Antes em Heart Of Darkness...

Heather se comportava de maneira estranha, seus sorrisos e insinuações. O reflexo da menina não correspondia à posição dela. Ela conversava com algo que estava dentro do espelho. Eu não conseguia ouvir o que falavam, parecia haver uma espécie de proteção. Continuei fitando o espelho e por um segundo o reflexo dos olhos castanhos da menina assumiram um clarão vermelho. Chamas? O que estava havendo?

Agora...

Voltei para casa quando deu 3h da manha.

Fui direto para meu quarto, eu estava muito cansada. Acho... Acho que talvez ainda haja esperança para mim e Damon no final das contas... Senti uma presença em meu quarto assim que fechei a porta. Droga! Eu devia ter previsto isso antes de entrar ali. Vire-me lentamente dando de cara com meu próprio rosto.

-        Você devia estar morta. – falou. Respirei fundo e respondi:

-        E estou.

-        Não se faça de engraçadinha. A intenção era que permanecesse morta. – rosnou. Ela estava irada. – O que faremos sobre isso? – falou arqueando a sobrancelha.

-        Na tenho medo de você. – falei convicta.

-        Pois devia ter. – ela se aproximou. – Eu lhe matei uma vez e pode ter certeza que farei de novo, e continuarei fazendo até que você se vá. Para sempre. – Katherine me jogou na parede segurando meu pescoço. Ela postou sua mão em meu peito, iria arrancar meu coração. Fechei os olhos com força e esperei pela dor. Mas de repente me senti atirada no chão. Olhei ao redor apavorada e não a encontrei. Passei as mãos nervosamente pelo cabelo. Levantei-me e fui até a cômoda. Alguém pôs a mão em meu ombro, ela voltou, minha respiração falhou e voltou ofegante. Eu sabia que ela  desistiria antes de cumprir sua promessa. Virei-me para a morte e encontrei Damon me olhando curiosamente. Sem pensar o abracei forte.

-        Elena, o que foi? Está me sufocando. – disse. O soltei e comecei a chorar. – Elena! O que foi? Diga-me.

-        Eu vou morrer.

-        Não, não vai. – ele me afastou um pouco e me olhou nos olhos. - Eu jamais vou permitir. – abaixei a cabeça e percebi a mancha de sangue em minha blusa de quando Katherine iria...

Olhei novamente para cima, Damon havia seguido meu olhar.

-        O que aconteceu com você? – tentei me acalmar de depois de alguns minutos o respondi:

-        Nada. Apenas Katherine. Ela que empurrou o carro ponte abaixo. – falei indo buscar um pijama.

-        E você fala isso com toda essa normalidade?

-        E quer que eu fale como? Eu já morri! Isso nunca será desfeito. – gritei.

-        O que mais ela te disse? – estreitou os olhos.

-        Que vai continuar tentando me matar até que seja definitivo.

-        Olha aqui. – disse ele se aproximando e me segurando pelo braço. – Não importa quantas vezes você morra, eu sempre te trarei de volta pra mim. Não importa o inferno que eu tenha que passar para isso. – e então me puxou para um beijo.

[...]

Depois de uma noite maravilhosa com Damon, fui a escola.

Caroline agora estava toda encantada por Klaus, eu não entendia o porquê, e estava em seu novo movimento. “Team Stefan”, agora ela se dizia que o pensamento de Damon e eu juntos a dava náuseas. Então eu passava mais tempo com Bonnie. Caroline andava julgando demais, talvez fosse falta do que fazer já que seu namorado agora vivia com a amiga Hayley. Bonnie também estava aprendendo feitiços sem contatos com os espíritos com o novo professor de história, Shane.

Enquanto eu ia para a aula de Biologia vi Stefan e tentei mudar de percurso, mas ele se postou na minha frente.

-        Elena. Calma. Sei que está brava e tudo mais...

-        Eu me lembrei. Sabe disso não sabe?

-        Sei sim. – falou e abaixou a cabeça. – Me des...

-        Como pode? Eu era namorada do seu irmão, como pode me compelir a dormir com você?

-        Era um plano. Que uma amiga e eu fizemos, para você voltar para mim.

-        Caroline lhe ajudou? – ele me olhou surpreso.

-        Não! O nome dela é Lucy. Bom, nós brigamos e ela não vai mais me manipular para conseguir o que quer. – falou.

-        E o que ela quer? – perguntei cruzando os braços.

-        Katherine. É uma longa história, depois de conto. Elena, por favor, me perdoa? Eu não estava sendo eu mesmo. Eu... Eu sou muito... Não faz ideia da raiva que sinto de mim por saber que fiz você e meu irmão sofrerem tanto.

-        Eu... É claro que te perdoo Stefan, mas você vai ter que me explicar quem era essa tal de Lucy, ok?

-        Claro! – ele sorriu de orelha a orelha e me abraçou. – Obrigado!

-        Você é bem vindo. – respondi.