OMG! Ele sabe que eu adoro essa música! Love is Easy- McFly é minha música preferida. Quando ele terminou, disse:

 - Annabeth Chase, você aceita namorar comigo?

Capítulo 09 - New boyfriend

Eu fiquei sem palavras no meio daquilo tudo. Eu simplesmente não acreditava – Percy Jackson, o garoto que eu conheço há menos de um mês, me pediu em namoro na frente da escola toda. Ele estava todo lindo na minha frente, com certo nervosismo, olhando para mim de um jeito tão... Profundo. Ele deixava transparecer pelos seus olhos amor, saudade ( mas já? esse é um homem muito carente), felicidade, e, o melhor de tudo: sinceridade. Eu sei que isso é muito idiota, tipo, eu gostar de ver sinceridade nas pessoas, mas eu adoro quando elas dizem a verdade e demonstram sentimentos, quando aparentam estar fazendo isso por livre e espontânea vontade, quando mostram que tomam suas próprias decisões. Essa era uma das coisas que eu mais admirava em Percy: ele era sincero, a pessoa mais confiável que eu conhecia.

Todas as pessoas estavam em silêncio, esperando minha resposta. Eu não sabia o que fazer, então somente sorri para ele e assenti. Ele me puxou para o palco e me deu um beijo avassalador, e acho que as pessoas aplaudiram, só acho, porque estava ocupada de mais “desentupindo a pia” com meu namorado. Paramos de nos beijar e colamos nossas testas.

 - Eu te disse que resolveria isso mais tarde. – Percy falou.

 - Promessa cumprida – eu disse e lhe dei um selinho. Descemos do palco juntos e vieram nossos amigos nos parabenizar. Saímos da festa e, quando estávamos chegando perto do carro dele (n/a: eu mencionei que Perseu tinha um carro¿ Acho que não, sorry hihi’), aparece a pessoa que sempre estraga a felicidade de todos: Calipso.

 - Nossa belo showzinho o de vocês – ela disse. – Aposto que você só está a usando para fazer ciúmes em mim, Percy. Você vai voltar rastejando. Ela não é perfeita. Ela não é tão bonita quanto eu, não te deixa feliz como eu te deixei e aposto que não te “satisfaz”, se é que você me entende.

 - Eu não estou usando Annie para te fazer ciúmes, eu gosto muito dela, gosto de verdade. Tem razão, ela pode não ser perfeita, mas não precisou usar roupas vulgares para me conquistar e não precisou bancar a inocente, ela é sincera, ela não é superficial como você é. Você nunca me fez feliz, ela me faz feliz, ela me entende. Eu também não sou perfeito, eu tenho defeitos, mas ela não me julga. Ela é perfeita para mim. – Percy “cuspiu” essas palavras na vaCalipso. A boca dela fez um “O” perfeito.

 - E ele é perfeito para mim. Somos perfeitos um para o outro, então, por favor, nos deixe em paz. – Eu disse, aumentando ainda mais a raiva da VaCalipso.

 - Isso não acabou, eu juro, vou acabar com a vida de vocês! – Ela disse e foi embora.

Percy não se abalou com o que ela disse. Apenas uma coisa me assustou, e eu tinha que saber.

 - Cabeça de alga, hum, você já fez, hum, aquilo? - Eu perguntei.

 - Aquilo o que? - Ele perguntou confuso, ele não estava se fazendo de desentendido, ele era lerdo mesmo.

 - Relações sex – Eu ia dizendo, mas ele me interrompeu.

 - Já entendi. – ele disse rapidamente. – eu tenho mesmo que responder?

 - Só se você quiser... Não posso te obrigar a me dizer nada. – eu disse meio desapontada. Acho que ele percebia quando eu estava desapontada, pois me olhou profundamente e me apoiou no carro, nós andamos calmamente até ele enquanto conversávamos. Ele apoiou suas mãos no carro, me prendendo, e me beijou.

 - Meu amor, – ele disse, fazendo meu coração palpitar com o novo apelido. – não fiz nada com ninguém. Eu sei que isso vai parecer meio, hum, clichê, mas eu estou esperando a garota certa. – Ele disse e voltou a me beijar.

 - É? - Eu perguntei entre os beijos. Ele “disse” “humrrum” entre os beijos. – E você já encontrou essa garota? - eu perguntei, e ele parou de me beijar.

