Querido Diário Otaku escrita por Panda Chan


Capítulo 1
Capítulo 1 - Olá diário


Notas iniciais do capítulo

Olá cupcakes,
Antes de tudo devo avisar que sou péssima com nomes de capítulos. Não me julguem.
A capa desse capítulo é a primeira capa que a história teve (nostalgia).
Estou cansada de procurar plágio para denunciar então que tal não copiar? Obrigada sr(a) plagiador(a).
Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/273104/chapter/1

Certo... Hãm... Eu sou horrível com início de textos e redações e como nunca escrevi um diário antes não sei bem como começar agora. Peço que me desculpe, diário.

Era uma vez um lindo dia em um lindo lugar, o sol brilhava os pássaros cantavam e as pessoas passeavam felizes pela rua. Mentira, hoje o dia estava horrível, chuvoso e eu tenho certeza que se algum passarinho ousar sair do seu esconderijo vai ser atingido por um raio ou coisa pior e virar frango a passarinho, se é que isso faz sentindo.

Por onde começar... Me chamo Bond, James Bond. Ta bom, eu não sou uma super espiã internacional, mas bem queria ser ou ao menos queria que alguém caísse nessa uma vez na vida.

Meu nome de verdade é Jullie Anne Elizabeth Way, sim meu nome é lindamente grande e estranho, mas fazer o que minha mãe me odeia mesmo antes de me por no mundo e me deu esse nome perfeito em homenagem a minha tataravó? Tenho 15 anos completados com muito orgulho e não, eu não tive uma festa. Nesse momento eu estou dentro do meu guarda-roupa escrevendo em você diário. “Por que você esta dentro do guarda-roupa Jullie?“. Oras bolas, óbvio que é porque meu irmão não pode te descobrir! Que pergunta diário.

Então diário continuando minha linda e maravilhosa tentativa de apresentação, você já deve ter notado que eu sou uma pessoa meio irônica o que me atrapalha muito na hora que conheço novas pessoas. Mesmo sabendo disso meus pais tinham que tomar a maravilhosa decisão de se mudar para uma cidade onde eu não conheço ninguém, um lugar que eu nunca visitei, onde nunca nem ao menos fiz questão de saber se existia e ainda querem que eu faça muitos “amiguinhos”, seja uma boa aluna, uma garota popular com as pessoas e sociável. Qualquer pessoa com um quarto de cérebro que fala comigo por quinze segundos pode ver que eu nunca vou ser o que eles querem. Eu não passo de uma garota antissocial, um pouco retardada, otaku que está tentando ir pra Nárnia, mas o seu novo guarda-roupa não tem essa função.

Amanhã começo na nova escola, bem na verdade hoje já que são 05h30min da manhã, isso também não deve importar muito porque para mim o dia só é outro depois que eu durmo coisa que pretendo fazer daqui a pouco. Antes que eu me esqueça tenho que te dar um nome, queria te chamar de Querido Diário Otário, mas parece que alguma outra pessoa já roubou essa idéia de mim então você será meu Diário Otaku, um dos mais bravos e destemidos diários que um dia já ousou cair na terra ou ser comprado na lojinha de 1,99.

–x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-

Quem vê de longe pode pensar que é uma garota bêbada jogada em um banco qualquer depois de ter sido assaltada, mas não, essa sou eu morrendo de sono e esperando o ônibus pra enfim chegar à nova e infeliz escola. Eu poderia ir de carona com meu irmão mais velho, se tivesse acordado na hora. O ônibus com destino ao inferno, quer dizer, escola chegou subi nele e me sentei logo no fundo.

Não quero criar expectativas pra essa nova escola, eu nunca consegui superar as minhas expectativas ou chegar perto de realizá-las então prefiro ficar na minha sem expectativas, apenas espero encontrar com nerds lá. Aprenda comigo diário os nerds aceitam toda e qualquer pessoa que tentar ser amiga deles. Alguns fazem isso na esperança de que a pessoa seja um alien bonzinho que veio levá-lo pra outro planeta e dar uma surra nos valentões que o atormentaram e outros por não terem amigos mesmo.

