Momentos escrita por GRT


Capítulo 3
Esclarecimentos


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Já fazia quase duas horas desde que Gina havia acordado, agora estava morrendo de fome e ainda continuava no Salão Comunal. A única pessoa que ainda não havia saído dos quartos era Harry.

- Papai eu tenho mesmo que ficar aqui até Harry vir? – Tentou mais uma vez inutilmente.

- Gina eu já disse, que você vai ficar aqui até todos descerem...

- Mas eu estou morrendo de fome. – E para confirmar isso seu estomago roncou.

- Tivesse pensado nisso antes de fazer aquilo com a menina!

- Vane só teve o que mereceu...

- Não precisava ter jogado a azaração tão forte, você viu que quando desceu ela estava ainda com o cabelo de palhaço?

- Só imagino o estado que aquela garota tenha ficado quando você jogou a azaração... – O senhor Weasley e Gina estavam tão concentrados na conversa que nem viram Harry descer as escadas do dormitório masculino, ele falava com tranquilidade e um sorriso no canto dos lábios. O moreno estava diferente, estava com a barba feita e banho tomado (as roupas provavelmente também foram transfiguradas), os machucados feitos na Batalha ainda continuavam ali e estava mais confiante como se não precisasse mais se preocupar com tanta coisa. Gina lhe deu um sorriso amplo e verdadeiro, que foi correspondido. – E como tenho certeza que ela mereceu, gostaria de saber o que ela fez desta vez?

- Ah foi algo realmente interessante, Harry... – Começou Arthur, mas logo foi interrompido por Gina.

- Não é nada importante! Nada que deva se preocupar agora, Harry... – Gina falou isso fazendo gestos com as mãos, visivelmente nervosa, com um suspiro longo olhou para Harry depois para seu pai e falou. – Eu acho que deveríamos descer para o discurso de McGonagall, não é papai?

- Oh sim, sim Harry vai ter um discurso da diretora, mas ela gostaria que você estivesse presente, vamos?

- Vamos claro. – Harry sussurrou antes de mandar um olhar significativo para Gina e ambos seguir Arthur que já estava saindo da porta do retrato.

Ao chegarem às portas do Salão Principal, que estava reconstruído ao contrario da maioria do castelo, Gina pressentiu que a maioria das garotas olharia para Harry, então correu para ficar ao deu lado. Como ela já sabia todas as garotas idiotas olharam para ele. Que sua vez olhava para Gina ao seu lado com um sorriso torto, não percebendo que estavam chamando a atenção, nem que chegaram no meio do discurso da diretora os dois entraram no Salão juntos, e conversando.

- Você vai ter que me contar essa história da Romilda. – disse Harry.

- Não foi nada demais – falou Gina, mas percebendo o olhar do garoto continuou – Sério, não foi nada ela só falou umas coisas que não gostei e não deixei ficar barato, olha ela ali – disse ela apontando para Vane que estava sentada olhando para os dois com muito ódio no olhar e com o cabelo ainda igual ao um palhaço.

- Essa sua azaração sempre foi à melhor. – o garoto disse entre pequenas risadas. Chegando onde todos os Weasley’s estavam sentados. – Bom dia.

- Bom dia, cara? Você já viu que horas são? – Perguntou Ron que junto com Hermione era o único que parecia acostumado com a idéia de Harry e Gina chegarem juntos no Salão chamando a atenção de todos.

- Não, eu acabei de acordar estou morrendo de fome, você acha que estou preocupado que horas são? – Lhe respondeu Harry

- Sentem-se queridos, a diretora tava começando a falar quando chegaram. – Disse a Senhora Weasley com uma cara de choro. Quando todos se sentaram ainda se escutava murmurinhos por todo o Salão Principal. Minerva pigarreou e todos pararam para prestar atenção no que ela iria falar. Ela estava no centro da mesa dos professores, lugar antes ocupado por Dumbledore, o que deixou Harry com uma sensação de que algo estava fora do lugar. O resto da mesa era ocupado pelos professores e alguns funcionários do Ministério da Magia que lutaram contra Voldemort na Guerra todos estavam com uma aparência de cansados, até mesmo Sibila Trelawney estava sentada em dos cantos mais afastados da mesa.

