Querido Diário Otaku escrita por Panda Chan


Capítulo 28
Capítulo 28 - Preto e Branco


Notas iniciais do capítulo

Ok, to um lixo.. Literalmente..
Quero agradecer as recomendações da GirlCrazyLost (que tambem favoritou a fic) e Bella Santos, galera to pirando nas recomendações. Sério.
Muito obrigada mesmo.
E olhem que legal, a fic ganhou uma capa LOL
A linda MrsEverlark que fez capa nova.
Gostaram?
Então, agora vou dizer porque estou um lixo... Eu estou com a garganta fudida, tive que tomar soro na veia e adivinhem só CAI NUMA SALA EM QUE TODO MUNDO ME ODEIA! OÊ!
Infelizmente acho que isso influenciou a fic.
Boa leitura



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Minhas reações ao ser beijada por meu irmão/primo foram da total surpresa a total descrença em menos de cinco segundos. Ele me amava? Que espécie de idiota me ama? Eu sou o tipo de pessoa que ninguém ama. Sou o tipo de pessoa que não merece ser amada e sim odiada.

Ele se afastou me olhando com total surpresa, acho que era um espelho da minha própria expressão facial. Afinal, que raios de Esparta aconteceu aqui ?

Minha respiração estava acelerada não sei se por causa do beijo ou da surpresa, acho que por causa dos dois.

- M-Me desculpe – disse meu irmão/primo sem jeito.

- T-Tudo bem, eu acho... – disse sem graça sentindo meu rosto esquentar rapidamente.

- Eu não devia ter feito isso – escondeu o rosto entre as mãos – Não devia te meter nos meus erros, nos meus pecados. Por que? Por que eu fiz isso?

- Calma Lucca – abracei-o – Não tem problema, tá? Eu estou aqui, fica calmo.

Não sabia o que fazer então fiquei repetindo isso algumas vezes até sentir que ele estava mais calmo. Lucca terminou dormindo em meus braços, sem saber o que fazer o deixei deitado na cama e sai do quarto em busca de um bom copo de água gelada pra me acalmar.

Perguntei para uma enfermeira onde ficava a lanchonete do hospital, depois de ouvir sua explicação que de nada ajudou, sai andando pelo hospital tentando procurar sozinha.

Já falei que tenho um péssimo senso de direção? Pois é, tenho um péssimo senso de direção.

Quando dei por mim estava no berçário olhando uns vinte bebês chorando enquanto a enfermeira que de nada me ajudou no corredor tentava acalma-los. Ela teve o que mereceu.

Andei por mais alguns minutos até encontrar uma placa com as salas do prédio e seus andares do lado. Entrei no elevador e fui para o térreo, onde ficava a lanchonete. Depois de comprar uma garrafa de refrigerante de laranja bem gelado e um pudim fui pro estacionamento, onde me sentei no chão e comecei a comer meu “almoço”.

- Que nostálgico – disse a voz doce ao meu lado – Sabe, uma das minhas primeiras lembranças relacionadas a você envolve justamente isso – apontou pro meu almoço.

- Claro Senhor Cabeça de Pudim, espero que tenha aprendido naquele dia que não deve tentar se alimentar do meu refrigerante de laranja.

- Aprendi e também aprendi que você sabe muito bem como usar um pudim pra se defender – sorriu.

Sorri junto. Andrew tem esse efeito, quando ele sorri tudo ao seu redor ficar mais belo e você não consegue se conter e sorri junto. Ele é incrível por isso.

- Você sempre consegue.

- Consigo o que? – perguntou confuso.

- Consegue fazer essa mágica com o ambiente, com um único sorriso me faz esquecer dos problemas e me transporta pro seu próprio mundo onde tudo é brilhante.

- Isso não é bom? – colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

- Sinceramente, não sei. É ótimo que você faça isso, mas faz as pessoas fugirem de seus problemas e isso não é legal.

- Eu não faço isso com as pessoas, Jullie.

- Faz sim! Vive fazendo isso comigo – admiti.

- Só com você, menininha – beijou minha mão- E você faz o mesmo comigo.

