Crescent Moon escrita por Saumensch


Capítulo 4
Capítulo 4 - Inesperado/Reencontros




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/272815/chapter/4

Exausta e com os pés doloridos, estava com Alice na última loja comprando sapatilhas. Metade das lojas do pequeno shopping já estavam fechadas e eu estava morta de vontade de ir para casa. Alice estava no caixa pagando suas compras quando decidi dar uma olhada na vitrine, havia um tênis pelo qual eu me identificara bastante.

Já ia chamar Alice, que ia gostar muito do meu interesse por comprar alguma coisa, quando percebi dois homens atrás de mim. Me virei bruscamente aterrorizada por seus olhos.

O primeiro homem era alto, musculoso e com cabelos pretos e ralos e eu nunca sequer cogitei a ideia de encontrar alguém mais forte que Emmet, mas esse cara visivelmente era. Ao seu lado, estava um moço pouco mais baixo e menos musculoso, o cabelo alguns tons mais claros que o primeiro e com aparência mais juvenil.

Ambos pálidos como a neve. Ambos com posturas como nenhuma outra. Ambos aterrorizadoramente lindos. Ambos com olhos cor de sangue.

Era um vermelho muito forte. Difícil de descrever. Um pensamento curvou minha mente. A cor da morte. Sim. A descrição perfeita para a cor daqueles olhos. Mais eu já havia visto eles antes. Os olhos, quero dizer. Num jogo de baseball.

_Olá – disse com simplicidade o homem mais alto e com ombros largos.

Estavam esperando uma resposta minha. Mais eu estava petrificada. Se eu deixasse sair um mínimo de som da minha voz, ela se tornaria um grito. Talvez um pedido de socorro para Alice ou algo assim.

Depois de alguns segundos percebi que eu teria que falar alguma coisa. Respirei fundo.

_O que vocês querem? – disse desejando que o medo não transparecesse quanto eu estava imaginando.

_Se você quer uma resposta direta, senhorita, ela seria “você”.

Respirei fundo. Ouvi um rosnado baixo vindo de dentro da loja. Minha mente estava em branco e uma frase de repente cruzou minha linha vazia de raciocínio. Imã para o perigo.

_Q-quem são vocês?

_Você saberá na hora correta – e o de cabelo maior deu um sorrisinho sínico. Ódio passou por mim. – Mas no momento temos que levar você.

_Por quê? – tudo bem que ele devia ser pelo menos 100x mais forte do que aparentava mas quem conseguiria conversar sobre seu futuro sequestro numa boa sem aparentar raiva?

_Eu sou Demetri – disse o maior. – E esse ao meu lado é Alex. Volturi. Vamos levar você conosco. Sem nenhuma pergunta a mais. – Volturi? A família real? Não. Não podia ser. Eles iam fazer alguma coisa comigo? Por que eu?

Ouvi Alice se livrando das vendedoras enquanto o tal Alex me puxava e eu tentava inutilmente me soltar.

_Bella! – Alice gritou. Mais já era tarde de mais. Me pegaram e me levaram para longe.

PDV Alice

Foi tudo muito rápido. Me sinto uma boba, uma inútil. Para que serve uma amiga vidente quando ela não consegue ver o que vai acontecer com você e te salvar? Já estava em meu carro indo direto para alguma praia mais perto. Iria nadando para a Itália. Ainda não tinha contado a ninguém, estava juntando coragem para ligar pro Edward. É claro que ele já havia me ligado varias vezes ate agora mas ainda não retornei nenhuma ligação.

Em minha visão haviam muitas pessoas, todas elas encapuzadas com mantos escuros de tons variados. Estavam todos em um grande salão e no centro haviam três tronos de ouro. Sentados nos tronos estavam três figuras com os mantos mais negros do que qualquer outro no salão. Foi quando um deles tirou o capuz e eu vi seu rosto. Aro Volturi. Já o vira num quadro de Carlisle. Os dois outros deviam ser Marcus e Caius.

Disquei o numero de Edward que não demorou muito a atender.

_Edward onde você está?

_No aeroporto, por quê? Aconteceu alguma coisa? Algum problema? – suspirei. Ele nem imaginava.

_A Bella. Ela... Os Volturi pegaram ela.

O telefone ficou mudo.

_Eu já estou indo para lá. Chame Jasper e os outros. Me desculpe, Edward. Sinceramente, me desculpe. Me sinto uma completa inútil.

