In Fair Verona escrita por Piper


Capítulo 4
The Relic of the Princess.


Notas iniciais do capítulo

Oiiiie! - não atirem em mim! -
Eu estava totalmente no "fundo do poço" esses dias. Eu não conseguia escrever esse capítulo de jeito nenhum! Mas então ontem e hoje minha amiga inspiração veio me visitar e ele finalmente saiu! Eba!
Bem, me desculpem mesmo pessoal. Eu sei que demorei e eu sinto muito, mas estamos no final de ano e fica TUDO mais corrido. É incrível.
Enfim, espero que gostem do capítulo, me digam o que acharam depois e o que acham que vai acontecer...
Boa Leitura :)



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Chapter Three

The Relic of the Princess.

Dabria estava escrevendo em seu diário ao lado da janela enquanto esperava Petrova tomar banho para as duas irem para o refeitório tomar o café da manhã. A menina relatava a maneira como o mesmo sonho, que ela tinha todas as noites estava se tornando mais frequente desde que ela havia se mudado para o novo internato.“O mesmo sonho de sempre! Isso não pode ser normal.” pensava ela.

Ao ouvir algumas batidas na porta, fechou seu diário e o escondeu dentro de sua pequena mochila para ver quem era.

– Srta. Prescott? - perguntou uma jovem mulher de cabelos loiros escuros com um sotaque italiano.

– Sim?

– Sou a Sra. Mitidiero, coordenadora da escola. - ela sorriu. - Queira me acompanhar, temos algumas pessoas que desejam falar com você.

Dabria a seguiu um pouco desconfiada, a senhora a levou até sua sala onde havia duas pessoas, um homem e uma mulher, sentados em frente à mesa da coordenadora.

A menina logo os reconheceu.

– Pai? Mã… - ela parou, talvez não devesse ser certo continuar chamando os dois assim.

– Dabria, querida! - Sra. Pierce se levantou da cadeira e a abraçou.

– Vou deixar vocês a sós. - a coordenadora fechou a porta.

– Como você está? - a mulher perguntou ainda abraçada a ela.

–… Bem… - murmurou a garota. -… O que, hum, vocês estão aqui? - ela questionou sem nenhuma expressão no rosto.

– O diretor disse que ainda tínhamos direito à uma última visita… - explicou Sr. Pierce baixo.

Dabria sentiu uma pequena pontada no peito. Mesmo que aqueles não fossem seus pais verdadeiros, eles cuidaram dela. Se preocuparam, alimentaram e… viram ela crescer.

Assim como pais normais fazem.

Então de repente você descobre a verdade e um estranho diz que não pode mais vê-los? Era isso o que ela devia entender agora?

– Última visita? - a garota repetiu como se não compreendesse, ela até podia sentir as lágrimas se formarem em seus olhos.

Sra. Pierce suspirou pesado e colocou uma mecha do cabelo da menina atrás da orelha.

– Dabria… eu sei que é difícil e,… Deus o que eu não daria para ser sua mãe biológica,… - ela sorriu deixando uma lágrima escapar -… nós vamos estar sempre ao seu lado! Você já está uma moça, já sabe se cuidar sozinha… parece que fora ontem que você começou a correr pela casa depois de sua primeira demonstração de magia… - a garota sorriu contagiando os ‘pais’ a sorrirem também -… nós confiamos em você! Sabemos que vai se dar bem aqui…

– E-espera… - Dabria falou entre um soluço e outro -… Essa talvez possa ser a ú-última vez que vejo vocês, mas… não quer dizer que nós ainda não possamos falar por cartas, não é mesmo?

Foi a vez do Sr. Pierce suspirar pesado.

– Eu não sei querida, o Sr. Teramo foi bem claro quando disse que essa seria a última vez que nós poderíamos falar com você.

– Ele não precisa ficar sabendo… - a voz da garota sumiu.

– Vamos fazer o possível. - a ‘mãe’ sorriu - Temos um presente para você. - ela se aproximou de sua bolsa e pegou um pequeno embrulho dourado entregando em seguida para a menina. - Abra.

Dabria fez o que a mulher mandou retirando do pacote um pequeno crucifixo formado por seis bolinhas pretas.

– Nossa é… É lindo. - Os olhos dela ainda brilhavam olhando a pequena corrente em suas mãos.

