XLIX —  Avanço.

(...)

Os quatro adolescentes seguiram até a “cabine da tortura” que não possuía nada semelhante ao que sugeria o nome — não no sentido real da palavra. Para Edward, estava sendo um dos momentos mais torturantes de sua vida, estar com Bella em um cubículo fechado, com a garota que ele amava praticamente colada ao seu corpo. Ele em momento algum reclamou do modo como estavam grudados — intimamente ele agradecia. Assim, ele poderia percorrer suas mãos curiosas pela lateral do corpo da adolescente e pousá-la próximo às nádegas salientes.

Bella não perdeu tempo; assaltando a boca do namorado com sofreguidão, como se aquele fosse o último beijo partilhado entre eles — mas ela sabia que não seria o último; no entanto, a pressa, a urgência e a necessidade eram as mesmas. Provocou o namorado — consciente e inconsciente — mordendo-lhe o lóbulo da orelha, apenas parando quando seus ouvidos eram cheios pelos gemidos torpes do garoto em ebulição, ou quando ele a puxava pelo quadril, fazendo com que certa pequena parte dele colidisse em sua barriga.

— Bella... — Edward murmurou debilmente, com a voz abafada, pois estava com os lábios presos ao pescoço de Isabella, onde ele distribuía beijos molhados, ora sugando a pele ali exposta; sempre tomando cuidado para não deixá-la marcada. Charlie já possuía motivos demais para não ser totalmente a favor do namoro — por ainda considerar a filha uma criança —, não precisava aumentar a extensa lista do chefe ao entregar a namorada com uma marca arroxeada na garganta como prova do que fizeram.

A garota não protestou ou fez menção a se afastar quando as grandes mãos do namorado pararam na lateral dos seus seios. Timidamente, ele testou a reação dela com o toque ousado que se permitia fazer durante todo aquele tempo em que namoravam — escondido e publicamente. Edward inclinou-se para novamente capturar os lábios de Isabella entre os seus, beijando-a apaixonadamente, enquanto suas mãos, trêmulas, escorregavam para segurar os seios em sua completude. Ela não se afastou. Se ela o fizesse, aceitaria de bom grado, pois não faria nada que não fosse consensual. Ao contrário de se afastar, Bella abriu um pequeno espaço entre eles para que o Cullen pudesse contemplar as mamas  pequenas e virginais da menina.

— Nós temos que parar... — ele disse, com uma voz rouca exalando desejo. Embora seus lábios pronunciassem que deviam parar; a sua mente lhe acusava de que estavam entrando em um território proibido, as mãos do adolescente eram teimosas e continuaram a explorar o pequeno monte que acariciava e apertava sobre o vestido.

Contrariando a razão, Edward escorregou as mãos para o dorso de Isabella, tateando o vestido até que encontrasse um zíper. Desceu-o até que o tecido ficasse folgado ao corpo da adolescente e as alças escorregassem até a cintura, exibindo os seios rosados, pois ela não usava nenhuma peça íntima para cobri-los. Com a pouca claridade exercida no âmbito, não pôde contemplá-los da forma que queria e desejava. Contentou-se a apenas a sentir a pele rígida e os mamilos eriçados entre os dedos, para em seguida substituí-las pelos lábios e língua; que circundava um de cada vez, provocando sensações em Isabella que jamais ousara sequer imaginar.

— Bella? Edward? — foram interrompidos pelo chamado urgente de Alice. — Vocês precisam sair! Parece que a Jessica se desequilibrou na pista de dança e caiu em cima de uma garrafa quebrada. Edward! Bella! — havia desespero na voz da baixinha.

Do outro lado do cubículo, Edward afastou-se de Bella apenas para tatear novamente o vestido e subir o zíper. Os lábios inchados e as bochechas coradas eram a prova real do que aconteceu ali dentro. De mãos dadas, abriram a porta, e deram de cara com Alice e Jasper que estavam em um estado semelhante — provavelmente fizeram o mesmo que eles, ou pior.

— Os pais de vocês estão a caminho — disse Alice nervosa.

— Você disse “os nossos pais”? — repetiu Bella, com confusão.

— Sim. Charlie está possesso por saber que a festa com menores de idade tinha bebida alcoólica — pediu desculpas com o olhar, e em seguida encarou Edward. — Seu pai está vindo examinar Jessica. Ela está... ensanguentada. Eu acho que é grave.