Forever And Always escrita por Firefly Anne


Capítulo 78
LXXVIII: Lentamente


Notas iniciais do capítulo

Obrigada Rhayane Cullen pela recomendação ♥ Ameeeei ♥



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LXXVIII — Lentamente.

(...)

Edward ainda não acreditava que Bella realmente estava ali, sentada na cama do quarto do hotel o qual estavam dividindo, pedindo — ainda que não explicitamente — para que ele a ensinasse a tocá-lo da forma certa. Como o garoto gostava de ser tocado, como ele gostaria de ser tocado. O adolescente pensou no que pareceu um milhão de segundos, se deveria ou não orientá-la. Uma parte de si pedia para que ele se afastasse, que seria melhor e mais sensato não avançarem àquele estágio de intimidade. Porém, o menino de dezoito anos e ávido por mais daquele prazer que sentia quando ela o tocava, o impelia a deixá-la seguir adiante.

— Ensine-me. — Ela pediu com os olhos cheios de curiosidade e algo mais.

Edward parou para uma breve reflexão: quantas vezes ele sonhara em tê-la lhe masturbando? A realidade, porém, se mostrava cada vez melhor e mais satisfatória do que em seus sonhos pervertidos. Ainda que não estivesse em seus planos confessar à namorada, mas, por incontáveis vezes imaginou aquela mãozinha tão suave quanto uma pluma e delicada quanto à mão de uma boneca, o tocando exatamente como fazia. A Bella de verdade era apenas um pouco mais tímida, porque a imaginária era mais ousada. O garoto excitado manteve seus olhos fechados, evitando contato visual com a namorada enquanto uma decisão formava-se em sua mente.

— Bella, você não... Não precisa... — interrompeu a frase, engasgando com a própria saliva ao senti-la envolver o seu membro com a mão. — Você não precisa fazer nada disso... se não quiser. — A última parte soou como um sussurro.

— Não preciso, mas eu quero — respondeu convicta e sem abertura a futuras contestações.

Apesar de sua nula experiência queria dar prazer ao namorado, e aquela era a única forma que conhecia — ou se dispusesse a fazer. E como Edward não parecia cooperar, usou a única ajuda que teria: os seus instintos. As mãos tremiam com o nervosismo em estar tocando pela primeira vez um pênis semirrígido. O temor de Bella era que, de alguma forma, pudesse machucá-lo. Ou fazer tudo errado e estragar aquele momento de descoberta, que tendia a ser especial para ambos.

Edward mantinha os lábios crispados e, sabendo que se arrependeria depois, pegou a mãozinha da garota entre as suas, tirando-a de seu membro. Bella, por sua vez, abriu a boca para contestar, mas logo engoliu a admoestação, quando, com o auxílio do namorado, ela voltava à “posição” anterior; desta vez, contudo, com os dedos dele cobrindo os seus, ajudando-a com os movimentos.

— Assim — murmurou Edward concentrando-se para ensiná-la a executar os movimentos de ascendência e declínio, fazendo com que de sua garganta surgissem sons que muito se assemelhavam a gemidos.

Os olhos de Bella brilharam como uma constelação, apreciando com cautela as emoções passarem pelo rosto do namorado; e vê-lo se entregando daquela forma tão genuína, fê-la se sentir poderosa porque o prazer que ele sentia era proporcionado por ela.

Em um ato inconsciente Edward fez com que o ritmo dos movimentos aumentasse e, era impressão sua, ou o “cogumelo” de Edward estava maior e inchado? Deixou aqueles pensamentos de lado e voltou a se concentrar no que fazia. Ao olhar a sua mão envolvida no membro de Edward, sentiu-se contente; e a sua felicidade apenas aumentou ao olhar para o rosto de Edward e vê-lo molhado de suor. E num instante, tudo acabou. Sentiu algo quente tocar os seus dedos e então abaixou as vistas para fitar o que era: a prova do prazer sentido por seu namorado. Ao contrário do que pensou, não ficou com nojo de estar “suja”. Aquilo fazia parte de Edward e o amava o bastante para não repudiar qualquer coisa que viesse dele.