_Não precisa se sentir assim, você não teve culpa – não acreditei em suas palavras vazias -. Eu estou indo.

Desliguei o celular.

Já conseguia ouvir o barulho do mar por perto. Eu estragaria minha roupa toda mas no momento isso era o de menos. Tinha coisas mais importantes a serem resolvidas como por exemplo o futuro de Bella.

POV Edward

Eu tinha que correr.

Correr mais do que um dia achara possível. Correr mais do que um vampiro, um lobo ou qualquer outro ser da terra teria a capacidade de o fazer.

Não tinha outra escolha, outra opção a seguir. Agora somente o que importava era que eu estava correndo pouco. Lento de mais. Nunca pensei que fosse achar isso.

Eu pensara que era o certo a fazer. Dar um tempo a ela. Deixá-la ser humana. Mais eu estava enganado. Eu pensara que ela estaria privada de todo o mal que um ser masoquista e doentio como eu poderia fazer com ela. Mais era ela que estava fazendo comigo. Me deixando doente, sem poder ver o que era certo e o que era errado, sem poder distingui-los.

E no entanto, eu a havia deixado. Desprotegida, sabendo que há milhares de seres como eu, que poderiam causar mais dor á ela.

Ela era como uma bolha de sabão, frágil e efêmera. Temporária.E pensando assim, eu achei que seria melhor para ambos, a separação. Causaria menos dor, menos sofrimento.

Mais, como sempre, eu estava errado. Bella me fazia ficar errado sempre, em qualquer lugar, em qualquer assunto.

Isso a diferenciava.

Quando Alice teve aquela visão, eu não havia acreditado. Eu pensei que ela estava imaginando a Bella feliz, com os amigos que tinha. Sem nós.

Não havia caído a ficha e, no entanto, quando eu compreendo tudo, vem os Volturi e a pegam. Frágil e doce. Como eles conseguem?

Eles matam tantos humanos por dia, pensam que são seres superiores a qualquer ser que passam no caminho deles e os destroem.

E então Alice a leva para o shopping e liga pra mim dizendo que era a minha chance de reencontrar a minha Bella.

Flashback

Eu estava em casa, no meu quarto, pensando na maior burrada da face da terra, pensando numa maneira de vê-la de novo. Nem que fosse a ultima vez, nem que fosse para olhar nos olhos dela e ir embora novamente. E então eu pensei em voltar para Forks. Me levantei do chão e pulei a janela. Não iria dar adeus a ninguém.

Parei quando avistei a placa de “Bem-Vindo á Forks”. O que eu diria a ela?

“_Olá, Bella, vim aqui te dizer que sinto muito e que sou um idiota por ter ficado esses anos todos longe de você. Se você puder me perdoar, eu e minha família voltamos para Forks e esquecemos tudo e voltamos do começo”.

Não, ela nunca me perdoaria se eu dissesse com essas palavras. Droga! Esmurrei uma arvore e ela caiu para trás.

Desse jeito eu vou desmatar tudo por aqui. Tudo bem, se controla, Edward.

Nesse momento, meu celular vibrou no meu bolso. Droga, eu pensei que o tivesse deixado em casa. Não queria ser incomodado. Peguei ele e olhei no visor. O que Alice iria querer comigo em um momento desses? Ela com certeza sabia que eu estava aqui. Relutante, abri o telefone.

_Alice? – perguntei.

_Edward! Ah, meu deus, você não sabe o tanto que eu estou empolgada aqui e eu até já sei o que você pode fazer para falar com ela. Já tenho um plano e tudo. Calma, eu ainda não acabei – ela disse quando eu ia falar alguma coisa -. Presta bastante atenção ok? Troca de roupa e vai no shopping de Seattle. Nós estaremos lá. Nos encontre na praça de alimentação. Pode deixar que eu vou saber quando você vai estar lá– ela disse provavelmente dando pulinhos de alegria. Alice sempre vai ser a Alice.

_Mas eu não posso nem falar com ela? Só pra saber como ela está? – eu precisava falar com a Bella.

_Own, Ed, ela está tomando banho. Te garanto que não vai querer que eu arrombe a porta – ela riu. Nossa, que irônico. Eu, querendo angustiamente falar com a minha Bella e a minha irmã fazendo piadinhas para arrombar a porta do banheiro.

