10 Coisas Que Eu Odeio Em Você escrita por Gio


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

É, eu sou muuito boazinha com vocês. Mereço bônus pela minha rapidez.
Enjoy! ;)
XOXO



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Tudo correu tão rápido, tão diferente do planejado. Tudo diferente. Principalmente para Reyna.

                A garota fria que pensava em nunca se apaixonar. Mas seu coração não seguiu à risca as regras impostas por seu cérebro. Infelizmente.

                As palavras simplesmente lhes vinham a mente, torturando-a tão ou pior quando uma faca, dilacerando suas emoções como se fossem feitas de papel.

                “ [..]eu o desafiei a ficar com você.” Seria mesmo ele o culpado?

                Lembrou-se de atirar o urso de pelúcia no chão. Com a intenção de que isso mudasse alguma coisa. E de fato mudou, lhe causou remorso.

                Passou a mão nos cabelos e sentiu um volume. As orelhinhas de onça. Ainda não tirara. Com os olhos fechados, puxou-a do cabelo e pressionou contra o peito, tentando fazer com que as recordações voltassem. E principalmente tentando acreditar que aquilo tudo não passara de um sonho. E que logo logo Leo a acordaria, chamando-a para algum passeio cilada, que mesmo negando, ela adoraria.

                Hesitou em correr principalmente pelo fato de que esperava que ele viesse encontra-la. Os minutos se passaram, mas nada.

                “Por favor Reyna, não me peça para fazer algo que não posso. Eu te amo. [..] qualquer coisa é menos torturante do que vê-la chorar. Você ainda é a minha vida.” Por quê essas simples palavras surtiam tanto efeito nela, à ponto de fazê-la hesitar?

                Reyna parou na calçada, ofegante. Fora uma corrida em tanto. Apoiou-se no muro de uma casa e deixou que as lágrimas fugissem de seus olhos, mesmo sem seu consentimento.

                “E por quê Marte isso dói tanto? Logo eu, que já senti todas as dores possíveis. E esta, a mais estúpida, me faz ficar assim. Eu sou uma idiota.” Ela pensava.

                O céu já se tornava roxo e as primeiras estrelas despontavam no horizonte. A noite anunciava sua chegada. Olhou para a Lua, de certa forma feliz, pois era a mesma Lua que Leo veria, independente de onde ele estivesse.

                “Droga! Por que raios tudo me vincula a ele? Por que simplesmente tudo isso não pode acabar?” ela murmurou.

                Mas de repente um barulho suspeito a fez ficar alerta. Som de passos. E dessa vez, tinha certeza de que não era Leo. E pela primeira vez em tempos, sentiu medo. Medo de verdade. E dessa vez, o Super V não estaria lá para proteger a mocinha-inocente-e-indefesa que vivia adormecida em seu inconsciente.

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                O grito agudo o deixou em pânico e lhe desvinculou de qualquer outro sentimento que não fosse o amor.

                O garoto largou tudo e correu na direção do grito, atravessando becos e ruas suspeitas, dando de cara com homens mal encarados. Mas nada disso o apavorava mais que a ideia de perdê-la.

                Correu com toda a energia possível e com toda a determinação mais que impossível, preparado para enfrentar qualquer coisa. Por quê por ela, ele seria tudo.

                Os gritos ficaram mais altos quando ele entrou em um beco escuro. De relance viu a silhueta da (ex) namorada, com o corpo arqueado para trás. E a frente da garota, um homem a segurava pelo pescoço, de alguma forma, asfixiando.

                “Mas como isso foi possível? Reyna com certeza é mais forte que ele. E já enfrentou monstros com o quíntuplo de seu tamanho.” Ele pensou. Mas aquilo já não importava mais. Correu até ela, sem ao mínimo ter consciência de seus movimentos. Cortou, chutou e bateu em qualquer pessoa além de Reyna. Mas chegou cedo apenas o suficiente para encontra-la viva. E não mais que isso.

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                Reyna estava certa. Os passos não eram de Leo. Cerca de cinco segundos após constatar isto, um homem mal-encarado se aproximou dela. O hálito fétido de bebida alcóolica a provocou náuseas. Ele se aproximava gradativamente dela, e aos poucos reyna foi capaz de distinguir seu rosto. A barba não aparada. As roupas, rasgadas e o cabelo, bagunçado a ponto de ser confundido com um ninho de ratos.

                Reyna entrou em choque. De início, o confundiu com um ciclope. O mesmo que enfrentara anos atrás. Mas de monstro, o homem possuía apenas o caráter. O indivíduo chegou mais perto e a puxou pelo braço, com uma força mais que suficiente. Ela arregalou os olhos, completamente apavorada e ao mesmo tempo atordoada. Mesmo filha da deusa da guerra, não pudera nem ao menos esboçar alguma reação. Mesmo não querendo admitir, fora pega de surpresa.

                Gritou ao mesmo tempo que o chutava em todas as partes que conseguia. Sua voz já perdia a potência. Certa hora, por um mínimo descuido, o homem lhe acertou na testa, abrindo um talho de tamanho médio. Sentiu gotas de sangue escorrerem e se apavorou. O homem a largou no chão por tempo suficiente para que ela respirasse. E depois, mínimos segundos depois, a ergueu pelo pescoço.

                E então, ela sentiu que morreria. Seu ar se esvaía junto com suas esperanças de que algo a salvasse. E então ficou inconsciente.

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                O homem escapara, mas Leo não podia deixar que reyna ficasse lá, enquanto ele procurava pelo criminoso.

                Olhou-a de cima a baixo, analisando-a. Um talho da testa. O corte sangrava, mas não parecia muito grave. Ajoelhou-se ao seu lado e verificou seus pulsos. Graças aos deuses seu coração ainda batia.

