Opostos escrita por Marina Andrade


Capítulo 12
Capítulo 12 - Wood Green




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–Eu tenho que perguntar: o que é que sua namorada tem contra passagens de Pó de Flu?! Sério?! – Dave perguntou se aproximando de James, Collin e Peter. Estava carregando uma mala de mão e como de costume não muito satisfeito por saber que em poucos minutos estaria na companhia de sonserinos. Os quatro amigos tinham vindo de trem até Wood Green, e depois tinham encontrado sua maneira de chegar até o endereço que Anya tinha lhes indicado, em uma rua serena com poucas casas, quase como em um bairro bruxo.

–O Ministério não implantou passagens para esse lugar. – Peter disse com a certeza de um bom aluno da Grifinoria.

–Como foi que chegou até aqui? – James perguntou, olhando para a expressão exausta de Dave.

–Através de um carro trouxa amarelo que me cobrou muito caro e dirigiu sem se preocupar com a velocidade. Táxi ou coisa do tipo! – Dave explicou colocando sua mala no chão e desamassando seu casaco. – Já mencionei que acho as passagens de Pó de Flu uma excelente invenção bruxa? – Comentou suspirando.

–Você bem que podia ter vindo de Nôitibus com a gente. – Collin o contradisse, empolgado. – Hoje o Ernesto estava com pressa, tinha que ter visto! – Ele completou sorridente.

–E quando é que ele não está? – Dave perguntou ironicamente.

–Eles chegaram. – Peter comentou ao ver Malfoy, Logan, Parkinson, Smith e Linda saindo de trás de uma das casas e caminhando pela rua na direção deles.

James sorriu como de costume ao ver Anya, que lhe retribuiu o sorriso abertamente e, dessa vez, esquecendo da frieza e discrição sonserinas. Peter olhava para Linda, que lhe retribuía com um sorrisinho de canto de boca. Malfoy sorriu ao olhar para a mala semi-aberta de James, dentro da qual podia ver uma luva de couro com o brasão da grifinória, imaginando que os jogos de quadribol seriam mais intrigantes nessas férias. Dave, que não sabia por que diabos todo mundo parecia estar sorrindo, procurou mudar de assunto.

–Como foi que chegaram aqui? - Ele perguntou curioso, vendo que eles não carregavam malas.

–Aparatamos ali atrás. – Parkinson respondeu, para sua surpresa, sem ser irônica, apontando para a casa detrás da qual tinham surgido. – Já conhecíamos esse lugar então sabíamos como aparatar pra cá. – Ela explicou.

–Por que é que não aparataram diretamente para o chalé? – Peter perguntou curioso, enquanto observava Pansy tirar um pequeno baú do bolso esquerdo do casaco.

–Aqui é o mais próximo que conseguimos chegar do chalé. – Anya explicou se aproximando de Pansy e tirando a varinha do bolso da calça. – Dalí pra frente é território bruxo. – Ela disse apontando para um conjunto de árvores no fim da rua. – E bem protegido. – Explicou, enquanto, com um balanço suave de sua varinha, fazia o pequeno baú ampliar, ficando do tamanho de um maleiro. Pansy destravou a fechadura e abriu o baú, dentro do qual já estavam quatro malas pequenas e uma um pouco grande demais para uma viagem de três dias, de um cor-de-rosa chamativo e com o nome “Linda” bordado em uma lateral. Enquanto guardavam suas malas, os grifinórios não puderam evitar se entreolharem.

–Mulheres precisam de espaço, sabiam? – Linda retrucou o olhar dos grifinórios levantando uma sobrancelha.

–Então, vamos logo. – Pansy disse enquanto trancava o baú e o recolhia depois que Anya lançou um feitiço rápido em seu interior, o fazendo voltar ao seu tamanho de bolso.

–Zabini não vinha com vocês? – Peter perguntou, só agora notando o número ímpar de sonserinos.

–Preferiu ficar em casa dessa vez. – Draco comentou enquanto todos ajustavam seus óculos para voo e suas vassouras.

–E perder o jogo do Holyhead Harpies? – James comentou sem entender. – Deve ter tido um bom motivo.

–Namorada nova, pelo que eu soube. – Malfoy disse, olhando ironicamente para James, em uma clara referência ao fato de que eles só estavam todos juntos ali por causa do envolvimento entre ele e Anya. Talvez não fosse uma boa ideia questionar sobre as ações dos amigos de Anya.

