Eu estava tonta. Lá estava eu, novamente, na Livraria. Mary Poppins parecia atordoada. Mas estava aliviada por eu ter voltado bem.

As mudanças de tempo me faziam perder um pouco a noção. Quando eu entrava no livro e voltava, poderia se passar uma eternidade para mim, lá dentro. Mas, quando eu voltava à Livraria, não havia se passado nem um minuto. Apenas alguns segundos.

Aquilo era tão desconcertante!

Ponderei até onde as palavras de Gianna eram verdadeiras. Talvez ela estivesse tentando ganhar tempo até Alec chegar. Era uma possibilidade. Bem, que Bella havia morrido, disso eu não tinha dúvidas. Não havia outro motivo para que ela não narrasse mais a história. Era a história da vida dela. E essa constatação, apesar de eu saber que podia consertar as coisas, me dava uma angústia no peito!

Quanto a Edward e Alice aceitarem a proposta de Aro, eu tinha as minhas dúvidas. Aro e os demais Volturi, apesar de tudo, tinham uma outra forma de trabalhar. Eles prezavam por justiça, ainda que a manipulassem a seu favor. Eles não agiriam de maneira arbitrária, como Gianna descrevera, com ameaças à família Cullen.

Aro agiria de outra forma. Ele manipularia os fatos para obter este intento, de maneira que todos pensassem que não haveria outro jeito para se praticar a justiça.

Talvez Aro tivesse, sim, ameaçado Dr. Carlisle e sua família, se ele estivesse convencido que eu seria uma ameaça ao seu mundo e que a família Cullen fosse a responsável. Isso se aplicaria a Bella, mas não a mim. A responsável por eu saber de tudo era Stephenie Meyer, não a família Cullen. Aro não teria argumentos neste momento.

Mas Aro poderia manipular estes fatos.

Eu não sabia o que havia acontecido ao certo. E nunca saberia. Eu não poderia me arriscar a voltar ao futuro alternativo das páginas em branco. Eu poderia morrer. Ou simplesmente desaparecer para sempre.