na festa da Chelsea... Conner...

“-Nessie venha cá amorzinho. Posso ouvir você. – Conner disse ao fundo”

– O que esse imbecil está fazendo? Ele está bêbado?

– Sim. Jake ele que me agarrar a força.

“- Achei você, gostosa. – Conner disse, vi que ele estava uns dez passos de distancia.”

– Estou saindo de casa. Procure ficar na parte iluminada, qualquer coisa bata nele!

“-Chega de brincadeira Nessie, venha! – Conner disse me puxando pelo braço.

–Me solta! Conner, eu já pedi! – falei”

– Vem rápido. – sussurrei no telefone.

Ligação: off.

Puxei meu braço do aperto forte de Conner e corri em direção oposta onde tinha bastante gente. Conner continuava atrás de mim, então quando não tinha ninguém olhando subi em um arvore. Foi o único jeito que encontrei de me esconder de Conner. Levou cerca de 20 minutos para Jacob chegar, assim que o vi, desci da arvore e corri na direção dele. Jacob me abraçou e afagou minhas costas.

– Você está ok? – ele murmurou.

– Sim. Obrigada. – respondi.

– Onde está seu namorado? – ele perguntou me afastando dele um pouco...

– Por quê? Acho que ele está lá dentro, bebendo com os amigos dele. Se não tiver com alguma garota. – respondi.

– Me espere aqui. Vou levar só alguns minutinhos. – ele disse caminhando em direção da casa.

– Não. Jake! – gritei sem sucesso.

P. O. V. Jacob

Eu vou estrangular aquele humano idiota. Quem ele pensa que é, para tratar MINHA NESSIE desse jeito?

Entrei naquela casa, que fedia a álcool. Logo encontrei Conner com alguns garotos e uma garotas. Cutuquei o ombro dele.

– Sim? – ele respondeu virando.

– Isso é por você namorar MINHA NESSIE. – falei lhe dando um murro. – Este é por tratá-la como lixo. – outro- Esse por tentar agarrá-la. – outro- E este pra fechar as noite com chave de ouro. Idiota! – outro.

Voltei para rua, onde Nessie estava parada no mesmo lugar, chorando. Abracei-a e levei-a para o carro.

– Calma... Já passou. – falei afagando as costas dela.

– Você bateu nele?

– Sim. Quatro vezes. – falei.

– Jake, eu pedi para não bater nele!

– Eu não ouvi, desculpe. Ah! Nessie você ficar defendendo aquele idiota, né?! – falei incrédulo.

– Não vou. Mas isso não lhe da o direito de bater em humanos... – ralhou.

– Tudo bem, eu não costumo sair batendo em humanos. Desculpe-me. Agora diga, para onde vamos? – perguntei.

– Não sei, meus pais iam sair. Se eu for para casa da vovó, com certeza Conner vai ter problemas. Além disso, não quero ir para casa. – murmurou.

– Que tal se chamarmos Seth? E vermos um filme? – sugeri, já estávamos na estrada, quase em La Push.

– Jake, são quase quatro horas da manhã. Eu só não quero ir para casa, estou com medo que papai mate Conner e depois se arrependa e tenhamos que nos mudar. – ela disse. – Já que você já tentou fazer isso. – completou.

– Claro, claro. Nessie você é muito nova e não entende certas coisas.

– Como? – questionou.

– Festas, namorados, bebidas e resultados. – falei.

– Ok. Eu sei disso. Jake eu não sou mais aquela garotinha que você pegava no colo. Eu cresci, já entendo as coisas. – ela murmurou afagando meu rosto.

A expressão dela ainda era triste. Nós chegamos, não havia ninguém na minha casa, Rachel estava com Paul na casa dele e Billy estava na reserva Makah na casa de uma tia minha. Nessie saiu do carro um pouco receosa, eu estava vendo o quanto ela estava mal.

– Então você não é mais aquela garotinha que eu pegava no colo?! – sorri.

– Não.

– Mesmo?! – falei erguendo-a em meus braços.

– Não Jake! – ela disse rindo.