— Sinto muito — ele pediu, com a respiração entrecortada.

Bella recolheu a mão “suja” sem saber o que fazer. Procurar um pano mais próximo ou uma torneira para “se assear”? Edward, contudo, foi mais rápido; pegou a cueca samba-canção jazida jogada ao chão e vestiu-a rapidamente. Em seguida, procurou um pano para limpar a mão da namorada que estava suja com o seu prazer. Por mais que fosse estranho, uma felicidade estranha e primitiva o dominou com o pensando que a havia “marcado”.

Voltou para a cama e sentou-se ao lado de Bella, tomando as mãos dela entre as suas e deixando-a limpa. Depois de finalizada a tarefa, jogou o pano em direção à mala aberta com as suas roupas sujas e se aproximou mais da garota, trazendo o rosto dela para mais junto do seu e a beijando apaixonadamente.

Eles ficaram abraçados por mais alguns minutos, até Edward informar que iria tomar um banho. Bella concordou com um menear de cabeça e ficou sentada na beirada cama, com os pés balançando e sem saber o que fazer. Havia feito um progresso naquela viagem, adorara as experiências que tivera ali, mas sentia-se nostálgica porque tudo acabaria em algumas horas, quando estivessem no aeroporto a ponto de embarcar de volta para casa, onde estaria debaixo dos olhos de falcão de Charlie Swan.

Outra coisa estava deixando Isabella inquieta: em poucos meses, Edward não estaria mais em sua escola — ele era mais velho que ela por um ano, sendo assim estava em uma série avançada — e no ano seguinte começaria o curso preparatório para a universidade. Nunca pararam para conversar sobre aquele assunto, pensou. Era como se o fantasma da universidade não existisse. Ao pensar em se afastar de Edward, sentiu os olhos marejarem e o peito doer com aquele sentimento de angústia. Ela não podia nem pensar em ficar separada de seu primeiro namorado, primeiro e único amor, Edward.

Quando Edward saiu do banho com uma toalha branca enrolada em seu quadril, levantou o olhar para fitá-lo. Não abaixou as vistas, constrangida — o que havia por trás daquele pano ela já conhecia... sentira a textura em suas mãos, minutos atrás. Edward exibia um largo sorriso em seus lábios, mas franziu o cenho ao perceber que Isabella encontrava-se tão distraída em um mundinho apenas seu e sem direito a nenhum outro habitante.

Vestiu-se rapidamente e sentou ao seu lado. Tocou o seu rosto com os dedos, apertando delicadamente a ponta de seu nariz. Bella respirou fundo e deitou-se na cama, ao que o namorado a acompanhou. Estavam frente a frente, com os joelhos se tocando enquanto se olhavam sem dizer nenhuma palavra.

Nunca havia dito com todas as letras que o amava, ou quando lhe disse pela primeira vez ele estava muito distante para lhe ouvir. Mas quis dizer naquele instante.

— Você está pensativa... — Edward comentou tentando desfazer com os dedos aquele vinco na testa da namorada. Bella, por sua vez, tentou esboçar um mínimo sorriso. — Você está arrependida do que “aconteceu”? Eu sabia que não devia ter deixado você seguir em frente, que era para tê-la impedido, mas você...

Bella o interrompeu.

— Eu não estou arrependida — afirmou. — Eu fiz porque eu quis, porque queria... Queria te dar prazer, e acho que consegui. Você não gostou?

— Se eu gostei? Você está brincando, não é? Ah, Bella...

— Continue. — Ela pediu, sabendo que ele havia deixado a frase pela metade. — Pode ser sincero. Eu não vou me esconder debaixo da cama ou entrar no primeiro avião com destino a Finlândia para me esconder.

— É bom mesmo — ele disse —, porque eu não suportaria ficar longe de você, principalmente sabendo que você quer essa distância.

— Mas eu não quero, então podemos mudar de assunto? — retrucou. — Aliás, você está tentando me distrair, não é? Como naquele dia em que me distraiu para roubar enquanto jogávamos! Você é muito espertinho, Edward! Mas não pense que eu esqueci a sua trapaça quando estávamos jogando baralho!