- Como estava falando antes, hoje mais cedo conseguimos reconstruir parte do castelo com a ajuda do Ministério que está presente em Hogwarts. O novo ministro gostaria de fazer um discurso para todos nós, mas somente depois de comermos o lanche preparado pelos os elfos. Depois disso gostaríamos que ficassem todos no Salão para os discursos, do Ministro, meu e de alguns dos heróis da Batalha de ontem. – Quando terminou de falar olhou diretamente para Harry, Rony e Hermione que ficaram no momento, vermelhos de vergonha. Virou-se e sentou na maior cadeira na mesa e no mesmo instante os pratos se encheram de sanduíches e sucos para todos.

- Não sabia que teríamos que fazer um discurso – falou Ron preocupado por não saber falar em publico.

- Eu já imaginava, afinal ficamos quase um ano fora, ninguém sabe onde nos metemos, sem contar que temos que esclarecer alguns pontos da Batalha que somente nos sabemos, ou somente Harry, não é? – Hermione falou com seu já costumeiro tom de sabe-tudo.

- É, mas agora eu só quero comer... – Harry finalizou a conversa, assim entre os Weasley’s o único barulho era o dos talheres.

Assim que todos saciaram a fome o Salão se encheu de murmurinhos, a maioria sobre Harry, a Batalha e onde estava o trio neste tempo que ficaram fora.

- Quero saber de tudo, tudo quando estiveram fora, vocês entenderam? – A senhora Weasley parecia realmente muito brava – Onde vocês ficaram durante esse tempo?

- Ficamos na barraca do Senhor Weasley – respondeu Hermione, baixinho.

- Vocês têm noção à preocupação que eu fiquei? Depois do casamento vocês simplesmente sumiram e eu fiquei louca para saber onde estavam, não mandaram nenhum Patrono, nenhuma carta nada, não mandaram nada espero que tenham uma boa explicação para tal ato...

- Não poderíamos entra em contato senhora Weasley, se mandássemos uma carta poderia ser interceptada pelo Ministério, ou se mandássemos um patrono poderia ter alguém viajando e ver que vocês estavam contra Voldemort, tínhamos que proteger vocês. – Disse Harry com confiança como com que disse encerrasse a conversa.

- Não, vocês poderiam ter dado um jeito, ou até mesmo aparecerem um final de semana, ou quem sabe se tivessem aparecido no Natal, ficaria tão feliz seria um Natal, com a família toda reunida, tenho certeza que se vocês tivessem aparecido Gui e Fleur teriam indo lá pra casa, não ficariam o Natal sozinhos naquela casa fria – Neste momento Ron olhou para o casal com uma cara entre preocupado e de culpado, como eles não terem ido fosse sua culpa e isso não passou despercebido por Molly – Que foi Ronald? Gui? Vocês têm algo para me contar? Ou vou ter que descobrir sozinha? – Mas neste momento para alivio de todos ao redor Minerva levantou-se novamente, e o silencio reinou novamente no Salão.

- Muitos de vocês gostariam de estar em casa comemorando o fim da Guerra ou até mesmo chorando por seus entes queridos. Muitas foram as nossas perdas, eu sei que a dor que estão sentindo não poderá ser aliviada por minhas palavras, mas que deram força para seguir em frente para enfrentar tudo que poderá vir. Todos que perderam a vida lutando contra Voldemort sonhavam por um futuro melhor, um futuro onde não haveria preconceitos, um futuro que todos poderíamos ser livres não importando a sua origem. Este futuro foi conquistado, por nós todos que lutamos nesta Batalha e até mesmo antes dela, mas este futuro foi conquistado principalmente pelos jovens, foram eles na grande maioria que nunca desistiram, foram eles que até o fim acreditaram. Gostaria de agradecer a todos que fizeram isto acontecer, mas quero agradecer principalmente a todos que participam da Armada De Dumbledore foram eles, que nos fizeram ganhar esta Guerra. – Neste momento o Salão encheu-se de palmas para o discurso da diretora que somente depois de algum tempo pode continuar – Outras pessoas que merecem nossos agradecimentos especiais são Harry Potter, Rony Weasley e Hermione Granger, por favor, queiram vir até aqui para esclarecer alguns pontos sobre tudo que aconteceu durante este ultimo ano e a Batalha. – Assim que acabou de falar todos bateram palmas novamente e voltaram à atenção para o trio, que ficaram vermelhos e levantaram-se e foram em direção a Minerva. Chegando à frente de todos no Salão Hermione que tomou iniciativa e começou a falar.

