Alvo Potter E O Medalhão De Prata escrita por Amanda Rocha


Capítulo 19
Canino


Notas iniciais do capítulo

Oii, gente!!! Agora vou ver se consigo postar um capítulo por dia!
Nesse de hoje o nosso querido gigante Hagrid terá um enorme trabalho para não deixar nada escapulir para as crianças... Nesse também, vamos ver o Neville um pouco diferente...
Aí vai...



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-Ah, não sei não... –disse Rosa na manhã seguinte, no Salão Principal. –O Prof. Denóires disse que...

-Disse que o Neville não acreditaria. –completou Carlos abocanhando uma panqueca. –Mas ele diz isso porque não foram os dedos dele que o dragão de estimação do Malfoy chamuscou.

-É, Rosa, - disse Alvo. –não tem por que a gente não contar. Neville vai fazer alguma coisa...

-Por mim ele pode demitir o Malfoy. –disse Carlos.

-Bem, vocês é que sabem...

 Quando terminaram o café da manhã, os três garotos foram até o corredor onde ficava a sala de Neville. Havia uma gárgula parada à frente.

-Tem uma senha. –disse Alvo. –Antes era “mandrágoras”.

-O Neville gosta de plantas. –disse Carlos. –A senha deve ser alguma planta esquisita como aquela Euachtãna.

 No momento em que Carlos falou a última palavra, a gárgula se moveu para o lado, revelando a escada.

-Euachtãna? –repetiu Carlos subindo pela escada. –Essa planta está me assombrando...

 A escada os levou até uma porta. Alvo bateu.

-Entre! –disse uma voz.

 Eles entraram. Neville estava cutucando uma planta.

-E que bicho é você, hein? –disse ele para a planta. –Nossa, tem plantas muito estranhas aqui, eu... Ah, entrem, por favor. Vocês querem falar sobre o... Sobre o quê?

-Bem, é que em uma aula de Defesa Contras das Trevas...

-Draco botou um dragão para nos tocar fogo. –completou Carlos.

-O quê? –perguntou Neville. Sua voz estava diferente, e tampouco parecia surpreso.

-É, - confirmou Rosa. Ela explicou toda a história do dragão e de como Draco falou dos pais dela.

-Hum... Bem, desculpem-me, mas não posso fazer nada.

-O QUÊ? –exclamou Carlos. Alvo viu Rosa lhe dar um cutucão. –Mas... O senhor tem que fazer alguma coisa!

-Desculpem meninos, mas... Bem, o Ministério não... Não iria aprovar. Bem, eu realmente lamento, mas não posso fazer nada. E, também... Eh, Alvo, você conseguiu passar pelo dragão?

-E o que isso importa? –perguntou Carlos. Rosa lhe lançou um olhar de censura.

-Ah, claro, que bobagem eu disse... Bem, espero que vocês tenham aprendido o feitiço, aprenderam?

 Carlos deu um muxoxo.

-Aprendemos sim, Prof. Longbottom. –disse Rosa formalmente. –Então, eh... Já vamos indo.

 Alvo e Rosa se viraram, mas Carlos continuou parado. Alvo o puxou, e só então ele começou a andar. Eles desceram a escada e se dirigiram para as masmorras, onde teriam Poções.

-Satisfeito? –perguntou Rosa a Carlos. –O Prof. Denóires avisou...

-Ah, não me importa! –retrucou Carlos. –Pra mim o Neville devia fazer alguma coisa!

-Mas ele disse que o Ministério...

-É o que eles vivem dizendo. –disse Alvo. –Quando Tiago e eu pegamos detenções, Neville disse que tinha que fazer isso por causa do Ministério.

-Então! –disse Rosa. –Vocês não entendem que a Suprema Corte agora está em cima de Hogwarts?

-Mas e o Kingsley? –perguntou Alvo. –Ele é amigo do Neville, não é?

-Mas não pode fazer vista grossa em tudo. Se a Suprema Corte toda votar a favor de que Malfoy continuará em Hogwarts, não há nada que Kingsley possa fazer.

-Então qual a vantagem de ser Ministro? –perguntou Carlos. –Sabe... A palavra final tem que ser do Ministro.

-Sim, mas se ele fizer o que for melhor para o Neville, pode acabar perdendo o cargo.