— Eu não estava roubando — defendeu-se. — Que culpa eu tenho se você não sabe jogar baralho?

— Você estava trapaceando, sim — acusou, tocando seu peito com o indicador. — E pare de tentar dizer o contrário!

— Ok, mia donna.

— O que você disse? — replicou, confusa o que ele havia dito ao final.

— Nada. Meu segredinho.

Edward trouxe o corpo de Isabella mais próximo do seu, entrelaçando as pernas e a abraçando apertado. Afundou seu nariz nos cabelos castanhos e tão perfumados e em seguida beijou-lhe a bochecha. Estavam em silêncio, ouvindo apenas o som dos passos das pessoas no corredor ou algumas conversas altas. Nada que pudessem se preocupar. Em algum momento da noite Bella se desvencilhou dos braços do namorado, afirmando que precisava usar o banheiro. Aproveitou e tomou um banho. Naquela noite dormiram abraçadinhos como se fosse um casal. Um casal de verdade. Que dividiam a cama todas as noites, e tudo o mais.

(...)

Na manhã seguinte foram acordados por Esme, que os despertou para se juntarem a ela para o café da manhã delicioso que o hotel estava oferecendo aos três. Ao sentarem à mesa, Esme encarou a expressão azeda de Bella e questionou se eles haviam brigado ou algo do tipo, que explicasse o mau-humor matutino da garota. Não brigaram durante a madrugada, muito menos estava mal-humorada. Seu problema era que estava adorando aqueles dias na Flórida e sentia vontade de ficar ali para sempre com Edward. Dormindo em seus braços, poder beijá-lo quando eles acordassem no meio da madrugada, ouvir o seu “bom dia” rouco por causa do sono, em seu ouvido... E a passagem de volta estava comprada para dali a três horas. Sua fome já estava indo embora, foi quando ouviu Esme anunciar:

— Nós vamos ficar mais um dia na cidade! — anunciou toda sorridente. — Os organizadores do evento pediram que eu ficasse mais uma semana, mas expliquei a minha situação: que estava com dois adolescentes, meu filho e sua namorada, e que eles estavam em tempos de aula. Enfim, expliquei que não poderia ficar, mesmo querendo muito. Então ele pediu que eu ficasse até hoje, para algum tipo de “comemoração” com os vencedores deste concurso juntamente com os dos três anos anteriores!

— Não direi “boa sorte” porque sei que é a melhor! — disse Edward, abraçando a mãe rapidamente. — Mas e os pais da Bella, foram avisados?

— É, o que eu meu pai disse?

— Charlie ficou uma fera! — respondeu um pouco chocada. — Mas parece que a sua mãe o informou que as aulas que você perderá esses dois dias são justamente aquelas que as suas notas estão acima da média, então sem problemas! — informou olhando diretamente para Bella.

Bella não poderia estar mais feliz com aquela notícia.

Com o término do café da manhã subiu para o quarto e procurou na mala roupas de banho — porque enquanto estavam dentro do elevador, Edward avisou que passariam o dia na praia, aproveitando o último dia que teriam com aquele esplendoroso sol no céu.

Vestiu um short branco com alguns bordados artesanais e uma camiseta regata azul, que mostrava um pouco do biquíni florido, e chinelos. Edward usava uma bermuda e uma camiseta, com óculos escuros estilo Ray-ban nos olhos e havaianas. Caminharam um pouco pela orla de Sarasota. Tiraram muitas fotos numa câmera Polaroid de Esme e sorriam a cada novo retrato, cada recordação daquele lugar maravilhoso que gostariam de voltar muito em breve.

Na calçada encontraram algumas barraquinhas em que compraram algumas lembranças para os amigos, algumas camisas de algodão com estampas de “I Love Florida” e outras frases. Compararam também chaveirinhos e canecas todas personalizadas. Voltaram para o hotel apenas para guardarem as sacolas e para fazer um rápido lanche, pois já passava das 14h. Voltaram para a praia e aproveitaram para dar um mergulho. Eles revezaram na hora de passar protetor solar no corpo um do outro. Não queriam ficar vermelhos como dois camarões ou com a pele ardendo por conta daquele sol de 32 graus. Entraram no mar. Bella montava nas costas de Edward, que a levava para além da margem onde a água do mar estivesse mais ou menos na altura de sua cintura. Mesmo estando segura nos braços de Edward — que sabia nadar — não largou nem por um minuto do namorado. Ficando com as pernas ao redor de seu quadril enquanto se beijavam no meio do mar.