_Te vejo no shopping – eu apenas disse isso e desliguei o telefone.

Fim do flashback

Mais, eu não a vi no shopping. Eu não a vi em lugar nenhum porque nesse momento ela esta na Itália, sobre cuidados dos Volturi.

O cheiro de Alice me levou até uma praia não-movimentada. Claro, ela iria do jeito mais rápido. Encontrei um papel debaixo de uma pedra. Era a caligrafia de minha irmã que dizia que ela já havia ligado para o resto da família e que era para eu me apressar.

Me apressaria então.

POV Bella

Quando eu acordei, estava numa sala fechada. Sem janelas, sem ar limpo. A única coisa que ali tinha era uma cama – onde eu estava deitada – e uma porta. Onde, afinal, eu estava? Quem me trouxera até ali e por quê? Quanto tempo eu fiquei aqui desmaiada? Minha cabeça doía. Me lembrei do que aconteceu no shopping.

Imã para problemas. Isso já estava me irritando. Será que eu não podia levar uma vida normalmente, sem que nada me acontecesse, sem que minha vida dependesse de algo ou alguém? Eu já sabia a resposta.

Me levantei com cuidado e me aproximei da porta. Encostei meu ouvido e fiquei ali, parada, sem escutar nenhum ruído, por pelo menos 10 minutos. Nenhum sinal de vida lá fora, ao que me parecia. Olhei para a maçaneta e lentamente aproximei minhas mãos de lá. Quando eu a toquei, a girei, mecanicamente, mais estava trancada. Ótimo, eu sou uma prisioneira, uma refém. Dá pra ficar melhor?

Me sentei na cama irritada e nesse momento abriram a porta. Era o menino que estava com o grandão no shopping.

_Te esperam em outra sala – ele disse com voz de quem cumpria uma ordem de um ser com maior autoridade -. Vamos – me pegou e me guiou por uns corredores que davam medo.

No corredor haviam muitas e muitas portas. Parte de minha mente se importou com o que poderia ter dentro de cada uma delas. Uma pequenina parte, para ser mais precisa.

Paramos no final do corredor, em uma porta cinza, com as laterais detalhadas em preto. Podia- se dizer que quem construiu ali, havia nascido antes de Cristo. Uma coisa que era bem provável.

Alex – acho que é esse o nome dele – abriu a porta e entramos lá, onde dentro era muito, muito grande. Tinha coisas bastante antigas estacadas para todos os cantos e tinha muitas pessoas com capas escuras. Algumas mais escuras do que outras. De frente para a porta, havia um tipo de altar com três tronos talhados de ouro. O vampiro da esquerda era um loiro com os cabelos até os ombros, bastante bonito e pálido, mais pálido do que os Cullens. O da direita tinha os cabelos no mesmo comprimento mais para o preto e a cara com a aparência mais velha, talvez. E por ultimo, mais talvez nada menos importante, o do meio. Tinha os cabelos pretos, oleoso e presos, com uma cara mais fina e mais assustadora. Com certeza ele era o principal. O mandante com mais poder entre os três.

Os reconheci imediatamente. Qualquer um que tivesse visto o quadro de Carlisle com eles na parede dos Cullens se lembraria de imediato.

Marcus, Caius e Aro. Os “reis, fazedores de leis” do mundo vampirístico.

_Aqui está, Senhor – disse Alex me fazendo sair dos meus devaneios. Balancei a cabeça para clarear a mente -. Trouxe a humana.

POV Esme

Alice havia ligado, dizendo que Bella havia sido raptada pelos Volturi, e que ela e Edward estavam indo buscá-la.

Estávamos todos em agonia aqui em casa, não podendo fazer nada, porque Alice também disse que se fossemos todos, eles iriam querer lutar. Nesse momento eu estava andando pra lá e pra cá na sala, com Jasper. Emmet, Carlisle e Rosalie estavam no sofá, Rose não parava de se mexer. Eu sei que ela estava aflita também, afinal ela amava Edward e Bella também, só não assumia isso. Jasper estava andando pra lá e pra cá comigo por causa de Alice. Carlisle nos disse que eles provavelmente não fariam algum mal a Bella a menos que ela apresentasse algum risco a eles. Estávamos aflitos porque vai que Bella é um risco? Emmet provavelmente estava mais aflito porque queria brigar com alguém de lá, não que ele não se importasse com ninguém, mais é que ele abria e fechava a Mao de um jeito, que eu pensei que ele bateria em Jasper se não fosse seu irmão.

