You're Not Alone escrita por Ágatha Geum


Capítulo 2
Irresistivelmente irritante


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem...
Obrigada pelos comentários...
Boa leitura...



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Damon

– Quer o que? - ele pergunta.

Esse cara só pode ser surdo.

– Quero saber o nome dela. - repito.

– Ela quem? – Stefan perguntou confuso apontando para ela.

Sinceramente, Stefan às vezes – quase sempre - era muito lerdo.

– Não, Stefan. É a vovozinha. - digo sarcástico e ele olha ao redor como se estivesse procurando uma idosa. - Para de apontar ou ela vai olhar para cá.

O encaro seriamente e ele abaixa o dedo indicador.

– Okay – Stefan diz balançando a cabeça como se tivesse de fato acreditado. Stefan não está preparado para a vida. – Mas aqui não tem nenhuma vovozinha, Damon. - Ele diz inocente.

Se duvidar esse cara ainda é virgem, ou talvez nem saiba o que é isso. Pelo amor de DEUS. Reviro os olhos em sinal de irritação.

– Não animal, ela. – digo irritado olhando para a moça sentada no balcão.

– Ela quem?

Porra. Como ela quem? Só tem ela ali no balcão. Conto até três antes de respondê-lo. Se não, eu teria que dar uns sacodes nesse cara.

– Você disse que não era para apontar. – ele diz com os olhos semicerrados.

O fuzilo pelos olhos e ele engole em seco. Ele sabe muito bem que minha paciência esgota muito rápido e sou capaz de fazer loucuras. No mal sentido é claro.

– Ah sim... Bem... Er... O nome dela é Elena e ela sempre vem aqui beber e... – ele diz meio nervoso.

– Hmm, então seu nome é Elena? – digo baixinho. - Bom saber que ela bebe e que sempre vem aqui.

Elena. Elena. Elena. Repetia esse nome em minha mente e nem ao menos sabia o porque. Elena. Era um belo nome e combinava com sua aparência. Que isso Damon! Está ficando maluco? Depois do “vem beber” não escutei mais nada do que Stefan falou e enquanto eu pensava ele tagarelava algo que não quis saber.

– Tchau Stefan. – disse antes de ele terminar seu discurso sobre as baleias.

– Mas você... – o cortei.

– Não quero saber Stefan. Byebye. Até amanha Miller. – disse e fui embora dali.

– Tchau Salvatore. – Ouvi Stefan dizer.

Passei por Elena e vi que ela sorria que nem uma bocó para aquele cara sem graça. Ele me parecia familiar de costas, mas não quis saber quem era. O que me interessava ali era Elena. Apenas ela. O quê? O que eu disse? Elena me interessa? Nunca. Never. Argh! Às vezes tenho esses pensamentos idiotas e gays. Fui até o balcão, paguei pelas minhas bebidas. Foi então que o olhar dela se encontrou com os meus e o seu sorriso sumiu. Nossa. Sou tão feio assim? Não queria que ela parasse de sorrir. Seu sorriso era lindo. O QUÊ? O que está acontecendo com você, Damon Salvatore? Só posso estar ficando louco. Acho bom eu vazar daqui antes que eu enlouqueça. Ela me encarou sem expressão, e eu sorri cínico em resposta. Ela estreitou os olhos e me olhou com uma cara nada amigável me fazendo piscar e sorrir de lado. Ela me fuzilava e eu como sempre não liguei a mínima para isso. Resolvi ir logo antes que ela me lançasse uma garrafa de Bourbon na cabeça. E do jeito que ela era nervosinha, não duvido nada.

Elena

Logo que cheguei em casa chamei pelo meu pai, mas ele havia saido. Bufo irritada por saber que vou ter que comer comida requentada outra vez. Depois de um longo banho, vi Jeremy jogado no sofá parecendo ter morrido em cima do sofá.

– Jer? Tá vivo ainda? – digo rindo.

– Imagina. Estou morto não está vendo? – ele diz cínico, porém de um jeito preguiçoso.

Reviro os olhos.

– Deixa de ser preguiçoso e levanta essa bunda mole daí. – digo o fazendo resmungar.

