Assim que Edge acabou de transformar a professora de literatura em pó, Juliet disparou:

-Que ser é você?  Porque a Sra. Field queria nos matar? Quem é minha mãe? Eu vejo coisas reais ou estou ficando louca? Petter também vê coisas estranhas. Somos irmãos, ou talvez parentes próximos?

-Já terminou?-perguntou o sátiro sarcasticamente.

-Já!-respondeu Juliet, um tanto irritada com o amigo meio bode.

-Primeiramente, eu sou um sátiro e protejo semideuses. Segundo, que eu saiba, você não está ficando louca. Já as outras perguntas, não sei te responder. Talvez, quando você chegar ao Acampamento Meio Sangue, Quiron, o centauro, possa te responder.

-Ótimo! Isso já é um avanço, não estou ficando louca!

-Bem, se Petter é realmente seu amigo, acho que deveria limpar os seus ferimentos e ver se está vivo.

Juliet saiu correndo em direção ao amigo que estava caído no chão. Por algum motivo, seu coração estava batendo mais forte ao vê-lo naquele estado. Será que era amor? Chegou perto dele, colocou sua cabeça em seu colo e começou a limpar seus ferimentos, que eram bem graves. No rosto, havia um corte bem profundo, que não parava de jorrar sangue. Juliet limpou-o com todo o cuidado possível. Passou-se um bom tempo e nada dele acordar. A garota não suportava a ideia de perder seu melhor amigo. Ainda tinha Edge, mas Petter era especial, diferente, igual a ela. Nunca iria superar a perda dele. De repente, um par de belos olhos azuis esverdeados se abriu e fitou-a.  Juliet não conseguiu segurar a alegria de ver o amigo de volta a vida e esboçou um grande sorriso.