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Hermione POV:

– Tudo bem... – Falava Rony depois de termos explicado três vezes para aquele saco de lerdeza humano! – Sozinhos em Hogwarts. Mas e os elfos? – Ele perguntou.

– E a gente lá os vê? – Eu disse – Eles ainda estão traumatizados por aquele aluno Rodrigo Boudini ter matado um deles no meio da guerra, tudo bem que foi sem querer, mas eles têm razão.

– Certo – Disse Harry andando de um lado para o outro na grama- Telefones? Ah, claro, não. Hm... Aparatar? Não, aqui é Hogwarts... Pó de flu? Bloqueado... Pois é, estamos presos aqui!

– Ou... – Disse Malfoy virando o rosto para me olhar – Quadribol.

– Como assim? – Todos perguntaram, mas eu tinha entendido.

Nós dois começamos a correr por dentro do castelo deixando todos lá fora. É claro, a vassoura! Malfoy começou a ir para as masmorras – provavelmente para o seu dormitório pegar ela- e eu me perguntei por que razão eu vim junto. Estava me virando par ir embora quando ele me chamou.

– Vamos – ele disse olhando para o caminho dos dormitórios e depois virou o rosto para me olhar novamente – Eu não vou te morder, Granger – Ele abriu um sorriso de lado – Claro, a não ser que você queira... – Ele disse enquanto dava um passo para frente. Agora dois passos... Três passos... – Quer que eu te morda?- Ele disse num sussurro. Estávamos a pouquíssimos centímetros de distancia.

– Ah, er... Não. Eu, eu fico aqui. Esperar. Esperando. Esperando você, é. – Merda, pra que gaguejar? Ele estava a centímetros de mim. Eu sentia seus olhos cinza e frios olhando os meus de uma forma estranha... Porém –talvez- um pouco boa. Talvez, não tanto. E quase dava para sentir seu hálito, bastaria apenas ele chegar mais perto... Só mais um pouco...

– Eu adoro te provocar. – Ele disse se afastando e continuando a andar. E eu –anta- fui atrás.

– Eu vou, também. – Disse sem jeito.

– Nossa, você não gaguejou! Como conseguiu? – Ele disse parecendo estar falsamente interessado enquanto continuava a andar.

– Ah, Malfoy! Você é a ultima pessoa nesse mundo que me faria gaguejar. – Eu disse rindo.

– Ah, Granger! Não foi isso que pareceu naquele dia... – Olhei para ele.

– Você quer mesmo falar sobre aquilo? – Perguntei quase sussurrando.

– Sim, olhe... Eu... Eu só queria entender... – Ele disse com uma voz mais solta e doce, como se fosse uma voz que ele tivesse medo de usar e acabasse usando aquela grossa e arrogante como uma mascara. Mas era um jeito de falar que eu já conhecia... Ou ao menos conheci naquele dia...

– Estávamos procurando vocês. – Disse Gina e Lilá surgindo do além (Autora/ rsrsrs como sou engraçada, vou viver na praça é nossa!)

– E cadê a dupla sertaneja Harry e Ronnyzinho, com seu sucesso “Coração preso durante quinze dias em Hogwarts?” – Ele disse tentando ser engraçado.

– Você não é engraçado. – Falei.

– Como assim? Sou um rei do humor... – Ele falava enquanto Gina o interrompeu.

– Os franguinhos do sertanejo –fiquei surpresa por ela saber, afinal, é coisa de trouxa- não queriam vir por causa que aqui é a casa da sonserina – Malfoy bufou- então a gente veio. Vieram pegar as vassouras, certo?

– Isso – Ele disse enquanto abria a porta do seu dormitório- e quem tem que ter nojo é eu de ter três grifinorias aqui. Nunca me perdoarei por isso. – Ele disse, mas as meninas já estavam procurando a vassoura numa parte do quarto que tinha uma faixa escrita “Quadribol” e nem ouviram o insulto, mas eu sim.

O quarto era todo verde claro com verde escuro. Edredom verde com o símbolo da sonserina. Tapete verde escuro... Enfim, extremamente Shrek! Apenas os moveis eram brancos.

– Mas foi você quem pediu para que eu viesse, como não queria que estivéssemos aqui? – Eu disse. E não sei por que disse. As meninas não estavam ouvindo...

– Você será eternamente uma exceção para entrar no meu dormitório, elas não. Na verdade pode entrar aqui sempre que quiser... – Ele abaixou a cabeça para sua boca ficar um pouco próxima ao meu ouvido e sua voz saiu rouca - E de preferencia sem nenhuma roupa.

Eu peguei minha varinha, ia ser agora que eu ia dar uma lição nele. Quem ele pensa que é? Mas antes de qualquer coisa eu vi a Lilá se virar para mim.

– Sem vassouras. – “Oh... Merda” foi apenas o que pensei.

Fomos quase correndo encontrar os meninos e esbarramos com eles no meio da escada.

– Não tem vassouras no campo, nem nos nossos dormitórios- Harry disse. – E no seu? – Ele disse se dirigindo a Malfoy com repulsa.

– Não.

– Claro! – Eu disse e todos me olharam. - McGonagall disse que os alunos teriam treinamento de quadribol lá em Beauxbatons, e que depois teria um jogo...

–... E então todas as vassouras foram levadas? – Perguntou Malfoy – Eu acho que tem alguém fazendo de tudo para que permaneçamos aqui. – Ele disse por fim.

Gina, Harry e Lilá começaram a falar sobre outras maneiras de saírem dali, enquanto andávamos de volta para fora e deitamos na grama-sim, todos juntos-, e fiquei no meio de Malfoy e Rony, irônico, não? Olhei para o céu e lembrei-me de quando era pequena e meus pais falavam para mim que as nuvens surgiram graças a uma maquina de algodão doce feita para os gigantes! A falta que eles me faziam era imensa, mas ainda assim sorri com essa lembrança. E ao mesmo tempo em que sorri, olhei para Malfoy que me olhava encantado e com um sorriso de lado, como se automaticamente tivesse sorrido a me ver sorrir... Ah, pelo amor de Merlin, Mione! Malfoy nunca iria gostar de uma garota, muito menos de você. O cabelo extremamente loiro platinado dele caia sobre seus olhos e eu tive uma vontade repentina e maluca de ir até ele e arrumar. Ele também parecia fazer certo sacrifício para não ir até a mim. Com esse “parecia” quero dizer que eu estou imaginando coisas, pois Malfoy nunca faria isso. Então senti alguém se aproximar, Rony. E automaticamente me senti envergonhada por ter pensado em outra pessoa enquanto o homem que eu amava estava do meu lado. E com “do meu lado” eu quero dizer o homem ruivo, não o loiro.

Rony segurou minha mão e continuamos deitados ali. Ouvi Malfoy fazer algo como bufar. Então olhei nos olhos de Rony... Se eu o amava? Por mais que eu me sinta mal em admitir, sim. Sim, eu o amava, e o que senti por Malfoy foi apenas uma atração. “Apenas uma atração”, perdi as contas de quantas vezes repeti aquilo na minha cabeça até ir dormir, mas afinal, era isso que era.

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