- F-Faço? – gaguejei.

- Sim. Quando eu olho pros seus olhos eu vou pra um mundo onde só existimos eu e você, esqueço dos meus problemas, da minha realidade. Esqueço de tudo que não tenha haver com você – ele me encarava com seus lindos olhos azuis, alguma coisa dentro de mim gostava da maneira como estávamos próximos e outra tinha medo da proximidade- Quando você sorri eu simplesmente transbordo de alegria. Seu sorriso é a coisa mais linda do mundo todo para mim.

- Para com isso – coloquei as mãos tampando os ouvidos – Para de me dizer coisas bonitas, eu sei que é mentira. Thomas me disse. Ele disse que você só ia me iludir e me manter por perto quando fosse conveniente, você vai se cansar de mim e me deixar. Por favor Andrew, não me faça sofrer mais do que eu já sofro – podia sentir lágrimas quase caindo dos meus olhos.

Não posso deixar que ele me veja chorando de novo. Me levantei e comecei a ir embora quando ele me segurou e me abraçou por trás.

- Por favor, não vá embora – sussurrou no meu ouvido.

- Por que não? Por que eu ficaria aqui sendo usada por você ? Por que você me impede de seguir em frente, de ser independente?

- Porque sempre que você se vai os pedaços do meu coração sentem a sua falta

Fechei os olhos na esperança de atrasar as lágrimas que já estavam caindo.

- Por que você é tão egoísta?

- Egoísta... Você me descreveu bem, pra mim não é egoísta querer prender a pessoa que você ama num potinho e deixa-la escondida de todos menos de você. Isso é o que eu sinto por você, quero te proteger do mundo e dos olhos daqueles que não merecem ver como você é linda. Talvez seja um pouco egoísta mesmo, só talvez.

- Você é um sádico.

- Eu sei – beijou meu pescoço causando um arrepio leve pelo meu corpo – Só sou assim com você.

- Você gosta de brincar comigo – ouvi minha voz rouca e baixa, não era uma das coisas que as garotas fazem quando querem “seduzir” o cara, é só como minha voz fica quando choro demais. Meu rosto deve estar igual a um tomate.

- Eu te amo, Jullie – sussurrou

- Eu ... – fui interrompida pela conhecida voz do meu irmão no estacionamento.

- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO, ANN?

- Lucca .

Foi como se eu tivesse saído de um transe ou de uma hipnose.

Uma enxurrada de pensamentos brotou na minha mente junto com imagens que eu já havia esquecido.

A despedida. O acidente. O corredor branco. O sangue. A revelação. O quarto branco. Os lábios rosa do Lucca depois de me beijar. O branco dos corredores. O branco da lanchonete. O azul dos olhos de Andy. O laranja do refrigerante. O cinza do céu.

Tudo estava misturado. Nada fazia sentido. Então tudo ficou preto.

Preto como o cabelo do Andy, como o pneu do carro da mamãe, como o céu na noite da festa da Jessie ...Preto como a camiseta de banda que o Andy usava no dia que matamos aula.

Do que eu estou falando? Ah sim, claro, me desculpe por escrever coisas tão sem sentido diário. Tudo ficou preto, pois eu cai desmaiada no chão.

Não se preocupe, não morri, apenas cedi as cores.

Você sabia que, hoje, Andy usava preto e Lucca branco?

Terei eu um cavaleiro branco e um negro? Nem sei mais o que escrevo.

Não sei mais o que penso.

E não sei porquê, depois de ter acordado do desmaio, a primeira coisa que fiz foi escrever isso em você.

Ainda estou mal por causa das medicações que estão me dando, pelo menos torço pra que essa agulha no meu braço seja alguma medicação e não um sedativo. Me sentiria louca se fosse um sedativo. Acho que estou louca.

Devo estar louca, pois começo a me sentir atraída pelo meu ex- irmão e meu melhor amigo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que tenham gostado e entendido >..
Eu quis deixar meio confusa pra mostrar como a Jullie se sente, é
Então garotas e sexy boys sumidos, Jucca ou Jundy?
beijos caramelizados :*