Reencontro escrita por Birdy


Capítulo 8
Capítulo 7 - Nat


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora gente, eu estava toda enrolada com as provas e tals... e o computador onde eu estava escrevendo estragou.... :(
Vou explicar resumidamente porque o nome do capítulo é "Nat" e não "Natalie": Os nomes dos outros capítulos têm apenas 3 letras, então se eu colocasse Natalie ia ficar meio estranho. Mas acho que tanto faz...
Beijos
Birdy
P.S.: biawagner14, obrigada por ser minha fã *u* te adoro, tá?



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Capítulo 7

Natalie

Natalie estava completamente confusa. Em um segundo, Dan a tinha levantado e carregado nas costas pelo corredor daquele estranho porão. E ainda por cima sem a permissão dela! Mas Natalie não estava com tanta raiva. Talvez um pouco surpresa, mas não com raiva. Ela estava sentindo algo que não conseguia explicar ou controlar.

Natalie balançou a cabeça, não era hora para ficar pensando em besteiras. Seu irmão estava correndo perigo e ela estava completamente vulnerável. Mais uma vez praguejou mentalmente por ter sido descuidada e ter torcido o tornozelo.

Ela apoiou a cabeça em um dos ombros de Dan. Sentiu ele estremecer e depois ele continuou correndo normalmente.

–Esse corredor não acaba nunca?- Natalie resmungou.

–Parece que não.- Dan respondeu- Desse jeito vai ser meio difícil encontrar a Amy. E o Ian - ele acrescentou rapidamente.

Eles ouviram outro estrondo, Natalie percebeu que o teto acima deles parecia estar rachando, uma nuvem de poeira descia das rachaduras formadas. Era mais do que óbvio que o lugar estava desabando. Se isso iria afetar a estrutura da escola? Era bastante provável que sim.

Dan começou a correr, fazendo Natalie pular com solavancos em suas costas. Não demorou muito para chegar a uma sala pequena e eles puderam ver que havia uma enorme pilha de destroços e, acima dos destroços, viram que não havia mais o teto, apenas um buraco. Dan contornou os destroços e seguiu em frente. A porta da sala dava à um corredor pequeno com várias portas.

Dentro de uma destas salas deve estar Ian. Natalie pensou, um pouco insegura disso.

Mais um estrondo. Dan correu até a última porta do corredor e a abriu. Natalie achava que eles iam encontrar outra sala, mas essa estava mais para um armário de limpeza de tão pequena. Dentro da salinha havia uma escada vertical que subia até um lugar que parecia ser a Diretoria.

Ela segurou uma das barras que servia como degrau e foi subindo apenas usando a força dos braços. Dan a ajudou e subiu a escada depois dela.

Eles realmente estavam na Diretoria. E a escola continuava intacta, como se nada tivesse acontecido.

Dan carregou Natalie até a cadeira mais próxima e se sentou na cadeira ao seu lado, para poder recuperar o fôlego. Natalie acariciou os próprios braços, que estavam um pouco doloridos por causa da subida pela escada. Dan respirou fundo, mas era melhor não tê-lo feito, porque ele acabou inalando a poeira que vinha do porão. Natalie percebeu que a respiração de Dan começou a falhar e se preocupou. Afinal, se ele morresse ou ficasse impossibilitado, Natalie teria que se virar para sair dali.

Ela se lembrou da busca às pistas e da irmã dele ter mencionado algo sobre Dan ter asma. De relance, viu uma bombinha no bolso de Dan. Rapidamente, ela pegou a bombinha e o entregou. Depois de usá-la, Dan a olhou com uma expressão de agradecimento.

–Disponha. - Ela respondeu solenemente, com um sorriso torto.

Novamente, Natalie sentiu algo estranho aflorar dentro de seu corpo. Ela tentou descobrir de onde vinha a estranha sensação e percebeu que era de seu coração que emanava aquela sensação. Quando se deu conta do que era, ficou extremamente chocada e até com um pouco de raiva, uma Lucian de seu porte não podia expressar tais sentimentos.

Porém ela tinha que se acalmar, não podia deixar que Dan percebesse o que se passava dentro de sua cabeça agora.