- Olá! Todos devem estar curiosos para saber tudo que aconteceu conosco... Teremos que voltar um pouquinho no tempo para contar a história completa, acho que é melhor Harry começar a contar... E nós completamos ele, se esquecer de alguma coisa... Harry começa a contar suas aulas particulares com Dumbledore.

- Ok, ok... No inicio do meu sexto ano comecei a ter aulas particulares com o professor Dumbledore, aulas que ele me ensinava e mostrava como Tom Riddle, que futuramente abandonou esse nome e se transformou em Lord Voldemort, o professor me mostrou que ele fez uma coisa horrível, que lhe deixou menos humano, uma arte das trevas que você tem que estar disposto a dar qualquer preço pela imortalidade. Lord Voldemort dividiu sua alma, ele fez horcruex – neste momento o Salão principal se encheu de sussurros e expressões apavoradas – Hermione você é mais qualificada para explicar o que é uma horcruex.

- A pessoa divide sua alma, e esconde uma metade dela em um objeto externo do corpo. Porém não há necessidade de usar um objeto inanimado; uma criatura viva pode ser usada como uma Horcrux, embora seja arriscado confiar uma parte de sua alma em algo que pode se mover e pensar, independentemente do fragmento implantado da alma. Então, mesmo que seu corpo seja atacado ou destruído, a pessoa não poderá morrer, porque parte de sua alma continuará presa à terra, intacta. – Hermione respirou fundo e continuou - Naturalmente, a existência sob tal forma é amaldiçoada. Dividir a alma é considerado um ato de violação, é contra a natureza, e só é possível dividir a alma com uma ação maligna: a suprema maldade de matar alguém, ou seja, matar rompe a alma.

- Isto foi o que Voldemort fez, dividiu sua alma, segundo o professor Dumbledore em sete partes. – Rony completou a informação de Hermione. Todos que estavam escutando ficaram chocados com a revelação.

- Dumbledore me contou o que ele acreditava serem as horcruex, a primeira que ele teve em mãos foi no meu segundo ano, o diário de Tom Riddle – dizendo isso olhou para Gina que arregalou os olhos e ficou branca – que com ajuda eu consegui destruir com o dente de Basilisco, outra horcruex que o professor destruiu foi o anel de Gaunt esta foi destruído antes de eu começar a ter as aulas, por Dumbledore pela espada da Grifinória, assim restava cinco de sete. Antes de Dumbledore morrer ele me deu dicas quais eram as outras, uma seria o medalhão de Salazar Sonserina, a outra seria a taça de Helga Lufa-lufa, a próxima seria algo da Godric Grifinória ou Rowena Corvinal, a penúltima sua cobra Nagini e a última ele próprio, a última parte seria Voldemort. – Harry parou para respirar e ele parecia realmente abalado com tudo.

- Esta era a teoria de Dumbledore, ele disse tudo isso antes de morrer e na ultima “aula”, Harry foi com o professor atrás do medalhão de Salazar, isto foi na noite do assassinato de Dumbledore. – Rony quem contava esta parte da história, ele parecia abalado, mas seguro do que estava falando. – Eles foram a uma caverna no meio do Oceano Atlântico, lá havia muitas armadilhas depois de conseguirem passar por todas, o professor ficou muito debilitado, por isso voltaram a Hogwarts o mais rápido possível, mas mesmo assim quando chegaram já era tarde e depois Snape – Ron praticamente cuspiu o nome – matou Dumbledore...

- Sobre isso, eu gostaria de colocar um tópico – Harry interrompeu-o – Snape não matou Dumbledore. – Com essa frase todos no Salão começaram a falar ao mesmo tempo, Hermione e Ron ficaram chocados com essa revelação. – Esperem deixe-me terminar, eles haviam combinado a morte do diretor há muito tempo, Dumbledore estava morrendo desde que havia quebrado o anel dos Gaunt, e planejou sua morte com Snape para que Draco Malfoy não se se torna um matador, e futuramente um comensal sangue-frio, que estava designado a matar Dumbledore mandado por Voldemort.