–Ok, então. – Logan disse pigarreando. – Vamos sobrevoar a floresta sob o feitiço de invisibilidade, só por precaução, já que parte da floresta é território trouxa. Cada um deve conjurar um feitiço individual, como diz a lei, mas Anya vai conjurar uma barreira da invisibilidade maior sobre todos nós para cobrir alguém caso o feitiço falhe. Sendo assim, tentem voar perto dela. – Ele continuou explicando enquanto James observava Anya, sentindo uma pontada de inveja. Ela realmente tinha que ser tão boa em Feitiços?!

Todos conjuraram seus feitiços e alçaram voo, segurando as varinhas juntamente com as vassouras, com exceção de James, cuja perícia em voo o permitia equilibrar-se na vassoura somente com a mão esquerda, enquanto conjurava o feitiço com a direita. Assim que atingiram uma altitude segura, se agruparam o mais próximo de Anya possível.

Extensio fugam. – Ela pronunciou girando com sua varinha ao redor de seu próprio corpo, fazendo com que a barreira de seu feitiço da invisibilidade se estendesse como uma onda translúcida, envolvendo todos ao redor.

...

–Este aqui era o quarto do Zabini. – Draco disse abrindo a porta de madeira escura de um dos quartos do segundo andar. Dentro do cômodo havia uma espaçosa cama de casal, uma poltrona de camurça vermelha e duas pequenas cômodas postadas dos dois lados da cama. Ao ver a cama, os grifinórios se entreolharam de olhos arregalados, percebendo que dois deles teriam que dividir a cama. – O outro quarto é no fim do corredor. Fiquem à vontade. – Continuou se virando em direção à sala de estar, mas parando no meio do corredor – E peguem suas vassouras. Vamos jogar. – Completou sorrindo desafiadoramente para James.

...

–Só espero que valha a pena ter que acordar ao lado da sua figura babando esses dias. – Collin comentou enquanto ele e James terminavam de vestir suas roupas de quadribol, encarando a cama de casal do quarto que dividiriam.

–Nós dividimos o quarto em Hogwarts, esqueceu? – James retrucou enquanto saíam – Me ver babando de manhã não é novidade.

–De qualquer forma, controle seus hormônios. Não quero ser agarrado no meio da noite a menos que seja por aquela sonserina do cabelo compridão. – Collin sorriu maliciosamente, pouco antes de levar um tapa na nuca vindo de Peter, logo atrás deles.

–Dá pra você deixar de ser um tarado pelo menos uma vez na vida?! – Peter disse irritado enquanto apressava o passo na frente dos amigos.

–O que eu perdi? – Dave perguntou os alcançando.

–Será? – James sussurrou para Collin, subliminarmente.

–Só pode ser. – Collin respondeu enquanto saíam da casa e caminhavam até uma pequena trilha que levava a um campo de quadribol.

–Só pode ser o quê? – Dave perguntou enquanto girava seu taco de rebatedor nas mãos.

–Espere e verá. – James disse com um sorriso enigmático, ao qual Collin correspondeu.

...

–James! James! – Uma voz sussurrante cutucava James no meio da noite, o balançando na cama. Seu estado de quase inconsciência não o permitia fazer muito a respeito além de gemer um “tá cedo ainda” meramente compreensível. – Vamo logo! Acorda! – James agora reconhecia que a voz era de Peter, mas não estava desperto o bastante pra se importar. – Anda logo, cara! Você precisa ir pro quarto da Smith! – Peter disse um pouco mais alto, o suficiente para que James acordasse e se sentasse na cama.

–Quarto da Smith?! – James perguntou meio confuso, repetindo a parte que lhe tinha chamado a atenção. – Cadê o Collin? – Ele perguntou notando que a outra metade da cama estava vazia.

–Pedi pra ele trocar de lugar comigo. – Peter disse rapidamente, entregando a James seu próprio travesseiro e o dirgindo até a porta.

–Você quer dormir comigo? – James perguntou olhando para o amigo ainda sem entender, seu cabelo mais desarrumado impossível.

–Não, seu besta. Quero dormir com a Linda, então Collin vai dormir com Dave no quarto onde eu estava, e você vai dormir no quarto onde a Linda estava. É no fim do outro corredor. – Peter apontou enquanto Linda entrava no quarto, fechando a porta logo em seguida. James pode ouvir o barulho da tranca e risadinhas vindas da sonserina, então ficou mais do que óbvio para ele o que Peter pretendia. James riu e passou as mãos nos cabelos amassados, pouco depois percebendo que dormiria no mesmo quarto que Anya. Enquanto caminhava até a porta, se pegou imaginando – desejando – se as duas também estavam dividindo uma cama de casal.


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