Estenderam uma toalha na areia e Bella se deitou para beber o máximo da vitamina D que pudesse. Fechou os olhos e sentiu dedos familiares fazendo carinho em suas costas. Em seguida, a mão se afastou. Continuou com os olhos fechados, até que sentiu uma respiração em sua orelha, dizendo:

— Se você continuar mais um minuto com as costas viradas para o sol, mais tarde ela estará ardendo pra caramba.

Bella sorriu minimamente.

— Será que já estou bronzeada o suficiente?

— Bronzeada? — Edward ironizou. — Por “bronzeada” você quer dizer “com a pele vermelha como um caranguejo”?

— Ei! — repreendeu dando um tapa em seu ombro. — Aposto que estou pelo menos com a marca do biquíni, tipo aquelas atrizes brasileiras. — E dizendo isso, afastou um pouco a parte de cima do biquíni para mostrar a sua “marquinha de biquíni à la brasileira” porém não contava que fosse afastar demais o tecido fazendo com que as auréolas de seus seios ficassem à mostra para Edward, que precisou engolir em seco.

— É, tem uma marquinha aí mesmo...

— Eu sei que tem! — piscou para o namorado. Bella ergueu a mão para tocar o rosto de Edward. — Acho que você não passou protetor solar o suficiente... E parece que roubaram o meu namorado e o Seu Sirigueijo está à minha frente!

— Sua engraçadinha...

— Sabe o que eu estava pensando?

— Em quê?

— Que nós deveríamos fugir... Lembra quando a gente era criança e você precisou viajar para passar o Natal com a sua família?

— É claro que eu lembro... Você era a minha amiga e eu não queria me afastar de você por alguns dias.

— Então... eu propus que fugíssemos, o que acha de fugirmos agora?

— Você está brincando, não é?

Bella gargalhou.

— É, eu estou. Mas não seria uma má ideia...

— Não seria mesmo... E, sabe, eu aceitaria fugir com você se estivesse falando sério.

— E aí viveríamos debaixo de uma ponte? — perguntou cética.

— Não. Você merece mais do que isso.

Edward sentou-se logo atrás de Bella, com as pernas afastadas e fez com que ela estivesse com as costas coladas em seu peito. Beijou o seu pescoço, sentiu o cheiro de mar em sua pele e deixou o queixo apoiado em seu ombro.

— Vou sentir saudades de Sarasota.

— Eu, por outro lado, sentirei saudades das coisas que aconteceram aqui.

— Em Forks poderemos ter tudo isso... Seu pai pode ser bem maleável, neném.

Bella suspirou quando ouviu que fora chamada, mais uma vez, de neném. Adorava quando Edward dirigia-se daquela forma tão carinhosa a ela. Ele era como um príncipe saído dos contos de fadas diretamente para a sua vida. Não! Os príncipes dos contos de fadas não eram páreo para o cavalheirismo de Edward; e as suas princesas morreriam de inveja dela por ter aquele gentleman ao seu lado e que a amava!

— É bom que ele seja — admitiu. Bella fitou o mar azul à sua frente, da mesma tonalidade que o céu acima de suas cabeças, tão azuis e nem nenhuma nuvem. Fitou à praia e algumas crianças brincando na margem com os seus pais. Seus olhos abaixaram até a areia um pouco molhada por causa das ondas que quebravam logo ali. Uma ideia lhe veio à mente. Levantou-se depressa e segurou a mão de Edward ao levá-lo até ali. Agachou-se na areia e com o dedo fez um enorme coração e dentro do coração, os nomes Isabella e Edward e logo embaixo, juntos para sempre.

