“Sinto meus olhos lacrimejarem e fecho os olhos com força, deixando algumas lágrimas caírem pelo meu rosto.

–Por favor, nos deixe em paz.

–Podemos conversar calmamente ou eu terei que te espancar novamente?”

POV Bella.

Respiro fundo e olho para a rua. Nenhum sinal de Peter. James e seus seguranças me deixaram na frente do prédio do hospital assim que terminamos de conversar. “Podemos conversar calmamente ou eu terei que te espancar novamente?” foi o que me fez ficar parada e ouvir tudo o que ele tinha para falar.

Ele não me disse tudo, apenas disse que a conversa deveria ser em um lugar melhor, e não dentro de um carro. Assim, ele me entregou um papel com um número de telefone, provavelmente o dele, e disse que eu deveria ligar assim que eu estivesse sozinha.

–Senhorita Swan? –ouço uma voz familiar e quando viro meu rosto vejo Peter me olhando com atenção.

–Oh, eu não te vi, Peter. –pisco algumas vezes e ele sorri levemente.

–Eu buzinei e a Senhorita nem se moveu. Então estacionei e vim te buscar.

–Eu ando muito distraída. Obrigada por vir. –sorrio levemente e ele oferece seu braço. Aceito e ele me leva até o carro. Assim que ele abre a porta do carro sinto uma leve tontura.

–Está tudo bem? –ele pergunta preocupado e eu me apoio na porta no carro. Respiro fundo e olho para meus pés.

–Vou ficar bem, estou com fome. –minto e sorrio para Peter. Ele me avalia com atenção e eu entro no carro. Peter fecha a porta e caminha até o lado do motorista. Respiro fundo enquanto coloco o cinto e olho para a janela.

...

–Senhorita Swan? –abro os olhos e vejo Peter parado na minha frente com a porta do carro aberta. –Já estamos em casa...

–Eu dormi? –pergunto deslocada e ele assente rindo. –Não tem graça.

Rio levemente e ele me ajuda a tirar o cinto e me guia até a porta de casa.

–Posso te perguntar uma coisa? –ele para na minha frente e sorri.

–Claro.

–A Senhorita está grávida?

Olho para ele e sorrio levemente. Como esse homem é rápido. Não sinto necessidade de mentir para ele, ele é tão bom comigo.

–Vamos fingir que Edward será o primeiro a saber disso, ok? –ele sorri e me surpreende quando envolve seus braços em mim.

–Isso trará tanta alegria para ele. Não só a ele mas a nós também.

–O que vai trazer alegria? –ouço Louis e viro meu rosto. Peter se afasta e sorri antes de se retirar. –Então, o que vai trazer alegria?

–Estava pensando em adotar um cachorrinho. –digo a primeira coisa que vem na minha mente e vejo os olhos de Louis brilharem. Oh, não...

–Ia ser super legal, um cachorro aqui, nossa.... Já viu o tamanho do quintal? Cabe 10 cachorros e ainda sobra espaço. –ele sorri e eu rio. –Cabe até um elefante.

Ele joga seus braços pro alto e os deixa cair do lado de seu corpo, fazendo um barulho alto.

–Até um elefante, cara. –ele diz com uma cara engraçada. Ele pisca algumas vezes e segura a minha mão, me puxando para dentro de casa. –Papai disse que eu tenho que cuidar de você enquanto ele não chegar.

Louis me puxa e faz um gesto para que eu suba as escadas.

–Eu estou bem, Louis. Só estou com um pouco de fome.

–Fome? –ele olha para a cozinha e engole em seco. –Eu não sei fazer nada. Você come cereal com leite? Isso eu sei fazer...

–Claro. –digo rindo. –Eu consigo fazer algo para comer, não se preocupe.

–Mas o papai disse que eu tenho que cuidar de você...

–Eu estou bem. –sorrio para ele e ele finge estar chateado. –Está bem, me ajude então. Pega o leite na geladeira e coloca na bacada.

...

–Então a professora disse que eu devia parar de ver muitos desenhos. –Louis diz brincando com a colher. –Mas eu acho que se o Superman parar de usar a capa ele perde alguma força dele...

–Entendi. –digo rindo e me levanto da mesa. Pego os pratos e caminho até a cozinha. Louis me segue e para quando a porta principal se abre. Olho para a direção da porta e vejo Dianna entrando com uma sacola preta da lavanderia.

–Bella. –ela diz ofegante e caminha em minha direção. Ela passa a mão em meu rosto e ri fraco. –Você parece estar melhor.

–Estou ótima, Dianna. –digo e ela sorri.

