- Eu tenho que te mostrar uma coisa. –Ele sussurrou no meu ouvido enquanto pegava na minha mão e me puxava em direção a uma escada. Eu a subi e encontrei um belo terraço acima da balada, com uma linda vista da cidade.

- Que lindo aqui! –Exclamei. Justin olhou para o chão e coçou a nuca, dando um sorrisinho. Logo depois ele colocou a mão na barra da calça e eu arregalei os olhos.

- Aumento peniano? –Perguntei. Ele caiu na gargalhada. Eu tive que rir também. Eu estava sendo irônica, não acho que ele precise disso. Eu que o diga!

- Não sua boba! –Ele riu.

- Até por que eu não acho que você precise... –Falei embolado.

- Hã? –Ele perguntou.

- Nada, esquece! Mas e então, o que queria me mostrar?

Ele tirou um violão de trás de uma pilha de um monte de coisas. O lugar era lindo, mas um pouco bagunçado. Ele começou a tocar :

http://www.youtube.com/watch?v=wr1yYPdxxhU

Eu o encarei. Como havia falado no início, eu aprendi a não ter sentimentos. Eu realmente estava tocada com a musica. A letra, estava tudo perfeito. Nós havíamos sentados na beirada do terraço enquanto ele tocava o violão.

Ele ficou em silencio me olhando. Eu nunca fui romântica. Nunca soube o que fazer em momentos como esses de tanta emoção. Eu soltei um sorriso. Foi o melhor que eu consegui fazer. Olhei nos seus olhos e o puxei para um beijo. Não se o que fiz foi certo. Só fiz o que o meu coração mandou. Ele sorriu quando nós nos separamos e falou :

- Você quer ser a minha namorada? –Aquelas palavras. Aquele momento. Tudo era perfeito. Ele tirou do bolso uma caixinha de veludo com um anel de rubi. Eu coloquei a mão na boca. Eu estava realmente surpresa.

Os meus sentimentos. Eu não conseguia controlar, expressar. O que iria sair da minha boca? Isso estava ao ponto de definir a minha vida. Já sou velha demais, porém penso como uma criança. Sou ingênua. Sou idiota. Sou inocente. Ele acabou de me pedir em namoro e tudo o que eu conseguir fazer foi olhá-lo com espanto e novamente sorrir. Eu não sei como fazer isso, como reagir a isso. Sou uma tola mesmo, estraguei tudo.

Ele me olhou com uma cara de decepção. Eu fiquei a ponto de chorar. Não queria magoar outra pessoa. Eu o amo sim, mas são tantas emoções para um dia só, que eu não consigo controlar o que eu estou sentindo. Ele fechou a cara enquanto segurava a caixinha de veludo. Eu apenas peguei o anel e sorri.

O meu coração estava mandando eu aceitar, eu abraçá-lo, beijá-lo. Fazer tudo que tinha vontade. Mas a minha mente diz outra coisa. Que vou me envolver e vou me machucar. Vou acabar saindo de vítima, mas serei arrastada, pisoteada, serei iludida.

Quando eu peguei o anel ele voltou a sorrir. Eu disse que sempre seguia o meu coração, e eu fiz o que ele estava mandando. Eu o abracei e acompanhei com um suave beijo no rosto.

- Sim. –Disse desejando que isso seja a resposta certa. Ele abriu um sorriso maior do que o mundo, o que me encheu de prazer. Eu gostava de vê-lo sorrir. Eu gostava de vê-lo feliz. E estou feliz por vê-lo ao meu lado.

Senti algo no meu coração. É como se fosse um cadeado, e o Justin fosse a chave desse cadeado. Ele acabou de abrir o meu coração. Por que eu me sinto feliz, eu me sinto especial. Essa noite eu jamais esquecerei.

Nós nos beijamos, beijamos, beijamos e beijamos a noite toda. Ficamos a observar a cidade até o sol nascer. Eu havia adormecido, e não vi tudo. Adormeci no colo de Justin. Acordei sentindo aquele cheiro. Aquele cheiro forte de perfume, aquele cheiro que só ele tem. Eu me levantei de seu colo e percebi que ele havia adormecido encostado no muro. Ele era lindo dormindo.