Ao se levantar, foi surpreendida ao ser beijada por Edward tão carinhosamente. Uma onda passou por baixo de seus pés e sentiram que estavam sendo levados para longe, mas continuavam no mesmo lugar. Os seus nomes e o coração foram levados para as profundezas do oceano.

Antes do pôr do sol eles estavam de volta ao hotel. A roupa molhada e os pés e cabelos sujos de areia estavam deixando Isabella muito desconfortável. Na hora do banho, para que não demorassem muito, acabou por invadir o box enquanto o garoto se banhava. Ficaram um pouco tímidos com a nudez, mas logo, logo o constrangimento foi embora e eles estavam bem soltinhos. Evitaram qualquer contato de peles para que uma explosão química não começasse ali e um incêndio se alastrasse por lugares em que não podiam controlar — nem saberia se queriam controlar.

À noite se juntaram a Esme para jantarem em um restaurante especializado em frutos do mar. A mãe de Edward lhes questionou como havia sido o dia das duas “crianças” ao que eles responderam, quase simultaneamente:

— Uma maravilha! — dissera Edward.

— Perfeito! Não podemos ficar mais um dia? — pedira Bella.

— Seria muito bom, mas nós precisamos voltar — respondera Esme com um olhar benévolo. — Mas vocês podem vir para cá nas férias... O que acham?

— Sem você? O meu pai nunca concordaria! — dissera Bella, seu sorriso murchando a cada segundo.

— É verdade... — concordou. — E acho que estou sendo irresponsável em deixá-los dormindo no mesmo quarto. Eu também fui adolescente um dia, meus queridos. Mas só peço que não façam nada que possam se arrepender daqui a algum tempo, mais precisamente nove meses.

As bochechas de Bella coraram e ela desejou que fosse realmente o Seu Sirigueijo para poder se afundar na areia e desaparecer. Edward estava em uma situação semelhante.

— Não estamos fazendo nada, mamãe — respondeu Edward, tentando não ficar mais constrangido com a situação.

— É o que todos os culpados dizem, Edward — piscou para o filho. — Mais tarde, antes de dormir, passe em meu quarto... Quero lhe dar algo.

O “algo” foi descobrir minutos depois, era uma fileira contendo 5 preservativos. Mesmo Edward afirmando que faziam apenas dormir e nada mais, Esme insistiu para que ele levasse os pacotes, pois poderia acontecer algo “não planejado” e para que desse ato não planejado, nove meses não surgisse uma consequência menos planejada ainda. E que eles, Edward e Bella, eram jovens demais para serem pais.

(...)

— Um pacote de camisinhas? — Bella apontava incrédula, as embalagens de preservativos espalhada pela cama. — E como se não bastasse “ser preservativos”, a sua mãe nos deu 5? Acho que a nossa noite, segundo ela, será bem agitada!

— Não acho que ela tenha sido exagerada...

— Não? — franziu as sobrancelhas.

— No dia em que nós fizermos amor, uma vez só não será suficiente. — Edward declarou com os olhos brilhando. Estavam escuros, talvez de desejo.

— Ah, é? E quantas vezes serão necessárias para aplacar a sua “fome”?

— Bom, eu ainda não sei. Mas...

— Mas... — incitou-o a continuar.

— Não era nada de mais. Vamos tomar banho?

— Quer que eu vá primeiro, ou?

— Juntos — afirmou Edward. — Como hoje mais cedo.

Bella seguiu o namorado até o banheiro, despindo as suas roupas no meio do caminho. Ficou apenas de calcinha e sutiã. Prendeu os cabelos em um rabo de cavalo — para não correr o risco de molhá-los, e dormir com a cabeça úmida era um sacrilégio. Estava encarando o próprio reflexo no espelho enquanto segurava os cabelos no alto e passava uma fita ao redor. Foi quando sentiu. Ele chegou tão rápido que quase não percebeu seu vulto no espelho. Ele a abraçou por trás. Talvez fossem as camisinhas que estivessem mexendo com ele, mas apenas queria tocá-la. Tocá-la de todas as formas que pudesse ser capaz. Beijou o seu pescoço, provocou-a mordendo delicadamente o lóbulo de sua orelha enquanto as mãos passavam distraidamente pelas laterais de seu corpo, atraindo arrepios nos locais exatos em que as suas digitais a tateavam. Edward girou-a fazendo com que ela estivesse de frente para ele. Os olhos de Bella esperavam ansiosos pelo beijo iminente. E logo seu namorado realizou seu desejo, juntando os lábios e a beijando de uma forma bem intensa.

