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Festa de boas vindas da escola Valley School High.

Uma das piores noites da nossa vida, nesta escola.

Uma noite que deveria ser de comemoração pela volta dos alunos a escola, acabou com um final terrível... Que com toda certeza afetaria a vida de todos os alunos, e da cidade inteira.

Durante a comemoração, enquanto os alunos dançavam ao som de uma balada qualquer no meio do salão de festas. Uma das alunas do segundo ano, Mary D’Novan, uma das melhores alunas da escola, e mais conhecida pelos seus trabalhos como repórter iniciante da escola. É encontrada morta em uma das escadarias da escola. A policia cercou o lugar, mantendo os demais alunos fora da área do assassinato. Ou seja, lá o que tenha matado Mary.

Todos os alunos comentam ter ouvido rumores de que Mary teria sido atacada por um animal que deveria estar rondando as proximidades da escola. Provavelmente algum animal que poderia ter fugido do Zoológico, pois não moramos em um lugar muito próximo as florestas, e bosques. O que se ouve dizer, foi que o corpo dela, foi encontrado por um dos seguranças da escola, enquanto fazia a ronda, a procura de alunos que poderiam estar se escondendo pelos cantos da escola, pra namorar.

Ela estaria envolta a uma poça de sangue, com o corpo completamente machucado. Feridas grandes, pelo tórax e pelo rosto. Poucos alunos realmente viram o corpo, mas muitos falavam como se soubessem bem o que aconteceu.

Na manha seguinte, após o corpo ter sido reconhecido pelos pais de Mary. O corpo foi liberado para a autópsia. As aulas seguiram normalmente, pois não foi declarado nenhum perigo aos outros alunos. Porem, alguns pais ficaram tão assustados que trataram de transferir as matriculas dos filhos para outras escolas.

Ouve-se dizer inúmeras historias, sobre a real morte da garota. Que variam desde ataque animal, ate um assassino em serie. Ou serial killer, que dá no mesmo. Porém, a policia não parecia ter chegado a um ponto. Assim, a vida seguiu ate mais ou menos dois meses depois. Quando duas novas vitimas foram encontradas. Desta vez, fora da escola. Uma mulher chamada Juliette, que trabalhava a noite em uma lanchonete. E um guarda de segurança chamado Timóteo.

As suspeitas de ataque animal, começaram a ser a única e mais provável resposta para os ataques. Como os ataques pareciam acontecer basicamente pela parte noturna, foi estipulada uma medida de segurança para proteção dos habitantes da cidade. Um toque de recolher, que começava desde as Oito horas da noite até as seis horas do dia seguinte. Assim poderiam reduzir o risco de novas vitimas...

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Estou sentada na área de casa, ouvindo musica e observando a rua... Enquanto isso, dentro de casa, na cozinha, minha mãe e meu irmão discutem sobre a viagem dele ao exterior. Dean pretende ir viajar para a Europa, junto de alguns amigos, pra participar de um torneio de Surf que acontecera por lá. Mas minha mãe insiste que ele fique, pelo menos enquanto estivermos diante deste toque de recolher. Que aliás eu estava praticamente ignorando, já que sai pela porta dos fundos sem que eles me vissem, e me sentei bem quietinha na área de casa, debaixo da janela, pra que eles não me encontrassem ali.

Eu sempre gostei da noite, de ficar no telhado olhando as estrelas. Sentindo o ar levemente fresco do ar. Gostava de me sentir sozinha com meus pensamentos as vezes. Não que eu gostasse de ficar ou me sentir sozinha, mas... Era bom as vezes ficar quieta num canto só meu. Num mundo só meu...

Ouvi como se algo se movesse no meio das folhagens da cerca viva que se unia ao gramado, e separava nossa casa da casa do vizinho. Levantei devagar e olhei para dentro de casa, e vi meu irmão tentando convencer minha mãe que ia ficar tudo bem. Ouvi mais uma vez o barulho, e dessa vez um tipo de gruindo junto. Parecia um animal ferido. Desci as escadas da área, e retirei os fones de ouvido pra ter certeza do que estava ouvindo. Então me aproximei da cerca bem devagar...

