Pov Carol

Estava em casa com o Louis quando o meu telefone toca.

* LIGACAO ON *

– Carol? Aqui e o Harry! O Louis está com você?

– Está sim! Aconteceu alguma coisa?

– Aconteceu sim. Tem como vocês me ajudarem a encontrar a Jubs?

– Claro, onde nos encontramos?

– Passo ai na sua casa em dez minutos.

– Ok! Tchau.

* LIGACAO OFF *

– O que aconteceu? - Louis me perguntou preocupado.

– Harry me ligou perguntando se você estava aqui e agora está vindo nos buscar para encontrarmos a Jubs.

– O que será que deu de errado no encontro?

– Ele não disse, mas vamos descer logo.-Descemos e ficamos esperando o Harry.

Depois de muitos beijos e carinhos Harry chegou um pouco abalado.

– Cara, o que aconteceu? - Louis perguntou o abraçando.

– Uma fã louca jogou comida na Jubs e ela foi embora.

– Sinto muito. - Digo com pena.

Pov Jubs

Linda cena essa. Uma menina suja, com maquiagem borrada, um salto quebrado, cabelo melado... Tem como ficar pior? Ah, tem sim. Está chovendo muito!

Eu deixei as lágrimas caírem, não me importando com o que as pessoas iriam falar no dia seguinte.

Andei até um parque vazio e me deixei chorar sentada sob uma árvore. Minha cabeça latejava, meus olhos ardiam, meu coração quase saia pela boca e meu corpo tremia.

Eu sempre soube que algo iria acontecer, só não pensei que seria tão ruim, nem tão rápido.

Pov Lari

Aqui estou eu, de boa na lagoa com o meu príncipe em sua casa. Meu deus! Quando eu fiquei tão melosa? A nossa tarde se resumiu a: comida, filme, comida, jogos, comida, video game... Comida.

– Nini, pega sorvete? - Perguntei fazendo bico.

– Mas a cozinha está tão longe. - Ele falou me apertando mais em seus braços.

– Por isso eu te pedi. - Falei rindo e ele me acompanhou.

Ele deu um suspiro longo.

– O que você não me perde sorrindo que eu não faço chorando? - Ele levantou com dificuldade pela nossa posição no sofá. Eu sorri e ele me deu um beijo na ponta do nariz.

Niall foi para a cozinha e eu desviei minha atenção para a TV que estava ligada.

– Lari... - Niall me chamou voltando da cozinha.

– Niall, o que aconteceu? Você está pálido! - Levantei num pulo.

– A Júlia... Ela... - Ela o que, Niall? - Perguntei aflita.

– Ela sumiu. - Eu caí nos braços de Niall, enquanto ele falava que tudo ia dar certo.

Pov Louis

– Já falei com o Niall. - Carol falou.

– Eu já falei com o Zayn e com o Liam. - Harry falou.

– Eu tentei ligar pra ela de novo, mas caiu direto na caixa postal. - Falei.

Dava para perceber a preocupação estampada em nossos rostos. Harry é o que está em pior estado, mesmo ele não falando nada eu sei que se sente culpado por tudo isso.

Dez minutos se passaram e todos estávamos na minha sala.

– E o que vamos fazer agora? - Katie perguntou.

– O que podemos fazer é a pergunta certa. - Zayn falou desanimado e ficamos em silêncio.

– Eu sei onde ela pode estar. - Lari falou de súbito e todos a encararam. - Mas eu vou sozinha! - Ela se levantou.

– Como assim sozinha? Você não vai sozinha! Eu vou com você! - Harry falou.

– Harry, eu vou sozinha, você não acha que já magoou minha amiga o suficiente por hoje? - Ela falou irritada.

A sala toda ficou em silêncio. Harry a olhava incrédulo e culpado ao mesmo tempo.

Larissa riu irônica e saiu pela porta rapidamente.

Pov Lari

Eu sei que eu fui grossa com o Harry, assim como eu sei que se eu não falasse aquilo ia ser pior.

Poxa, eles têm muitas fãs perfeitas, mas algumas são retardadas só pode.

Antes de ir aonde eu acho que ela está, peguei algumas coisas no nosso apartamento.

– Jubs. - Sussurrei assim que a encontrei, bem aonde eu pensava.