Edward parecia que estava mais nervoso que Isabella. Quando começaram aquele amasso dentro do banheiro, não imaginou que as coisas avançariam de tal modo que estariam seminus; Bella usando apenas o seu conjunto de lingerie — verde de bolinhas — e ele, com a calça de moletom e sem camisa se beijando tão sofregamente que pareciam estar colados. Colocou-a sobre a pia e Bella, por sua vez, o abraçou com as pernas trazendo-o para junto de si. O beijo continuou cada vez mais profundo, e parecia que aquele quarto de hotel estava pegando fogo de tão quente que estava aquele cômodo. Trouxe-a para mais perto de si e colocou as suas mãos no cóccix de Bella e caminhou de volta para o quarto com ela pendurada em seus braços. Deitou-a gentilmente na cama, estando por cima dela, e os beijos calientes foram substituídos por singelos toques em sua pele cor de marfim.

Mas, então, surpreendendo-o, Bella voltou a beijá-lo e tentou com as mãos trêmulas abaixar a sua calça de moletom. Apreciava o fato de o quarto estar escuro, pois assim ele não precisaria a olhar estando naquela situação: quase nua. Um pouco ofegante, ela conseguiu sussurrar:

— Eu quero fazer amor com você, Edward — Bella declarou de repente, assustando Edward que afirmava a sua mente que ela dissera qualquer outra coisa, menos aquilo.

— O que disse?

— Que eu quero fazer amor com você, quero ser sua... — repetiu.

Edward tirou-a de cima de si e a colocou ao seu lado na cama. Trouxe o lençol até a sua cintura para não deixar à mostra o quanto aquela ideia o deixara animado.

— Bella...

— Eu estive pensando e cheguei à conclusão que “esperar a hora certa” é uma perda de tempo. Veja bem, quando eu digo “a hora ainda não chegou” é porque estou me deixando levar pelos meus medos. Eu te amo. Você me ama. E... em alguns meses nós vamos estar concluindo o ensino médio — Bella interrompeu a frase, engolindo em seco. — Você, na verdade; você terminará o ensino médio e irá para a faculdade. Ao contrário de mim, pois ainda tenho um ano pela frente...

O que era para ser uma declaração bonita acabou terminando com lágrimas. Porque só naquele momento se dera conta de que não estariam juntos para sempre. Edward iria para a faculdade, conheceria universitárias mais bonitas que ela e que não fosse medrosa o bastante para entregar a sua virgindade — se é que “as tais universitárias” teriam uma virgindade a entregar — ou se fazendo de difícil para fazer um... Bella não queria pensar na palavra que começava com “b”, mas “o ato” envolvia “boca, saliva e o cogumelo do garoto”.

Edward limpou com a ponta dos dedos as lágrimas que transbordavam de seus lindos olhos castanhos. Abraçou-a mais apertado, deitando a cabeça dela em seu peito.

— Você está sendo tão boba, Bella... — Ele disse beijando os seus cabelos. — Quando eu disse que esperaria pacientemente o momento em que você estivesse pronta, não brincava. Por mais que seja um pedido tentador, fazer amor com você, você está se deixando levar pela insegurança. E eu sei que você se arrependerá depois e, além do mais, não estou preparado.

— Na faculdade você encontrará meninas que sejam menos boba do que eu...

— Mas é a essa boba aqui — esfregou seu nariz ao de Bella, fazendo com que ela sorrisse — que eu amo. E sempre vou amar. Te amo há mais de dez anos, Bella. Te amo desde que eu nem sabia o que era amor. E você não precisa se entregar a mim para provar que me ama também.

— Mas eu quero... quero ser sua.

— Você já é minha. Eu já sou seu. Totalmente minha, totalmente seu.

