Skinny Love escrita por Gabs


Capítulo 25
A Cabana


Notas iniciais do capítulo

mais um cap :)



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Cosei meu olhos e já estava tudo claro, era um dia bem ensolarado.  Me levantei meio tonta e examinei o quarto, as meninas não estavam na cama. Desci as escadas e estavam todos na entrada reunidos conversando.

-Bom dia gente, já vão sair? – bocejei

-bom dia – Jay sorriu – já estamos de saída, alias, tchau

-Se comportem – disse Max abrindo a porta e saindo com os outros

-ta bom, vão logo – sorri

-Enfim livres – fui pra sala e me sentei do lado das meninas.

Ficamos uns 10 minutos sem fazer nada, o dia estava muito chato.

-já tomaram café? – perguntei depois de um longo silencio

-sim já tomamos – Tai sorriu – acho que as coisas estão na mesa ainda

-ta eu vou La – joguei a almofada de lado e me levantei

-ué... os meninos esqueceram de alguma coisa? – falei

-não porque? – Letícia me encarou

-então que barulho é esse?

-vem do corredor – Tai se levantou com cautela e ficou de frente pro mesmo, pasma

-que foi Tai? – Letícia se juntou a ela e a reação foi a mesma, espantada com o grito delas fui em direção

-o que ta acontecendo? – bufei, mais logo senti estremecer

O que estava acontecendo, era que a porta, a famosa porta trancada, estava tentando ser aberta por alguma coisa, a maçaneta girava freneticamente de um lado para o outro, sendo puxada e dava pra se ouvir arranhões fortes contra ela, até que começa a destrancar.

-Vamos sair daqui – cochichei as puxando rapidamente.

Tai corre, empurra a estatua e a passagem se abre, eu corro pra estante empoeirada e abro uma das portas de vidro, começo a palpear o fundo da prateleira, até que encontro as velas e uma caixa de fósforos, as enfio no bolso do pijama e entro na passagem junto das meninas.

Descemos a escadaria e deixamos uma pequena fresta. Se a porta finalmente se abrindo. Nos concentramos na sombra que vinha do corredor principal e indo até a sala. Não parecia ser um humano, mais sim um animal extremamente grande, apesar de que as sombras davam essa impressão, mais era realmente enorme, a criatura não identificada, fungava muito como uma pessoa depois de uma corrida. Ele vai se aproximando, até que o primeiro sinal aparece, deu pra ver uma pata com enormes garras.

Não exatamente o que aconteceu, mais a Letícia bate a porta, talvez tenha se assustado, mais não justifica o fato dela nos ter fechado aqui.

Retirei uma vela e os fósforos do bolso e a acendo, estava muito escuro, o silencio que se fez era frustrante, dando pra se ouvir as garras do bicho contra o chão vindo em nossa direção, fungou uma ou duas vezes na porta e o silencio se propaga novamente.

Acho que ficamos uns 5 minutos paralisadas até que Tai suspira e tenta abrir a porta, mais a sua tentativa foi em vão, ela estava trancada, Letícia tentou ajudar, mais não deu em nada.

Coloquei a Mao no bolso e dei uma vela pra cada uma e as acendo.

Tai foi direto a mesa de escritório que ficava ao centro e puxou a primeira gaveta que logo abriu e retirou de dentro o molo de chaves.

Deixei minha vela na mesa e fui ate o quadro, o retirei da parede e coloco do lado da vela, pego a mesma e começo a iluminá-lo, desci com a luz ate a ponta, parecia ter alguns números no verso, eram 06271891.

Letícia ficou pra ver a porta que estava atrás de uma das cortinas, Tai estava tentando abrir as gavetas, com uma daquelas chaves, até que se escuta a tranca da terceira gaveta se abrindo, retira de dentro uma maquina fotográfica antiga, ainda com filme, mais estava sem pilhas

-meninas...

-que foi Ivone, descobriu alguma coisa? – perguntou Letícia

-acho que sim – respondi passando novamente a vela sobre o quadro.

As duas se olharam por alguns segundos e vieram até o que eu tanto olhava.