Primeira reação ao ver minha nova escola? Sabe Hogwarts, a escola de magia do Harry Potter? Pois é, se ela existisse de verdade imagino que ia ser algo parecido com aquilo. O lugar era imenso, todos os alunos uniformizados com aquelas camisetas que tinha o pássaro estranho (mascote da escola) no brasão e aquelas saias vermelhas e pretas ou calças da mesma cor. Carros paravam toda hora deixando algum aluno lá estavam bem movimentado considerando a hora. Meus pais haviam feito o que eu mais temia, temia tanto que tive medo de falar pra você diário, eles me mandaram pra uma escola com vários adolescentes mimados e estragados pelos pais.

Uma garota de cabelos loiros parou ao meu lado com um sorriso que dizia perfeitamente “Esse é o sorriso mais falso que eu consigo dar” e me cutucou no ombro.

– Você é a Jullie Anne Elizabeth Way, correto? – perguntou.

– Sim, como sabia?

– Prazer me chamo Jessie Marie Franc Del Monte – estendeu a mão e eu a apertei para parecer educada. Quem aperta as mãos alheiras em pleno século vinte e um?

Antes de saber o nome dela eu juro que achava o meu longamente desnecessário, mas depois de ouvir essa bíblia só me pergunto uma coisa: de quantas carteiras de identidade precisaram para escrever o nome dela?

–Então Jessie, como sabia meu nome? – perguntei soltando sua mão.

– A diretora me pediu pra esperar a aluna nova chegar e ajudá-la a encontrar a sua sala e o armário, como você é a única pessoa aqui que eu não conheço pensei que só podia ser você.

Jessie não disse mais nada, começou a andar e eu por impulso a segui. Por onde passávamos várias pessoas cochichavam algo sobre Jessie ou a cumprimentavam. Ótimo! Estou do lado da garota mais popular da escola! Se a minha vida fosse um filme adolescente eu faria uma besteira para ela me odiar agora.

Paramos no armário 483 que agora ia ser meu, depois que eu joguei um único caderno dentro dele fomos para nossa sala. O lado bom dela ter a mesma aula que eu é que tenho certeza que não irei me perder logo no início do dia.

– Bem, espero que você goste do Saintine Marie. Até o intervalo – Jessie entrou na sala e se juntou a um pequeno grupo de garotas bonitas e intimidadoras como ela.

Avistei um lugar vazio no fundo da sala perto de um garoto com óculos estranhamente grandes, fui me sentar lá mesmo. O garoto era o penúltimo da fileira ao lado da minha, terminei me sentando no último lugar. Pelo visto o garoto era mais antissocial que eu, coisa que sempre achei difícil.

Depois de cinco minutos esperando a professora de biologia entrou na sala. A professora era loira com braços estranhamente peludos, o que me assustou, e seus cabelos pareciam um ninho de rato de tão bagunçados.

– Boa Tarde, turma.

– Ér, professora? – o garoto com óculos estranhamente grandes levantou a mão pedindo autorização pra falar.

– Sim, Gregory?

– Ainda é de manhã.

– Ah, mas eu tenho certeza que em algum lugar do mundo agora devem ser umas três da tarde.

– Mas professora aqui ainda é de manhã.

– OH ME DESCULPE SENHOR NERD PHD EM GEOGRAFIA! – A professora veio gritando em direção a Gregory – ME DESCULPE POR SER SÓ UMA PROFESSORA DE BIOLOGIA E NÃO DE GEOGRAFIA!

– Professora não foi minha intenção ofendê-la – Gregory tentava se defender quando a maluca da professora o interrompeu.

– VOCÊ SENHOR GREGORY TRUMPER É COMO TODOS OS HOMENS USAM AS MULHERES COMO BEM ENTENDEM E DEPOIS AS DISPENSAM PORQUE ELAS NÃO SABEM SE É DE MANHÃ OU TARDE OU ENTÃO PORQUE ELAS QUEREM QUE VOCÊ SEJA O PAI DOS FILHOS DELA NO SEGUNDO ENCONTRO! – ela bateu as mãos na mesa do Gregory que estava pálido como um fantasma. Acho que se ele perdesse mais um pouco de cor iria ficar transparente e eu ia poder ver seu esqueleto magricelo de nerd – VOCÊ É ESSE TIPO DE HOMEM SENHOR TRUMPER?