– Isso não é apenas um símbolo religioso… O crucifixo formado por seis pedras era também parte do brasão de uma antiga família real que viveu aqui na Itália… - disse Sra. Pierce permitindo que o marido continuasse sua explicação.

–… A filha mais velha dessa família possuía o mesmo nome que o seu, por isso nos lembramos de você e resolvemos comprá-lo. - Dabria sentiu seu coração dar um enorme pulo em seu peito. O pequeno símbolo em suas mãos já havia pertencido à família da princesa Dabria. Ela colocou a corrente no pescoço com cuidado, havia ficado linda; um pouco acima do peito da garota e combinando perfeitamente com o tom de pele branca dela. Ela olhou para os pais como quem pede opinião e eles sorriram.

– Você está linda, parece uma verdadeira princesa. - Sra. Pierce limpou algumas lágrimas olhando para ‘sua garotinha’ enquanto a menina sentia um forte frio na barriga quando a mulher a denominou princesa.

– Eu posso perguntar uma coisa a vocês? - a morena questionou enquanto os ‘pais’ murmuravam um “claro” - Como souberam da princesa Dabria?

– Então, você já sabe da princesa? - Sr. Pierce a olhou confuso.

–… Eu estou aprendendo sobre ela na minha aula de história. - a menina explicou.

– Bem, quando estávamos procurando uma lembrança para você uma mulher apareceu vendendo algumas correntes, essa - o homem apontou para o pescoço de Dabria - era a mais bonita entre todas as demais. Assim que nós nos aproximamos para ver melhor o colar, a mulher começou a contar a história do fim trágico da filha mais velha e de como isso acabou com a família… Ela disse que precisávamos levar para você essa corrente, foi muito estranho… - o ‘pai’ riu -… Era como se ela conhecesse você. - O coração da menina já estava a mil por segundo, parecia que ela acabaria tendo um treco a qualquer minuto.

– Como era essa mulher? - Dabria questionou respirando fundo.

A porta da sala se abriu com tudo e a coordenadora apareceu sorrindo na porta.

– Eu sinto muito mesmo… Mas o tempo de vocês acabou a menina tem de ir para a aula agora.

– Mas… - Dabria se virou para os pais em busca de ajuda, estes apenas se olharam com pena.

– Escute querida, - Sr. Pierce se aproximou segurando em seus ombros. - Não se esqueça de nada que falamos hoje, ok? Saiba que se precisar, nós sempre vamos estar dispostos a te ajudar. - ele abraçou a menina e depois se afastou permitindo que a esposa se despedisse.

– Nós te amamos muito, Dabria. Se cuide… - ela apertou a garota em seus braços enquanto as duas deixavam algumas lágrimas caírem. Sra. Pierce se aproximou do ouvido da morena e murmurou baixo para só ela ouvir. - Nós vamos dar um jeito de te mandar cartas, tudo bem? - Dabria assentiu enquanto se separava da mulher.

– Adeus papai, adeus mamãe. - ela murmurou entre as lágrimas enquanto os dois seguiam a coordenador para fora da sala.

Assim que Dabria chegou ao seu quarto se jogou em sua cama e continuou ali chorando com a cabeça no travesseiro, Petrova que estava sentada na cama ao lado esperando a menina a olhou assustada quando essa entrou no quarto.

– Ai meu Deus, Dabria! O que aconteceu? - a loira se aproximou da amiga devagar.

– M-meus… Meus pais… - ela disse tirando a cabeça do travesseiro.

– Mas eles não estão… - Petrova se moveu desconfortável ao lado da morena.

– Não eles. - Dabria respirou fundo. - Meus pais adotivos.

– Eles estavam aqui? - a loira arregalou os olhos.

– Sim, para uma última visita… Sr. Teramo disse que não posso mais ver eles. - a garota explicou com uma voz esganiçada enquanto mais lágrimas caíam de seus olhos.

– O quê? Ele não pode fazer isso, pode?

– Eu não sei, ele… - Dabria disse, mas foi interrompida por algumas batidas na porta e Petrova se levantou da cama da morena para ver quem era.

– Onde vocês estavam? - Juliet entrou afobada no quarto - Sabia que já perderam o café da manhã? E nós ainda podemos… - ela parou quando viu o estado de Dabria - O que aconteceu? - a ruiva arregalava os olhos enquanto Petrova explicava tudo.