-o que é isso – Tai olhou os números confusa

-não sei, parece um código, sei la

-bom eu não sei, mais acho melhor grava esse numero – sugeriu Tai enquanto passava os dedos sobre o relevo do verso

-acho que estou com o meu celular aqui – enfiei a Mao no bolso e retirei o mesmo.

Sintonizei a câmera nos numero e esperei até dar o fleche – pronto.

-Tai você ta com as chaves? – a voz de Letícia soou do outro lado do local

-sim eu to – disse indo até a menina que estava olhando a porta atrás da cortina.

-ta vamos tentar abrir... uma dessas ai deve abrir ela – Letícia resmungou apontando para o molo de chaves que tai segurava.

-ta bom – ela subiu a escadaria e começou a testar chave por chave.

Peguei o quadro e fui recolocar no lugar novamente. Voltei pra mesa, peguei minha vela e fui até a porta da passagem pra sala e tento abri-la, mais nada.... ainda estávamos presas, Quando me virei percebi um pedaço de papel dobrado que estava de baixo do quadro, devia estar atras dele, quando o retirei da parede, peguei o mesmo e chamei as meninas, que vieram rapidamente. Comecei a desdobrá-lo, o estiquei e peguei minha vela que havia deixado no chão, a levei  até a folha a iluminando. Havia algumas coisas escritas nele, era um endereço de algum lugar localizado em New York, mais não tive muito trabalho para lê-lo. Tirei uma foto e enfie o papel no bolso e a câmera.

-Ivone, você não quer ver que endereço é aquele?

-é a Letícia ta certa, vamos ver o que é isso de uma vez.

-ta, tudo bem – suspirei e o retirei do bolso

Fui iluminá-lo, mais na hora que passei a luz sobre o papel, as nossas velas se apagam.

-o que foi isso? – Disse Letícia assustada

-não sei, parece uma corrente de ar – Tai bufou esticando a mão

-deixa eu ver – Letícia largou sua vela – parece vir de trás de uma das cortinas – foi em direção a uma delas que balançava

Ela puxou a mesma e a nossa reação foi um tanto surpresa, só havia uma parede de pedras, mais a corrente de ar persistia. Corremos em direção, ficamos sem reação. Começamos a passar a mão pela mesma, até que paro minha mãe em uma pequena fresta. Coloco os dedos sobre a abertura  e começo a puxar e a porta vai se abrindo.

-espera – disse Tai voejando até as velas, fósforos e chaves e os colocando no bolso – ta agora vamos.

Saímos pra fora do local que dava direto ao campo, mais não o mesmo, ele era diferente, era inteiro florido e com uma vasta plantação, mais como o campo, havia as arvores ao fundo, poderia ser só impreçao, talvez o campo estivesse mesmo desse jeito, então ignoramos.

-Ivone, já que os meninos não estão, vamos vasculhar? – Letícia perguntou sorrindo

-tudo bem – sorri novamente

-vamos ver a temida floresta e depois de uns 15 minutos só de caminhada, as coisas começavam a mudar.

-cade a Tai? – Letícia me encarou

-não sei – disse me virando e La estava ela parada

-venham ver isso – ela nos chamou

-o que foi? – disse Letícia confusa

-parece uma trilha....

-e é... – sorriu – vamos La – ela nos puxou

Tivemos que desviar de alguns troncos que estavam caidos no chão, as arvores estavam arranhadas, mais não de garras de um animal, mais sim unhas humanas.

Acabamos sendo paradas por alguns galhos tampavam o caminho, mais isso não nos impediu, depois de todos os galhos arrancados, tinha so uns metros de caminhada que dava a uma cabana, fomos até a mesma, examinamos o local pra ver se não tinha ninguém, e não, não tinha.

Corremos até a porta da casa antiga de madeira e entramos no local, a cabana era basicamente apenas uma sala, com uma lareira, algumas cadeira e uma mesa qualquer, por mais que a curiosidade era muita, não havia nada pra se fazer ou olhar então decidimos voltar.

Só se ouve o grito da Leticia que estava de frente pra porta, eu e Tai nos viramos a ela na hora.

Meu coração disparou, quase me senti caída no chão.

