10 Coisas Que Eu Odeio Em Você escrita por Gio


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Bom, mais um capítulo. Espero que gostem!
Enjoy! ;)
XOXO



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Leo acordou. Estava sozinho, em uma barraca de lona amarela. No meio do nada. E com a sensação de que algo estava errado.

Tinha certeza de que não passara a noite sozinho. Tinha a certeza de ainda sentir a pressão dos lábios de Reyna. Tinha a certeza tocou violão e cantou para a garota que já não estava mais lá.

Teria sido apenas um sonho? Mas por que Hades lembrava tão claramente de todos os acordes, todas as palavras e risos? Por quê tudo parecia não ter sentido? Por quê tudo parecia tão real?

O papel do jogo comprovava sua memória. Tudo não poderia ter sido apenas uma lembrança. Uma mera ilusão embutida em sua mente confusa. Teria mesmo se apaixonado por alguém que nem ao menos conhecia?

Não era possível. Leo se recordava detalhadamente de tudo. Inclusive do momento em que ela dissera “Eu também estúpido.”

De um momento para o outro, tornou-se mal humorado e irritadiço. Recolheu alguns de seus pertences e saiu, deixando que a barraca se desfizesse com o clima, deixando junto a ela qualquer resquício de felicidade que um dia pensou em ter.

Caminhou até a cidade, chutando pedras que estavam ao seu redor. Sentiu-se recluso em um sonho. Preso fora da realidade que contestava sua infeliz trajetória.

Com um dos pés, apagava as pegadas que deixou na terra. Não se sentia apto a voltar a pensar. Se por um momento pensou que ela não mentiu ao dizer que o amava, agora tinha certeza de que fora enganado. Não sentia raiva da garota, mas estava desapontado. Com a vida, com si mesmo. E como fora imbecil ao se deixar levar pelo momento.

A infelicidade lhe assolava a caminhada. O dia parecia que de fato não poderia piorar.

- Ai! – reclamou uma voz aguda, proveniente de seu lado esquerdo.

- Desculpe? – ele falou, erguendo a cabeça para procurar a origem da voz.

- Aqui! Será que você ao menos poderia me ajudar a levantar? – resmungou a voz.

Leo se deu conta de que sem querer derrubara uma garota.

- Oh! Desculpe mesmo. Quem é você? – ele perguntou.

- Jes, terceira coorte, filha de Mercúrio. – ela se apresentou.

- Mercúrio é deus de...

- Forma romana de Hermes. – ela completou. – Eu já deveria saber que você era um dos graecus.

- Leo Valdez, filho de Hefesto. Ao seu dispor. – ele fez uma reverência.

- Até que é bonitinho. – ela falou, olhando-o de cima a baixo. – Tem namorada? – perguntou diretamente.

- Não. – Leo enrubesceu ao responder.

- Hum, bom. Está livre hoje à tarde? Sei lá, poderíamos ir na cafeteria da cidade. – ela falou despretensiosamente.

- Desculpe, mas eu já tenho planos. – ele retrucou encabulado.

- Tem certeza? Que eu saiba, os graecus estão dispensados das obrigações. – ela sugeriu.

“O que tem de mal? Ela é bonita e nada melhor que isso para esquecer Reyna.” Ele pensou.

- Tudo bem. – respondeu. – Te pego ás três.

- Te espero. – ela piscou.

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Reyna nunca estivera tão arrependida. Chorou a noite inteira.

Eram cerca de meia noite quando ela acordou. O céu ainda estava negro, e o Sol ainda não ameaçava despontar no horizonte. Estava envolta pelos braços de Leo, ciente de tudo que acontecera. De certo modo, sabia que não podia ter ficado lá. Sabia que todos a condenariam pelo ato.

O choro se precipitou. Ela não sabia se conseguiria fazer isso. Mas deveria ser forte.

Reuniu toda a força de vontade e se levantou, desvencilhando-se cuidadosamente de Leo, zelando para que ele não acordasse.

Recolheu suas coisas e saiu, mas não sem antes dar um beijo nos lábios do filho de Hefesto.

Correu até a cidade, torcendo para que ninguém a tenha visto. Esgueirou-se pelos portões e subiu até o quarto, abrindo a porta da maneira mais silenciosa que podia, evitando qualquer rangido.

Jogou as coisas em algum lugar do cômodo e trocou de roupa, colocando um pijama confortável. Pulou na cama e chorou, como uma pré- adolescente que acaba de receber um pé na bunda.

Era injusto consigo mesma e com Leo. Ela tinha certeza de que o filho de Hefesto não entenderia e ao acordar não a visse ao seu lado. Ela tinha certeza de que se arrependeria, mas desde o momento que tomara a decisão, já sentia remorso.

Ela sabia que Octavian a condenaria para todo os sempre. Ela sabia também que não tinha tempo a perder. Uma batalha sendo travada e sua vida poderia ter um fim a qualquer momento. Mas não queria se magoar. Novamente. E perder Leo da mesma maneira que perdeu Jason. E ver a guerra levando embora qualquer princípio de alegria.

Nenhuma palavra de incentivo seria capaz de torná-la feliz novamente. Tomara uma decisão e já era tarde demais para voltar atrás. Os primeiros raios de sol já despontavam sobre o céu avermelhado.

Por algum milagre, conseguiu adormecer.

[...]

O despertador tocou, levando-a embora de seu sono sem sonhos. A cara de choro ainda era visível, mas nada seria capaz de apaga-la.