-Mas se ele demitir o Malfoy, estará fazendo o melhor para toda a humanidade! –disse Carlos.

-Na verdade, pelo que ouvi, Draco só é assim com a gente. E, não podemos negar, é um bom professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. –disse Rosa.

-Bom? Ele trás dragões para a aula! Para o primeiro ano! E ainda manda a gente enfrentar ele! –resmungou Carlos.

-Disse bem, - falou Rosa enquanto eles se encaminhavam para as masmorras. – ele mandou a gente enfrentar. Com os outros, ele é um ótimo professor. Conversei com a Suzanna, e ela disse que ele é legal.

-Ela diz isso porque não foi os dedos dela...

-Que o dragão chamuscou. –completaram Alvo e Rosa. -Já sabemos.

 Eles entraram nas masmorras. Foram para os últimos lugares da classe; A aula era junto com a Sonserina, e Scorpius já havia voltado da ala hospitalar. Estava com mais curativos na cara. Vários alunos da Sonserina o rodeavam para ouvir sua versão da história:

-Esse ferimento aqui, – disse ele apontando para o nariz. –foi o irmão do Potter quem fez. Não gostou de me ver batendo no irmão, e partiu para cima de mim...

-Ainda não parou de mentir, Malfoy? –perguntou Carlos em voz alta.

-Ah, Cattér... Não vi você chegar... –disse Scorpius. –Bem, você não estava no duelo, não pode dizer que estou mentindo.

-Mas o Al estava, e ele disse que não.

-E você, é claro, prefere acreditar no Potter em vez de mim. –disse Scorpius.

-Mas que dúvida! Há uma grande diferença entre o Al e você, sabia?

-Disso, Cattér, não tenha dúvidas!

-Muito bem, muito bem! –disse o Prof. Villera. -Vamos... Hoje aprenderemos a Poção para fazer Crescer Cabelo. Encontra-se na página quarenta e dois do livro, podem começar.

 Alvo abiu o livro e começou a fazer a Poção. Não prestou muita atenção no que estava fazendo. Pensava em Neville. Ele estava estranho... Falando daquele jeito com a planta... Estava para nascer uma planta da qual Neville não soubesse o nome. E a voz... Era diferente...

 Nas aulas seguintes, Alvo conseguiu se descontrair quando a Prof.ª Claepwack insistiu em chamar Carlos de Connor, e Dennis sem querer explodiu sua pena na cara da professora. Em Feitiços, eles aprenderam o feitiço Eletricus, que causava um choque na vítima. Alvo testou seu feitiço em Scorpius, e riu bastante quando o menino começou a se sacudir e a dar gritinhos. No fim da tarde, eles foram ver Hagrid.

-E onde ele mora? –perguntou Carlos.

-Fica ali, naquela cabana. –respondeu Alvo. Eles bateram na porta.

-Podem entrar! –disse a voz de Hagrid. Eles entraram. Hagrid estava de costas para ele.

-Hum... Hagrid, nós trouxemos um amigo. –disse Rosa.

 Hagrid se virou. Ele segurava um cachorrão vestido de um blusão de lã rosa.

-Hagrid, quem é ele? –perguntou Alvo.

-Vocês não o viram? –perguntou ele espantado. –É presente do Rony e do Harry. De Natal. E quem é você?

-Carlos Cattér! –disse Carlos estendendo a mão para Hagrid apertar.

-Cattér? É o vizinho do Matt, não? –perguntou Hagrid apertando a mão de Carlos. –Ah, o Matt falou de você.

 Carlos olhava para Hagrid encantado com o seu tamanho.

-Ele é um filhote ainda... –disse Hagrid apontando para o cachorro que dormia em seu colo. –É bem grande, mas ainda assim é um filhote. Eles fizeram uma surpresa então... Sabiam que eu estava triste com o Canino... Ah, segure ele um pouco!

 Hagrid depositou o cachorro no colo de Carlos. O cão pareceu gostar de Carlos, porque imediatamente começou a lambê-lo. Hagrid foi até a chaleira, onde preparava a água para o chá.

-E como vai chama-lo, senhor? –perguntou Carlos se desvencilhando da enorme língua do cachorro.