Havia pregado na parede um tecido, para ser mais exata, uma seda branca com renda, toda ensangüentada, na parede tinha marcas de mãos com sangue... era horrível.

Tai e Letica começam a chorar, eu fiquei sem reação, pois aquele tecido agora não tão branco, era da camisola que a Gabi usava antes do estranho sumiço dela. Meus olhos se encheram de lagrimas.

-meninas, vamos embora daqui – as puxei pra fora do local.

Voltamos correndo em direção pra casa sem pronunciar uma só palavra. Quando chegamos em frente a casa os meninos haviam chegado.

Ficamos pasmas, pois era como se não estivéssemos aqui, eles passaram por nos e entraram, era como se não nos vissem. Nathan saiu do carro e o fechou, foi indo pra porta, mais ele se vira pra nos, balança a cabeça uma ou duas vezes, como se quisesse acordar de alguma coisa e entra na casa e logo fomos atrás dele.

Passamos por ele, mais era como se não estivéssemos La, ou nem existíssemos. Corro até a sala onde Max estava sentado no sofá e empurro a estatua, mais ele nem nota minha presença.

Voltamos correndo pra fora e fomos direto a passagem por onde tínhamos saído, entramos e Tai a fecha. Fomos correndo pra entrar na sala mais Letícia nos segura.

-agente não pode entrar com o Max ali – ela resmungou

-ta mais e agora? O que agente faz? – Falou Tai incrédula.

-eu não sei...

-O Max – Letícia me interrompeu

O mesmo aparece na entrada e mexe na estatua fechando a porta, estranhamos ele não nos ver, mais parecia preocupado com alguma coisa.

Saímos novamente pra fora e fomos até a entrada da casa, mais quando vamos pra abri-la e entrar na casa, a porta estava trancada.

Estávamos presas pra fora e nem se quer podíamos falar com os meninos, por que era praticamente se não estivéssemos ali.

Corremos pra passagem e entramos novamente. Letícia correu pra porta e começa a bater nela, se escuta passos se aproximando, nos escondemos atrás das cortinas até que Tom aparece descendo as escadas, por sorte estava escuro e ele não conseguiu nos ver, ele foi até a mesa, mais parece que algo havia chamado a sua atenção, tínhamos esquecido de arrumar a cortina, Tom foi até a mesma a recolocar no lugar, aproveitamos a distração dele e subimos a escada e corremos pro quarto, os meninos não estavam La embaixo, deviam estar no quarto.

Trancamos a porta e nos sentamos. Estava acontecendo muitas coisas ao mesmo tempo, nos pronunciamos uma palavra se quer durante alguns minutos. Alguém tenta abrir a porta do nosso quarto, mais não consegue

XXX 10 minutos XXX

-Talvez aquilo não fosse da Gabi – Leticia se pronunciou

-eu não sei... estou confusa

-só  há um jeito de saber – Tai se levantou e foi até ao guardo roupa da menina

-o que você ta fazendo? – Perguntou Letícia

-vamos ver os pijamas e camisolas dela... se forem todos daquele jeito...- ela fez uma pausa  e voltou a mexer nas coisas da Gabi

-espera, vou te ajudar – juntamos as coisas dela e jogamos na cama.

Quanto mais mexíamos nas roupas, mais nos desapontávamos. Não tinha como negar, aquela seda era mesmo dela.

-Quem será que fez aquilo com ela – resmungou Letícia

-Como assim fez aquilo? – Tai perguntou exasperada

-voce ta querendo dizer que a mataram ou fizeram coisa pior? – me levantei e a encarei

-não sei talvez sim... talvez não.

-esperem, tive uma idéia – Tai sorriu vitoriosa

-fala – me sentei

-no dia que a Gabi “ supostamente sumiu”, estava chovendo – nos olhou

-ta mais o que é que tem? – disse confusa

-quando chove tem lama... quem é que sumiu com ela, vai ter se sujado

-ta mais a única pessoa dessa casa que tomou banho já cedo, depois do acontecimento, foi o Jay... – Letícia parou

Apenas nos olhamos


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Notas finais do capítulo

o que acharam einnn :) comentarios nos reviws e no TT @_terabita