I remember what you wore in our first day

You came into my life and I thought, hey...

(Two Is Better Than One – Boys Like Girls and Taylor Swift)

E aqui vou eu pra casa que meus pais alugaram junto com uns amigos que eu não conheço... Isso só pode dar errado né? Deixa eu me apresentar. Chamo-me Bruna Bratz D’ Almeida. Tenho 14 anos, sou oitava série. Ah, e sou de Recife, capital Pernambucana sabe? Pois é... Aquele fim de mundo. Mas continuando... Estou aqui no carro junto com os meus pais e meu irmão. Estamos quase chegando. Seguinte meus pais resolveram alugar uma casa de praia junto com uns amigos deles pra passar os dois meses de férias, isso mesmo DOIS meses com gente que eu nem conheço. Só sabia que fora a gente tinha mais uma família que assim como nós eram quatro, pra falar a verdade eu também sabia que tinha um menino que era da minha idade e agora acho que eu não sei de nada. Fui chamada dos meus devaneios pelo meu irmão:

– O peste, vem já chegamos. – É ele é assim adorável mesmo. Ironia.

– O seu idiota me espera. – E ele foi se afastando. – Pedro seu inútil, me espera.

– Então vem logo, imbecil – É nós somos assim, mas sei que no fundo nós amamos tá num estou sabendo muito não, mas tudo bem... Logo cheguei ao seu lado.

Pedro e papai foram levar as malas lá pra dentro e minha mãe me chamou pra me falar umas coisas, por exemplo, os nomes deles. O nome da mãe da família é Cecília, o pai é Gilberto, o da minha idade era Lucas e tinha um mais novo de dois aninhos, que era o Gabriel.

– Na casa vai ter um garoto da sua idade, filha. – Minha mãe dizia – Se vocês ficarem amigos, pelo menos já vai ter o que fazer nessas férias que vamos passar por aqui.

– E se ele for chato, mãe? – Eu dizia.

– Você vai saber agora, chegamos. – Ela disse empolgada.

– Bruna esse é o Lucas. – Cecília apresentou, ela era a mãe do garoto.

E agora, meu coração parou como faz? Ar? O que é isso é de comer? Borboletas no estômago, isso aqui tá mais pra uma escola de samba. Frio na barriga? Isso aqui tá mais pra um ar-condicionado ligado no máximo.

Acho que passei um bom tempo apenas o olhando, aqueles olhos azuis como o céu. Porque quando eu voltei a mim, ele estava vindo em minha direção estendeu os braços e me abraçou, foi um abraço meio estranho já que nós acabamos de nos conhecer, sei lá. “Ficar” nos braços dele me de uma sensação tão boa que eu já quero ter de novo. Isso é normal né?

– Oi – Falei meio envergonhada.

– Oi, prazer – Aquele deus grego disse com aquele cabelo castanho clarinho, aqueles olhos penetrantes, pelo amor de Deus! O que eu to dizendo? Aquela voz sexy e extremamente rouca.

– Vamos deixar eles aí, pra poderem se conhecer. – Valeu mãe, também te amo muito.

– Claro que sim Amélia. – Cecília, que pediu pra eu a chamar de Tia Cecí, concordou com a minha mãe.

– Ahn... Então né... – Ele corou ao tentar puxar assunto e eu tive uma extrema vontade de apertar aquelas bochechas e ter de novo os seus braços ao meu redor. Bruna CALA A BOCA.

– Érn... Tudo bom? – Perguntei rindo pra descontrair.

– (Risos) Sim e você? – Ah vem aqui coisa linda.

– Também... – E acabou o assunto. Depois de uns três minutos eu acho.

– Que conversa de MSN (Risos) – Além de tudo é engraçado, socorro.

– Bem isso... – E rimos mais.

– Lucas, vem aqui desligar a droga desse jogo. – Berrou tia Cecí.

– Acho que eu vou indo lá, vem comigo? – Eu vou com você ao infinito e além, pensei.

– Claro. – Entramos pela casa, foi aí que eu percebi que eles conheceram a casa enquanto nós conversamos.

– Depois eu te mostro a casa – Ele falou sorrindo.

– Brigada – Respondo também sorrindo.

Quando chegamos à casa eu vi que o jogo em questão era Rock Band, tá brincando né eu sou VICIADA nesse jogo, uma menina que curte Rock Band, problema?

– AAA Rock Band – Eu comecei a dar pulinhos na frente da TV. E quando eu lembrei que ele estava lá do meu lado, parei imediatamente. Ele estava segurando o riso. – Que foi? – Perguntei fazendo uma carinha fofa.

– Nada não. – E depois ele começou a rir.

– Sério, fala. – Eu insisti.

– É só eu que acho estranho uma menina que gosta de vídeo game. – Sério isso?

