Fallen In Love escrita por MatheusSouza


Capítulo 8
Capítulo 8. Pressionado


Notas iniciais do capítulo

Explicações acerca do Hiatus: Amores, eu fiquei muito triste em vê-los pedindo o capitulo novo e não poder trazê-lo a vocês, simplesmente porque eu não conseguia escrever nada que prestasse e nunca voltaria com um capítulo novo sem REALMENTE ter o que dizer. Agora eu voltei cheio de ideias e com uma promessa de que irei sempre que puder estar atualizando pra vocês. Espero que não tenham me abandonado e continuem acompanhando a história de Patch e Nora, pois muita coisa ainda vem por aí!



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“O que você está fazendo aqui?” Minha voz era trêmula, a luz escura da boate pouco o iluminava. Mas eu conseguia detectar aqueles braços fortes, o corpo esguio e até mesmo a pele morena.

“Eu é que pergunto”, ele deu um sorriso malicioso. “Nunca pensei que a senhorita Nora Grey pudesse vir nesta boate algum dia...”

“Você vem sempre aqui?” Meu primeiro impulso não foi me defender e sim tentar, obsessivamente, saber tudo sobre a vida dele. Seu mistério me dava nos nervos, mas eu não podia negar.

Me deixava extremamente excitada.

“Sim, venho. O meu primo é o dono deste lugar, eu costumava tocar aqui quando era um barzinho boêmio com... Err, pessoas decentes.”

“Espera aí, você toca?”

“Uhum.” Ele disse.

“E escreve também?”

“Uhum.” Eu fiquei encarando-o por mais um tempo, quando eu parava para fazer isso, era como se o mundo não existisse. Agora não é diferente.

“Ei, pessoal, desculpe-me interromper sua ligação visual-sexual, mas eu estou aqui!” Luce gritou, sinalizando com os braços. Eu olhei para ela, com o rosto vermelho, um misto de vergonha e raiva. Ela deu de ombros. “Vou dar uma volta.” Porém, antes, ela se aproximou, para falar mais baixo, embora fosse impossível com a música alta. “Ooh-la-la. Quem é esse deus grego?”

“É o Patch, aquele de quem eu te falei...”

“O maluco que escreveu uma história com você?”

“Ele não é um maluco.”

“É, estou vendo. Ele não parece, você, pelo contrário, está maluquinha por ele.”

Eu reprimo uma gargalhada e meu corpo tremula. E se Luce estivesse certa?

“Você pode ir embora com ele se quiser.” Luce disse e eu não protestei, pois o que mais queria era sair daquela boate. Com Patch e ir para o seu apartamento.

Eu me despedi de Luce e virei para o Patch.

“Bem legal a sua amiga.”

“Ai meu Deus, eu nem a apresentei a você. Me desculpe, sou uma mal-educada! Se você quiser eu posso ir chama-la...”

“Não tem nada não... Quero ir embora daqui, você topa?”

“Ahm, está bem.” Patch me pegou pelo braço delicadamente e me levou até a saída da boate que dava para o apartamento.

Fui até o seu carro, um incrível Honda Civic Preto.

“Você... Mudou de carro?” Eu perguntei.

“A primeira prestação foi o meu primeiro salário na editora...” Ele abriu a porta para mim, fiquei toda boba, hoje em dia, isso era muita coisa. Fiquei totalmente desconcertada, sozinha no carro, enquanto ele dava a volta para abrir a sua porta. Patch deu um sorriso de tirar o fôlego para mim assim que sentou no banco.

Dirigimos até o seu prédio, não demorou muito, mas fomos em um silêncio absoluto. Eu não sabia o que tinha dado em mim, durante esse tempo em que ficamos sem nos ver, tudo o que eu queria era conversar com ele, fazer a ele as minhas perguntas, muitas perguntas. Mas ali, com ele, eu só conseguia fazer o que ele queria, não conseguia pensar direito.

Na garagem do prédio, ele repetiu o gesto cavalheiro. Ele me deu a mão enquanto andávamos até o elevador. Minha pele começou a faiscar, meu coração deu pulos. Eu tinha ganho o dia, daria a ele tudo o que quisesse, naquele momento.

Ainda no elevador, nós começamos a trocar beijos e carícias quentes.

Corremos pelo corredor, ainda aos beijos, até o apartamento dele. Ao invés de me levar para o sofá, ele me levou para a cama do seu quarto. Ele queria um relacionamento.

Ele me deitou delicadamente na cama e ligou o abajur que ficava ao lado, pude ter um resquício do cômodo. Era um ambiente grande, com uma grande estante de livros, uma escrivaninha, paredes pastel e uma cama box enorme no centro. Patch voltou para me beijar.

Foi então que o mais terrível sentimento me abateu. O que eu estava fazendo ali? Ele era um homem que eu pouco conhecia. Patch podia muito bem ser um criminoso. Ou um psicopata que pesquisava sobre a vida de uma pessoa e depois ia atrás dele. Para... Matá-la.

Não, eu estava sendo paranoica. Eu tinha que estar.

Minhas mãos o interromperam. Patch abriu aqueles olhos escuros, e eu me derreti. Mas, desta vez, eu iria até o fim.

“O que foi, Anjo?”

“Não posso continuar com isso.” Patch sentou-se na cama, tendo consciência da seriedade do que ia dizer em seguida.

“Por favor, Nora, se foi algo que fiz, me diga...”

“Não, não foi isso.”

“Então o que foi.”

“Foi algo que você não fez. Mas... Não foi culpa sua, foi culpa minha. E pra que nós possamos prosseguir com o nosso... Ahm... Relacionamento, precisamos esclarecer isso. Não vou conseguir sem saber toda a verdade.”

Patch respirou fundo. Ele sabia do que eu falava e, de certa forma, eu agradeci, tinha medo de que se eu explicasse quais eram os meus medos eles soassem bobos ou ridículos demais.

“Você vai me contar?

“Sim, só me prometa que vai ficar comigo quando eu acabar de contar.”


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Notas finais do capítulo

Qual deve ser a explicação do Patch? Aceito palpites nas reviews :)