–Vamos procurá-los agora ou você está esperando amanhecer?- ele ironizou. Irritada com o comentário, Natalie tentou ignorá-lo e mancar até a porta, mas não teve muito êxito na tentativa e quase caiu, não fosse por Dan que tinha se levantado para ajudá-la.

–Eu consigo andar tá?-Ela falou em um tom arrogante - Só... me ajude a chegar à enfermaria, eu preciso de uma muleta.

–Claro, milady. - ele respondeu, estendendo o braço para Natalie em um gesto antiquado.

–Não me provoque. Ou eu uso a muleta para bater em você. - Ela disse, depois de se apoiar no braço de Dan. Ele riu baixinho e os dois foram andando cambaleantes para a enfermaria. Natalie, na verdade, estava alternando entre pular e mancar.

Eles chegaram à enfermaria (Que graças a Deus estava aberta) e Natalie se sentou em uma maca enquanto Dan procurava as muletas. Por segurança, não acenderam as luzes. Quando estavam prestes a sair, Dan ouviu alguma coisa que se assemelhava à um grito, mas parecia distorcido, como se a pessoa estivesse sendo enforcada. Ele se abaixou ao lado de Natalie e, quando ela perguntou o que tinha acontecido, ele pediu para fazer silêncio.

A enfermaria tinha uma janela na porta, como nas salas de aula, mas a penumbra encobria Dan e Natalie, então quem quer que passasse por ali não os veria. A não ser que observasse com muito cuidado pela janela.

Natalie ouviu o som de algo pesado caindo no chão e algum tempo depois viu uma sombra passar pela porta. Era de um homem enorme e careca, isto estava claro. Ele demorou para passar pela enfermaria, Natalie suspeitou de que ele os tinha encontrado, mas depois percebeu que ele tinha apenas parado para checar algum ferimento e depois foi embora cambaleante.

–O-o-o que...?- Ela disse com um pouco de medo.

– Venha Natalie, vamos sair daqui. - Dan disse, puxando-a pelo braço.

–Não Dan, talvez ele ainda esteja lá. - Natalie retrucou, teimosa.

Dan suspirou, sabia que não adiantava discutir com Natalie. Apenas esperou por alguns minutos e então se levantou e foi em direção à porta. Natalie não tentou empedí-lo, ela também queria sair dali. Ele girou a maçaneta e empurrou, mas a porta nem se mexeu.

–Imbecil, você tem que puxar a maçaneta.- Natalie falou. Ela se levantou com a ajuda da muleta e se aproximou de Dan. Ela tentou puxar a maçaneta. Não deu certo. Empurrou a porta. Nada.

–Ficamos trancados! Ótimo! Maravilhoso! - Natalie bufou - Aposto que foi aquele cara que passou por aqui.

Dan analisou a porta por alguns instantes.

–Você trouxe algum explosivo? - ele perguntou.

–Trouxe um, mas é de longo alcance, ele nos mataria. - Ela disse, voltando a se sentar na maca.

–Alguma arma de fogo? Um rifle, talvez?- Ele se virou.

–Não. São muito grandes. E Ian não deixou. - Natalie respondeu um pouco aborrecida.

–Nunca pensei que diria isso, mas... você deveria ter trago alguma arma, Natalie! Mesmo que fosse escondido do seu irmão. - Dan se sentou. Mas pareceu lembrar de algo e se levantou novamente. - Você trouxe o ácido?

–Aquele que quase te matou uma vez?- Natalie ponderou. - Não.

–Por que não, Natalie? - Dan falou exasperado, se lembrando de quando ele quase perdera a vida por causa daquele ácido idiota.

–Meu pai sumiu com eles. Deve ter escondido ou jogado fora... ou doado para algum laboratório de pesquisas. - Ela apoiou as muletas na parede, pelo jeito, eles não sairiam dali tão cedo.

–Eu devo ter trago alguma ferramenta...-Dan murmurou procurando nos bolsos da calça. - Não, bala, moedas, bala, mais balas...

Natalie revirou os olhos.

–Não me pergunte, porque eu também não trouxe nenhuma ferramenta, quem as trouxe foi Ian.