-De Canino. –respondeu Hagrid pegando o cachorro de volta. –Acho que é o justo. Eles se parecem um pouco... E me chame de Hagrid, por favor. E, pelas barbas de Merlin! O que houve com as mãos de vocês?

-Draco. –responderam os três ao mesmo tempo.

-O que ele fez desta vez? –perguntou Hagrid, acariciando a orelha do cachorro que dormia tranquilamente em seus braços agora.

-Trouxe um filhote de dragão para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. –disse Alvo.

-Não foi qualquer dragão! –disse Rosa. –Foi um Rabo-Córneo Húngaro! São os piores que tem...

-Ele trouxe o quê? –perguntou Hagrid se engasgando. –Um... Um... Rabo-Córneo Húngaro?

-É. –confirmou Alvo. –Mandou que nós três treinássemos o feitiço Conjuctivitus no dragão. E insistiu que nós não tirássemos a mão quando o dragão lançasse fogo.

-Ele...?

-É, -disse Carlos. -nós desviávamos o corpo, mas tínhamos que ficar com a mão da varinha apontada para o bicho. Por isso ficara assim... E você nem vai acreditar, Hagrid, quando contamos ao Neville, ele não fez nada! Nadinha! Disse que não poderia fazer nada! Que o Ministério não deixaria!

-Neville não fez nada? –perguntou Hagrid incrédulo.

-Ah, mas o professor Denóires avisou! –disse Rosa. –Ele disse que o Neville não acreditaria, e que o Ministério estava em cima de Hogwarts. Sabe, agora que a Suprema Corte está votando, o Ministro não pode fazer muita coisa... E também, pelo que sei, Draco só é assim com a gente, com os outros ele é...

-O babaca que finge ser. –completou Carlos. –E daí que ele é legal com os outros? O que ele quer trazendo um dragão para a aula do primeiro ano?

 Hagrid estava branco por trás dos cabelos e barbas desgrenhados. Tinha os olhos negros quase saltando das órbitas, e parecia não acreditar no que ouvia.

-Ele... Ele trouxe... O dragão?

-É. –disse Rosa. –Mas a pior parte foi que ele ficou falando mal dos nossos pais. Primeiro, começou a chamar o Carlos de Weasley e a mim de Granger. Disse que nós o fazíamos lembrar-se de seu tempo de escola. Disse que sou como a minha mãe, que gosto de me exibir. E disse que o Carlos é um... Traidor do Sangue. Falou que Alvo, sem tirar nem pôr, seria o tio Harry. Disse que o trio voltou. E começou a ofender nossos pais! E por isso mandou que a gente enfrentasse o dragão!

 Hagrid olhava de um para outro, ainda não acreditando no que eles falavam.

-Parece... Parece que ele quer... Se vingar dos pais de vocês...

-Com a gente?

-É... -disse Hagrid. - Sabe, ele não é o único que acha que vocês voltaram como o trio.

-O quê? –perguntaram os três.

-Nos tempos de escola dos pais de vocês... Eram exatamente iguais a vocês... Hermione, a inteligente... Rony, o... Como diziam... Traidor do Sangue, o que em minha opinião é algo para se orgulhar, e... Harry...

 Alvo, Carlos e Rosa se encararam sem entender. Hagrid não dissera por que Alvo era parecido com Harry... Bem, ele era a cara do pai, isso não tinha dúvidas.

 Hagrid, depois de um tempo, lhes serviu uma xícara de chá.

-Bem, eu não sei por que Neville não fez nada... –disse Hagrid. –Não é segredo para ninguém que o Ministério está mesmo de olho em Hogwarts. Acham que o Neville já está ganhando muita coisa por ser conhecido do Ministro...

-E por falar nisso, Hagrid, é verdade que Neville não irá mais ser o diretor da Grifinória?

-Ah, bem... –disse Hagrid. –Na verdade, essa foi uma das coisas que o Kingsley tem tentando esconder desde que Neville foi nomeado diretor. Sabe, ele já era diretor da Grifinória, desde antes de ser o diretor da escola. Porém, o certo era ele deixar o cargo quando McGonagall saiu e ele foi o diretor. Mas Kingsley abafou o caso, tinha certeza de que Neville seria justo. Mas a Suprema Corte acabou descobrindo há algumas semanas, e agora quer colocar um novo diretor para a Grifinória.