 - Sim, e ela está na minha frente. – ele disse, sorriu brevemente e voltou a me beijar. Os beijos dele não eram como se quisesse se aproveitar de mim ou algo do tipo, eram cheios de amor, e parecia que ele precisava daquilo, como se ele respirasse pelo beijo. Para mim não era diferente. Cada toque dele em minha pele me dava arrepios – arrepios bons. Quando ele falava algo, mesmo que fosse uma simples palavra, meu coração palpitava. E quando ele sorria para mim, nossa, parecia haver um zoológico se revirando dentro de mim. Ele me deixava sorrindo como uma retardada. Só de pensar nele eu começo a sorrir e rir sozinha. Cara, eu estou muito apaixonada, e nunca esperava que ele fosse me corresponder. Eu sabia que já o amava, mas estava cedo demais para dizer as três palavrinhas mágicas.

Depois de muitos amassos – e que amassos – ele resolveu me levar para casa. Ele avisou aos pais que iria dormir na minha casa a pedido de minha madrasta e assim fomos diretamente para minha casa. Arrumei ração para Logan, liguei para minha família e eu e Percy fomos assistir TV. Ele se deitou com a cabeça em minhas coxas (não pensem besteiras ;D) e eu fiz cafuné em seus cabelos escuros. Chegamos da festa duas horas da manhã e ficamos assistindo TV até as quatro da matina, e eu não estava com nem um pouco de sono. A sala estava escura, e Percy cochilava em meu colo. Levantei sem acordá-lo e fui à cozinha beber um pouco de água. Quando terminei de beber água, olhei para o chão e quase desmaiei. Dei um grito agudo – que não saiu alto o bastante para acordar a vizinhança, mas acordou Percy, que veio correndo e me encontrou em cima de uma cadeira olhando aterrorizada para o chão.

 - M-mata – Eu disse à Percy. Ele pegou a primeira coisa que viu – uma vasilha cheia de água que estava em cima da bancada – e certou na aranha. A maldita correu, vindo para minha direção. Ele despejou a água nela e depois acertou a vasilha nela, matando-a. Percy olhou de mim para a aranha inúmeras vezes, e soltou uma risada. Eu não aguentei e ri junto, mas ainda estava assustada.

 - Você está bem? - Ele perguntou a mim depois de parar de rir.

 - Sim, eu acho. - Eu disse descendo da cadeira. Ele me olhou, buscando uma explicação. Sentei na bancada – meu pai sempre brigava comigo por eu me sentar na bancada – e comecei a contar. – Meu amor, - eu disse, e ele deu um sorriso do tamanho do mundo. – Quando eu tinha nove anos, eu e Luke estávamos brincando perto de uma floresta, quando um cachorro super bravo apareceu. Ele arranhou o rosto de Luke, deixando nele aquela cicatriz. Nós dois saímos correndo e despistamos o cachorro. O rosto de Luke estava sangrando muito, e precisávamos de ajuda. Estávamos mais perto da floresta, então, sem que eu percebesse, uma aranha muito venenosa me picou. Eu desmaiei e Luke teve que me carregar. O problema foi que, naquele momento, descobrimos que eu era alérgica a picada de aranhas. Luke ficou com uma cicatriz no rosto, e eu fiquei em coma por cinco meses. Eu quase morri nesse tempo. Por isso eu tenho trauma de aranhas e por isso todos evitam que eu fique em um ambiente que tenha aranhas.

 - Annie, eu... Eu... – ele disse, preocupado. – Me desculpe por ter rido. Vou tentar te manter longe de aranhas. Está cansada?

 - Agora estou com um pouco de sono. – Eu admiti. Aquela história me deu sono.

Percy revistou a casa toda para ver se haviam outras aranhas, e matou todos os insetos por precaução de eu ser alérgica. Ele me colocou na cama, e teria dormido na sala, mas eu não deixei. Afinal ele é meu namorado, e não vamos fazer nada demais além de dormir. Ele se deitou e me abraçou, fazendo-me repousar a cabeça em seu peito. Ele fez carinho nos meus cabelos até que eu adormecesse. Antes de apagar, lembro-me de tê-lo ouvido dizer:

 - Eu vou te proteger meu amor. Nada vai te machucar. – E depois dessas palavras caí num sono profundo.

Continua...