- Como você sabe disso Harry?- Hermione estava espantada.

- Antes de morrer Snape, me deixou lembranças sobre sua vida, entre outras revelações estava esta e que realmente Snape trabalhou como agente duplo para a Ordem sua vida toda... E havia outra revelação que me fez ir até Voldemort na Floresta Proibida, uma revelação que somente ele e professor Dumbledore sabiam. – Respirando fundo Harry contou sua última revelação. – Voldemort sem querer na noite que matou meus pais fez mais uma horcruex. Está nem ele mesmo sabia de sua existência, está horcruex era eu... – Neste momento o salão inteiro recomeçou a murmurar – no momento em que ele tentou me acertar com a maldição da morte, ela ricocheteou por causa do amor de minha mãe por mim e neste momento sua alma estava tão transfigurada que simplesmente se despedaçou mais uma vez e se impregnou no único ser vivo da casa, ou seja, em mim, por esse motivo eu via seus pensamentos e tinha habilidades que somente Voldemort tinha como, por exemplo, falar com cobras. Todas as horcruex deveriam ser destruídas para que tivéssemos paz.

“Eu, Rony e Hermione fomos atrás de todas elas. Umbridge estava com o medalhão de Salazar, por isso invadimos o ministério. Mas, ainda anão tínhamos como a destruir a ajuda, porém, chegou algum tempo depois: a espada da Grifinória, “enviada” pelo próprio Snape. Depois disso descobrimos que a taça de Helga estava no cofre dos Lestrange’s no Gringotes, então também invadimos o banco. Foi quando Voldemort suspeitou o que estávamos fazendo, e ficou irado, então mais uma vez entrei em sua mente e vi que o diadema estava escondido em Hogwarts e viemos para cá.

“Quando chegamos vimos que a Armada já estava toda a nossa espera para começar a Batalha, não era bem o que queiramos, mas deu certo – respirando fundo e fechando os olhos por um momento para ver se estava contando tudo certo, continuou – depois de acharmos o diadema na sala precisa e destruir esta junto com a taça, fomos atrás de Voldemort. Foi quando vimos Nagini matar Snape na Casa dos Gritos e ele me entregar suas lembranças cheias de segredos. Depois de voltarmos para Hogwarts, novamente, fui ver as lembranças e percebi que o único jeito de vencermos Voldemort era eu morrer, e morrer pelas mãos dele. Foi então que decidi ir sozinho  e enfrentar a morte, para que os outros conseguissem terminar o que comecei e matar Voldemort, e finalmente ter paz no mundo bruxo.

“Consegui mais uma vez sobreviver a uma maldição na morte, pois a enfrentei de braços abertos e as relíquias da morte estavam em meu poder e também por que tinha uma horcruex em mim, então, quando Voldemort tentou me matara matou apenas a horcruex que havia em mim. Por isso me fingir de morto, com a ajuda de Narcisa Malfoy que não me entregou aos comensais e sabia que eu estava vivo, quando fui atingido pela maldição à parte da alma de Voldemort que vivia em mim morreu. então faltavam apenas duas partes: Nagini e o próprio Cara-de-cobra.

“Nagini foi morta por Neville antes mesmo de eu mostrar-me vivo, e Voldemort bom todos vocês estavam lá, viram o que aconteceu. Então é isso, Voldemort sobreviveu pelas horcruex que foram todas destruídas, ontem essa é a história por de traz da batalha espero que todos entendam tudo o que aconteceu e minhas decisões.”

Quando Harry acabou de falar o Salão entrou em um silêncio espectral, não se ouvia nada a não ser  as respirações pesadas.  E o menino que sobreviveu achou que não deveria ter contado tudo, que havia feito ou dito algo errado e que ele agora estava ferrado. 


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Notas finais do capítulo

N/A: Sei que demorei a postar e que este capitulo ficou horrível , mas peço desculpas ... não postei antes, pois tinha provas essa semana no colégio e não deu para terminar antes !!! obrigada pelos comentários e gratificante saber que estão gostando , deixem mais , por favor façam uma autora feliz , beijinhos até o próximo :D