-E quem vai ser? –perguntou Rosa.

-Ah, ainda não está certo, mas acho que será a Prof.ª Claepwack...

-A Claepwack é da Grifinória? –perguntou Carlos.

-É... –respondeu Hagrid.

-Mas... –começou Carlos. –Achei que para a Grifinória só iam os corajosos, não é? É o lema da Casa...

-Na verdade Carlos, Godric Griffyndor admite em sua Casa, os corajosos, ousados, cavalheiros e de corações indômitos.

-Isso não é verdade, veja o Scorpius! –protestou Carlos. -O que aquele moleque tem de corajoso? Ousado talvez, mas cavalheiro?

-Bem, o Chapéu pode ter errado, não pode? –perguntou Alvo. –Bem... Digamos que eu não seja da Grifinória?

-Ah, lá vem você de novo com essa história! –resmungou Rosa. –Foi o próprio Godric quem criou o Chapéu, se ele te colocou lá, é porque você pertence a esta Casa!

-Mas eu também não sou corajoso! –disse Alvo. - Nem ousado...

-Bem, é um ótimo amigo... –disse Carlos.

-Lealdade é uma característica da Lufa-Lufa, quem sabe eu não seja de lá? –perguntou Alvo.

-Ah, Al... –disse Hagrid. –O Chapéu não erra assim! É muito sábio, não colocaria uma pessoa em uma Casa se...

-E como você explica o Scorpius?

-Bem, algumas pessoas não são... Bem, não demonstram as características da Casa logo de cara. Eu me lembro do Neville... –disse Hagrid com um sorriso por de trás da barba. –Era um garotinho atrapalhado... De memória muito fraca... Bem parecido com a Alice, sabe... Mas depois começou a participar da Arma... Bem, já está tarde!

-Participou do quê? –perguntaram os três juntos.

-Hã? Do que estão falando?

-Você disse que ele participou da “Arma”, o que é isso? –perguntou Rosa.

-Nada, nada! Agora vocês precisam...

-Ah, Hagrid, por favor! Já estamos cansados de tanto mistério! Primeiro você não diz quem é Bob Rondres e...

-Não diga isso assim! –disse Hagrid se levantando. –É segredo! Muito sigiloso! Agora...

-Ah, Hagrid, qual é? –falou Carlos. –O Profeta Diário disse que ele foi visto em uma cidade aqui perto! Você deve saber alguma coisa, não é? Neville sabe, e com certeza confiaria uma coisa dessas a você, que é um professor tão bom...

-Eh, bem... Neville com certeza confia em mim, sabe... Acha que sou mais confiável do que... Mas isso não importa!

-Ah, tudo bem! Desistimos! Mas continuando com a conversa da Grifinória, o que acham que a Claepwack fez?

-Bem, até agora a única coisa que ela fez foi ficar me chamando de Connor. Ela e o Malfoy deviam fazer uma parceria...

-Não, - disse Hagrid. –a Prof.ª Claepwack nos têm sido muito útil! Ela conhece bastante gente do Ministério, e foi ela quem ajudou a camuflar a história do Neville continuar como o diretor da Grifinória! Ela teve muita coragem, arranjou uma confusão com o Ministério, mas continuou do lado de Hogwarts! E também, ai Canino! Não me morda! Ah, a raça dele é bem... Eh, nervosinha... Eles são muito orgulhosos, mas se tem uma coisa que marca a sua raça, é que são bem protetores, sabe... Como os amassos...

-Ah, de novo os amassos! –disse Alvo. –Eu ainda tenho que passar na enfermaria todos os dias para passar pomada nos meus braços!

-É, mas você devia ter prestado atenção! –disse Rosa. - Luna foi bem clara quando disse que ele com certeza revidaria, sabem quando a pessoa está mentindo!

-Mas o que tem de mais em eu falar que estava em uma aula de Transfiguração? Isso não prejudicaria Luna...

-É que quando eles são menores, ainda não são capazes de distinguir o que vai ou não prejudicar o dono... Apenas atacam quando detectam a mentira ou então quando sentem que alguém vai atacar.