Despiu-se e tomou um banho quente, mandando embora junto com o vapor, as tristezas que assolavam sua vida.

Puxou uma toalha felpuda e se secou, vestindo a clássica túnica pretorial. Calçou as sandálias e arrumou o cabelo. Mesmo irritada e triste, ainda tinha obrigações a cumprir, e entre elas, manter a postura, e fingir que nada aconteceu.

Desceu as escadas e caminhou sem rumo, apenas para espairecer, mesmo que certa parte de seus sentimentos buscava ir atrás da barraca, na esperança de encontra-lo dormindo, imerso no mais sereno sono.

Mas um empecilho no meio do caminho a fez parar.

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Leo não tinha ideia do que estava fazendo. Quando se deu conta, a garota que descobriu ter o nome de Jes, já havia voado em seus lábios e o beijava vorazmente.

Sabia que era errado. Com si mesmo e com Reyna. Mas já não tinha controle sobre seus sentidos.

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No momento que Reyna o viu, já não conseguia mais raciocinar. Uma garota que não podia identificar beijava Leo. Sentiu a raiva dominar seu corpo.

Era errado, ela sabia. Já não devia mais ter ciúme de algo que nem mesmo era seu. O que poderia ser, se ela apenas abrisse uma brecha.

De certo modo, odiava a si mesma por tê-lo deixado escapar. Odiava o fato de sentir raiva da garota. Odiava o fato de odiar a si mesma por odiar sentimento de amor que nutria pelo garoto.

O ódio confundia-lhe a cabeça, fazendo que o que era certo e errado perdesse o parâmetro. Não sabia mais se teria controle o suficiente para não pular na garota.

Lágriamas de remorso e raiva lhe subiram aos olhos. Não conseguia evitar. Estava apaixonada por ele. Ou apaixonada pela ideia de que ele estivesse apaixonado por ela. Nem Reyna consegui se entender.

Reyna recuou, correndo com as costas viradas para eles, tentando mediocremente ignorá-los.

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- Ei garota! O que você estava pensando? – ele reclamou, desvencilhando-se da menina, ao ver que Reyna os viu e agora corria com lágrimas nos olhos.

- Mas você não disse que sairia comigo? – ela perguntou cínica.

- Sim, mas em momento nenhum eu disse que te beijaria. Ficou maluca?

- Claro! Por sua causa! Eu estou doida por você!

- Faz um favor, me esqueça. E de preferência não fale comigo. Agora, com licença. – ele sorriu seco e correu, deixando a garota sozinha.

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- Reyna! Reyna! – ele gritava, procurando a garota.

- Me esqueça! – ela retrucou.

- Reyna! Por favor! Eu não sei o que deu naquela garota! Ela simplesmente me beijou e...

- Leo, por favor não torne isso mais difícil. Eu só quero esquecer que tudo aconteceu. Eu não quero te perder para a morte. – ela falou entre lágrimas. – Em poucos dias você vai embora. Ontem foi bom, mas eu simplesmente não posso...

- Reyna! – ele falou se aproximando. – Eu te amo, e nem a morte vai ser capaz de me fazer esquecer disso. Você não faz ideia de como eu fiquei quando acordei e não te vi. Do ódio que senti de mim mesmo. Você não faz ideia de quanto é importante pra mim. E eu nem sei por quê Hades eu te amo tanto. Eu simplesmente não posso explicar. E se você sente o mesmo por mim, deuses Reyna, esqueça que eu posso morrer amanhã, por que você também pode. Esqueça o fato da guerra! Nós teremos que lutar de uma forma ou de outra, e você será a única coisa que vai me fazer querer ficar bem. A âncora que me prende à vida, O único motivo para que eu fique vivo. Por favor, não me faça gritar para todos que eu te amo, por que você sabe que se pedir, eu vou.

Não foram precisas mais palavras. Reyna apenas fechou os olhos e chegou mais perto, envolvendo Leo num beijo, deixando ir embora toda a infelicidade que reprimiu por anos.

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Ficou bom? Amaram, odiaram? Sei lá.

EEEE! Amanhã lança nossa esperada Marca de Atena. Eu vou tentar ler em inglês mesmo, e arriscar ver se as aulas da professora serviram para algo.

Eu estou tããão ansiosa!!

Minha feira de ciências é quinta. (Eu acho que já disse que adiaram) Então, vou tentar me adiantar para postar, mas não prometo nada.

Mudando de assusnto, vocês lembram que eu comentei que quero fazer uma fic com os capítulos contendo varias mini fics, short fics e oneshots?

Pois é, acho que vou fazer mesmo. Se der tempo, já vou adiantar algumas coisas, por que esse mês tem prova (eu acho) e com certeza vou me enrrolar.

Então, quem quiser mandar sugestões de shipps e situações, tipo, Líper e parque de diversões, eu aceito. Podem ser shipp improváveis, menos de Garotos/garotos e garotas/garotas, por que eu definitivamente não sei escrever. E não esperem nada pervertido. Seguindo todos os termos acima citados, podem escolher entre PJO, Jogos Vorazes e CDK. Até entre os casais menos improváveis, tipo Foxface e Cato. U.U Façam pedidos e me encham de alegria.

P.S: Se alguém for bom em desenhar, (por que eu sou uma negação quando tento) e quiser e ceder um desenho do Leo e da Reyna, eu agradeço.

P.S.S: Vamos fazer um pacto: Quem ler a marca de Atena, me passa Spoilers e eu também passo sobre o que eu conseguir entender. Beleza?

XOXO


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Notas finais do capítulo

Reviews?



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