A morena que agora já tinha parado de chorar e estava com os olhos inchados suspirou fundo.

– Tem uma coisa que eu preciso contar para vocês.

Então, ali, perdendo a primeira aula que elas tinham, Dabria contou tudo à elas. Sobre Hogwarts, sobre Taissa e Bonnie, sobre ser uma bruxa, sobre seus pais, sua transferência e inclusive sobre seus sonhos.

Quando a morena terminou um silêncio incomodador predominou o quarto.

– Então… Você é uma bruxa… - Petrova murmurou lentamente enquanto tentava processar tudo o que tinha ouvido e o que aquilo significava.

– Sou. - Dabria afirmou olhando para o chão.

O silêncio voltou a circular pelo quarto.



– Por que não contou antes? - a loira questionou fazendo o olhar da amiga se voltar para ela.

– Não se pode sair por ai contando isso à trouxas… E eu também não sabia se tinha escolas de bruxos aqui na Itália… - A morena deu de ombros.

– Trouxas? - Juliet exclamou um pouco ofendida.

– Não é o que você está pensando, trouxa é como nós chamamos quem não é bruxo. - explicou a garota. - Olha, vocês não podem contar isso a ninguém, ouviram? - as duas amigas concordaram com a cabeça. - Prometam… - ela disse um pouco risonha.

– Nós prometemos.

– Ótimo, caso o contrário aconteça, vou ser forçada a apagar a memória de vocês. - Dabria riu da cara que as duas fizeram.

– Perfeito, agora ela vai ficar ameaçando a gente com esse negócio de magia. - comentou Juliet arrancando algumas risadas da morena e da loira.

– Bom, eu acho que é melhor nós irmos para a aula agora. - Petrova se levantou da cama da amiga se espreguiçando.

– Que aula você tem agora? - Juliet perguntou à Dabria que pegou seu horário em cima da mesinha de cabeceira.

– Descodificação. - ela olhou totalmente confusa para as amigas. - Que aula é essa?

– Descodificação de códigos; decifrar um código escrito em outra língua. - Petrova explicou.

– Estranho. - Dabria fez uma cara estranha e as duas amigas riram dela. - Aaah, vocês também diriam isso se tivessem que aprender poções.

As três saíram do quarto rindo e foram para suas respectivas salas, Dabria sentiu um frio na barriga novamente, ela estava sozinha agora. Juliet tinha aula de Latim e todas as pessoas naquela nova aula ela não conhecia, era como se estivesse em seu primeiro dia outra vez.

A porta estava a alguns metros de distância da garota, ela ainda andava lentamente pensando que quanto mais tempo demorasse a atravessar aquela porta melhor.

– A garotinha má, está querendo ir para a aula agora? - Uma voz rouca gritou atrás dela.

Dabria se virou e avistou Scott se aproximando dela devagar.

– Como assim? - Ela questionou confusa enquanto algumas lembranças da noite passada invadiam a mente da garota.

– Matou a primeira aula. - Ele explicou sorrindo de lado agora perto de Dabria.

– Eu estava resolvendo uns problemas, ok? - Ela sorriu sarcástica e o menino retribuiu, os olhos do mesmo desceram até o pescoço da morena o fazendo desmanchar seu sorriso.

– Onde conseguiu isso? - Scott parecia um pouco nervoso.

Dabria olhava-o confusa.

– O colar? Meus pais adotivos me deram. - ela explicou e ele suspirou fundo - Por quê?

– Eu já vi esse colar antes. - Scott desviou os olhos para os castanhos da menina.

Ela se moveu um pouco desconfortável por causa da sensação que aqueles olhos verdes davam a ela e continuou.

– Devem existir milhões iguais a esse. - a morena deu de ombros.

– Não, não deve.

– Escuta…

– Olha, eu não sei se você está fazendo aquela pesquisa ou não. Mas esse símbolo faz parte do brasão da família da princesa que tem o seu nome. A qual, pelo que o Tyler achou ontem, tinha um colar com o mesmo símbolo dado por um estranho, o colar era tão detalhado e tão difícil de copiar que só existiu um daquele, o da princesa. - o garoto respirou fundo enquanto ela fitava-o assustada - E ainda só existe um.



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Notas finais do capítulo

Então é isso...
Me digam o que acham do capítulo, o que vai acontecer, se vocês gostam, se não gostam, enfim...
Até o próximo capítulo, beijo.



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