Naquele dia Bianca acordara com um sensação muito ruim, e , para uma meio sangue aquilo não era nada bom.

A garota tomou banho e vestiu-se, ela comeu uma maçã como café da manhã e pegou sua mochila, Bianca estava cursando o 2º ano do ensino médio, na Elementary School (N/A : Só pensei nisso).

Ela saiu do apartamento e andou pelas ruas de Manhattan, pensando que naquele momento monstros poderiam estar á espreita, a olhando como se ela fosse um cheeseburger suculento, ela não conseguia afastar aquele pensamento.

Logo chegou a escola, tinha uma escadaria enorme, onde vários alunos sentavam-se para conversar antes das aulas, a escola também era gigante, com alguns muros pichados, mas nada demais, uma escola que mesmo publica, era boa.

Ao subir a enorme escadaria, algumas pessoas tentavam bater papo com Bianca, mas ela estava apreensiva, sempre dispensava, pensando que qualquer pessoa ali presente, poderia ser um monstro.

“Acalme-se, está com medo sem motivo” – ela dizia a si mesma, mas isso não resolvia a nada. Bianca resolveu que devia se acalmar, sentou-se na escadaria e cumprimentou alguns amigos que estavam ali.

-Bi? – pergunta Matt, um de seus amigos.

-Sim? – responde a garota.

-Está tudo bem? Parece…estranha – diz o garoto, Matt conhecia Bianca há pouco tempo, mas já poderia se considerar grande amigo da garota.

-Está tudo bem – diz Bianca sorrindo, Matt anima-se, sua amiga parecia um pouco distraída, mas ela estava sorrindo, e era isso que importava.

Antes que Matt pudesse falar alguma coisa, o sinal toca e todos são obrigados a ir para as salas de aula. A primeira aula do dia para Bianca, era inglês, e era o mesmo que um mudo estar dando aula para um surdo, pois não resultava em nada.

Todos os alunos entram na sala e sentam-se em suas carteiras, Bianca se senta na última carteira, como sempre.

O professor começa a falar, ato ignorado por Bianca, pois a menina estava muito mais interessada em olhar para o teto do que ouvir um professor falar alguma coisa que não lhe seria útil.

-Bianca! Bianca! – a garota foi tirada de seus desvaneios por seu professor, que chamava repetidamente seu nome.

-Hum? – responde a garota.

-Tem uma senhora querendo falar com você, lá fora – ele explica e continua dando a aula.

A garota estranha, mas sai da classe para encontrar um corredor vazio, a não ser por uma senhora, ela usava uma jaqueta de couro e tinha um olhar cruel.

-Te conheço?! – pergunta a garota, indo direto ao ponto.

-Você não deve me conhecer – diz a senhora – mas eu lhe conheço, filha de Poseidon – seus olhos brilham como carvão, seus dedos se transformaram em garras e a jaqueta se fundiu em duas grandes asas. Bianca sabia o que era aquilo.

-Uma Fúria?! – pergunta a garota – por que uma borboleta não vem me visitar? – resmunga ela – o que faz aqui? Sabe que a guerra já acabou? Ou será que anda muito desinformada?

-Você não deve continuar viva. – a Fúria diz.

Sem dar tempo para Bianca dizer nada, a Fúria avança para cima dela, que por treinamento se abaixa e rola para o lado (N/A : Perdão, galera, mas essa vai ser a primeira cena de luta que escrevo, então não criem muitas expectativas, sim? Eu quis fazer uma coisa mais simples.  Explico melhor lá em baixo.). Vencer uma Fúria não seria uma coisa muito difícil para Bianca, afinal, a filha de Poseidon já havia lutado contra muitos monstros, aquilo seria fichinha, o único problema era que ela não tinha armas, e não era como se a garota falasse “Espera ai, vou procurar uma arma mortífera e voltar para lhe matar, fique ai” e a Fúria concordasse.

A Fúria investiu de novo, e com um salto, a garota conseguiu esquivar-se, mas por pouco, ela estava sem armas, sem ajuda e sem paciência.

Demorou um pouco, mas Bianca acabou lembrando que tinha uma arma em seu armário, para caso de emergências, o único empecilho era que seu armário ficava longe dali, a Fúria já estava se preparando para atacar de novo quando Bianca faz uma coisa que não era digna de nenhum herói, ela sai correndo, mas não com a intenção de fugir – bem, talvez um pouco – e sim de pegar a arma que carregava consigo.

A Fúria voava atrás dela, e a pegaria a qualquer momento, afinal, Bianca não tinha asas.

A garota finalmente chega a seu armário, naquele momento o problema era como abrir o seu armário antes de a Fúria a alcançar. Ela olha de relança para a Fúria, que estava a uns 7 metros dela, Bianca rapidamente coloca a combinação do armário e coloca a mão lá dentro, remexendo no meio de livros, balas e garrafas d’água, a garota tira de lá de dentro uma lamina de bronze celestial de menos de 20 centímetros, era uma pequena adaga, pequena mesmo, mas tinha que servir.

Quando a Fúria investiu contra ela novamente, com as garras estendidas - provavelmente a fim de pegar a menina pela gola de sua camisa – a garota se deita no chão rapidamente e aponta a adaga pra cima, quando a Fúria passar por cima dela, a adaga lhe corta desde o ombro até as pernas, e a Fúria se desfaz em pó; pó que cai em cima de Bianca.

Tossindo a garota se levanta, passa as mãos pelos ombros tentando limpar a camisa e guarda a adaga no armário. Bianca fecha o armário e volta para a sala de aula, andando rapidamente.

Quando chega na sala todos olham para ela, que imagina que ainda estava com pó de monstro. A garota se senta novamente e arfa, cansada, dorme o resto da aula inteira.

-Bia! Bia! Bianca! – a menina assusta-se ao ouvir Matt falando, seu melhor amigo ria de sua cara de assustada.

-Você baba enquanto dorme – diz ele (N/A : Desculpa, não resisti.) – sabe, sei que não presta atenção na aula, mas podia pelo menos tentar disfarçar, né?

-É – a garota diz, tentando sorrir.

-E que pó é esse? – ele pergunta.

-Anh, é que, o faxineiro estava aspirando o corredor quando fui lá fora – inventa ela – e então o saco do aspirador estourou e o pó caiu todo em cima de mim.

-Que estranho – comenta ele – vamos lá para fora?

Bianca o analisa, Matt tinha o cabelo loiro, olhos azuis pálidos, era um pouco bronzeado e tinha poucas sardas no rosto, seus dentes eram brancos e seu sorriso era brilhante, ele também não era muito alto.

-Vamos lá – a garota pega sua mochila e os dois saem da sala de aula, ao chegar no corredor encontram vários adolescentes guardando suas coisas em seus armários, muito barulho, estava uma confusão só.

-Odeio isso – Matt diz – são muitas pessoas juntas num só lugar.

-É – concorda Bianca – muito ruim.

A menina não prestava muita atenção na conversa, ela estava mais interessada em olhar para aquela multidão e pensar que a qualquer momento, mais um monstro poderia sair dali.