Dan começou a procurar pelos armários algo que servisse como instrumento de fuga, mas as únicas coisas que encontrava eram remédios, soro, pomadas, compressas, curativos, medidor de pressão, termômetro e outras coisas que uma enfermaria precisa ter.

Ele também encontrou um vassoura em um dos armários, mas após a oitava tentativa frustrante de derrubar a porta, a vassoura se partiu ao meio e ele a jogou para o lado.

Natalie estava achando extremamente divertido assistir aos acessos de raiva de Dan. Ela nunca tinha visto o ninja Cahill tão irritado. Ele começou a andar de um lado para o outro murmurando palavras confusas e sem sentido. Dan tentou ver se tinha saída de dutos de ventilação na sala, mas não havia nenhuma, ou se houvesse deveria ser bem pequena.

Até que, finalmente, ele desistiu. Natalie olhou para ele com ar zombeteiro e disse:

–Já acabou? Se sim, acho que você deveria tentar ligar para a sua irmã, para ela nos tirar daqui.

Dan se deu por vencido e se sentou na maca, ao lado de Natalie.

–É mesmo, Natalie - ele disse com sarcasmo - E por que você não me disse isso antes? Eu poderia ter poupado a vida da pobre vassoura.

–É engraçado ver você se descabelando por pouca coisa. - Natalie riu. Dan fechou a cara.

–Agora que já se divertiu, Cobra, posso te esganar? - Dan falou.

–Ah, não, não pode. Eu estou indefesa, esqueceu?- Natalie fez beicinho como se fosse a pessoa mais santa do mundo.

–Sei... indefesa que nem as forças armadas. - Dan murmurou entre dentes e tirou o celular do bolso e começou a discar o número da irmã. Depois de um tempo ele abaixou o celular e disse:

–Ela não atende. Tente ligar para o seu irmão cobra.

Natalie já estava como celular nas mãos, que devia ser de última geração, e ligou para o irmão.

–Nada. Vamos esperar um pouco para ligar de novo. - ela concluiu.

–Certo. Qual é sua cor favorita? E nada de evasivas.- Dan falou deliberadamente. Natalie já ia perguntar o porquê, mas Dan a encarou. A mensagem fora bem explícita. Nada de evasivas.

–Mas... - Natalie começou.

–Não. - ele a interrompeu- Só responda.

–É roxo. Mas por que você quer saber? - Ela perguntou.

–Curiosidade. E porque não tem nada para fazer. - ele falou, dando de ombros.

–Certo. Minha vez de perguntar. Qual seu animal favorito? - Natalie perguntou sem muitos rodeios.

–Acho que são os felinos. Gatos principalmente. - ele disse. Natalie sabia que ele estava falando do gato de Grace, a quem se apegara tanto.

–Gatos são fofinhos. - Natalie concordou. - Mas as unhas são muito grandes.

Dan sorriu. Saladin realmente adorava arranhar as coisas.

–Falou a menina que usa unhas envenanadas. - Dan replicou.

–Cuidado com o que fala, ninja Cahill, porque eu as estou usando bem agora. - Natalie disse e Dan empalideceu.

–Mas se você usar essas unhas em mim não terá mais alguém em que se apoiar para andar. - ele falou.

Natalie sorriu com sarcasmo e apontou as muletas com um gesto de cabeça.

–Ah, não? - Ela ponderou. Dan estremeceu ao seu lado.

–Esquece. - ele disse.

Natalie tentor mexer a perna machucada. Uma dor alucinante irrompeu do tornozelo de Natalie e ela arfou de dor. Dan sugeriu que el descansasse um pouco e que ele a acordaria quando fosse ligar para a irmã.

Natalie encostou a cabeça no ombro de Dan e adormeceu sem muitas dificuldades.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
O Dan realmente está conseguindo derreter o coraçãozinho de gelo da Natalie. ;P
Me desculpem pela demora para postar, o próximo capítulo vou tentar postar quanto antes possível, ok??
O que vocês acham de o porão desmoronar em cima da Amy e do Ian? haha, não sou tão má assim.
Beijos
Birdy



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