– N-Não Senhora.

– MENTIROSO! Todos os homens são iguais, mentirosos, aprendam isso garotas.

A sala ficou em silêncio, Gregory ainda estava paralisado de medo. A professora se sentou à mesa em frente à sala remexendo em alguns papeis.

– Hum, vejo que temos uma nova aluna. Senhorita Jullie Anne Elizabeth Way, por favor, apresente-se a sala.

Senti meu rosto queimar quando me levantei e todos os olhares da sala se direcionaram pra mim, antes que eu abrisse a boca e começasse a gaguejar um garoto entrou na sala roubando de mim atenção de todos.

Obrigada Zeus por fazer com que essa criatura atrasada chegasse agora.

– Senhor Foster, posso saber por que chegou atrasado novamente?

– Sabe ‘comé’ né Lucy, perdi o ônibus.

– Senhor Foster, na sala de aula eu sou a senhora Chase.

– Vish, mas pra que eu vou te chamar assim? Para mim, senhora esta no céu. Amém.

Todos da sala riram com isso menos a professora que pareceu não ver graça alguma.

– Imagino se a sua mãe vai gostar de saber sobre as piadinhas que o filho faz na aula.

– Imagino se a senhora vai gostar de ficar sem os biscoitos que minha mãe faz e lhe dá com tanto carinho.

– Como se já não bastasse eu ter que aguentar a praga que você é como na escola ainda é meu vizinho senhor Andrew Foster – a professora revirou os olhos.

– Calma Lucy, brigou novamente com o Mickey?

– Michael, não Mickey – ela corrigiu irritada.

– Vocês eram um casal tão lindo, dava gosto de ver os dois juntos. Parecia a Minnie e o Mickey.

Essa piada passou longe de ser boa.

– Senhor Foster sente-se agora se não quiser levar uma linda ocorrência com o senhor para diretoria.

O garoto, Andrew, se sentou na última carteira ao lado da minha sorriu pra mim e ligou alguma música no seu celular.Observei os contrates em suas características físicas rezando para não estar babando porque não falta muito pra isso. Os cabelos são pretos, escuros como o breu e os olhos azuis como o céu em um dia quente de verão, a pele clara apenas ajudava a deixar a aparência dele mais harmoniosa.

Depois de mais alguns minutos a professora se esqueceu de mim e começou a falar sobre os níveis tróficos e outras coisas que preferi ignorar.

No intervalo, fui me sentar na arquibancada e assistir um pequeno ensaio das líderes de torcida no campo de futebol. As líderes pulavam, davam mortais pra trás, faziam helicópteros e outros movimentos estranhos no ar.

– Como elas conseguem isso? – murmurei baixo sem perceber.

– Depois de alguns vários ossos quebrados, algumas torções básicas pelo corpo e muitos hematomas, acho que com trabalho duro – disse uma voz masculina atrás de mim, me virei dando de cara com o encrenqueiro da aula de biologia.

– Andrew, acertei?

– Acertou, mas prefiro ser chamado de Andy – sorriu – E você é a nova aluna...

– Jullie.

– Isso... Jullie é? Já tive uma namorada com esse nome.

– Nossa, que legal. Você sempre fala das suas exs pras garotas que você acaba de conhecer?

Ele sorriu de canto.

– Não, só pra aquelas que têm o nome igual ou parecido.

– Ah, isso acontece muito? – minha curiosidade é algo incontrolável, não consigo controlar quando tenho uma pergunta pra fazer faço sem pensar nas consequências.

– Sim mais vezes do que eu gostaria diga-se de passagem.

Andrew sorriu novamente e eu retribui.

E assim tudo começou, minha amizade com Andy e o inferno que minha vida se tornou por causa disso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por ter lido
Quem mandar um review ganha uma bala, mas somente enquanto durarem os estoques q
Beijinhos com glittler