Nesse momento não era só Emmet que estava incomodado com os vários poderes de Carolyne, Ness estava muito chateada e enciumada também. Edward escutando seus pensamentos ficou muito preocupado.

-Ness, nessa casa jamais teremos um preferido, como Esme disse, todos aqui temos seus talentos.

-Não são todos não papai.

-Tia Rose é tão bonita que deixa qualquer humano aturdido, Tio Emmet vence de qualquer humano ou não humano pela sua força, Vovó Esme conquista a todos pela sua bondade e compaixão, Vovô Carlisle vence qualquer tentação que eu jamais vi outro vampiro vencer, tudo para ajudar os humanos com seus conhecimentos médicos. Se todos esses talentos não forem poderes, o que serão então?

-Mas Carolyne te muito mais que todos.

-Você não entendeu o poder de Carolyne. O poder dela se resume em fazer sua vontade valer a qualquer custo. Isso é complicado, então ela precisa ter vários modos de conseguir isso.

Ninguém tinha pensado por esse lado, nem Edward, ele só ouviu os pensamentos de Eleazor, pois ele murmurou um obrigado direcionando seu olhar a Eleazor. Ness ainda estava muito enciumada e Edward deu-lhe um abraço e a levou para caçar. Eles se divertiram muito, Edward tentou de outros modos explicar-lhe, mas apenas ouvia de sua mente: preciso dar um jeito de ser especial também, o que fez que ficasse-mos muito tristes com essa preocupação descabida de Ness.

Alguns dias depois, Eleazor já tinha partido, e Ness acordou febril, tossindo, vomitando e muito manhosa. Todos ficamos muito preocupados, pois achava-mos que Ness fosse como nós, que não ficasse doente. Carlisle se desdobrou em cuidados mas a febre só aumentava, ela perdeu o apetite, só queria ficar deitada. Nenhum remédio a fazia melhorar e nem abaixar a temperatura.

Foram três dias de muito mal estar e não sabíamos até que ponto seu corpo era humano e até que ponto era vampiro. Em qualquer humano aquela temperatura já teria dado convulsões. Estávamos nos revezando entre as três crianças, mas todos estávamos realmente mais preocupados com a situação de Reenesme

Ness começou a chorar descontroladamente e todos corremos ao seu quarto.

-O que foi meu amor? – perguntei

-Mamãe, quando eu vou melhorar? Meu estomago dói tanto, estou com muita fome.

-Logo você vai melhorar. – menti.

-O que você quer comer que eu te faço? – disse Esme muito preocupada.

-Vovó, só de pensar em comida ou em sangue, já dói meu estomago. Eu quero que isso pare! – disse entre lágrimas.

Ness começou a sorrir, o que deixou a todos perplexos.

-Parou de doer, assim que eu pedi para parar.