Faça-me Um Pedido! escrita por Apiolho


Capítulo 16
Capítulo 16 - O bad boy pede ajuda


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores,

Como prometido eu ia postar quando chegasse a pelo menos três reviews, mas foi além das minhas expectativas, fiquei muito feliz com isso.

Quero agradecer a Claray, hans, Lorena Lisboa e Laladhu por comentar no capítulo anterior, muito mesmo. Espero ver vocês mais vezes nessa fic. *-*

Esse capítulo algo que alguns querem, mesmo que não seja da forma que desejam.

Obrigada e boa leitura.



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Capítulo Dezesseis

O bad boy pede ajuda

“Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca.”

(Clarice Lispector)

 

A sua frente estava Cold Justine.

Mas quem seria ele?

Nem chega perto de ser um nerd, viciado em livros e mangás. Além de ser azarado por ter um sobrenome parecido com de menina, nada tinha disso. É um bad boy da escola, que por ser repetente pela segunda vez foi parar na sala da morena. Porém ele mais falta aula do que a frequenta, entretanto às vezes é visto no pátio traseiro com uma garrafa de álcool ou droga.

A questão era: o que desejaria com Anne? Uma pessoa que nunca falara algo com ela, nem cola pedia, já que o fofão fazia esse papel.

— O-o que quer comigo? — questionou.

Sua gagueira em nada teve a ver com nervosismo, mas sim o cheiro da fumaça inalada pelo cigarro que a deixava intoxicada. E ela pensara como tinham coragem de beijar uma pessoa do qual mais prejudica que ajuda.

— Você na minha cama. — zombou, soltando todo o hálito em seu rosto.

Com isso Anne não pode deixar de ficar vermelha. Já o “frio” apenas deu um sorriso de lado, como se aquilo a fizesse se apaixonar por ele.

— Acreditou foi? Porque eu nunca ficaria com alguém como você, Mary Ann Evans. — declarou da forma mais maldosa.

A garota então se assustou com o que fora dito, não pela rejeição, mas por seu nome completo ter sido citado.

— Como sabe meu primeiro nome? E para você é Anne. — questionou.

— Até que ver sua ficha prestou para algo. — confessou.

Isso é ainda pior.

— Como conseguiu meus dados? — sussurrou.

Queria respostas, todas elas.

— Está fazendo perguntas demais para uma pessoa que não se importa comigo, não acha? — retrucou.

E a expressão que fizera foi a mais aterrorizante possível. Jason do filme “sexta-feira treze” pareceria um anjo perto dele.

— Responda! — porém ela em nada recuou.

— É a minha vez de perguntar, gata. Até porque não estou aqui para ser entrevistado.

Se fosse uma vadia, experiente e que aproveitava a vida, com toda a certeza o agarraria neste instante. Até porque enquanto falava seu cabelo preto se mexia com a ajuda do vento, mas o que mais a afetava era o seu estilo. Jaqueta de couro aberta, óculos escuros, calça jeans e, por fim, blusa branca, que colava em seu corpo fazendo com que seus músculos fossem ressaltados. Mas Anne sabia que por trás desse acessório havia atraentes olhos verdes.

— Então o faça.

— Pare de ficar mandando, é irritante. Eu pergunto a hora que eu quiser, todavia preciso de um favor seu. — direto? Quase.

— Qual? — quis saber.

— Boa garota, esperou a sua vez para me questionar. Mas primeiro: você se lembra de mim?

O que será que ele queria com isso? A morena não sabia a resposta.

— Claro, você é o garoto que fica fumando atrás do colégio. — declarou.

Cold então encostou as mãos no portão de forma bruta, ficando a poucos centímetros dela. Anne se afastou com o susto que levará, esse gesto foi tão imprevisível.

Ele então apenas sorriu de lado com essa reação.

— Isso todos sabem, mas lembra-se de mim antes disso? Vamos, eu sei que é inteligente o bastante para me responder certo. — instigou-a a continuar.

Anne não tinha mais palpites a dar. Porém, do nada, uma cena veio a sua mente: Ele era aquele menino que andava com a Charlotte.

— Você namorava a minha prima. — comentou de forma indiferente.

Relembrar disso a fez ter náuseas, principalmente quando os via bebendo juntos. Como naquele dia em que fora a praça.

— Surpreendeu-me, em? Confesso que não esperava por iss-

— O que isso tem a ver com o que tenho a fazer? — questionou a garota, mal o esperando terminar.

Seu rosto do nada ficou vermelho e ele em um ato rápido pegou meu pulso com força, fazendo com que doesse.

— Nunca mais me interrompa! — então a morena ficou calada, fazendo com que ele a soltasse e continuasse. — E eu preciso da sua ajuda porque é a única maneira de eu me vingar da Charlotte. — confessou de forma fria.

Como ele consegue? É pior até que a morena.

— O que tem em mente? — questionou de maneira temerosa.

Agora sim ela estava assustada, até porque não o mirava e massageava o local em que estava avermelhado enquanto citava essa frase .

— Para isso tenho que te mostrar alguns papéis. Tens como ir até minha casa? — perguntou.

Que cara de pau!

— Claro que não, porque é bem capaz de fazer muito mais do que machucar meu pulso. — rosnou.

Sua mão fora dobrada em forma de punho, mostrando que havia ficado irritado com essa resposta. Entretanto parecia que o garoto contava até dez até ficar mais calmo.

— Está bem, porém quero o seu número de celular. — declarou.

Anne então ficou vermelha.

— P-para quê?

— Eu não estou interessada em você, gata, apenas quero para informar onde podemos nos encontrar para que eu te conte meu plano.