Ela olhou pra mim e eu vi seu estado, só de olhá-la deu vontade de matar a vaca que fez isso com ela.

– Você me achou. - Ela deu um meio sorriso.

– É claro, nós somos quase irmãs, certo? - Eu falei e ela sorriu verdadeiramente.

Me sentei ao seu lado, sob a grande árvore.

– O que é isso? - Ela perguntou apontando para as coisas que eu trazia.

– Nosso kit. - Sorri. - Comida, casaco, doces, violão, refrigerante e ipod.

– Você pensou em tudo!

– Eu sabia que você não iria querer voltar tão cedo para casa.

– E o que é aquilo? - Apontou pra uma caixa média que estava dentro da mochila.

– Isso... - Falei com os olhos marejados.

– O que foi?

- Eu recebi isso ontem, e... É do Ed. - Seu rosto ficou com uma expressão de raiva e duas lágrimas grossas caíram dos meus olhos.

– O que tem ai?

– Umas músicas que ele escreveu, umas cartas de amor antigas, umas fotos nossas, um moletom dele e uma... Carta de desculpas. - Eu falei e ela abriu a boca.

– Aquele... Ele deixou isso aonde? - Ela falou entre os dentes.

– Na nossa casa. - Sussurrei.

Nós nos abraçamos, um sentindo a dor da outra, uma tentando curar o coração da outra... E o seu próprio.

– Está frio. - Jubs reclamou.

– Pega o casaco. Aproveita e come, você deve estar faminta.

Ela vestiu seu casado e começou a comer. Tirei meu violão de sua case e dedilhei algo sem sentido, até que meus dedos tocaram uma música bem conhecida.

– And tell me if I’m wrong. And tell me if I’m right. Tell me if you need a loving hand. To help you fall asleep tonight. - Cantarolei baixo.

– Essa música é linda. - Jubs sorriu. - É sua?

– Nop. O Ed escreveu para mim quando fizemos 6 meses de namoro. - Falei chorosa. - Mas mesmo assim é linda.

- Ele sempre escrevia para você?

– Ele disse que todas as músicas que ele escreve são para mim, e que isso nunca irá mudar. - Sorri torto.

– Qual foi a última que ele escreveu pra você?

– Acho que essa. - Estendi uma folha de dentro da caixa pra ela. - No papel diz que ela foi escrita a dois dias.

– Close your eyes before the sleep. And you're miles away. And yesterday you were here with me. - Jubs cantarolou quando eu toquei no violão. - Own! Ele realmente sente sua falta. - Jubs disse.

– Eu também sinto dele, ele foi meu único amigo desde os 10 anos, mas o que ele falou não foi justo. - Chorei um pouco.

– Eu sei.

– Você quer falar sobre o Hazza? - Ela negou. - Tudo bem, mas fale pelo menos o que aconteceu no restaurante.

Ela me contou a história e eu ouvi tudo atentamente.

– Foi isso. Eu não sei se sou forte o suficiente para sair com ele novamente. - Ela se deitou no meu colo.

– Tudo vai dar certo, pode não ser agora, mas tudo vai se resolver.

– Tomara.

– Agora vamos para casa, pois eu estou com fome e não quero deixar o Hugo preocupado.

– Tudo bem. - Ela falou após um suspiro.

Caminhamos até um táxi que estava parado num ponto ali perto e fomos para casa. O caminho até o nosso apartamento foi silencioso, cada uma mergulhada em seus próprios pensamentos.

– Olha só, as vaquinhas voltaram pro pasto! - Hugo falou assim que entramos.

– Pois é, mas te vendo de samba-calção no meio da sala me faz querer voltar. - Falei rindo da cara de indignação dele.

– Nossa, você podia ser comediante. Só que não! - Hugo falou. - Vocês, subam, tomem banho, botem o pijama que hoje a noite é das mulheres! - Ele disse batendo palmas e dando gritinhos.

Subimos, cada uma pro seu quarto, e fizemos tudo o que Hugo nos pediu.

– Que filme vai ser? - Jubs perguntou.

- Diário de uma paixão. - Hugo respondeu animado.

– Jura? Não querem algo de terror? - Perguntei esperançosa. Os vacos balançaram a cabeça em negação e fomos ver o filme.