— Eu quero mais — insistiu. — E você também quer.

— Quero... quero muito. Mais do que você possa imaginar.

— Então o que o impede?

— Nada. Tudo...

— Você está me deixando confusa.

Eu estou confuso — respondeu. — Você realmente quer? Realmente quer que a nossa primeira vez aconteça aqui, nesse hotel, sem nada romântico?

— Não estamos em um filme para você espalhar flores pela cama e acender velas perfumadas em cada canto deste quarto... Eu e você somos o suficiente.

— Tem certeza? Quero que a sua primeira vez seja perfeita, neném. Que quando você for se recordar deste momento seja uma memória feliz, e não algo rápido e sem nenhum planejamento...

— Como eu poderia me arrepender, sendo que é você? É impossível...

— Ok. Se importa se eu... — apontou em direção ao banheiro. Bella concordou.

Edward estava muito ansioso, inseguro entre outras emoções. Ficava com medo de decepcioná-la, de não conseguir estar “pronto” para aquele momento, ou que não tivesse controle com o “seu tempo”, temia vir rápido demais e deixar Isabella acreditando que “aquilo” era o sexo tão comentado. Lembrou-se de todas as palestras que ouvira o pai ministrando sobre sexualidade. Mas lembrava-se de muito pouco e nada que pudesse ser utilizado naquele contexto.

Lavou o rosto com água gelada, fitou seu rosto no espelho e respirou fundo. Abriu a porta e saiu de encontro à cama em que Bella continuava deitada, lhe esperando. Sonhara tanto com aquele momento... mas agora que seus sonhos estavam prestes a se realizar, não conseguia se concentrar. Bella estava deitada na cama usando apenas roupas íntimas. Aquele conjunto encantador na cor verde e com bolinhas brancas, bem vintage. Segurou a sua mão e fê-la se levantar. Bella olhou aqueles olhos verdes e encontrou apenas medo e amor. Não queria que ele sentisse medo; eram feitos um para o outro e estavam apenas prestes a concretizar aquele fato.

Sentiu beijos serem distribuídos em seus braços rumando em direção aos ombros. Em seguida os lábios dele beijavam-na no pescoço, no queixo, em todos os locais que ele sabia que a faziam se arrepiar. Sentiu um calafrio tomar seu corpo ao sentir os dedos se aproximarem do fecho do sutiã e ficou com os olhos fechados quando sentiu o tecido se afastar de sua pele. Seus mamilos ficaram túmidos com a brisa daquela noite na Flórida. Logo as mãos firmes estavam em seus montes, acariciando-os e brincando com os dedos em seus pequenos botões rosados. Fechou os olhos para aproveitar melhor aquelas sensações, quando sentiu as mãos se afastarem e algo úmido tocar seus seios: uma língua quente. Ele continuou com as caricias naquele ponto de seu corpo até o momento em que suas pernas pareceram ser feitas de marshmallows para estarem tão moles. As mãos de Edward estavam em todos os locais de seu corpo, e ela tentava de toda forma retribuir as carícias. Sentiu-se ser deitada na cama tendo o peso parcial do namorado sob si. As coisas aconteceram um pouco rápidas: ele a tocou “ali” naquela parte de seu corpo que fora acariciada uma única vez. “Ali” naquele ponto em que sentia um formigamento em seu baixo ventre; “ali” em que ela esquecia até mesmo em que mundo estava, tão poderosa às sensações que sentia. E quando as mãos foram substituídas por uma boca, então teve a certeza que estava adormecida em uma maldição, tipo a da Branca de Neve e, todas aquelas sensações, eram parte de seu castigo. Segurava fortemente os lençóis na cama, mordendo os lábios para não deixar que os sons que queriam sair de sua garganta viessem. Pois viriam altos e acordariam todos os vizinhos. Esquecera-se da vergonha de estar tão exposta a outrem; mas era Edward, então a vergonha era inexistente ao seu lado, depois de tudo o que passaram naqueles dias em Sarasota.