                Seu pescoço apresentava marcas vermelhas de dedos, indicando uma possível asfixia. Seu corpo estava gelado. Provavelmente sentia frio. Tirou o casaco e a cobriu. Suas mãos estavam trêmulas.

                - Por favor, não vá embora! – ele implorou.

                Assim, ele a pôs no colo e correu desesperado em direção a algum hospital.

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                Suas lágrimas caíam tão desesperadamente que a blusa da garota se encontrava úmida. Leo não conseguia se controlar, e naquele momento, daria até mesmo sua vida para vê-la bem. E como daria.

                “Se não fosse aquele maldito Peter, tudo estaria correndo tão bem...” ele murmurou a si mesmo.

                Corria quilômetros como se fossem míseros metros, até que suas preces foram atendidas. Um hospital. Tudo que ele precisava.

                Entrou correndo, empurrando a porta com o pé, assustando um bando de pacientes impacientes que aguardavam na sala de espera, lendo revistas fúteis e jogando truco.

                Rumou em direção a recepcionista. Uma simpática moça que vestia uma roupa branca e lixava as unhas.

                - Por favor, é uma emergência! – ele pediu, desesperado.

                A garota limitou-se a olhá-lo com um escárnio e voltou a lixar as unhas. Leo grunhiu de irritação e saiu do lugar. Com cuidado, colocou Reyna sobre um banco e aos poucos derramou em sua testa um pouco de ambrosia.

                Gradativamente a cor lhe voltou ao rosto, e isso tranquilizou o filho de Hefesto.

                Quando se sentiu seguro de que ela ficaria bem, chamou um táxi e foi em direção ao acampamento.

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                Assim que chegou com Reyna nos braços, todos os seguranças lhes deram passagem, perguntando sempre se queria ajuda. O garoto negou com a cabeça e continuou o percurso. Quando enfim alcançara a entrada, uma horda de pessoas veio a seu encontro. Hazel tentou conter a multidão, mas não foi possível. Um campista de Apolo se aproximou, abrindo caminho na multidão. A filha de Plutão sorriu aliviada e dispersou o agrupamento de campistas curiosos.

                O garoto se ajoelhou perto dela e murmurou algumas palavras em latim. Pareceu um pouco cansado, mas repetiu o processo mais uma ou duas vezes. Suspirou e lhe deu o veredito.

                - Ela ficará bem, mas precisa descansar. – ele falou, tentando demonstrar confiança. – Pode ficar tranquilo, a magia de cura foi mais que o suficiente para o corte.

                Leo deixou escapar um gemido de alívio e sorriu para o garoto, que foi embora. O filho de Hefesto a tirou do chão e a levou para o seu quarto, cobrindo-a.

                Várias vezes pensou em ir embora, mas não resistiu. Seu senso protetor o importunava a cada vez que hesitava em se levantar.

                A vê-la se mexer na cama, Leo se levantou num salto e correu até ela. Pôs uma mão sobre sua testa e a sentiu quente. Mais que o normal. Precisava de ambrosia.

                Tateou o lugar, em busca de alguma coisa, e por fim, lembrou-se de um criado mudo, ao lado da cama da pretora. Levou um minuto até encontrar a chave prateada que o destrancava. Num gesto rápido, abriu a gaveta, revelando uma imensidade de coisas desnecessárias para alguém prestes a dormir. Vasculhou, mexeu e nada de ambrosia. Mas uma bola de papel amassado o fez hesitar em fechar o móvel.

                Pescou o papel e pôs sobre as pernas, abrindo-o. Tentava desamassar os vincos, na tentativa de lê-lo. Mas felizmente a caligrafia era bastante legível, mesmo com o papel em completo desgastado.

                Leo acendeu uma chama entre os dedos e aproximou o papel de si. O fogo iluminou a grafia precisa e redonda da garota, que provavelmente escrevera com pressa. Deu uma olhada melhor no papel e conseguiu identificar o título.

                “10 coisas que eu odeio em você.” , uma frase curta escrita caprichosamente com uma caneta colorida.

                E mais nada.

                Freneticamente, começou a vasculhar tudo, desde lixeiras até gavetas, na procura da continuação do papel.

                Sua mente fervilhava em curiosidade. Precisava desesperadamente ler o conteúdo do texto.

                Irritado, chutou uma caixa, que se abriu produzindo um mínimo barulho.

                E revelando a Leo o maior tesouro que ele poderia encontrar.

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É de intriga que o povo gosta! Nunca vi. 

E como diz meu amigo, eu sou do bad. E a fic só tem mais um capítulo. E é o epílogo. E acaba. (Não me diga!) 

Não estão entendendo? Pois bem. A uma semana atrás, do nada eu tive uma ideia para a continuação da fic, mas eu precisava de uma base. Então veio a questão da briga dos dois, e isso foi o fogo que acendeu a minha ideia. Portanto, pelo menos por enquanto, a fic não terá um fim, e sim uma continuação. Eu estva pensando em colocar ela no meio dessa, tipo uma fic dentro da outra, mas ficaria confusa.

Então eu tive a ideia de fazer uma "segunda temporada", onde mistérios serão revelados e vocês irão querer me matar de ansiedade a cada fim do capítulo (ou não, talvez eu esteja dando ouvidos demais ao que mamãe fala).

Mas retornando, eu espero de coração que todos vocês acompanhem a nova fic, com o mesmo caminho que acompanharam essa. Por que, querendo ou não, os comentários e recomendações são o que me movem a escrever.

É isso, vou-me embora.

XOXO


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Notas finais do capítulo

Reviews?



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