– Viu como você ainda é garotinha que eu pego no colo?!

– Tudo bem! – ela riu. – Seu pai está em casa?

– Não e nem Rachel.

– Hmm. Me ponha no chão. – sorriu.

P. O. V. Nessie

Eu ainda estava com raiva de Conner, até um pouco feliz por Jake ter dado uns socos nele. Sei que já que o combinado com meus pais era que eu dormisse na casa de Conner, o certo era eu voltar para casa. Mas eu tinha que conversar com Jacob, nós tínhamos um assunto inacabado, alem disso, eu tenho certeza que começaria a chorar quando chegasse em casa. Jacob esteve certo o tempo todo, Conner não me amava, nunca me amou, ele só estava comigo porque eu era bonita e rica. Assim que chegamos na casa de Jake, ele percebeu que eu não estava bem, tentou me alegrar como sempre. Eu tinha que ligar para meus pais e avisá-los que eu não estava na festa e estava com Jake.

– Nessie, você bebeu? – Jacob disse franzindo o nariz.

– Não. Bebi apenas refrigerante. Porque Jake? – perguntei.

– Você está com um cheiro forte de álcool. Que tal um banho. Acho que ainda tem algumas roupas suas aqui, se não tiver pego uma de Rachel. – falou. Peguei uma mecha do meu cabelo para cheirar.

– Vou aceitar um banho. – sorri envergonhada.

– Sinta-se a vontade, dê uma olhada no meu guarda roupa, irá encontrar toalhas e tudo mais. – ele disse.

Assenti e fui até o quarto dele, abri seu guarda roupa, onde havia sua roupa estava tudo bagunçado; onde estava algumas toalhas e ao que tudo indica minhas roupas, estava tudo arrumado. Provavelmente Rachel não arrumava as coisas de Jake. Mexi na pilha de roupas que estavam do lado das toalhas, peguei um pijama mesmo. Tomei o banho e voltei para a sala, Jake assistia TV.

– Obrigada. – sorri sentando ao lado dele.

– Disponha. – ele sorriu, percebi que eu amava aquele seu sorriso bobo.

Jake me puxou mais para perto, passou seus braços por meus ombros. Me aconcheguei perto dele e encostei a cabeça em seu ombro. Lembrei-me que tinha que ligar para meus pais. Peguei meu telefone e liguei para vovó.

Ligação: on

– Alô.

– Oi vovó. Hmm, meu pai está por aí?

– Oi Nessie, não seus pais ainda não voltaram.

– Posso falar com vovô?

– Tudo bem. Nessie, está tudo bem?

– Sim, vó.

– Oi Nessie.

– Oi vovô.

– Algum problema?

– Sim. Muitos.

– Onde você está, onde Conner está, querida?

– Estou na casa de Jacob, e não sei onde Conner está.

– Tudo bem, me diga o que houve.

Contei tudo o que aconteceu, até agora. Ele disse para mim continuar na casa de Jake até que meu pai me ligasse. Talvez eu até dormisse aqui.

– Qualquer coisa ligue.

– Tudo bem vovô, te amo.

Ligação: off

Aproximei-me mais de Jake, para me aquecer e ver se eu esquecia daquela maldita festa.

– Jake, o que você ia me dizer, mais cedo? – perguntei bocejando.

– Não é um assunto para agora. Prometo que amanhã eu conto. – ele disse afagando minha bochecha. – Acho que você não aguenta mais de cinco minutos acordada. – ele sorriu.

Toquei o rosto dele mostrando o sorriso dele, minhas lembranças felizes com ele, como eu me sentia quando estava com ele....

– Nessie? – ele sussurrou beijando minha testa.

– Hmm?- murmurei.

– Durma bem. – ele sussurrou.

Senti que ele havia me tirado do sofá e me colocado na cama, ele beijou minha bochecha, me lembrei de seus lábios nos meus, naquele dia no carro. Por mais que eu tenha brigado com ele, eu queria aquilo necessitava... ouvi o risinho baixo dele, droga ele devia estar segurando minha mão. Cai em sono profundo e não me lembro de mais nada.

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