-Exatamente, Rosa, a raça do Canino é igual! –disse Hagrid. –Eles atacam quando sentem que o dono corre perigo. São verdadeiros guarda-costas! –disse Hagrid, no mesmo instante, Canino pulou de seu colo e sentou-se nas pernas de Carlos e se pôs a lamber sua cara.

-Hum... Sai... Canino... Não! –disse Carlos tentando se desvencilhar da língua do cachorro.

-Parece que ele gosta de você! –disse Rosa.

-Ah, mas isto é bom! –exclamou Hagrid. –Sabe, quando eles se apegam a alguém, o defende com unhas e dentes. Quando ficar maior, vou leva-lo comigo para a Floresta Proibida...

-Não me fale em Floresta Proibida, Hagrid... –disse Alvo. A ideia de que eles tivessem de perambular naquela Floresta que era cheia de criaturas terríveis e perigosas, à noite, era assustadora.

-Ah, a detenção de vocês... Mas vão estar todos juntos, não vão? Com Tiago, Matt e os outros.

-É, por sorte.

-Guelch não me avisou nada sobre a Floresta ainda... Geralmente, quando vou para lá, vou para pegar algum animal para alguma aula...

-Como assim? –perguntou Carlos.

-Se algum professor precisa de um animal para estudar em sua aula, é o Hagrid quem vai atrás, não é Hagrid? –perguntou Rosa.

-Isso mesmo, ultimamente Luna tem me ajudado muito nessa tarefa. Nós dividimos as turmas, sabe, eu estou com os alunos maiores. Uma pena, mesmo, queria dar aulas a vocês... Mas não se preocupem quanto à detenção, sabe... Seus pais também tinham detenções comigo na Floresta, eu lembro do pobre Rony... Morria de medo...

-Meu pai tinha medo? –perguntou Rosa.

-Ah, tinha... Era o medo de aranhas... E a Floresta também não é nenhum parquinho de diversões...

-Obrigado Hagrid, agora é que nós não vamos nos preocupar! –disse Carlos.

-Mas Rony ficou bem corajoso quando cresceu, - acrescentou Hagrid depressa, mudando de assunto. –viviam se metendo em confusões, não havia um ano em que eles passavam sem detenções ou encrencas, nenhum...

-Ah, e lutavam contra aquele bruxo, não é? –perguntou Rosa. –Aquele... Que Bob Rondres está tentando tomar o lu...

-Não diga isso assim! –disse Hagrid. –Pare de ficar falando o nome dele!

-Ah, Hagrid, o medo de um nome só faz aumentar o medo da própria coisa, meus pais vivem falando isso. –disse Alvo.

-Não é por medo, é por que... –disse Hagrid pensativo, como se elaborasse uma resposta. –Porque traz azar!

-Azar? –repetiram os três.

-É, azar! –disse Hagrid. –E não fale o nome dele assim, acho que são os únicos que sabem do nome...

-E a Dominique e os Malfoy. –disse Alvo.

-O quê? –perguntou Hagrid.

-Dominique, minha prima, filha do tio Gui e da tia Fleur.

-Sim, mas como ela sabe? –perguntou Hagrid.

-Nas férias de Natal...

-Que por sinal foram muito curtas! –disse Carlos.

-Isso é porque a gente já perdeu muitas aulas de Feitiços, Voo e Astronomia. –disse Rosa com impaciência. –Continua, Al...

-Nas férias de Natal, quando eu acordei de madrugada, fui até a cozinha e a encontrei escrevendo uma carta. Ela ficou assustada quando cheguei, e escondeu a carta depressa. Quando eu falei de Bob Rondres, ela ficou apavorada. Ah, e falando nas férias de Natal, o senhor sabe alguma coisa sobre o meu pai já ter morrido? –perguntou Alvo.

 Hagrid engasgou-se com o chá que estava tomando.

-Que foi que disse?

-Seu pai morreu? –perguntou Carlos surpreso.

-Ah, eu não sei se é verdade, mas no Natal, nós demos um vinho a...

 Mas foi interrompido por Rosa que lhe deu um beliscão.

-Nós alcançamos o vinho a eles, - disse Rosa. –e acho que eles ficaram bêbados, não falavam coisa com coisa. Na hora das histórias...