Mais o que mais estava me angustiando era saber por que Bella foi raptada. Logo ela, que não poderia fazer mal a ninguém. Ela era humana, como seria um risco. E nos disse que não falaria pra ninguém nosso segredo, promessa que ela cumpriu até quando nós a abandonamos sem mais nem menos. Bom, os Volturi não sabiam disso.

POV Bella

_Trouxe a humana – disse Alex.

Aro abriu um sorriso com todos os dentes. Isso me deixou com medo.

_Espero que tenha descansado bem, Isabella. Desculpe ainda não nos conhecemos formalmente – ele se aproximou do meio da enorme sala, onde eu estava e levantou a mão -. Sou Aro. Aro Volturi.

Eu olhei para sua mão pálida. Alguma coisa me dizia para não apertá-la, mais outra coisa mais forte me gritava que eu tinha que apertá-la. Aro olhou para Alex, ao meu lado e ele me soltou imediatamente. Então eu, cuidadosamente, levantei minha mão e toquei a dele.

_Bella Swan – disse com receio.

_É realmente uma honra conhecê-la, Bella – e então ele me olhou com duvida. Quase o mesmo olhar que Edward me lançou quando não conseguiu ler minha mente. Aro largou minha mão e se virou para o altar -. Curioso – foi apenas o que ele disse.

_Quanto tempo eu fiquei desacordada? – disse. De repente eu me arrependi de ter perguntado isso. Eu estava falando demais.

_Dois dias minha cara – ele disse sorrindo novamente. E então seu sorriso se fechou. Aliás, os três se enrijeceram, os guardas não sabiam o que fazer e era silêncio total. Tinha percebido que Alex foi ficar ao lado de uma loirinha com os olhos igualmente vermelhos.

O que será que estava acontecendo? No momento que eu me fiz essa pergunta a porta se abriu num estouro.

POV Edward

Eu estava indo para a toca dos Volturi. Com alguns imprevistos entre minha família, demorei muito mais do que o esperado para chegar até a Itália. Alice estava alguns quilômetros atrás de mim e mais alguns a frente do resto de minha família.

Era dia de São Marcos, isso deveria explicar todos com capas vermelhas... Patético. Mesmo não querendo que os humanos saibam, eles ainda amam ter a louvação dos próprios. Repugnante.

Um homem grandão, maior até que o Emmet me barrou. Droga!

“Eu não posso deixar este ser passar por mim”

Mais essa agora!

_Por aqui não passa ninguém que o Mestre não queira – fique meio segundo pensando em quem seria o Mestre, mais logo conclui que não valeria à pena tentar descobrir -. Se identifique.

_Sou Edward Cullen – foi apenas o que eu disse. E pelo visto foi o suficiente para que o Armário saísse da frente. Ele abriu um sorriso cético e disse:

_Estão esperando por você – eu vi a imagem de onde era a sala que estavam me esperando, o local onde pela supostamente estava.

Eu nada disse. Apenas corri para a sala, mais dois idiotas me barraram e eu tive que deixá-los no chão. Fazer o que? É a vida. Quer dizer, existência...

Fiquei dois segundos ouvindo o que se passava dentro daquela porta. O silêncio tomava conta, o único barulho era... era simplesmente tudo que eu precisava ouvir para seguir em frente, abrir aquela porta e ver o rosto mais lindo da faze da terra. E assim eu o fiz.

POV Bella

No momento que a porta se abriu, eu tive a visão mais linda do mundo. Talvez eu estivesse sonhando, ou talvez meu salvador estivesse ali. O anjo havia voltado, e eu estava do céu de novo. Não como antes, eu não estava pegando fogo, mais eu estava em agonia, medo, terror e seus derivados. Era bem pior.

No momento em que eu o vi, eu me senti segura. Mesmo sabendo que duraria pouco, que na verdade Alice estava me encorajando, e não falando a verdade quando disse que Edward talvez me amasse. Mas mesmo depois de tudo, eu ainda tinha vontade de correr até ele e abraçá-lo e não o soltar nunca mais.