– Saí pra lá, que eu garanto que te detono no Rock Band. – E o idiota começou a rir. – To falando sério.

– Não pode chorar quando perder, ok? – Quer bancar o espertinho então vamos ver.

– Passa a guitarra que aqui eu me garanto. – Disse confiante. Eu realmente sou muito boa nesse jogo.

– Então tá né – Ele disse desconfiado.

Nessa hora meu irmão aparece na sala. E vendo o jogo na nossa frente e a guitarra na minha mão e o sorriso de vencedor do Lucas ele diz:

– Cara, de boa, cuidado ela realmente é muito boa nesse jogo. – Valeu maninho, por isso que eu te amo.

– É o que vamos ver agora – E ele começou lá a selecionar as coisas. Quando chegou a parte das músicas.

– Behind Blue Eyes? – Concordo freneticamente com a cabeça, eu sou tipo LOUCA por essa música.

Ele pegou a bateria que eu nem tinha vista da onde tinha saído, mas tudo bem. Meu irmão se posicionou no sofá pra ver a derrota do Lucas. Começou o jogo, estamos bem perto do placar um do outro, até que chegou a parte do solo de guitarra que eu particularmente fiz muito bem e tirei 100% na parte do solo da bateria ele errou algumas coisas pouca, mas que contaram, e então a música acabou, estávamos ansiosos pra esfregar um na cara do outro os resultados. Então passou algum tempo e anunciou o vencedor eu tinha ganhado. Joguei-me me cima do Pedro e então ele disse:

– Essa é a minha baixinha que ganha toda, aprendeu com o melhor – Ele disse gabando-se de si mesmo.

– Quem disse maninho? – Foi HILÁRIA a cara dele.

– Hm... – Interrompendo um começo de briga o Lucas – Bruna, vamos que eu te mostro o resto da casa.

– Por favor, Lucas só Bru tá? Tenho agonia quando me chamam de Bruna parece que tão brigando comigo. – Mas é sério vejam como B-r-u-n-a soa muito mais pesado do que B-r-u. E Bru é mais curto, mais simples e prático do jeito que eu gosto.

– Então tá certo, teremos que inventar algum apelido pra mim, já que normalmente Lucas não tem apelido. – Ele disse coçando levemente a nuca, em sinal de vergonha.

– Claro, eu penso em alguma coisa. Vamos conhecer a casa. E aí Pedro topa essa? – Perguntei pro meu irmão.

– Não, já fui. A casa é muito grande, dá preguiça de ir de novo. – Aquele preguiçoso falou.

– Pera tá faltando alguém aqui. Ah é seu irmão e seu pai Lucas – Sabia que estava faltando alguém.

– Ah meu irmão tinha resolvido ir dormir e meu pai deve estar contando historinha pra ele. – Awn. – Vamos Bru.

Sorri em resposta. Fomos andando lá fora e ele apenas mostrando as coisas e indicando o que eram. Passamos pela piscina, a que fica do lado de fora. Mas ao longe tinha uma espécie de casinha, sabe aquele típico salão de festa? Mais para ao lado tinha a sauna, depois a sala de música, sim eu pirei na sala de música toco violão e guitarra. Continuando. Tinha um espaço pra um piquenique. E depois piscina interna e hidromassagem, e na frente à praia. Realmente meu irmão estava certo a cara era enorme. Tinha uns banquinhos perto da onde a gente estava que era no parquinho.

– Vamos sentar? – Ele apontou pro banquinho.

– Claro, estou morrendo aqui! – Dramática, eu? Que nada!

– Exagerada – Falou ele.

– Nem sou – E fiz biquinho, nem parecia que tínhamos nos conhecido quase agora pouco e sinceramente eu gostava disso.

Estava um silêncio absurdo. Estava mergulhada nos meus pensamentos e perguntas sem respostas. Por que o sorriso dele me faz querer sorrir junto? Por que a voz dele faz minhas pernas ficarem bambas e trêmulas? Como ele pode ter tantos efeitos em mim se acabamos de nos conhecer? Arg! Perguntas sem respostas. Amor à primeira vista? Será eu nunca acreditei nisso. Perdi tanto tempo pensando e olhando as estrelas que nem ao menos percebi quando comecei a tremer de frio. Eu não percebi, mas o Lucas sim. Ele estava com um casaco que parecia estar bem quentinho e me ofereceu, eu logo recusei, mas o garoto era insistente e eu continue tremendo.

– Ainda tá com frio? - Perguntou-me. Balancei a cabeça negativamente, ainda tremendo. – Não é o que parece... – Ele diz. Preocupado talvez? Mas por quê?

– Eu... Estou... Bem... – Falei-me pausa por conta do frio que eu mal podia falar. Estávamos na praia, mas a noite ela pode ser bem fria.

– Posso fazer uma coisa? – Perguntou-me. Assenti confusa.