Com isso a morena suspirou de alivio. E após a troca de contatos o bad boy partiu em sua moto. A velocidade fora tamanha que vários pedaços de terra foram arremessados contra Anne, fazendo com que sua roupa ficasse suja.

Sorte dele que estava de tênis e sem sua bolsa de marca.

Depois que a visão dele sumira foi em direção à residência, sendo abordada por um ruivo mal encarado. James.

— Onde estava? — perguntou.

Não vai nem questionar se está bem? Nem isso?

— No restaurante Lote 39, por quê?

— Como assim? O encontro não era no Pazzatto? — confuso.

— Não. — respondeu.

Além de estar com tédio, sentia-se cansada e agoniada. O que mais queria neste instante era tomar um banho e dormir, não ser bombardeada por perguntas sem sentido.

— Por isso que não te encontrei. — Sério? — Eu vou trucidar o Ethan. — sussurrou.

— Agora que tudo está resolvido, posso entrar?

Ele apenas ressonou algo como um “sim” e deixou-a passar. Anne se banhou de maneira lenta enquanto a água quente tocava em seu corpo. Pensou então onde estariam Robertha e Ethan nesse instante. Será que aos beijos em um motel de quinta?

Mal terminou de pensar nesse assunto seu celular tocara, revelando ser a fuinha a mandar a mensagem.

“Por que nos deixou sozinhos?” — Fuinha

Anne então riu com isso enquanto pingos caiam na tela, mas isso pouco a importara. Esse aparelho era realmente a prova da água. E correu para responder depois de se secar, já que essa mensagem acabara com sua vontade de terminar o que estava fazendo.

“Não era isso que queria? Um encontro com o Ethan?” — Anne

O que ela quer? Primeiro quase morre de amores por ele e depois briga com a de olhos pretos por deixá-los a sós? Uma completa indecisa.

“Ele me deixou aqui e foi embora e ainda não quis dar carona. Não sei como pude amá-lo.” — Fuinha.

Apostam quanto que ela estava chorando? E ao ouvir um som de alguém abrindo a porta foi correndo até o local, depois de trocar de roupa, para notar que falso gênio estava ali.

— Olá anã. — comentou enquanto sorria de lado.

O que esses homens têm que ficam sorrindo dessa maneira?

— Vá lá buscar a Robertha. Agora! — esbravejou.

O moreno então a olhou de maneira confusa.

— Mas eu estou de bicicleta. — respondeu.

— Está bem, peço então para o Zacky a buscar. — declarou.

Depois da ligação e ao ouvir o som da limusine saindo da mansão foi em escovar os dentes para dormir, mas antes de deitar na cama sua barriga roncou. Estava com fome? Ela tentou ignorar, porém a dor de cabeça a fizera levantar para buscar algo para comer.

Mas Anne não soube o porquê, mas era como se devesse algo para a fuinha. Como um dever que tinha a obrigação de cumprir. Porém não queria acreditar que estava se tornando alguém sensível.

— Ethan, o que está fazendo? — perguntou quando o viu na frente do fogão.

E ainda com aquele avental que a fazia ter dor de barriga de tanto rir.

— Ovo frito, quer que eu faça um para você?

Anne então arregalou os olhos e seu rosto se tornou vermelho.

— Que diabos fez com meus ovos? — rosnou.

— Estou os fritando, por quê?

Como é cínico. Eu precisava deles para acertar na cabeça de alguém amanhã. E o pior, restava apenas um na geladeira e ela estava com vontade de comê-lo.

— Então ponha mais um para mim. — declarou aos suspiros.

Com toda a certeza teria que ir ao mercado amanhã.

— Aliás, quero que compra mais deles. — comentou com desdém.

O moreno tentou protestar, mas foi em vão, até porque Anne iria leva-los para a festa da Penélope em troca desse favor.

E o pior: teria que ir junto, tudo graças ao anencéfalo do Max.

Depois de se reunirem para jantar e a garota falar mal deles por ter que participar dessa celebração e ter que encarar a sua rival se gabar por ter ganhado dela no xadrez, foi em direção ao seu quarto. E antes de conseguir dormir seu celular tocara novamente. E adivinha que mandara a mensagem? Ro-ber-tha.

“Esse Zacky é muito lindo e simpático. Estou definitivamente apaixonada por ele, espero que eu sonhe com meu amor essa noite.” — Fuinha.

Anne então levou um choque por isso, odiando-se por levar seu motorista ao encontro daquela guria. Como ela pode amá-lo com uma simples conversa? E por que não se despediu da maneira como todas as garotas normais fazem ao invés de ficar falando de suas paixões passageiras sem que seja questionada?

Depois de tanto pensar e não chegar a uma resposta lógica deitou-se na cama e fechou os olhos e quando já estava para adormecer uma pessoa abriu a porta do seu quarto. Tentou então fingir estar dormindo, percebendo que esta se aproximava. Em segundos seus lábios foram tomados por outro em um selinho e um “boa noite e obrigado” fora soado depois desse ato.

Antes Anne pensara ser James, porém essa voz era reconhecível de longe. O gênio é que estava em seu quarto. E a garota notou que com esse simples gesto seu coração se aqueceu e bateu a mil, sem contar as borboletas que invadiam seu estomago.

Essa sensação era única, nunca sentida antes.

Será o tão conhecido ódio? 


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam do Bad Boy? Será que vai aprontar muito?

E está ai o que pediu Claray, não dá forma como imaginou, mas foi um beijo. UAHUHAA

Para que eu poste o próximo quero quatro reviews. Mas uma recomendação faria com que eu postasse mesmo sem esse número. UAHUAHUAHU

Até porque ter QUATRO comentários me deixou bem feliz, quer dizer que está progredindo. UAHUAHA

Beijos e obrigada.



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