Uma brisa quente passou por nós. Era um dia lindo em Fort. Fiquei animada, por que desde que eu cheguei aqui só choveu. Percebi que Justin estava sem sua blusa, e eu estava enrolada nela. Como de costume, a calça estava na metade da bunda.

Eu dei um beijo na sua testa, ele não reagiu. Dei um beijo no seu nariz, ele não reagiu. Dei um beijo na sua boca, ele não reagiu. Dei um beijo no seu pescoço e ele estremeceu. Dei um beijo na sua barriga, ele sorriu um pouco. Dei um beijo mais embaixo, ele sorriu novamente. Beijei um pouco mais baixo, no começo da cueca, e ele saltou do lugar morrendo de rir.

- Que isso! –Ele exclamou me fazendo cair na gargalhada.

- Vamos embora. Temos que sair daqui. Aliás, alguém sabe que a gente ta aqui?

- Não, lol!

- Fudeu, vamos vazar.

- Belê!

Nós descemos a escada e ainda tinha gente na balada. Que isso! Nós saímos com cara de mortos de sono, e pegamos o carro de Justin. Fomos de volta para casa trocando várias idéias. Nem acredito que estou namorado e passei a noite fora por 2 vezes. Ele me deixou na porta de casa, e quando eu saí do carro ele me prendeu contra o mesmo me roubando um beijo.

Eu sorri e nós nos despedimos. Cheguei em casa e encontrei mamãe tomando café. Ela me olhou com uma cara de não estar entendendo nada e ergueu a sobrancelha

- Aonde estava mocinha?

- Na balada com o Jus... Desculpa.

- São 6:40! Ficou doida?

- Sim! Quando você chegar do serviço eu te conto tudo.

- Sua maluquinha!

- Te amo! To subindo.

- Vai lá!

Eu subi correndo para o meu quarto com o salto na mão e abri a janela. Aquele vento de verão soprou e eu sorri. Olhei para o sol brilhante e quase fiquei cega. Era de se esperar né! Eu tirei aquela roupa desconfortável e corri para o banheiro para tomar um banho.

O meu machucado já havia melhorado bastante, mas ainda doeu. Eu terminei de me lavar, e saí enrolada na toalha, para escolher uma roupa. Quando percebi um movimento estranho na janela, olhei e vi Justin entrando no meu quarto.

- Que isso?????????? –Eu perguntei assustada.

- Já tava com saudade. –Ele disse chegando perto.

- Justin! Mais tarde a gente se vê! Pelo amor de deus! Me dê um pouco de privacidade. –Eu disse enquanto pegava a minha roupa.

- Ah qual é! A gente já transou. Não tem nada a ver agora. –Ele disse se sentando na cama.

- Problema! Saí daqui! Anda, anda anda! –Eu disse enquanto empurrava ele com dificuldade para fora do meu quarto.

Fechei a janela e a cortina. Me vesti :

http://www.polyvore.com/cgi/set?id=63369460&.locale=pt-br

E voltei a abrir a janela. Ele ainda estava na minha sacada esperando. Eu não acreditei na hora que eu vi e caí na gargalhada.

- Amor! Você ainda ta aí? E se eu não abrisse a janela?

- Amor, claro que estou. Eu sei que você abriria.

- Seu bobo.

- Posso?

- Entra aê!

Eu me virei, e ele me pegou por trás beijando o meu pescoço. Só de sentir seu cheiro eu já ficava maluca. Eu me virei e o puxei para um beijo de língua. Nós fomos caminhando e acabamos caindo na cama.

Ele já foi tirando a minha blusa. Eu suspirei e sabia que não conseguia resistir aquele perfume gostoso. Ele começou a me beijar em cima da cama enquanto eu tentava curtir o momento. http://weheartit.com/entry/43222302/via/anne567

- Filha, será que você... AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!