–Ótimo. Só vou deixar isso no closet do Edward e já vou indo. –ela beija a testa de Louis antes de sair da cozinha e ouço ela subir as escadas.

–Papai está demorando... –Louis diz olhando para o relógio da parede. –Eu vou terminar a minha lição, tá?

Assinto com a cabeça e ele sobe para seu quarto. Começo a lavar a louça e penso em como vou falar para Edward que estou grávida. Já estamos juntos há algum tempo mas é cedo para termos um filho. O meu maior sonho é casar e ter filhos mas eu não sei se Edward também quer isso. Bem, talvez ele queira... Mas não tão cedo.

E se ele não quiser? Paro de lavar a louça e passo a mão na testa.

–Merda. –digo quando derrubo as colheres e elas caem fazendo um barulho alto.

–Está tudo bem aí? –ouço a voz dele e olho para a entrada da cozinha rapidamente. Edward está sem seu paletó, sua camisa está com os primeiros botões abertos e as mangas estão enroladas até o cotovelo. Ele está maravilhoso.

–Hm, eu só me distraí. –digo pegando a tijela do chão e colocando na pia novamente. Continuo lavando e sinto seu corpo se aproximando do meu. Ele envolve seus braços na minha cintura e afunda seu rosto em meu cabelo.

–Você está cheirosa. –ele sussura e eu rio fraco. Termino de secar a tijela e coloco ela sobre a bancada. Seguro os braços de Edward e viro meu corpo, agora estamos nos encarando.

Aperto levemente seu nariz e ele ri.

–Banho? –pergunto e ele sorri torto.

–Com você? Claro.

Seguro sua mão e caminhamos até o segundo andar. Chegamos ao quarto e solto a mão dele para tirar minha roupa e ouço ele trancando a porta. Não viro para observar ele mas sei que ele está acompanhando cada movimento que faço. Tiro as minhas sapatilhas e calmamente tiro minha camisa e calça jeans, ficando somente de sutiã e calcinha. Ainda bem que escolhi um conjunto bonito.

Quando resolvo olhar para Edward vejo que ele está com os lábios entreabertos e sua respiração está pesada.

–Algum dia eu irei parar de te admirar? –ele murmura e caminha até mim. –Algum dia eu deixarei de depender de você?

–Você é um homem crescido, amor. Não depende de ninguém. –digo fraco, segurando meu riso.

–Ah, meu amor, você sabe do que estou falando. –ele segura meu rosto com as duas mãos e olha fixamente em meus olhos. –Você é a minha vida.

Meu coração infla e eu sorrio para ele.

–O sentimento é recíproco.

...

Edward está atrás de mim, secando meu cabelo com uma toalha, enquanto eu observo nossa imagem pelo espelho. Eu estou com um sorriso enorme e ele ri toda vez que a toalha enrolada no meu corpo ameaça cair.

–Termine logo com isso, estou ficando com frio. –digo brincando. Nossos olhos se encontram no espelho e ele sorri.

–Você sabe estragar o clima.

–Eu sei. –rio e ele revira os olhos. Quando termina de secar meu cabelo ele joga a toalha na cesta e envolve seus braços em minha cintura, beijando meu ombro.

Seguro sua nuca e a toalha escorrega, mostrando meu seio esquerdo. Edward beija meu pescoço e segura meu seio.

–Eu adoro o fato deles caberem perfeitamente em minhas mãos... –ele diz girando meu mamilo entre seus dedos. –Você foi feita para mim.

Nossos olhos se encontram novamente e eu gemo quando ele puxa a toalha, ficando nua em seus braços. Edward agora está com a postura reta, observando meu corpo pelo espelho. Minha respiração está pesada e seu olhar me deixando excitada.

Edward desliza suas mãos pelo meu corpo, queimando minha pele com seu toque. Observo tudo pelo espelho, sua mão descendo até minha barriga, calmamente, ele sabe como me torturar. Com a outra mão ele segura meu seio e sinto seus lábios em meu pescoço.

–Eu quero você aqui. –ele sussura e eu respiro fundo.

–Eu quero você na cama. –murmuro e ele sorri levemente. Ele segura minha mão e caminha até o quarto. Quando ele para ao lado da cama ele se vira e me observa.

–Você está em vantagem. –digo olhando para a toalha enrolada em sua cintura. Deixo meus olhos apreciarem a bela vista que tenho na minha frente. Edward tem um corpo de tirar o fôlego.

–Tem razão. –ouço e ele tira a toalha, deixando-a cair em seus pés. Seu membro está duro. Engulo em seco, eu o quero dentro de mim o mais rápido possível.