Ele se senta no sofá e me sento ao seu lado, o olhando curiosa.

– Jer... – chamo sua atenção.

– Hm? – ele me encara igualmente curioso.

– Por acaso você está metido nesse plano de cupido? – digo o olhando desconfiada.

– Plano cupido? – ele me olha confuso.

– Você sabe Jer... Não se faça de anta que eu sei que você é. – eu digo rindo.

Ele me olha irritado.

– Não sou anta só... – ele tenta se explicar, mas o corto antes dele terminar.

– Burro.

– Não... Incapacitado de aprender. – ele diz sorrindo largamente entrando na brincadeira.

Rio alto.

– Só você mesmo Jer... – falo e paro de rir ficando séria. - Mas é sério...

– Bom se você tá falando de sair com o Elijah... – ele diz voltando a atenção para a TV.

– JEREMY GILBERT SALTZMAN. – ralho.

Jeremy se encolhe, pois ele sabe que quando digo seu nome completo é por que estou furiosa.

– ENTÃO VOCÊ ESTÁ METIDO NISSO? QUE BONITO, NÃO?

– Sou lindo mesmo... – Ele diz cínico e levanto o controle da TV ameaçando jogar nele. – S-Sim... E que as meninas...

– AS MENINAS? CAROLINE E BONNIE? – digo.

É claro. Só podia ter dedo delas mesmo.

– Sim – ele diz baixo.

– QUEM DISSE QUE EU QUERIA SAIR COM ELE? – eu berro. – Que vergonha que eu fiquei, elas vão me pagar.

– Calma Elena. – ele diz.

– CALMA O CARALHO.

– Desculpa. – ele diz sem graça.

O fito e me acalmo. Jeremy não tem culpa das minhas amigas serem daquele jeito.

– Tudo bem. – digo mais calma. – Eu já deveria saber que elas aprontariam isso.

Ele sorri concordando.

(...)

Já estava entediada e não aguentava mais ficar de pernas para o ar em casa, então resolvi ir até a galeria. Precisava me acalmar de algum jeito e só uma para me fazer ficar tranquila. Sai de fininho observando para Jeremy não me ver, assim que sai de casa fui direto para aquele lugar tão familiar e sinistro. Logo que chego ao local vejo Max.

– E ai, Leninha? – disse Max sorrindo.

Seus olhos estavam muito vermelhos, o que significa que ele fumou o dia todo.

– E ai, Max. – digo animada. - Tem do bom?

– Sempre tenho Leninha. – ele diz sorrindo debilmente.

Ele me dá um saquinho e quando tento pegar, Max me abraça e me dá um tapinha na minha bunda.

– São 20 dólares, gata. – reviro os olhos e o entrego.

Pego o saquinho e cheiro. Sinto-me tão alegre, como não me sinto a tempos. Sinto que posso até voar e vomitar arco-íris.

(...)

Nossa estava chapadona e ainda tinha que me arrumar para sair com o Elijah. Entrei furtivamente do mesmo modo que sai e fui tomar um banho e tentar apagar aquele semblante de drogada que estampava a minha cara. Assim que sai do banho fiquei alguns minutos observando meu guarda-roupa tentando achar alguma roupa decente. Pego uma camisa preta do The Killers que era um pouco larga, uma calça jeans de lavagem escura e um all star. Deixei meus cabelos soltos e lisos, e passei um perfume doce. Segui para o cinema, e assim que cheguei vi que ele já tinha chegado e estava muito lindo por sinal. Ele insistiu em pagar minha entrada, mas recusei o que deixou ele um pouco irritado. Não gosto que paguem para mim, me sinto dependente. Compramos um bilhete para o filme atividade paranormal 3. Amo filmes de terror, mas morro de medo se for de almas penadas. Logo seguimos para o Mustang bar, assim que chegamos vou na frente, pois Elijah estava tentando achar uma vaga para estacionar. O Mustang era um bar antigo, e muito requisitado, nunca ficava vazio. Assim que entrei, já bati o olho no CD que eu tanto procurava. O da Pitty, isso é quase uma relíquia, pois é raro achar um Cd de estrangeiros não tão conhecidos por aqui. Peguei o CD e o paguei. Quando estava indo em direção a uma mesa, esbarro em alguma coisa. Ou melhor, em um idiota. Sei que fui grossa, mas não pude evitar, estou de TPM. O analisei de cima a baixo, e ele até que era muito bonito. Aparentava ser roqueiro, inteligente e... Ui. Meu tipo. Porra. O que eu to pensando? Argh! Esse cara é um idiota isso sim. Esse cara era grosso e não esboçava um sorriso sincero, apenas aquele sorriso sarcástico tão irritante. Minha vontade era de dar um pontapé naquele ser irritante. Sai de perto antes que eu cometesse assassinato.