-Hora das histórias? –repetiu Carlos.

-É, no Natal, quando nossa família se reúne, os adultos contam histórias de suas infâncias para a gente. E nessa hora, Neville pediu ao tio Harry para contar a gente sobre quando ele morreu.

 Hagrid voltou a se engasgar.

-É, e de repente, parecia que o papai não iria contar, mas depois contou. Disse que Voldemort o matou. E depois ele estava em um lugar que ele achava que era a estação de King’s Cross, e quando ele olhou para debaixo de um banco, ele viu Voldemort. Pequeno, e com uma pele... Branca e nojenta. Ah, e quem é Tom Riddle? –perguntou Alvo.

-O quê? Como é que vocês sabem dele? –perguntou Hagrid.

-Foi o que o meu pai falou. Disse que Tom Riddle não era branco, que era normal. Espera aí...

-Tom Riddle é o mesmo que Voldemort? –perguntou Rosa.

 Hagrid se levantou. Começou a tossir.

-Chhh! –fez Hagrid. –Não diga o nome!

-Mas... –continuou Rosa. –Pelo que o Tiago e o Al me contaram, eles estavam dizendo que Voldemort era branco, e depois o tio Harry disse que não era verdade, que Tom Riddle era normal, não tinha uma pele branca e nojenta.

-Quer parar de dizer o nome deles? –perguntou Hagrid parando de tossir.

-Ah, alguém, por favor, pode me explicar? –pediu Carlos.

-Bob Rondres está querendo tomar o lugar de Voldemort, que na verdade era Tom Riddle, não era Hagrid?

 Hagrid estava branco como papel.

-Ah, e Hagrid, porque Bob Rondres quer um medalhão? –perguntou Alvo. –Eles mencionaram um medalhão. Deu a entender que Bob Rondres estava procurando um medalhão, por quê?

-Medalhão? Como vocês souberam do Medalhão de Prata? Era segredo, segredo absoluto! –disse Hagrid.

-Papai e os outros falaram aquele dia... E é Medalhão de Prata?

-Ah, eu não devia ter dito... E m-mais alg-guém sabe? –gaguejou Hagrid.

-Bem, acho que sim... A Alice, o Fred, a Molly, a Lucy, a Roxanne, a Lilí, o Hugo e mais o Louis estavam na sala também, ah, e a dedo-duro da Dominique escreveu uma carta para o Scorpius e...

-E as outras crianças sabem? –perguntou Hagrid.

-Bem, elas estavam lá...

-Bem, mas não vá dizer a eles que nós sabemos, ouviu Hagrid? –pediu Rosa.

-Claro que não! –respondeu Hagrid. –Iriam me culpar.

-Na verdade a culpa é inteiramente nossa, mas... Então é verdade?

-Claro que não! –apressou-se Hagrid a dizer.

-Não sei não, você ficou muito nervoso quando a Rosa falou. –disse Carlos sorrindo.

-É por que... Por que... Ora, não é por nada! Agora vão, já está quase na hora do jantar! Vocês não podem andar perambulando por aí! Vão!

 Os três garotos se despediram de Hagrid e de Canino, que não queria deixar que Carlos fosse embora, e voltaram para o castelo.

-Para mim é tudo verdade! –disse Carlos.

-Como o tio Harry poderia ter morrido, Carlos? –perguntou Rosa. –Isso é impossível, até mesmo no mundo da magia...

-Mas você viu o jeito que ele ficou? –perguntou Carlos. -É verdade! Senão ele não iria ficar daquele jeito!

-Mas mesmo assim! –interpôs Rosa. –Seria uma loucura! É impossível! Bem, já ouvi dizer que há meios de alguém reviver com magia... Mas... Magia das Trevas! Tio Harry não estaria se metendo com esse tipo de coisa.

-Mas e o Medalhão? –perguntou Alvo.

-Bem, já sabemos de uma coisa: Bob Rondres está atrás de um Medalhão de Prata que Neville está escondendo...


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Notas finais do capítulo

Gostaram???? E o Mistério de Neville? O que acham que está acontecendo??? E o Medalhão de Prata? Por que Bob Rondres o quer?
"Continua"
Amanhã tem mais,
bjs, Amandinha Weasley ;P