–Gosta do que vê? –ele pergunta rindo e eu desvio o olhar e fixo em seu belo rosto. Suas pupilas estão dilatadas e seus lábios estão fechados em uma linha reta.

Dou alguns passos e quando estou próxima a ele, ergo minha mão e acaricio seu rosto. Ele fecha os olhos e aprecia meu toque. Gosto de vê-lo assim, afetado por mim.

Passo a mão em sua nuca e colo meu corpo no seu, sentindo sua ereção. Ele abre os olhos e sorri torto. Com a outra mão eu acaricio seu braço e ele me abraça, envolvendo seus braços na minha cintura.

Quando abro a boca para falar que preciso dele, ele me ergue e me deita na cama com cuidado, seu corpo pairando sobre o meu. Ele beija minha bochecha e distribui beijos até a minha clavícula. Fecho os olhos e respiro com dificuldade. Meus mamilos enrijecidos contra seu peito. Seus lábios no meu pescoço... Eu quero mais.

–Edward... –gemo fraco e ele continua destribuindo beijos, entre meus seios, minha barriga... –Por favor.

Edward ri fraco e insere um dedo na minha entrada. Reprimo um gemido e ele coloca outro dedo, fazendo movimentos circulares. Agarro o lençol com força e sinto sua língua no meu clitóris. Fecho os olhos e mordo o lábio com força, segurando um gemido alto.

Sinto meu orgasmo se construindo mas de repente Edward para. Gemo de frustração e ele ri fraco. Ele se ajoelha e puxa meus tornozelos, seu membro roça na minha entrada e ele segura minha cintura.

–Agora, meu amor, você não pode fazer muito barulho. –ele murmura e entra em mim com força. Seu sorriso aumenta quando eu mordo o lábio inferior com força.

Edward sobe a mão direita, acariciando minha pele até chegar no meu seio direito e beliscar meu mamilo. Solto um leve gemido e Edward ri, ele deve estar amando o fato de que não posso simpleste gritar de prazer. Sinto aquela sensação novamente e agarro o lençol mais um vez.

–Você vai pagar por isso. –digo com dificuldade enquanto ele estoca em mim e gozo. Um gemido fraco sai de meus lábios e eu sorrio. Edward solta meu seio e estoca com força mais duas vezes antes de gozar e desabar em cima de mim.

–Isso foi... –ele diz saindo de dentro de mim e me puxando para deitar ao seu lado.

–Incrível. –completo. Nós rimos e ele beija a minha testa, acaricio seu peito e respiro fundo.

–Você está cansada? Deveria estar descansando, né? Eu estava com saudades e... Me desculpe, descanse agora, ok?

–Edward. –chamo sua atenção e ele para de falar. –Eu estou bem.

–Tem certeza? –ele pergunta acariciando minhas costas.

–Eu estou ótima. –digo sorrindo e ele solta um suspiro de alívio.

–O que você tinha?

Pisco algumas vezes e mordo o lábio. Devo contar ou não? Como vou contar isso para ele? Eu vou contar, então preciso fazer isso do jeito “certo”.

–A doutora disse que era algo normal, coisa de mulher, muito estresse e pouco sexo. –brinco e Edward me olha com curiosidade.

–Pouco sexo? –ele ri e eu assinto.

–Ela também disse que esse meu desejo de sexo, que fica dentro de mim, vai piorar. –olho para ele e ele parece perdido. Rio fraco e ele acaricia meu cabelo.

–Eu preciso me preocupar com isso?

–Ah, você vai ter que se preocupar, e muito. Você e o Louis, porque eu vou precisar de atenção dos dois. –ele me encara e eu sorrio. –Edward, eu estou grávida.

Ele abre a boca para dizer algo mas um sorriso surge em seus lábios. Acaricio seu rosto e ele pega a minha mão, a beijando. De repente ele segura meu rosto com as duas mãos e me beija. Retribuo o beijo e ele se senta na cama e me faz sentar em seu colo.

–Eu te amo. –ele diz entre meus lábios. –Eu te amo tanto... Apenas obrigada, obrigada por me fazer feliz.

Sinto meus olhos lacrimejarem e sorrio.

–Você também me faz muito feliz e... –acaricio seu rosto e beijo sua testa. –Você me salvou. Eu não nunca serei capaz de te agradecer por isso.

Ele sorri e beija meus lábios.

–Um filho. –ele diz acariciando minha barriga lisa. –Eu vou ser pai de novo.

Olho para Edward acariciando a minha barriga e percebo que ele esta chorando. Tento engolir a vontade de chorar mas minhas lágrimas já estão caindo. Respiro fundo e coloco a minha mão sobre a dele.

–Nosso filho.