(...)

Elijah já havia chegado e estávamos conversando, mas eu sentia minhas costas queimarem. Sentia e sabia que era o olhar dele em mim e isso estava me incomodando. Elijah estava me contando o plano das meninas, e eu apenas ria, mas por dentro sentia uma vontade de estrangulá-las. Vadias ordinárias. Quando vi que ele estava me olhando quando estava perto do balcão, meu rosto se fechou. Como alguém conseguia ser tão irritante? Assim que ele me viu lançou um sorriso cínico, senti vontade de estapear aquela cara tão bonita e tirar aquele sorrisinho da sua cara. Mas me controlei e o encarei com desprezo. Espera... Ele piscou? Piscou para mim? QUE SAFADO. Dei-lhe língua igual a uma criança, mas não estou nem aí. Sentia meus olhos pegarem fogo, era capaz até de fuzila-lo. E graças a Deus logo foi embora com várias garrafas de cerveja na mão. E depois disso tive uma noite ótima com Elijah, que me levou para casa. Assim que cheguei em casa, segui para o banheiro tomar um longo banho quente. E enfim pude dormir sossegada. Ou não, pois até em meus sonhos aqueles olhos azuis me perseguia e me irritava. Sentia que algo aconteceria, e tinha certeza que boa coisa é que não era.

No dia seguinte...

Abri meus olhos com certa dificuldade, pois demorei para dormir ontem à noite. Queria poder dormir mais, mas hoje ainda quarta-feira. Ninguém merece. Tenho que aguentar mais dois dias de aula. Argh. Tomei um banho para tirar o sono, e vesti uma roupa simples.

Tomei um café bem caprichado que meu pai preparou antes de sair e assim que terminei segui para a escola. Assim que cheguei encontrei Bonnie e Caroline, minhas duas melhores amigas e traíras. Elas sabiam que eu não pretendo me relacionar com ninguém ainda.

– BONNIE BENNET E CAROLINE FORBES. – berrei marchando até elas.

Assim que escutaram minha voz, pararam de falar e ficaram paralisadas me olharam assustadas.

– Acho que vocês me devem uma boa explicação. – disse batendo o pé.

– Nossa amiga! Você está um arraso nesse look e... – ela disse sorrindo amarelo.

Estava claramente tentando mudar de assunto.

– Caroline... – a repreendi. – Digam logo.

– Sobre o que?

Cínicas. As fuzilei com os olhos fazendo elas bufarem e revirarem os olhos.

– Bem... Nos apenas queríamos que você saísse da seca amiga. – Caroline disse como se eu fosse uma ingrata por não reconhecer um favor feito a mim.

– Poupe-me Caroline. - disse irritada. - Eu não quero encontros arranjados. Não façam mais isso, beleza? – disse irritada.

Elas assentiram.

– Ótimo!

Depois de quase voar no pescoço delas seguimos para nossa sala assistir a mais uma aula chata da senhorita Margareth.

(...)

Enfim o ultimo sino bateu e assim deu-se fim há mais um dia de aula. Graças a DEUS. Não aguentava mais aquelas aulas chatas, e pior seria amanha, pois tem educação física minha matéria mais que odiada. Sinto que algo vai acontecer amanha. Espero que seja coisa boa, mas creio que não.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Posto mais amanha... Me enrolei hoje e não deu de postar minhas outras fics...
Xoxo