Eu ainda desejava ser forte o bastante para apertar a mão dele e não a soltá-la mais, não deixando ele o fazer também. Coisa que eu julgava ser impossível. Porque, afinal, ele nada mais sentia por mim. Ele não me queria, ele não me desejava, nem sequer gostava de mim, imagine se me amava! Ele me deixou, me abandonou no meio da floresta, mais mesmo assim eu não conseguia ter nem se quer raiva dele. Eu ainda o amava com todas as minhas forças, e isso era a melhor coisa do mundo.

Ele estava com uma calça jeans e uma blusa pólo azul marinho. Eu acho que esse é o anjo mais bem vestido e lindo do mundo.

Eu, que no momento estava no meio da sala, sai correndo para a enorme e única, diga-se de passagem, porta da grande sala. Fiz a coisa que eu mais queria em dois longos e doloridos anos. O abracei e fui correspondida. Eu o abracei com todas as minhas forças, e eu tenho a completa e sã consciência de que se ele não fosse tão forte, musculoso, lindo perfeito e essas coisas que vocês sabem que ele é, eu o deixaria sem ar.

_Edward! – de repente o medo saiu completamente de mim, dando lugar para o alívio puro.

Ele nada disse, apenas me segurava, e eu? Eu queria que ele me apertasse mais, que ele me sufocasse. Talvez assim minha vontade de nunca mais solta-lo acabasse.

_Ah, que lindo – disse Aro. Eu ouvi palmas. Ele estava batendo palmas? -. Adoro finais felizes! São tão raros... – Aro suspirou. Agora Edward segurava minha cintura de lado, como se me protegesse. E eu sabia que era exatamente isso que ele estava fazendo. ‘É uma pena que o final de vocês não vai ser tão feliz assim’ completei na mente o que Aro iria dizer.

_Bella! – gritou uma voizinha familiar. Me virei um pouco e vi Alice correndo para mim -. Ai meu deus, Bella, me desculpe. Por favor, me perdoe, eu não devia ter desgrudado os olhos de você – disse ela me abraçando sobre o braço protetor de Edward.

_Alice, calma. Ta tudo bem – eu a abracei com força. Ela finalmente me soltou e ficou do meu lado. Eu estava entre Edward e Alice, como se eles tivessem me protegendo.

_Não conseguiu? – perguntou Edward do nada. Ele e Aro olharam curiosos pra mim. Nossa, o que eu fiz?

_O que perdemos da conversa? – perguntou Marcus.

_Eu apenas estava pensando... – respondeu Aro pensativo – que não consegui ler a mente de Bella, exatamente como Edward – ao ver meu olhar confuso e o de Alice igualmente, Aro já começou a explicar -. Veja bem, compartilho de alguns dos talentos de Edward, mais sou limitado de uma forma que ele não é – Aro sacudiu a cabeça; seu tom era de inveja. Como ainda continuávamos confusas, ele continuou -. Eu preciso de contato físico para ler a mente das pessoas, mais quando o faço, posso ler cada pensamento que sua mente já teve.

_E Bella é imune a você, também? – perguntou Alice num tom educado.

_Sim, minha cara. Eu não vejo absolutamente nada quando a toco. É como se ela não pensasse... – ele falou a ultima frase mais para si mesmo do que para responder a pergunta de Alice. Eu olhei para Edward e ele estava com a expressão de quem vai dizer uma coisa que queria falar a muito tempo, mais ao mesmo tempo com medo da resposta ou do que a pergunta poderia causar...

_E por que estamos todos aqui? – ele perguntou. Ele estava receoso? Ai, to com medo -. Por que capturaram Bella?

_Ótima pergunta, meu filho. Estava esperando que a fizessem – respondeu Aro com simplicidade.

_Nós pensávamos, e ainda pensamos, devo dizer, que Bella é um risco para nós. Para nossas leis e segredos. Ela é humana e sabe demais – disse Caius.

Eu gelei nesse momento. Então, quer dizer que eu sou um perigo? Uma ameaça? Mas eu tinha prometido segredo! Sou uma pessoa de total confiança...

_E o que pretendemos fazer? – perguntou Aro para os irmãos.

_Você sabe o que devemos fazer – dessa vez foi Marcus que respondeu. Aro apenas suspirou enquanto Alice bufava e Edward enrijecia e apertava minha cintura contra ele. Deduzi que isso fosse para me proteger. Iriam me matar? Era isso?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí está um ótimo capítulo totalmente reescrito. Juntei 3 capítulos da fic antiga pois achei que eles estavam muito curtos. Espero que gostem e comentem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Crescent Moon" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.