Uma Nova Chance escrita por Satine


Capítulo 4
Capitulo 4




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Apesar de todos me chamarem de Lunática, eu não vivia no mundo da lua, na verdade gostava de observar as coisas, as pessoas e tudo tinha mudado desde que queda de Lord Voldemort.

Gina estava ajudando Harry, ela com seu jeito divertido o distraía e ensinava a viver um mundo sem Voldemort, eram meu casal favorito. Hermione ainda era a mesma e Rony, ele é engraçado, mas está sendo um idiota, como costuma ser às vezes, acho que a fama fez isso com ele, gosta de se gabar e sentar com todas as garotas grifinória para contar como foi a batalha como melhor amigo do Eleito. Neville também está sendo notado, mas continuava desastrado Ana Abbot parecia não se importar, já que os dois tinham interesse por herbologia, cada membro da AD tinha agora sua vida e já não estavam tão unidos e isso fazia com que eu frequentasse a Sala Precisa sozinha, ela aparecia para mim, pois eu precisava de um lugar para me lembrar, para me refugiar e lembrar de como era bom ter amigos.

E tinha Tom Riddle, este estava o tempo todo tentando se aproximar de Hermione Granger ou de Gina, eu ainda não entendia o porquê, nem ficava pensando nisto o tempo todo, mas percebia, ele estava tendo mais sucesso com a castanha.

Em uma tarde de sábado entrei na Sala Precisa depois de fazer os deveres e me surpreendi ao perceber que já estava habitada. A sala tomou praticamente a mesma forma que tomava nas reuniões da AD, mas desta vez, Tom Riddle estava sentado próximo à lareira, com um caderno preto, uma pena e um tinteiro, escrevia algo. Eu fiquei parada na porta por alguns segundos até ele notar minha presença.

— Ah desculpe, eu não sabia que já estava ocupada, volto depois. – digo seca, pronta para dar meia volta e sair.

— Não. – ele disse sem olhar para mim, fechando o caderno. – Eu já estou de saída.

Sem dizer nada me sentei no lado oposto da sala e peguei a varinha fazendo o meu patrono corpóreo, um coelho de luz branca azulada começou a saltitar pela sala, ele olhou por um momento para meu patrono, foi para a porta, segurou a maçaneta, mas pareceu mudar de ideia, girou nos calcanhares e me encarou.

— O que te traz aqui? – perguntou.

— Lembranças. – digo com simplicidade, mas não quero lhe dar muita atenção, ele fez muitos de meus amigos sofrerem, mesmo assim a curiosidade fala mais alto. – E você?

— Um lugar calmo para pensar.

— Hm, meus amigos e eu costumávamos vir aqui e fazer reuniões onde Harry nos ensinava feitiços avançados de Defesas Contra as Artes das Trevas. – ele fez uma careta quando menciono o nome de Harry. – Por sua causa.

— Eu costumava trazer meus amigos aqui... Para lhes ensinar Artes das Trevas, mas faz muito tempo, em 1943.

— Eu não tinha amigos antes disso.

— Então Lord Voldemort te ajudou a fazer amigos. – ele diz com um breve sorriso, mas este cheio de sarcasmo.

— É, sim, mas fez mais mal, do que bem.

— Sou apenas um estudante agora Lovegood, não sou mais perigoso.

— Por que está tentando se aproximar de Gina, de Hermione ou de mim? – perguntei e abri a revista d’O Pasquim lendo outra página em que precisava virar o jornal de cabeça para baixo para entender.

— Eu não... – ele me olhou de um jeito estranho e não completou a frase.

— Não pode falar, é algo que vai fazer você se reerguer como Voldemort. – digo agora tendo mais atenção na revista do que nele, mais uma vez senti seu olhar agora indignado e surpreso em cima de mim, e então começou o teatro.

— De maneira nenhuma Srta. Lovegood. – disse mecanicamente.

— Tudo bem. – digo para encerrar a conversa, mas ele volta a sentar no lugar que estava sentado antes, do lado oposto da sala, de frente para mim, ergui os olhos da revista.

— Você tinha razão, não tenho amigos, nunca tive.

— Mas você não precisa disto, foi o que você disse. – digo novamente seca.

— Você seria minha amiga? – ele perguntou arqueando uma sobrancelha e me pegando de surpresa, arregalei os olhos.

— Não, você machucou meus amigos. – digo e olho para o coelho saltitando e iluminando a sala dando um ambiente de felicidade e aconchego. – Mas talvez... Com 5 condições.

— Cinco condições? Quais? – ele perguntou desconfiado e hesitante.

— A primeira: Você precisa de boas lembranças, para poder conseguir executar um patronum.

— Razoável.

— A segunda: Precisa fazer uma boa ação por dia. – ele deu de ombros. – A terceira: Não vai mentir para mim, amigos não mentem uns para os outros.

Ele não disse nada, apenas esperou pela quarta.

— Quarta: Vai se desculpar com todos que você atingiu com seus maus atos.

Dessa vez ele riu.

— Teria que passar a minha vida me desculpando com os familiares das milhares de pessoas que matei. Nem pensar.

— Então nem pensar, não vamos ser amigos. – digo voltando o olhar para a revista, mas sem prestar a atenção desta vez. Ele suspirou impaciente.

— Qual é a quinta? – ele perguntou, é, eu tinha me esquecido de uma quinta.

— Eu vou pensar nela, se você aceitar os outros quatro passos.

— Está bem, eu vou tentar Luna. – ele diz tão espontâneo e até parecido com o Harry, mas tão mentiroso.

Eu sorri e assenti, mesmo que dentro da minha cabeça só havia uma única frase: ele está mentindo.

— Então me diga como aconteceu? Como você voltou?

Ele me contou como se encontrou com o professor Dumbledore na Estação de King’s Cross.

— E no final disse que somente encontrando amor verdadeiro eu poderia me salvar. – revirou os olhos. – Quanta babaquice. Você acredita em mim? No Ministério só acreditaram porque me deram Veritaserum.

— É claro que eu acredito. – eu sorri e me levantei. – E eu espero que consiga encontrar amor e não se torne Voldemort de novo.

— Você já vai Srta. Lovegood? – ele pergunta ignorando o que eu disse. – Oh imagino que eu esteja te atrapalhando a... Ler sua revista. – ele fez uma pausa ao ver que eu a estava lendo de cabeça para baixo, exatamente como os outros faziam.

— Oh não, não estava atrapalhando. – digo, mas é que já é quase hora do jantar. Dito isto saí da sala precisa sem espera-lo.


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