Dei dois passos pra traz, assustada quando algo que não pude ver direito saltou na minha direção. Cai sentada na grama, por cima de meu mp3. Enfiei a mão em alguns espinhos, e senti um pouco de dor. Depois ouvi novamente um grunhido. Então olhei para o lado, e abaixado como se estivesse se escondendo, encostado na parede da casa, avistei um cachorro... Mas não era um cão comum... Ele parecia ser de uma raça diferente. Como um Husky Da Sibéria. Mas não tinha olhos azuis... Seus olhos eram bem escuros pelo que pude ver ao me aproximar mais. tinha um pelo bem alto, e bonito de cores mistas. Cinza, com preto e branco. Era um belo animal.. e tinha olhos grandes, e brilhantes... Como se estivessem cheios de lagrimas em suas orbitas.

Tive medo de tocá-lo, medo de que ele pudesse se chatear e me morder. Mas mesmo assim, confiantemente me aproximei devagar, e cuidadosamente do animal, que parecia estar ferido, e afaguei seu pelo. Ele confiou, e se deixou tocar. Depois se deitou no chão, deixando a mostra seu ferimento que vinha desde a barriga até o meio das costas. Fiquei assustada ao ver tanto sangue então gritei:

–Dean... _Chamei pelo meu irmão_ Dean vem aqui....

–Que foi? _chega ele rápido e quase se esbaforindo_ O que foi maluca? Gritando desse jeito...

–Me ajuda, ele ta muito machucado...

–Que isso? _Pergunta ele_

–Um cachorro Dean, não reconhece? Calda, pêlos, orelhas, caninos?

–É claro que é um cachorro, to perguntando o que ta fazendo com ele?

–Aliás, por que voce esta na rua? Voce sabe do toque de recolher Alice... _Reclama minha mãe_

–Eu sei mãe... Só tava aqui na área...

–Vou colocar ele no carro, e levar no veterinário. Deve ter algum aberto a essa hora... _diz ele indo agarrar o cão que rosna quando vê a aproximação do estranho_

–Calma! _Digo acariciando seus pelos_ Ele não vai te machucar!

–Se continuar rosnando pra mim, tu vai ficar ai sangrando até a morte meu irmão... _Diz Dean depois de um pulo pra trás_

–Vai com ele... _Segui falando com o animal como se ele me entendesse_ Ele vai cuidar de você eu prometo!

–Vem comigo, não quero que ele me ataque no caminho... _Dean finalmente consegue pegar o cachorro nos braços_ Ele pesa para car... Caramba... _Percebe a cara feia da mãe esperando um palavrão_

–Se cuidem vocês dois... _Diz a mãe_

–Pode deixar! _Dean_

Assim levamos o animal ate a clínica veterinária mais próxima, para ser tratado.

Lá ele ficou por quase uma semana, se recuperando dos ferimentos. Depois o doutor Will pediu que o levássemos pra casa e cuidássemos dele. Assim fizemos então. Dean estava ansioso para sair de viagem, mas esperou mais uns dias. Eu cuidei do Hask (nome que dei ao cachorro pela sua aparência), ate que ele ficasse totalmente bom. E senti que ele se afeiçoou a nossa família, rapidamente. As vezes ele fugia, e eu ficava preocupada, com medo de ele ir embora e não voltar mais. Também, com medo que ele se machucasse de novo. Quando o encontramos ele estava muito mal mesmo. Quase o perdemos...

Eu costumava conversar com ele o tempo todo, e as vezes era como se ele me entendesse! Durante um mês, sai com um garoto da minha escola, chamado Drake... E pensei estar tudo indo bem, até que ele terminou comigo, por que queria conhecer outras meninas. Ele dizia que era muito novo pra se prender a uma garota só, mas que quando ele decidisse ter algo serio, ele me ligaria... Fiquei arrasada com isso, por que eu estava mesmo gostando dele. Lembro-me de ter chorado algumas vezes por causa disso. E todas às vezes Hask estava comigo... Ele usou a própria língua pra enxugar minhas lagrimas certa vez. O que foi muito nojento, aliás. Mas foi engraçado!

Hask devia ser um cachorro de boa família, pois era muito bem cuidado. Apesar de não usar coleira quando o encontramos. Ele era muito limpinho, e parecia bem alimentado. De grande porte, tanto que Dean as vezes o achava meio pesado. E não tinha bafo de cachorro... Devia comer ração de muita qualidade... Aliás, poucas vezes ele comia o que servíamos. Sempre se alimentava pela rua mesmo...

Hask se tornou meu segundo melhor amigo... Perdendo apenas para Bela!