Edward disse alguma coisa em seu ouvido, talvez “você já está pronta”, então começou a se despir. Edward era alguém proporcional à sua idade. Nem acima ou abaixo da “medida”. Com as mãos trêmulas, deslizou a calcinha para fora de seu corpo e esperou. Observou novamente a ereção que era esplendorosamente acariciada por Edward e não conseguiu desviar os olhos. Se achara fascinante ela mesma tocá-lo, a visão de Edward tocando-se era duas vezes melhor. Mas então se lembrou de sua virgindade e voltou a encarar a ereção do namorado.

Bella tinha duas certezas.

A primeira: uma coisa era segurar o cogumelo de Edward e masturbá-lo até ele chegar ao cume do prazer. Outra coisa completamente diferente era ter aquele mesmo cogumelo forçando passagem em sua parte de menina, fazendo-a mulher. A sua mulher.

A segunda: era impossível que “ele” coubesse. E com essa constatação, temeu que Edward finalmente descobrisse que eram incompatíveis e fosse procurar uma mulher proporcional a ele — uma universitária experiente, talvez.

— Edward... — balbuciou, atraindo a atenção do namorado. — Não vai caber.

Edward que estava brincando com a língua em seus botões rosados deu uma gargalhada sonora, fazendo-a sentir cócegas em sua barriga.

— É com isso que está preocupada? — perguntou. — Posso não ter muita experiência no assunto, na verdade, não tenho nenhuma experiência na prática, mas, de acordo com as quinhentas palestras as quais fui obrigado a estar presente, não precisa se preocupar; vai caber direitinho, contanto que você esteja lubrificada. E você está, pode confiar.

— Eu confio em você.

— Você ainda quer continuar? — Ele perguntou. — Nós paramos aqui mesmo se tiver desistido.

— Eu não desisti. — E para confirmar, puxou-o pelo ombro e juntou seus lábios aos dele.

— A primeira vez de uma garota é sempre dolorosa, neném. Sinto muito se vou machucar você. Sinto muito se... eu não conseguir durar tempo suficiente, mas sou tão inexperiente quanto você. Sinto muito...

— Pare de se desculpar — silenciou-o colocando o indicador sobre seus lábios. — Eu amo você.

— Eu também amo você — Edward declarou, segundos antes de separar mais as pernas da namorada e acomodar-se em sua abertura e deslizar para dentro de Isabella.

Lentamente.


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Notas finais do capítulo

OLÁ, MENINAS!! Quem é vivo sempre aparece, haha. Gente, eu não desisti e nem pretendo desistir da história, tá? Mas eu realmente travei pra escrever esse capítulo... Para vocês terem uma ideia, eu fiquei esses três meses todo escrevendo e reescrevendo aquelas 500 primeiras palavras. Eu simplesmente não conseguia sair do lugar! Vocês sabem que sou como o Charlie (ESTOU CHORANDO COM O QUE ACONTECEU T.T) então foi difícil, muuuuuito difícil escrever essa cena. Até mesmo acreditei que NUNCA conseguiria. Mas aí, peguei a fanfic para ler e me senti tãããão apaixonada pela história (suspiros) que determinei que eu conseguiria finalizar, SIM, esse capítulo! Estabeleci uma meta e consegui cumprir! o/ Enfim, é isso. Espero que não tenham me abandonado *cry cry cry*
Não se esqueçam de deixar um comentário pra Annie, tá? Digam-me o que acharam do capítulo, se estão surpresas ou chocadas como eu estou. SEU COMENTÁRIO É MUITO IMPORTANTE PARA MIM!
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** Relevem os possíveis erros ortográficos. Terminei de escrever o capítulo às 4:00 da madrugada de hoje (27/7) acordei às 8:00 apenas para revisar e postar então pode haver algum errinho.
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Adicionem meu group no facebook: https://www.facebook.com/groups/anniekfics/
E prometo não demorar tanto com o próximo capítulo ♥
E obrigada também às meninas que enviaram MPs perguntando se estava tudo bem, quando eu postaria, se eu havia abandonado a fanfic ♥ Obrigada MESMO pelo carinho de vocês.
Enfim, é isso.
Um gigantesco beijo!
Até breve!
Annie